Diapositivo 1 - anuário do hospital de dona estefânia

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PRESCRIÇÃO DE PSICOFÁRMACOS NA UNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE
UM HOSPITAL DE NÍVEL III
Tânia Moreira¹; Nuno Pangaio²; Sílvia Afonso¹; Patrícia Lopes¹; João Estrada¹
1Unidade
de Desenvolvimento, Área de Pediatria Médica (Diretor Dr. Gonçalo Cordeiro Ferreira), Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE;
2Departamento de Pedopsiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência (Diretora Drª Zulmira Correia), Centro Hospitalar do Porto
RESULTADOS
INTRODUÇÃO e OBJETIVOS
A abordagem farmacológica na patologia do neurodesenvolvimento é complexa face à escassez de
Gráfico II: principais diagnósticos dos doentes medicados
fármacos aprovados na idade pediátrica, do conhecimento limitado dos efeitos a longo prazo e da
Medicados
dificuldade na avaliação objetiva da eficácia.
89
PHDA
nível III, segundo variáveis demográficas e clínicas, intervenção terapêutica implementada (farmacológica
51
28
P. COMP.
50
26
e não farmacológica), prescrição de psicofármacos e respetivo consumo adicional de recursos.
MÉTODOS
Idade média: 6,5 anos
97
DC
PDL
Não medicados
16
PEA
Caracterizar a população de doentes seguidos na Unidade de Desenvolvimento (UD) de um hospital de
Gráfico II: idade de início da medicação
61
97
106
<3 anos
>6 anos
3-5 anos
Estudo retrospetivo descritivo da população de doentes observados na UD entre 1 de dezembro de 2013 e
RESULTADOS
Total de consultas - 788
Gráfico I: abordagem terapêutica
450 doentes
observados (106
1ª consulta – 23%)
274 consultas
não presenciais
308 sexo
masculino (68%)
142 sexo
feminino (32%)
3 meses - 17 anos
Mediana 4 anos
(idade da 1ª consulta)
147 - renovação
de receituário
Outros
Tabela I: doentes medicados por sexo
Gráfico IV: psicofármacos
31 de maio de 2014, através de consulta de processo clínico informatizado.
Psicofarmacologia
n=195 (44%)
Estabilizadores
do humor
14%
Outros
6%
1 fármaco:75%
2 fármacos: 15%
≥3 fármacos: 10%
Sexo
Masculino
Feminino
Medicados
138
58
Proporção
30%
40%
Tabela II: efeitos adversos responsáveis pela suspensão do fármaco
Metilfenidato
n=171
(38%)
Risperidona
28%
Intervenção não
farmacológica
n=374 (83%)
Metilfenidato
52%
Cefaleias
Sintomas psicóticos
Agitação
Outros
Risperidona
2 Sonolência grave
4 Distonia grave
8 Agitação
4
1
1
2
CONCLUSÃO
A utilização off-label de psicofármacos é uma realidade crescente na consulta de Desenvolvimento, com
consumo de recursos adicionais.
A avaliação objetiva dos benefícios clínicos é difícil pela ausência de instrumentos padronizados de
aferição da patologia do comportamento em crianças com desenvolvimento atípico.
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A intervenção farmacológica é útil no controlo dos sintomas, devendo, no entanto, ser integrada numa
abordagem terapêutica multissistémica (escola, família e outros apoios).
Os efeitos secundários que obrigaram à suspensão dos fármacos foram de gravidade ligeira a moderada,
com remissão total dos sintomas após suspensão terapêutica.
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