Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004- 2773 ISSN (online) 1806-4280 ARTIGO ORIGINAL Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde Leprosy in a university hospital: profile of patients followed in a tertiary health center Adma Silva de Lima1, Karin Cristine Pinto2, Míryan Priscilla Santos Bona3, Suelen Mayara Lopes de Mattos4, Marina Portiolli Hoffmann5, Fabiane Andrade Mulinari-Brenner6, Vanessa Christine Dallolmo Ottoboni7 Resumo diagnóstico não se correlacionaram à manutenção do paciente em acompanhamento no hospital. A não-procedência de Curitiba e sua região metropolitana teve associação estatisticamente significativa com transferência (p<0,05). A presença de neurites, isoladas ou associadas a outras reações foi estatisticamente associada à manutenção do paciente em acompanhamento no hospital (p<0,05). Discussão: As neurites, por serem reações graves e necessitarem de acompanhamento multidisciplinar, muitas vezes envolvendo o neurocirurgião foi fator associado à manutenção do paciente em serviço terciário. A não procedência da região na qual o hospital estava localizado foi associada a transferência. Este dado reforça a necessidade da manutenção de centros de referência a pacientes com a doença próximo a seus locais de domicílio. Fundamentos: A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica considerada um problema de saúde pública em diversos países.No Brasil, o atendimento aos doentes com hanseníase está subdividido entre os níveis primário, secundário e terciário de atenção à saúde. O objetivo deste estudo é avaliar qual o perfil dos doentes que necessitam manter acompanhamento em serviço terciário. Métodos: Foi realizado estudo transversal, retrospectivo, dos pacientes atendidos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná no período compreendido entre janeiro de 2005 e janeiro de 2010. Foi realizada análise estatística para verificar as relações entre as variáveis nos diferentes grupos, com objetivo de identificar quais os fatores determinantes para manutenção do paciente no serviço de referência terciário. Resultados: A forma clínica da doença, presença de reações hansênicas tipo 1 e 2 e atraso Descritores: Hanseníase. Hanseníase Dimorfa. Hanse­ níase Multibacilar. Hanseníase Paucibacilar. Hanseníase Tuberculoide. Hanseníase Virchowiana. Mycobacterium leprae. 1. Médica Dermatologista em Brusque - Santa Catarina. Residencia em Dermatologia pelo Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Parana - Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E-mail: adma_lima@ ibest.com.br. Abstract 2. Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná - Médica Residente em Clinica Médica da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E-mail: [email protected]. Background: Leprosy is a chronic infectious disease considered a public health problem in many countries. In Brazil, leprosy patients care is subdivided into primary, secondary and tertiary levels of health care. The objective of this study is to evaluate the profile of patients who need to be kept in a tertiary center . Methods : This is a cross-sectional, retrospective study of leprosy patients at Hospital de Clínicas, Federal University of Paraná, in the period between January 2005 and January 2010. Statistical analysis was performed to examine the relationships between variables in different groups, in order to identify the determinants for maintenance of patients in a tertiary referral center. Results: Clinical form of the disease, leprosy reactions type 1 and 2 and 3. Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Parana - Residente em Otorrinolaringologia. Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná. Curitiba - Paraná, Brasil. E-mail: [email protected]. 4. Graduação em Medicina pelo Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Parana - Médica Residente em Dermatologia. Hospital de Clinicas - Universidade Federal do Parana. E-mail: [email protected]. 5. Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Parana - Residente em Radiologia. Hospital de Clínicas- Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected]. 6. Mestre. Médica Dermatologista. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. - Professora Assistente de Dermatologia - Universidade Federal do Paraná. Curitiba - Paraná, Brasil. E-mail: [email protected]. 7. Médica Dermatologista. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Coordenadora do Ambulatório de Hanseníase. Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná. Curitiba - Paraná, Brasil . E-mail: [email protected]. Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43 38 Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde único país americano que não atingiu a meta de prevalência em relação à doença 2. delayed diagnosis were not correlated to the maintenance of patient in the referral center Nevertheless, not being from Curitiba and its metropolitan area had a statistically significant association with transfer (p<0.05) . The presence of neuritis, either isolated or associated with other reactions, was statistically associated with maintenance of patients in the referral center( p < 0.05). Discussion: Neuritis are severe reactions and require a multidisciplinary approach and was a factor associated with maintaining the patient in a tertiary center. Also, not living in the region in which the hospital was located was associated with transfer. These findings reinforce the need to maintain referral center for leprosy near the places where the patients live. Por ser um país de dimensões continentais com características particulares de cada região, o problema da erradicação da hanseníase no Brasil é complexo. Enquanto no sul e sudeste os índices de erradicação já foram atingidos, a doença ainda configura um grave problema de saúde pública em outras regiões. Os coeficientes de detecção de novos casos, também, permanecem altos. O Ministério da saúde brasileiro preconiza que o diagnóstico e tratamento sejam realizados nos postos, centros de saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e outras estratégias da atenção básica de saúde da população, que devem estar preparados para atender as pessoas que contraírem hanseníase, assim como para a dispensação do tratamento, que é feito de maneira gratuita pelo Sistema único de Saúde (SUS) 9. Ocasionalmente, no entanto, os pacientes necessitam de avaliação ou tratamento especializado, devido a diversos motivos, tais como: reabilitação, diagnóstico diferencial e esclarecimento de diagnóstico, hospitalização em casos de reações ou outras intercorrências, além de dúvidas no manejo do paciente de hanseníase 9. Neste caso, os doentes devem ser encaminhados a serviços de referência. Keywords: Leprosy. Leprosy Borderline. Leprosy Lepro­ matous. Leprosy Multibacillary. Leprosy Paucibacillary. Leprosy Tuberculoid. Mycobacterium leprae. Introdução Desde os anos 80, o número de casos registrados de Hanseníase no mundo diminuiu de maneira expressiva. Eram 13-14 milhões de casos em 1985 contra 753.000 no final de 1999 1 e aproximadamente 600.000 em 2002 2. De acordo com dados da OMS, em 2009 a prevalência da doença foi de 211.903 casos com taxas de incidência de 244.796 (excluindo-se a Europa) 3. Em 2011, 219.075 novos casos foram detectados no mundo 4 . Segundo boletim epidemiológico da OMS de agosto de 2010, entre as regiões da OMS, a Ásia apresentou a maior taxa de detecção, 9,39 casos por 100.000 habitantes, seguida pelos países americanos com 4,58 casos por 100.000 habitantes. Nestas regiões os dados foram fortemente influenciados pelo número de casos notificados pela Índia com 133.717 e pelo Brasil com 37.610 casos, sendo este o segundo país em número de casos. Dos 40.474 casos novos nas Américas, 93% são casos notificados no Brasil 5 Neste estudo, envolvendo os pacientes encaminhados ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, foram verificadas as diferenças entre os pacientes avaliados e reencaminhados ao serviço de atenção básica primária e verificadas as características epidemiológicas determinantes do seguimento do tratamento em serviço terciário. Materiais e métodos Foi realizado estudo transversal, retrospectivo, baseado na revisão de prontuários e dados coletados junto ao serviço de epidemiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do serviço de Informática do mesmo hospital, dos pacientes atendidos no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2010. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Em 1991 a OMS propôs como meta a eliminação da hanseníase no mundo - para isto seria necessário atingir uma prevalência de menos de 1 caso/10.000 habitantes em um determinado país 1, 6, 7. A prevalência da hanseníase é obtida pela divisão do número total de pacientes em tratamento em um determinado momento (numerador) pela população (denominador) 6. Em 1985, 122 países possuíam mais de 1 caso para cada 10.000 habitantes. Em 2000 este número caiu para 24, em 2001 para 15, em 2002 para 12 6 e para 10 em 2003 8. A Índia atingiu a meta de erradicação da doença em 2005, apesar de ainda ocupar o primeiro lugar em número de casos, seguida pelo Brasil. Este último é o Os seguintes dados foram pesquisados: idade, profissão, escolaridade, Índice baciloscópico inicial e final, tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico, dosagem de glicose-6-fosfato-desidrogenase, forma clínica da doença, tratamento, tempo de tratamento, intercorrências, comorbidades, sequelas, avaliação funcional inicial e final, presença de reações. 