Epilepsia - Professores FACCAT

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Camila Tidres , Karen, Karlize, Pamela e Ronaldo
Epilepsia
A epilepsia é uma doença conhecida desde épocas muito remotas da
humanidade. A palavra epilepsia é de origem grega, significa fulminar, abater
com surpresa, ser atacado, algo que vem de cima e abate o indivíduo.
Antigamente se falava de epilepsia ou de ataque de epilepsia cada vez que um
indivíduo perdia sua consciência de forma imprevista. As convulsão seria um
termo leigo, relacionando a crise com fenômenos motores exuberantes, em
geral acompanhada de perda da consciência e caracterizadas por manifestações
tônicas. Alguns tipos de epilepsia, como aquelas que têm crises focais corticais,
podem se causadas por lesões, tais como traumas perfurantes, infarto cerebral ou
até mesmo um tumor cerebral. Ainda, apesar destas lesões serem importantes na
geração destas crises, a base celular destas alterações, ao nível epilético ainda
permanece obscuro. O nível de consciência é paulatinamente recuperado, onde
após aproximadamente 10 a 15 minutos o paciente realmente desperta
acompanhado ou não de confusão mental pós comicial. Além do estresse físico,
támbém observa-se hipoxemia, acidose, arritmia cardíaca, hipertensão, edema
pulmonar com raridade.
A epilepsia não tem cura, embora os ataques possam ser controlados com
medicação em cerca de 70% dos casos, a ocorrência de epilepsia torna-se mais
comum à medida que a idade avança, Em países desenvolvidos, a ocorrência de
novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto que em países em
vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças mais velhas e jovens
adultos.
Causas
A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça,
uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro),
abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante
o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.

As causas mais conhecidas para a epilepsia são : Danos cerebrais de
uma lesão pré-natal ou perinatal (asfixia ou trauma durante o parto, baixo peso
ao nascer);

Defeitos congênitos ou doenças genéticas associadas a malformações
cerebrais;

Ferimentos graves na cabeça;

Acidente vascular cerebral, privando o cérebro de oxigênio;

Infecções cerebrais, tais como meningite e encefalite e neurocisticercose ;

Algumas síndromes genéticas;

Tumores cerebrais.
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
ATAQUE EPILÉPTICO- Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão,
apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua,
salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
CRISE DE AUSÊNCIA-A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio
por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é
percebida pelos familiares e/ou professores.
CRISE PARCIAL COMPLEXA- como se a pessoa estivesse "alerta" mas não tem
controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses
movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando
de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa
não se recorda do que aconteceu quando a crise termina.
Uma crise epiléptica não caracteriza um quadro de epilepsia. Para que isso
ocorra, é necessário que, no período de um ano, hajam duas ou mais crises
originadas espontaneamente. Ao contrário de muitas crenças populares, a
epilepsia não é contagiosa. No entanto, a maior parte dos casos de epilepsia –
quando não são sintomas de outras doenças – não possuem procedência clara.
Distúrbios cerebrais de causa genética estão entre as possíveis causas.
Genética
Muitos dos aproximadamente 30 mil genes humanos podem estar associados
à epilepsia por meio de alterações genéticas ou de alterações na expressão
gênica. As alterações genéticas são aquelas que ocorrem na estrutura física
do gene, como as mutações ou polimorfismos, e contribuem para
epileptogênese agindo diretamente como causa primária ou, indiretamente, no
estabelecimento do limiar de susceptibilidade. Embora algumas dessas
alterações possam ser adquiridas de novo, a maior parte delas é transmitida
hereditariamente. Por outro lado, as alterações de expressão gênica são
aquelas que interferem estritamente na modulação da atividade gênica, sem o
envolvimento de lesões físicas no DNA. Esse tipo de alteração geralmente
reflete mudanças nos níveis ou na localização dos produtos gênicos e é
deflagrada por insultos epileptogênicos.
Como proceder durante as crises:

coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto
objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos

introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas
na língua

levante o queixo para facilitar a passagem de ar

afrouxe as roupas

caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o
lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva

quando a crise passar, deixe a pessoa descansar

verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência
que possa sugerir a causa da convulsão

nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se)

