Helibras apresenta à Marinha do Brasil a versão Operacional do

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Helibras apresenta à Marinha
do
Brasil
a
versão
Operacional do H225M Naval
Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha
A Helibras apresentou nesta terça-feira (25)
em sua fábrica em Itajubá/MG, a versão
operacional do seu helicóptero H225M Naval,
configurado para Guerra Anti-Superfície (ASuW
– Anti-Surface Warfare), armado com dois
mísseis ar-superfície AM 39 Exocet B2M2, em
voo pela primeira vez.
A cerimônia conduzida pelo Sr. Richard Marelli, Presidente da
Helibras, contou com a presença do Comandante da Marinha,
Almirante-de-Esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira, do
Diretoria-Geral de Navegação, Almirante-de-Esquadra Paulo
Cezar de Quadros Küster, do Secretário Geral da Marinha e exComandante da Força Aeronaval, Almirante-de-Esquadra Liseo
Zamprônio, do Comandante do 1º Distrito Naval, Vice-Almirante
Leonardo Puntel, do Comandante do 8º Distrito Naval, ViceAlmirante Glauco Castilho Dall’Antonia, do Diretor de
Aeronáutica da Marinha, Vice-Almirante Carlos Frederico
Carneiro Primo, do Diretor do Departamento de Promoção
Comercial da Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da
Defesa, Vice-Almirante Antonio Carlos Soares Guerreiro e do
Chefe do Estado-Maior da Esquadra, Contra-Almirante José
Augusto Vieira da Cunha de Menezes, além de diversas
autoridades civis, militares, convidados e executivos da
Airbus Helicopters, dentre eles Mesrob Karalekian, VicePresidente de Vendas da Airbus Helicopters para América
Latina.
O protótipo BRA 005 é o mais complexo helicóptero que está
sendo produzido e desenvolvido pelo Centro de Engenharia da
Helibras, especialmente para a Marinha do Brasil (MB), dentro
do programa H-XBR.
Esse moderno helicóptero naval se distingue de todas as outras
versões do modelo H225M, por possuir uma complexo sistema
Sistema Tático de Missão Naval (TDMS – Tactical Data
Management System), desenvolvido e fabricado sob a liderança
da Helibras em colaboração com a ATECH e ADS, responsáveis
pelo sistema tático de Missão Naval, que é o coração da
integração do míssil com a aeronave e sensores, e conta também
com a participação da Avibras e Mectron, que realizam a
motorização do míssil Exocet AM39 B2M2, fabricado pela MBDA.
Da esq. para dir.: Sr. Richard Marelli, CF Monteiro e Sr.
Patrick de la Revelière
Ao final da cerimônia, o Sr. Richard Marelli, o Capitão-deFragata Monteiro (Gerente Logístico do Programa na DAerM) e o
Sr. Patrick de la Revelière, Vice-Presidente de Vendas para
America Latina da MBDA, concederam uma entrevista coletiva
para os jornalistas presentes.
“É uma honra e uma satisfação imensa apresentar esta nova
versão, pois estive a frente de todo o projeto do H225M no
Brasil, antes de assumir a presidência da Helibras. Tenho
plena confiança e orgulho do trabalho que a nossa equipe está
realizando aqui, em estreita colaboração com as Forças Armadas
e nossos parceiros, que têm nos ajudado a construir essa
versão naval, única no mundo”, ressaltou Marelli.
Novas capacidades
A entrada em serviço do AH-15B (designação na Marinha do
Brasil) no 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral
(HU-2), está prevista para 2018, e trará de volta à MB a
capacidade de empregar a versão ar-superfície (AM 39) do
consagrado míssil anti-navio Exocet, perdida com a baixa do
SH-3A Sea king em 2012.
O AM-39 possui um alcance superior a 70Km e, dependendo da
altitude e velocidade da aeronave, o míssil permite que a
aeronave permaneça fora da faixa de defesa aérea inimiga. Ao
realizar um ataque a baixa altitude, o míssil também pode ser
lançado sob a cobertura radar do navio alvo, ingressando em
uma altitude muito baixa sobre o mar (sea skimming).
Outro diferencial é o Sistema Tático de Missão Naval (TMDS)
instalado no H225M. Esse sistema se baseia no SAMSARA, Sistema
de Gerenciamento de Missão da CASSIDIAN, e permite ao
comandante da missão uma consciência situacional e também o
controle de armas e sistemas de autoproteção, podendo avaliar
no próprio cockpit, uma situação tático-operacional complexa
e, em coordenação com o operador do console tático na cabine
do helicóptero, autorizar o lançamento do míssil AM39 nas
melhores condições. Portanto, o TDMS aprimora a detecção em
tempo real de movimentos na superfície, provendo a aeronave de
tempo suficiente de reação.
A nova versão da MB possui o radar de APS-143(C)V3, o mesmo já
utilizado pelo SH-16 Seahawk, uma câmera IR e detector a laser
para rastrear alvos, além de equipamento para gravação de
vídeo e voz, modernos sensores integrados de autodefesa (IDAS
– Integrated Defensive Aids Suite), composto por RWR (Radar
Warning Receiver), LWS (Laser Warning Systems) e MAWS (Missile
Approach Warning Systems) com cobertura de 360°, que proverão
capacidade de detectar radares e mísseis inimigos, aumentando
a capacidade de sobrevivência da aeronave, além de possuir
lançadores de Chaff e Flare.
A versão operacional também incorpora o AIS (Automatic
Identification System), que permite receber os dados
transmitidos pelos navios mercantes, possibilitando a
compilação do quadro tático, reduzindo a carga de trabalho dos
tripulantes e facilitando a identificação e correlação dos
alvos.
O AH-15B também possui full glass cockpit, compatível com o
uso de OVN (Óculos de Visão Noturna – NVG), proteção balística
(blindagem) reforçada, gancho (cargo hook) e guincho (hoist)
duplo. Este último tem capacidade de ser utilizado, mesmo com
o míssil instalado do lado direito do H225M, para que o
helicóptero possa realizar HIFR (Helicopter In-Flight
Refueling), com os navios da Esquadra onde não seja possível
pousar, de forma que a aeronave possa permanecer “on-station”
por mais tempo.
Em 2017, os novos sistemas desta versão passarão pela
avaliação e certificação do Instituto de Fomento e Coordenação
Industrial (IFI), do Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA).
Em breve, a Marinha do Brasil poderá contar com o helicóptero
naval mais letal em uso atualmente na América Latina,
desenvolvido para atuar nos mais modernos teatros de operações
que envolvam a guerra de superfície (ASuW) e promovendo um
ganho operacional para a proteção da Amazônia Azul.
Os editores do DAN, Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha, junto ao
H225M
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