39 Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43 Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde Tabela 2: Distribuição de gênero nos subgrupos Os critérios de inclusão foram: Pacientes com diagnóstico de hanseníase tratados e/ou acompanhados no ambulatório de Hanseníase do Serviço no período compreendido entre janeiro de 2005 e janeiro de 2010 e/ ou atendidos em outros ambulatórios e notificados ao serviço de Epidemiologia. Pacientes previamente tratados por hanseníase e encaminhados ao hospital no período compreendido entre janeiro de 2005 e janeiro de 2010 para tratamento de reações ou por dúvidas diagnósticas. Os critérios de exclusão foram: Pacientes cujo diagnóstico de hanseníase foi descartado no seguimento e pacientes que iniciaram o tratamento poliquimioterápico no serviço antes de janeiro de 2005 ou que não haviam finalizado o tratamento em janeiro de 2010, além de perda de seguimento. Tratamento em Hospital Universitário (n=32) Reconduzidos ao Serviço de Atenção Primária (n=22) Masculino 65,62% 54,55% Feminino 34,37% 45,45% Sexo Nos pacientes que realizaram tratamento completo no serviço terciário, 68,75% eram provenientes de Curitiba e região metropolitana (Gráfico 1), contra 54,55% daqueles que foram reconduzidos ao serviço primário (Gráfico 2). Houve associação significativa entre procedência e transferência (p=0,0351); ou seja, os pacientes não provenientes de Curitiba e região metropolitana foram, com maior frequência, reencaminhados ao serviço de atenção primária. Foi realizada análise estatística para verificar as relações entre as variáveis nos diferentes grupos. O objetivo foi identificar quais os fatores determinantes para manutenção do paciente no serviço de referência terciário. Para avaliar as relações entre transferência e reações hansênicas, formas clínicas e neurites foi utilizado o teste exato de Fischer, que foi considerado significativo quando p < 0,05. Para avaliar a relação entre atraso diagnóstico e transferência, foi utilizado o teste T de student, que foi considerado significativo quando p < 0,05. Gráfico 1: Procedencia dos pacientes que realizaram tratamento completo no Hospital O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição. Resultados No total, 80 pacientes foram notificados e acompanhados no ambulatório de hanseníase no período. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 54 doentes foram incluídos na atual pesquisa. As características epidemiológicas dos doentes podem ser observadas na Tabela 1. Gráfico 2: Procedencia dos pacientes que foram reconduzidos aos serviços de Atenção Primária A média de idade foi semelhante em ambos os grupos (Tabela 1). Tabela 1: Média de idade dos pacientes Idade (Média) em anos Tratamento em Hospital Universitário (n=32) Reconduzidos ao Serviço de Atenção Primária (n=22) 47,4 48,18 Houve predomínio do sexo masculino ambos os grupos, assim como no total desta amostra populacional (Tabela 2). Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43 40 Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde ma clínica multibacilar e transferência (p=0,251), assim como a forma clínica paucibacilar e transferência (p=1) – Gráficos 5 e 6. O número médio de meses de atraso diagnóstico foi de 29,11 para os pacientes acompanhados no hospital e de 16,19 nos transferidos. Não houve diferença estatística significante no atraso na detecção entre aqueles foram transferidos e que não foram transferidos (p=0,17) – Tabela 3 e Gráficos 3 e 4. Gráfico 5: formas clínicas dos pacientes que realizaram tratamento no Hospital Tabela 3: Atraso diagnóstico (em meses). Atraso diagnóstico (em meses) Tratamento em Hospital Universitário (n=32) Reconduzidos ao Serviço de Atenção Primária (n=22) 29,11 16,19 Gráfico 3: Atraso (em anos) do subgrupo de pacientes que manteve acompanhamento no Hospital Gráfico 6: Formas clínicas dos pacientes que foram reencaminhados aos Serviços de Atenção Primária à Saúde Gráfico 4: Atraso (em anos) do subgrupo de pacientes que foi transferido Entre os pacientes acompanhados no serviço terciário, 56,25% desenvolveram algum tipo de reação hansênica, enquanto apenas 40% daqueles transferidos o apresentaram – Gráficos 7 e 8. Em relação especificamente a neurite, 43,75% dos doentes acompanhados no hospital a desenvolveram, contra apenas 13,63% dos transferidos. Não houve associação significativa entre reações hansênicas e transferência (p=0,0686), porém houve associação significativa entre neurites e não transferência (p=0,013). Quanto às formas clínicas, os pacientes foram agrupados em multibacilares e paucibacilares para fins de análise. Não houve associação significativa entre a for41 Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43 Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde Gráfico 7: Reações Hansênicas em pacientes que realizaram tratamento no Hospital O manejo de Hanseníase é complexo e existem vários estudos realizados em hospitais-escola, nos quais ações de tratamento, prevenção e reabilitação são oferecidas aos doentes nestes locais 10-14. Muitas vezes, o paciente que chega ao serviço terciário não consegue ou não pode ser reencaminhado à Unidade de saúde de origem, por diversos motivos. Neste estudo, englobando 54 pacientes acompanhados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná a forma clínica da doença, o atraso diagnóstico e a presença de reações hansênicas tipo 1 e 2 não estiveram associadas à manutenção dos pacientes em Hospital de referência. Isto pode significar que os serviços primário e secundário de atenção à saúde estão aptos a desenvolver este papel, prestando auxílio adequado aos doentes, independentemente destas variáveis. Dois