Boletim 15

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Alimentos: alergias e intolerâncias
Até há pouco tempo era comum se falar em
alergias alimentares, quando em questão de
segundos ou minutos após a ingestão de certos
alimentos, gerava-se alguma reação que ia desde
um inchaço labial ou ocular até a um choque
anafilático. Hoje, agravando a situação, tornou-se
comum pessoas serem também acometidas pelas
intolerâncias alimentares, cujos sintomas às vezes
se confundem com os da alergia alimentar.
Mas, você sabe diferenciar a reação alérgica
de uma intolerância alimentar?
Considera-se alergia alimentar uma resposta
dependente da participação de anticorpos da classe
IgE com determinado alimento, considerado
erroneamente substância estranha ao organismo,
ou seja, um antigeno. Geralmente, isto ocorre por
uma falha no sistema imune intestinal. É comum
que as reações ocorram dentro de uma hora após o
estímulo de alimentos alérgenos. Não raro, estes
alimentos possuem alto valor proteico, como: soja,
leite, amendoim, peixes, crustáceos, ovos e trigo.
Ela é observada com maior frequencia em
indivíduos desnutridos (apresentam anormalidades
do sistema imunológico) ou em estados de
imunodeficiência ou em doenças digestivas ou em
patologias autoimunes. Os tecidos do organismo
que podem desencadear as respostas alérgicas,
incluem: pele (pruridos, edemas, vermelhidão…),
gástrico e
intestinal (diarréias, constipação,
distensão abdominal…) e pulmonar (rinite,
espirros, asma…).
A intolerância também é uma reação adversa
aos alimentos, porém, não envolvendo o sistema
imunológico e não apresenta base psicológica,
podendo ser resultado de fatores, como
contaminação, reações medicamentosas, tóxicas,
metabólicas ou por herança genética. As reações,
podem levar de horas a dias para se manifestarem
e afetam um número maior de pessoas. Exemplos
muito comuns são: intolerância ao glúten e à
lactose. No caso do glúten, tem como origem uma
manifestação autoimune. Já no caso da lactose, há
deficiência da enzima lactase.
Os sintomas são inúmeros, podendo induzir a
danos nos sistemas nervoso central, urinário,
respiratório, gastrintestinal, etc… Não sendo
devidamente tratada, induz a alterações
importantes na flora intestinal e piora no seu
sistema de defesa, assim como menor absorção de
nutrientes, de forma a levar o indivíduo ao quadro
de desnutrição e maior susceptibilidade à doenças.
Os sintomas mais comuns são: enxaqueca crônica,
depressão, tontura, congestão nasal, rinite,
sinusite, asma brônquica crônica, urticária,
psoríase, acne, cãimbra, náusea, diarreia e outros.
Quanto às formas de tratamento de ambas, no
momento, o consenso é eliminar da dieta os
alimentos que geram as respostas citadas e uma
dica importante a seguir é: na hora da compra de
alimentos industrializados, verifique no rótulo do
produto a presença ou não de ingredientes que
agem como gatilhos para desencadear as alergias
e intolerâncias alimentares.
Um ponto de extrema importância que pode
prevenir o aumento crescente destas patologias é o
aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis
meses de vida de um bebê. Esta prática oferece
uma melhor função imunológica ao organismo e
claro, menor risco para desenvolver ambas as
situações.
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