Arquivos Catarinenses de Medicina V. 32. Supl. nº. 1 de 2002 S 48 XV Congresso Catarinense de Medicina RESUMO Hamartoma Duodenal Vieira R, Cunha VJL, Jarabiza R, Emhke S, Bonin GS, Favarin E. Serviço de cirugia geral - Hospital Universitário - HU - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Florianópolis - SC Introdução Tumores benignos do intestino delgado são raros. Estes são divididos em epiteliais (adenomas e hamartomas), não-epiteliais, vasculares e neurogênicos. O hamartoma duodenal geralmente tem uma configuração polipóide. Ele pode apresentar-se clinicamente através de sangramento (10 - 20%) e obstrução, contudo, na maioria das vezes, é assintomático ou apresenta sintomas gastrointestinais inespecíficos. A transformação maligna é excepcionalmente rara. A endoscopia mostra-se com grande importância não só para o diagnóstico, como também, em casos selecionados, uma opção terapêutica através da ressecção. de aspecto cístico, podendo representar lesão da cabeça do pâncreas ou lesão duodenal escavada. O enema opaco era normal e o trânsito de delgado mostrava dilatação do arco duodenal. Por opção do paciente, houve descontinuidade do tratamento, que foi retomado seis meses após, devido a um novo episódio de sangramento. Nesta data realizou nova endoscopia que mostrou grande formação polipóide em 2ª. porção duodenal, com longo e calibroso pedículo inserido poucos centímetros acima da papila duodenal maior. Resultado O paciente foi submetido à laparotomia, em 15/01/ 2002, sendo realizada uma duodenotomia, com retirada de grande lesão polipóide, sem aspecto de malignidade, medindo 5,5 x 2 x4 cm, com base de 1,5 cm. O estudo anátomo-patológico revelou um hamartoma duodenal. Objetivo Relato de caso em um paciente com hemorragia digestiva, cujo diagnóstico foi de hamartoma duodenal, mostrando desde os meios diagnósticos até o tratamento final. Conclusão Mesmo tendo sido bem conduzido, o estudo deste paciente mostrou uma dificuldade inicial de diagnóstico pela endoscopia que, por sua vez, indicou um estudo de imagem (RM) que não se mostrou elucidativo nesta situação. O anatomo-patológico inicial (biópsia) também mostrou discordância com a peça cirúrgica obtida. Devido às condições anatômicas da lesão, não houve segurança suficiente para realizar sua ressecção endoscópica, sendo, então, indicada a laparotomia. O estudo complermentar do intestino delgado e cólon não mostrou a evidência de lesões associadas, investigando assim síndromes, como a de Peutz-Jeghers. Método O paciente Z. M. S, trinta e cinco anos, masculimo, branco, casado, motorista, natural e procedente de São José e uma laparotomia prévia por lesão com arma branca em fígado e vesícula biliar. Apresentou um episódio de enterorragia de pequena monta e melena, sem emagrecimento e alteração do hábito intestinal. Realizou uma E. D. A que evidenciou grande aumento da papila de vater, ocupando parte da luz duodenal. A biópsia resultou em adenoma tubular. Foi feita também um ressonância magnética, cujo laudo registrou lesão 48