Fı́sica IV 1 Notas da disciplina de Fı́sica IV 1 Equações de Maxwell- Ondas electromagnéticas 1.1 Circulação e fluxo de campos vectoriais Seja Γ(A → B) uma curva orientada do ponto A com vetor posoção ~rA para o ponto B com ~rB . A integral de um campo vectorial F~ (~r ) ao longo dessa curva é chamada circulação e notada Z ~ F~ · d~r T (Γ, F ) := Γ(A→B) Na mecânica seria o trabalho de uma força ao longo de um caminho. Para calcular a integral precisamos de uma representação paramétrica da curva : ~ ~ ~ ~r = R(s) tal que R(a) = ~rA e R(b) = ~rB , achamos Z Γ(A→B) F~ · d~r := Z b b ≡ Z a a ~ d R(s) ~ F~ (R(s)) · ds ! d X(s) d Y (s) d Z(s) ~ ~ ~ + Fy (R(s)) + Fz (R(s)) ds Fx(R(s)) ds ds ds O bordo da curva orientada, notado como ∂Γ, é formado pelo conjunto dos pontos extremos ”orientados”: A positivo e B negativo. A diferencial de um campo escalar f(~r ) ≡ f(x, y, z) define o gradiente de uma função por −→ df := grad f · d~r ≡ ∂f ∂f ∂f dx + dy + dz ∂x ∂y ∂z O teorema fundamental do cálculo fornece Z Γ −→ Rb a df = f(b) − f(a) que escreve-se como : grad f · d~r = (∂Γ, f) := f(b) − f(a) unde a expresão (∂Γ, f) se lê como ”f avaliada em ∂ Γ”. A generalização dessa propriedades às dimensões maiores é conhecida como teorema de Stokes. O fluxo de um campo vectorial F~ através de uma superfı́cie orientada por ~ = ~n dS, é definido por : um vector normal unitário ~n, com dS ~ := F (S, B) Z S ~ · dS ~ B Fı́sica IV 2 O bordo de uma superfı́cie orientada, notado ∂S possue uma orientação induzida de modo que Z −→ Z −→ ~ ~ ~ ~ · d~r = T (∂S, B) ~ F (S, rot B) := rot B · dS = B S ∂S Finalmente, a carga dentro de um voume V de uma quantidade escalar ρ é Q(V, ρ) = Z V ρ dV Com a fronteira orientada ∂V de V temos mais um teorema de Stokes : ~ := M(V, divE) 1.2 Z ~ dV = divE V Z ∂V ~ · dS ~ = F (∂V, E) ~ E Forma Global das leis de Maxwell Temos duas equações sem fontes : ~ através de uma superfı́cie 1. Lei de Gauss do magnetismo : O fluxo do campo B fechada é nulo : ~ =0 F (∂V, B) (1.2.1) 2. Lei de Faraday da indução : A variação no tempo do fluxo do campo magnético através de uma superfı́cie S induz uma força electromotriz no bordo dessa superfı́cie, oposta à essa variação : − d ~ = T (∂S, E) ~ F (S, B) dt (1.2.2) Mais duas equações que contenham as fontes, que são as cargas e correntes. ~ através de uma superfı́cie fechada é igual 1. A Lei de Gauss : O fluxo do campo E a 1/0 vezes a carga contida no volume cujo bordo é essa superfı́cie : ~ = 1 Q(V, ρ) F (∂V, E) 0 (1.2.3) onde ρ é a densidade de carga no volume V . 2. A lei de Ampére Maxwell : A circulação do campo magnético ao longo do bordo ∂S é igual á µ0 vezes a corrente atravês dessa superfı̀cie mais uma corrente de ”deslocamento” sendo a variação do fluxo do campo elétrico vezes 0 : ~ = µ0 T (∂S, B) d ~ F (S, ~j) + 0 F (∂S, E) dt ! (1.2.4) Vejam no livro texto a necessidade de introduzir uma corrente de deslocamento no processo de carregamento de um capacitor. A consistência matemática das equações também requer esse termo. Fı́sica IV 3 Escrendo explicitamente as integrais envolvidas, obtemos : Z ∂V ~ · dS ~ =0 B ~ · d~r + d ~ · dS ~ =0 E B dt ∂S S Z Z ~ · dS ~= 0 E ρ dV Z Z ∂V Z ∂S 1.3 V d 1 ~ B · d~r − µ0 dt Z S ~ · dS ~= 0 E Z S ~ ~j · dS (1.2.5) Forma Local Os teoremas de Stokes (vejam curso de cálculo) escrevem-se : Z −→ ZΓ ZS V grad f · d~r = f(b) − f(a) −→ ~ · dS ~= rot B ~ dV = divE Z ∂S Z ∂V ~ · d~r B ~ · dS ~ E (1.3.1) Aplicando esses teoremas de Stokes às equações [1.2.5] obtemos : ~ =0 divB −→ ~+ ∂B ~ =0 rot E ∂t ~ =ρ div 0 E ~ ~ ∂ 0 E B rot − = ~j µ0 ∂t −→ (1.3.2) A conservação da carga escreve-se globalmente e localmente como d Q(V, ρ) + F (∂V, ~j) = 0 dt ∂ρ + div~j = 0 (1.3.3) ∂t ~ /∂t, não há consistência nas equações . Sem a corrente de deslocamento ∂ 0 E Fı́sica IV 1.4 4 Soluções particulares das equações de Maxwell Ondas electromagnéticas são geradas por cargas aceleradas. No livro-texto é descrita, bem qualitativamente, a geração de ondas por uma antenna dipolar elétrica. O essential é que o campo produzido pode ser decomposto em um campo (complicado) localizado perto do dipolo e de um campo que decresce mais lentamente para zero no infinito e que descreve a radiação . Se o dipolo for alimentado por uma corrente alternada produzida por um circuito ressonante de freqüência angular ω, o campo também varia com essa freq”uência. No caso em que os campos de radiação são produzidos por um dipolo, o campo elétrico longe do dipolo é, e permanece, paralelo ao eixo do dipolo na região lomge desse dipolo onde nâo há cargas e correntes. Uma ilustração da radiação dipolar é dada nos livros texto. ~ e B. ~ Podemos utilizae as equações de Maxwell no vácuo para os campos E ~ =0 divB −→ ~ =0 ~+ ∂B rot E ∂t ~ =0 div 0 E −→ −→ ~ ~ ∂ 0 E B rot − =0 µ0 ∂t −→ (1.4.1) −→ ~ =grad (divE)−4 ~ ~ onde o operador de Laplace Usando as identidades rot rot E E, é dado por : 4 := ∂ 2/∂x2 + ∂ 2/∂y 2 + ∂ 2/∂z 2 . Definimos a velocidade c por 0 µ0 := 1/c2 e achamos as equações de d’Alembert para os campos : 2 1 ∂2 ~ ~ =0; 1 ∂ B ~ − 4B ~ =0 E − 4 E (1.4.2) c2 ∂t2 c2 ∂t2 Comparamos com a equação das vihrações numa corda (veja disciplina de Fı́sica II) e esperamos soluções na forma de ondas se propagando com velocidade c. Construimos soluções particulares com campos eléctricos e magnéticos de direção constante, sob a forma de uma onda plana, progressiva: ~ r , t) = E ~ 0 cos(~k · ~r − ωt + α) ; B(~ ~ r, t) = B ~ 0 cos(~k · ~r − ωt + β) E(~ Aplicamos as propriedades de um campo vetorial do tipo F~ (~r , t) = ϕ(~r, t) F~0 : ~ (~r , t) −→ −→ −→ ∂F ∂ϕ ~ divF~ (~r, t) =grad ϕ · F~0 ; rot F~ (~r , t) =grad ϕ × F~0 ; = F0 ∂t ∂t e equações [1.4.1] escrevem-se como ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + β) = 0 −~k · B ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + α) + ω B ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + β) −~k × E ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + β) −~k · B ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + β) − ω E ~ 0 sin(~k · ~r − ωt + α) = 0 −~k × B c2 (1.4.3) Fı́sica IV 5 Visto que essas equações devem ser válidas para qualquer ~r e t, as fases α e β devem ser iguais e podemos, com uma escolha conveniente, igualá-los a zero. Obtemos assı́im ~k · E ~ 0 = 0 ; ~k · B ~0 = 0 (1.4.4) ω ~k × E ~0 = ω B ~ 0 ; ~k × B ~0 = − E ~0 (1.4.5) c2 Usando o duplo produto vectorial : ~a × ~b × ~c = (~a · ~c) ~b − (~a · ~b)~c , obtemos : ~k × ~k × E ~ 0 = ω~k × B ~ 0 = − (ω 2 /c2 ) E ~ O = (~k · E ~ 0 ) ~k − ~k 2 E ~ 0 , donde |~k|2 = ω 2 /c2 . ~0 e B ~ 0 estão relacionados por |E ~ 0 | = c |B ~ 0 |. Também o módulo dos vetores E 1.5 Fluxo de energia das ondas electromagnéticas ~ eB ~ sempre ficam paraleNas soluções particulares [1.4.3] que obtivemos os campos E los a uma direção fixa. Esse tpo de onda é chamado de onda polarizada linearmente. Mais adiante veremos tipos de polarização mais gerais. A densidade de energia dos campos electrostático e magnético, como visto em Fı́sica III na carga de um capacitor ou de uma bobina de indução magética, se generaliza ao caso mais geral : ~ 2 ; uM = (1/2µ0 ) B ~2 uE = (1/2) 0 E (1.5.1) ~ = c |B|, ~ donde para a densidade Para uma solução das equações de Maxwell temos |E| de energia total do campo : ~ ~ ~ 2 = 1 |E| |B| uEM = |E| c µ0 A quantidade de energia que atravessa uma área ∆A durante um intervalo de tempo ∆t na direção de propagação é ∆U = uEM c ∆t ∆A. O fluxo de energia por unidade de tempo 1 ~ ~ ∆U = |E| |B| (1.5.2) S := ∆A ∆t µ0 Introduzimos o vetor de Poynting que descreve o sentido desse fluxo : ~= 1 E ~ ×B ~ S (1.5.3) µ0 ~ eB ~ são ortogonais o módulo do vector de Poynting é dado pela equação Visto que E [1.5.2]. A energia que sai de uma superfı́cie fechada Σ = ∂V por unidade de tempo, ~ sobre ∂V : a potência, é obtida como integral de S ~ ∂V ) = F (S, Z ∂V ~ · dΣ ~ = S Z V ~ dV divS Exercı́cios : 1) : Mostre que, na ausência de cargas, temos conservação da energia : ∂uEM ~ =0 + divS ∂t 2) Quais são as unidades de uE , uM , S, F (P~ , S) ?? (1.5.4) Fı́sica IV 6 A intensidade de uma onda periódica é definida como o valor médio sobre um perı́odo do fluxo da equação [1.5.2], que é o módulo do vector de Poynting. No caso de uma ~ = (1/µ0 ) E ~0 B ~ 0 hcos2(~k · ~r − ωt)i e o valor onda plana progressiva senoidal I := h|S|i médio sobre um perı́odo (ou sobre um comprimento de onda) de cos2 é 1/2, obtemos I= 1 ~ ~ |E0 | |B0 | 2µ0 (1.5.5) Teorema de Poynting : Numa região onde tem carga, essas cargas sofrem a ação do campo electromagnético ~ + ~j ∧ B. ~ O trabalho realizado resultando numa força por unidade de volume f~ = ρ E em um deslocamento d~r , por unidade de volume, sobre as cargas é dT = f~ · d~r e ao longo de uma solução das equações do movimento d~r = ~v dt de modo que ~ · ~j dt dT = f~ · ~v dt = E (1.5.6) ~ · ~j dV dt. O trabalho realizado durante o intervalo dt no volume dV será : dW = E Podemos eliminar ~j em função dos campos usando as leis de Maxwell. Usando também −→ ~ × B) ~ = B· ~ rot E ~ −E ~ · B, ~ achamos : a identidade div(E dW ~ − ∂u = − divS dV dt ∂t (1.5.7) ~ = (1/µ0 ) E× ~ B ~ é o vetor de Poynting e u = (0/2)E ~ 2 +(1/2µ0 )B ~ 2 é a densidade onde S de energia electromagnética. Integrando sobre um volume V , e utilizando o teorema do divergente, obtemos dW d (V ) = − dt dt Z V u dV − Z ∂V ~ · dA ~ S (1.5.8) O trabalho, por unidade de tempo(i.e. a