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ECONOMIA
Intensificação do ritmo de contraçao
ligeiramente superior ao esperado
o momento
Chegou
económico
o emprego
recuperar
Moreira
José Miguel
Economia
de se começar
a pensar
do investimento,
na atração
e
nestes
perdido
em apostar
só com
pois
últimos
portuguesa
-
do ritmo
Intensificação
de
superior ao espea apontar para uma queda
prego já representa para o país...
A semana passada ficou marcada, em termos de dide indicadores
económicos,
pela estimativulgação
va inicial do PIB do 2°T2012, bem como pelas estatísticas do emprego para esse mesmo trimestre,
dados a revelarem-se desfavoráveis
em ambos
confirmando
a economia
o
cenário
atualmente
fortemente
atravessa
com os
os cam-
recessivo
e o flagelo
que
que o de-
semprego representa para o país, não obstante o abrandamento do ritmo de deterioração observado, ademais
a este nível não se apresentam
quando as perspetivas
nada favoráveis.
Iniciando
a análise pelos dados do
PIB do 2°T2012, a
do INE saiu um pouco pior do que o esperado ao apontar para uma queda de 1.2%, superior às nosde uma contraçao de 0.9%, que já eram
sas perspetivas
estimativa
mais pessimistas
conseguirá
([email protected])
rado, mas continuando-se
anual inferior a 3%. Por seu lado, os dados do emprea ilustrar bem o flagelo que o desemgo continuaram
pos,
o país
anos.
no 2°T2012, ligeiramente
contraçao
do crescimento
na promoção
investimento
do que a mediana
das projeções
sídios na administração
pública e empresas públicas,
bem como agravamento
da carga fiscal), que se terão
traduzido numa penalização da generalidade das com-
ponentes da procura interna. O consumo público deverá ter acelerado o ritmo de contraçao em cadeia, mas
terá sido sobretudo o investimento
o principal responsável pela forte queda do PIB, estimando-se
cida do investimento
poderá superar
em capital
os 10%, isto
depois
uma des-
fixo (FBCF)
que
de no 1°T2012 ter
pontualmente registado uma subida de 3.2%. Já o consumo privado deverá ter caído bem menos do que no
1°T2012 (-2.1%), esperando-se uma queda 0.2%, beneficiando
da subida
das vendas
contributo
O único
favorável
de carros
no trimestre.
deverá ter vindo
das ex-
à custa de uma
portações líquidas, mas essencialmente
forte contraçao das importações,
no quadro da já referida intensa redução da procura interna As exportações, por seu lado, poderão
ter sido condicionadas
pela
da economia
europeia, particularmente
pela
maior queda da economia espanhola, mas devendo ter
tido um suporte na continuação da expansão observacontraçao
da na Alemanha.
das
contactadas pela Bloomberg (-0.7%), tendoinstituições
revelado
-se
como as segundas mais precisas. Tratoudo ritmo de contraçao,
-se de um intenso agravamento
Esta maior queda da economia portuguesa no 2°T2012,
bem como o facto de o PIB ter terminado o ano de 2011
num nível inferior ao anteriormente estimado (a descida
apenas ter caícontinua
a
ser
a
menor
contraçao
que
do atual período de recessão que já dura há 7 trimestres. Deste modo, a contraçao no I o semestre foi infe-
em cadeia do 4°T2012 foi revista
mas depois
de no 1°T2012 a economia
do 0.1%, naquela
rior à registada
o
no 2 semestre
de 2011.
de -1.3% para -1.4% e
a queda anual de 2011 de -1.6% para -1.7%) têm impactos no comportamento
anual, concorrendo para uma
revisão
em baixa das nossas
da de 2.5% para uma contraçao
da que é prevista
perspetivas,
de uma que-
entre 2.5% e 3.0%, ainda
assim abaixo
Apesar de com esta estimativa inicial o INE ainda não
divulgar dados em detalhe do PIB, estimamos que a
atividade
económica
tos das fortes
çamento
terá sido condicionada
medidas
de Estado
de austeridade
pelos efeiinscritas no Or-
(OE) para 2012 (v.g., corte de sub-
pelo Banco de Portugal
(BdP) e pela troika (-3.0%). Todavia estas previsões estão assentes em duas importantes premissas que foram
a base das previsões
do
FMI para a economia mundial:
a de que haverá uma atuação
ao nível político
suficien-
financeiras
te para permitir que as condições
ria do curo aliviem gradualmente
e que as
na perifeeconomias
emergentes comecem a ganhar tração. Claramente, os
riscos descendentes
para a economia mundial continuam a ser dominantes, nomeadamente
em resultado
de respostas políticas tardias ou insuficientes,
na Europa, como também nos EUA.
Este quadro fortemente
não só
da economia portuacompanhar por uma
laborai, com as esta-
recessivo
guesa tem-se feito, naturalmente,
intensa degradação do mercado
tísticas de emprego também relativas ao 2°T2012, divulgadas igualmente pelo INE na semana passada, a darem
conta de uma taxa de desemprego de 15.0%. São dados que traduzem um novo agravamento face aos 14.9%
observados
no trimestre
lor 2.9 p.p. superior
anterior, representando
ao observado no trimestre
logo de 2011. Considerando
os dados
zonalidade
(cálculos
Montepio),
a taxa de desemprego
do Departamento
um vahomó-
ajustados de sade Estudos do
no 2°T2012 é superior,
de 15.2% (14.8% no 1°T2012), representado
o nível mais
elevado desde, pelo menos, o 1°T1977 (considerando
os
dados ajustados de sazonalidade das séries trimestrais
do BdP). Note-se que a subida da taxa de desemprego
ao longo do 2°T2012, de 0.4 p.p. segundo os dados ajustados de sazonalidade, é cerca de metade da verifica-
da no
l°T2Oll (+0.9 p.p.)
e menos
de 1/3 da registada
no 4°T2011 (+1.4 p.p.), embora não deixando
lar um mercado
em crescente
deterioração,
de reve-
constituin-
um dos principais constrangimentos
para o
continuar a agravar-se, ademais que este
ano será particularmente
difícil, tendo em considerado como
país, devendo
com que a
ção o conjunto de medidas de ajustamento
economia se está a confrontar,
devendo o pico máximo da taxa de desemprego ser atingido somente entre
o final do ano e o início de 2013.
o flagelo que o desema
sociedade, tendo contiprego já representa para
nuado a confirmar que já não há espaço para mais me-
Estes
dados ilustram
didas de austeridade
no país para além das já anunciamedidas que estejam focadas em
das. Designadamente
aumentos
bem
e/ou reduções dos rendimentos
aos seus efeitos recessivos e con-
de impostos
devido
das famílias,
traproducentes.
Eef orçamos,
sas vezes por nós defendida,
assim, a ideia já por diverde que chegou o momen-
to de se começar a pensar em apostar na promoção do
crescimento
económico e na atração do investimento,
o país conseguirá recuperar
pois só com investimento
o
emprego
perdido
nestes últimos
anos.
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