Alergias alimentares: mitos e verdades

Propaganda
 SALA DE IMPRENSA DATA: 13/03/2015
VEÍCULO: Portal SRZD
TÍTULO: Alergias alimentares: mitos e verdades
EDITORIA: Ciência e Saúde
LOCAL DE VEICULAÇÃO: OBSERVAÇÃO: Matéria / entrevista
Alergias alimentares: mitos e verdades
Dificuldade para respirar, coceiras pelo corpo, coriza, inchaço da garganta. Se
você já teve algum desses sintomas ou presenciou alguém próximo com
problemas assim, certamente pensou em processo alérgico. E talvez esteja certo.
É preciso averiguar, ir ao médico e pesquisar a respeito.
"A ocorrência da alergia em razão da ingestão de algum alimento requer atenção
especial. O problema, por vezes, aparece e até persiste sem que a pessoa saiba
que se trata de uma alergia alimentar", explica o médico ortomolecular, Luiz
Jabbur.
Perguntas para o médico Luiz Jabbur:
1) O que é alergia alimentar?
Alergia é uma reação do sistema imunológico do corpo, mediado por anticorpos e
histamina. O processo de alergia alimentar ocorre quando somos expostos a
determinados
alimentos
e
as
reações
variam
de
pessoa
para
pessoa.
2) Quais os alimentos que são mais comuns em causar alergia alimentar?
Leite de vaca, trigo, ovos, gengibre, amendoim, frutos do mar, peixes, pimentas,
fermento e leveduras são os alimentos que com maior frequência já geraram
alergia nos pacientes.
3) Todos que têm alergia têm os mesmos sintomas?
Não. Os sintomas variam de pessoa para pessoa em graus variados, que podem
ir desde simples coriza (corrimento nasal) até anafilaxia (inchaço da garganta,
lábios
e
língua
com
dificuldade
para
respirar
que
o
inchaço
provoca).
4) Intolerância e alergia alimentar são a mesma coisa?
Não. Na intolerância não há ativação do sistema imune com a produção de
anticorpos e histamina. A intolerância pode ocorrer por alguns fatores, sendo o
mais comum a deficiência de alguma enzima (por exemplo, a lactase no caso do
leite ou da amilase no caso do amido).
Casos de intolerância podem ser resolvidos com a reposição da respectiva
enzima. Já a alergia provoca a resposta do sistema imune e seus complexos, e a
única maneira de evitar os sintomas é deixando de ingerir o alimento que provoca
a alergia.
5) Como descobrir se eu tenho alergia alimentar?
A observação clínica dos sintomas pode ser um valioso indício da alergia. Observe
se após ingerir algum alimento há coceira em alguma parte do seu corpo,
formação de placas vermelhas na pele, corrimento nasal ou algo diferente.
Para ter certeza se teve alergia alimentar existem exames de sangue que pode
ser feitos em nível ambulatorial ou laboratorial para saber se há, de fato, a
alergia e quais alimentos podem provocá-la.
Alergia ao Glúten - um caso a parte
Vilão da vez nas dietas de emagrecimento o glúten, na
verdade, causa problemas mais sérios do que se imagina aos
celíacos, ou seja, aos que têm ALERGIA à proteína que está
presente na maioria dos cereais, como trigo, aveia e centeio.
Estima-se no Brasil uma população em torno de quase dois
milhões de celíacos. Essas pessoas não podem sequer ter
qualquer tipo de contato com glúten. Para tanto, necessitam
de refeições especialmente preparadas, sendo que nem mesmo os utensílios para
a preparação da comida pode ter tido contato com o glúten. Assim quando há
alguém com diagnóstico de celíaco em uma família a recomendação é que toda a
família siga a dieta, pois do contrário haverá necessidade de toda uma estrutura
para atender o celíaco. "Em casos graves, até mesmo a máquina de lavar louça
ou a bucha e a pia têm que ser separadas para não haver contaminação cruzada
ao paciente com alergia ao glúten" alerta o médico ortomolecular Luiz Jabbur que
tem clínica com seu nome em Belo Horizonte e começa nesse mês de março a
atender também no Rio de Janeiro.
A doença celíaca é a alergia ao glúten, com comprometimento do intestino
através de processo inflamatório crônico e ativação do sistema imune. E
apresenta sintomas mais graves, como diarréias e fortes dores abdominais. Já a
intolerância ao glúten é um processo de dificuldade de digestão da proteína e tem
graus variados, sendo que algumas pessoas nem apresentam sintomas. Assim a
doença celíaca é muito mais grave do que a intolerância ao glutén, e requer
exames específicos para que o problema seja detectado.
Em tese o glutén só é maléfico mesmo para quem é celíaco. Para uma pessoa
que não tem nem alergia nem intolerância ao glúten não há nenhum problema
em consumi-lo, pois o corpo é capaz, nesse caso, de digeri-lo e absorvê-lo.
Segundo o especialista em tratamento ortomolecular, Luiz Jabbur, "Não há
nenhum estudo definitivo que comprove que o gluten faça mal a todo mundo, e
tanto é assim que uma parcela significativa da população mundial se alimenta do
glúten e não apresenta nenhum tipo de reação ou obesidade". No entanto,
algumas vezes, há uma melhora geral no organismo ao se retirar o glutén da
dieta, que pode até levar ao emagrecimento.
"A maioria dos alimentos a base de glúten é muito calórica, com alto índice
glicêmico. Portanto, ao retirá-lo da dieta há uma redução da ingesta calórica e
redução dos picos que insulina respectivamente o que, como sabe-se, são dois
fatores preponderantes para a obesidade" ressalta Dr. Luiz Jabbur. Assim
algumas vezes a pessoa emagrece não porque tem algum problema com o
glúten, mas sim por fazer melhores escolhas alimentares. "A experiência clínica
mostra que há mais prós do que contras ao se retirar o glúten da dieta e, em
quase a sua totalidade, os pacientes apresentam melhoras físicas significativas
nas dietas sem glúten", conclui o especialista em ortomolecular.
Download