potência) realizado sobre as cargas no volume V é compensado pela perda de enegia electromagnética no volume e pelo fluxo do vetor de Poynting saindo desse volume. O exercı́cio 1 é o caso particular para uma região sem cargas. Matéria mais avançada - Tensor tensão do campo EM: Temos um teorema semelhante para o momento linear a partir da equação d~p ~ + ~j × B ~ = f~ = ρ E dV dt (1.5.9) Eliminando ρ e ~j usando as equações de Maxwell obtemos uma expressão da forma: ~ f~ = − (1/c2 ) (∂ S/∂t) + div(T), onde o tensor T descreve as tensões criadas no espaço pelo campo electromagnético. Ele é formado de uma parte eléctrica e uma parte magnética : 1 ~2 Tij (E) := 0 Ei Ej − E 2 ; Tij (M) := 1 1 ~2 Bi Bj − B µ0 2 Fı́sica IV 7 A densidade volumétrica das forças agindo sobre as partı́culas pode ser escrita como ~ mec /∂t, onde P ~ mec é a densidade de momento das cargas. Isto sugere como f~ = ∂ P definir a densidade de momentum do campo de radiação por : ~ rad = S/c ~ 2 P (1.5.10) e obtemos ∂ ~ ∂ ~ Pmec = − P (1.5.11) rad + div(T) ∂t ∂t Integrando sobre um volume V obtemos a força que o campo exerce sobre as cargas : 1 d F~ = − 2 c dt Z V ~ dV + S Z ∂V ~ T · dA (1.5.12) O fluxo do tensor tensão através da superfı́cie ∂V contribue à força exercida pelo campo sobre as cargas. Voltando ao livro texto padrãom achamos o momentum linear carregado pelo campo ~ ∆V com módulo no volume ∆V : ∆~p = (1/c2 ) S ∆p = 1 ∆U uEM ∆V = c c (1.5.13) Expressão usada no livro texto com justificação mais qualitativa. Esse momemto do campo produz uma pressão de radiação na região do campo. O valor médio do módulo de ∆p por intervalo de tempo ∆t e por área ∆A implica uma pressão Π= ∆p I = hui = ∆t ∆A c (1.5.14) No caso de paredes que absorvem completamente a radiação , numa incidência normal, eles sofrem uma variação de momento dada acima em [1.5.12], mas se forem paredes perfeitamente refletores a variação de momento será o dobro : ∆p = 2 ∆U c (1.5.15) Fı́sica IV 1.6 8 Exercı́cios 1): TIPLER,4a ed., cap 32,** 55 Uma espira circular de fio pode ser usada para detectar ondas EM. Suponha que uma estação de FM de f = 100 MHz irradie P = 50 kW uniformamente em todas as direções . Qual será a máxima tensão rms induzida em uma espira de r = 30 cm de raio situada a R = 100 km da estação ? dado : µ0 = 4π 10−7 N/A2 . solução : a) a intensidade da onda é I = P/(4π R2 ), o valor máximo do campo magnético na espira é B0 dado por I = c B0 2/(2 µ0 ) donde : B0 2 = 2 × 4π10−7 × 50 103 2 µ0 P = c 4πR2 3 108 4π 1010 N A.m 2 = 0, 577 × 10−10 T esla 2 b) O fluxo do campo magnético atravs da espira será máxima se o campo for perpendicular à área da espira. O valor máxim0 desse fluxo será Φ0 = B0 π r2 e a tensão varia com a freqüência f = 108 Hz. O valor máximo da tensão é : E0 = 2πf B0 π r2 = 10, 2 mV com o valor rms : √ Erms = E0 / 2 = 0, 707 × 10, 2 mV = 0, 707 mV Observação : Geralmente uma antenna NÃO irradia uniformamente em todas direções . É preciso orientar a antenna ! Veja no livro texto a radiação de um dipolo. Fı́sica IV 9 2): TIPLER,4a ed., cap 32,*** 64 Um cilı́ndro longo de comprimento L, raio a, e resistivudade ρ, é