não dê tapas

não jogue água sobre ela.
O ÓRGÃO AFETADO SERIA O CÉREBRO- temporária, causa manifestações motoras,
sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas.
COMO SE COMPORTA UM PACIENTE COM EPILEPSIA
A personalidade epiléptica designa um conjunto de características psíquicas
associadas à actividade disrítmica do Sistema Nervoso Central, principalmente do
lobo temporal (que regula a vida emocional, sentimentos, instintos, comandam as
respostas viscerais às alterações ambientais). Kaplan considera, juntamente com
outros tantos autores, uma alta incidência de psicoses na epilepsia. Além disso, as
perturbações da personalidade constituem os problemas psiquiátricos mais
comuns nesta disfunção do Sistema Nervoso Central. Não se afirma, com isso,
que todos epilépticos possuam a mesma personalidade ou as mesmíssimas
características, de forma que possamos colocá-los todos num mesmo "clone". O
que acontece são determinados traços comportamentais, de relacionamento, de
reação vivencial, de emotividade e impulsividade encontrados estatisticamente de
maneira significativa nos pacientes epilépticos.
Há uma maneira de ser do epiléptico caracterizada, principalmente, por
irritabilidade, explosividade, agressividade, querelância, viscosidade, instabilidade
de humor e outros sinais. Também se vê na prática clínica, outras alterações mais
patológicas e responsáveis por alterações da sensopercepção, tais como
alucinações e ilusões, encontrados em pacientes com alterações
eletroencefalográficas do lobo temporal. Inegavelmente a epilepsia resulta de um
distúrbio fisiológico do Sistema Nervoso Central e não de conflitos intra-psíquicos,
embora, sem dúvida, estes possam coexistir. Assim, os transtornos epileptiformes
da personalidade seriam muito mais secundários a alterações funcionais do
Sistema Nervoso Central, do que motivados por razões exclusivamente
emocionais, cogitando-se, inclusive, que muitos dos sentimentos esboçados por
tais pacientes sejam conseqüência deste distúrbio funcional.
EPILÉPTICOS ADULTOS - TRAÇOS *
Irritabilidade e Agressividade...
Dificuldades de relacionamento...
Hiperemotividade...
Dependência Afetiva...
Misticismo...
Instabilidade de humor...
Sintomas depressivos/ hipocondria...
Dificuldades Sexuais...
83%
83%
73%
60%
60%
60%
56%
53%
EPILÉPTICOS ADULTOS - SINAIS CLÍNICOS *
Perda de fôlego em criança...
Enurese noturna até tarde...
Instabilidade da Atenção...
Cefaléias ou enxaquecas...
Vista escura (tontura postural)...
Agitação durante o sono...
93%
73%
93%
70%
70%
50%
*Porcentagens encontradas em pacientes epilépticos reportadas no
trabalho de LúciaCoelho, "Epilepsia e Personalidade".
Uma das características da personalidade facilmente observável nos
epilépticos extrovertidos, talvez seja a chamada viscosidade, mas só nos
extrovertidos. Esta alteração se evidencia numa forma de inter-relacionamento
pessoal caracterizada por adesividade, circunstancialidade e prolixidade; a
conversação com o paciente costuma ser lenta, séria, pedante, irritantemente
ponderada, excessivamente cheia de detalhes, minúcias supérfluas e
demasiadamente circunstancial. Comumente o ouvinte se aborrece diante do
desprezo ao tema principal da conversa em benefício dos detalhes, procura
reconduzir o assunto à pauta principal mas o paciente insiste no discurso com um
volteio interminável. Encerrar a conversa com tais pacientes é tarefa difícil,
despedir-se deles é demorado e irritante; frequentemente fazem que dão o
assunto por encerrado mas acrescentam mais alguma coisa, ficam mais um
pouco, lembram mais alguma coisa a perguntar, enfim, grudam demais. Por isso
são chamados de viscosos ou pegajosos. O termo Personalidade Epileptóide é
utilizada por Kaplan ao descrever o Transtornos Explosivo Intermitente, segundo a
classificação do DSM-III-R. O Transtornos Explosivo Intermitente foi tratado pelo
DSM-III-R e continua classificado pelo DSM-IV, no capítulo dos Transtornos do
Controle dos Impulsos. Na CID-10 corresponde ao código F63.8, rotulado como
Outros Transtornos dos Hábitos e Impulsos, dentro do capítulo Transtornos dos
Hábitos e Impulsos. Devemos incluir aqui comportamentos mal adaptativos,
persistentemente repetidos que não sejam secundários à qualquer síndrome
psiquiátrica reconhecida e nos quais parece haver falhas repetidas a resistir a
impulsos para executar o comportamento agressivo.
A característica essencial dos Transtornos de Controle dos Impulsos é o
fracasso em resistir a um impulso ou tentação de executar um ato perigoso para a
própria pessoa ou para outros. Na maioria dos transtornos descritos nesta
classificação, o paciente sente uma crescente tensão ou excitação antes de
cometer o ato. Após cometê-lo, pode ou não haver arrependimento,
auto-recriminação ou culpa. É um distúrbio persistente da personalidade
caracterizado principalmente por instabilidade afetiva, explosões de agressividade
ou raiva recorrentes, comprometimento acentuado do julgamento social, apatia
acentuada e indiferença, desconfiança ou ideação paranóide.
referencias :


http://www.minhavida.com.br/saude/temas/epilepsia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-423020080003
00023 SACONATO, Humberto et al . Oxcarbazepine for refractory epilepsy:
systematic review of the literature. Sao Paulo Med. J., São Paulo, v. 127,
n. 3, 2009. Disponível em: . Acesso em 26 jul. 2010. ALONSO, Neide Barreira
et al . Qualidade de vida e epilepsia: perspectivas futuras e ações
práticas para a pessoa com epilepsia. J. epilepsy clin. neurophysiol., Porto
Alegre, v. 16, n. 1, 2010. Disponível em: . Acesso em 26 jul. 2010.
GOMES, Marleide da Mota. Epilepsia e incapacidade laborativa. J. epilepsy
clin. neurophysiol., Porto Alegre, v. 15, n. 3, Set. 2009. Disponível em: .
Acesso em 26 jul 2010.
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