percorrido por uma corrente constante I uniformamente distribuı́da ao longo de sua seção reta. (a( Use ~ no condutor em função de {I, ρ, a}. a lei de Ohm para determinar o campo elétricp E ~ junto à superfı́cie do condutor. (c) Use os (b) Determine o campo magnético B ~ =E ~ × B/µ ~ 0 em resultados dos ı́tens (a) e (b) para calcular o vetor de Poybting S H ~ (d) Calcule o fluxo Sn dA através da r = a. Em que direção aponte o vetor S? superfı́cie do cilı́ndro e mostre que a taxa com que a energia penetra no cilı́ndro é igual à I 2 R, onde R é a resistência do cilı́ndro. solução : ~ = E ~z, onde pela (a) : Tomaremos o eixo Oz ao longo do eixo do cilı́ndro. Temos E lei de Ohm E = ρ j = ρ I/A. A = π a2 é a área da seção reta do cilı́ndro. E= ρI π a2 (b) : A corrente é estacionária e podemos usar a lei de Ampère para calcular o campo ~ dirigido ao longo do vetor unitário azimutal B ~ =Bϕ ~ em torno B ~ . A circulação de B do cilı́ndro será : 2π a B = µ0 I, donde : B= µ0 I 2π a (c) : O vetor de Poynting está na direção central ~z × ϕ ~ = − ~r com módulo S= 1 ρI I ρ I2 µ0 = µ0 2π a 2π a πa2 2π a (d) : Como a resistência é relacionada com a resistividade por R = ρ L/(πa2 ), obte~ através do cilı́ndro C : mos o fluxo de S ~ = − S 2π a L = R I 2 F (C, S) onde o sinal ”menos” indica que a energia entre no cilı́ndro. Pergunta suplementar : Qual é a conseqüência desse efeito sobre o cilı́ndro ? Fı́sica IV 10 2): TIPLER,4a ed., cap 32,*** 65 Um solenóide longo de comprimento ` e de raio R, tem N espiras e é percorrido por uma corrente que aumenta lentamente com o tempo de acordo com I(t) = a t. (a) Determine o campo elétrico induzida a uma dustância r < R do eixo do solenóide. ~ = E ~ × B/µ ~ 0 , para r = R, i.e. na superfı́cie (b) Determine o vetor de Poynting S do solenóide. (c) Calcule o fluxo do vetor de Poynting através da superfı́cie Σ do ~ := R S ~ · dA ~ e mostre que é igual à taxa de aumento da energia solenóide : F (Σ, S) Σ magnética armazenada no solenóide. solução : (a) : O campo magnético dentro do solenóide é calculado pela lei de Ampère (sem H ~ · d~` = µ0 I(σ) . Usamos para isso um contorno ∂Σ corrente de desocamento): ∂Σ B que passa pelo centro do solenóide de modo que a unica contribuição ven do campo ~ dentro do solenóide com resultado O campo B ~ estara na direção do eixo Oz com B vetor unitário ~z e sentido determinado pelo enrolamento dextrógiro do fio onde passa a corrente (positiva) ~ = B ~z ; B = µ0 N I = µ0 n I B ` H ~ · d~` = −(d/dt)F (B, ~ Σ), Para calcular o vetor elétrico usamos a lei de Faraday ∂Σ E onde o caminho ∂Σ é concêntrico ao eixo do solenóide à uma distância r desse eixo. ~ ~z } os três vetores unitários do sistema de coordenadas cilı́ndricas de modo Seja {~ ρ, φ, ~ = E(r) φ ~ com E(r) 2π r = − d/dt(µ0 n I π r2 ) e que E ~ ; E(r) = − r µ0 n dI ~ = E(r) φ E 2 dt (b) : O vetor de Poynting na superfı́cie do solenóide é : ~ = S ~ρ ; S = −(R/2) I(dI/dt)µ0 n2 S ~ através se Σ é : (c) : O fluxo de S ~ = −µ0 n2 A ` I F (Σ, S) dI d Umag =− dt dt A inductância do solenóude é L = µ0 n2 A ` e a energia armazenada no solenóide é dada por Umag = (1/2) I 2 L.