fatores afetaram a transferência ou não-transferência de pacientes, sendo que um foi associado positivamente à transferência e outro foi associado negativamente. Gráfico 8: Reações Hansênicas nos pacientes que foram transferidos O fator associado positivamente à transferência de pacientes foi a procedência, ou seja, pacientes que não foram provenientes de Curitiba e região metropolitana tiveram mais chances de ser transferidos em relação aos demais. Os doentes provenientes de outras cidades e regiões, na maior parte das vezes, dependem do transporte oferecidos pelas prefeituras e precisam acordar muito cedo, fazer longas viagens e perder dias de trabalho devido às consultas para tratamento e ao acompanhamento. Esta dificuldade pode influenciar negativamente a permanência dos pacientes no serviço terciário. O fator associado à permanência em serviço terciário foi neurite. Esta é uma forma grave de reação hansênica que pode levar a perda funcional e ao surgimento de incapacidades nas áreas inervadas pelos nervos comprometidos. Os episódios de neurite normalmente estão associados a reação tipo 1 e 2, embora possam ocorrer de maneira isolada e inclusive silencionsa 9. Pimentel et al 15 já demonstraram que pacientes com espessamento neural estão mais sujeitos ao surgimento de neurites, e a maior parte dos pacientes mantidos no serviço apresentavam tal característica. A suspeita de neurite reacional deve ser feita quando houver perda recente de função neural, em caso de dor ou intumescência de 1 ou mais nervos periféricos e na intumescência do nervo, mesmo sem perda de função 7. O tratamento deve ser realizado com prednisona nas doses de 1-2 mg/kg/ dia associado a imobilização do membro afetado. Em caso de persistência de dor neural crônica, reagudização ou agravamento do quadro neurológico, deve-se avaliar a necessidade de cirurgia descompressiva. As Discussão De acordo com o Guia para Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde do Brasil 9, o cuidado aos pacientes com a doença podem se dar em três níveis: Unidades de Saúde e Rede Básica, Centros de Saúde e Ambulatórios especializados e Centros de Referência e Hospitais Gerais. Os dois primeiros são responsáveis pela promoção de saúde destes pacientes, prevenção de enfermidades que podem vir associadas e recuperação e reabilitação em saúde. Os centros de referência e hospitais seriam responsáveis por reabilitação dos doentes, diagnóstico diferencial e esclarecimento de diagnóstico, hospitalização em casos de reações e/ou outras intercorrências, além de prestarem auxílio a outras dúvidas no manejo do paciente de hanseníase. Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43 42 Hanseníase em hospital universitário: perfil dos doentes mantidos em serviço terciário de atenção à saúde ciedade Brasileira de Hansenologia e Sociedade Brasileira de Dermatologia. Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/056.pdf indicações de tratamento cirúrgico para neurites são: pacientes com contra-indicação ao uso de corticosteróide, abscesso de nervo, neuropatia que não responde ao tratamento clínico para neurite dentro de 4 semanas, neuropatia (neurites) subentrante e dor não controlada e/ou crônica 16. No Brasil, os serviços primário e secundário, de maneira geral, não contam com a presença de neurocirurgiões na equipe. A gravidade da reação e a necessidade de manejo conjunto com os serviços de neurologia/neurocirurgia pode justificar a permanência de pacientes com neurites em hospitais de referência. 8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle da hanseníase na atenção básica: guia prático para profissionais da equipe de saúde da família / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica; elaboração de Maria Bernadete Moreira e Milton Menezes da Costa Neto. - Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Em suma, este trabalho foi realizado em hospital universitário com o objetivo de verificar quais variáveis são responsáveis pela manutenção do doente em serviço terciário. A procedência de outros municípios, com exceção daquele no qual se localiza o hospital de referência e sua região metropolitana esteve associada a uma maior chance de transferência, enquanto a presença de neurites, associadas ou não a reações tipo 1 e 2 esteve associada à permanência do paciente em acompanhamento e/ou tratamento no serviço terciário. 9. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.ISBN 85-334-0346-1 10.Martins BDL, Torres FN, de Oliveira MLW. Impacto na qualidade de vida em pacientes com hanseníase: correlação do Dermatology Life Quality Index com diversas variáveis. An Bras Dermatol. 2008; 83 (1): 39-43 11.Longo JDM, Cunha RV. Perfil clínico-epidemiológico dos casos de hanseníase atendidos no hospital universitário em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de janeiro de 1994 a julho de 2005. Referências 1. 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O exame neurológico inicial na hanseníase multibacilar: correlação entre a presença de nervos afetados com incapacidades presentes no diagnóstico e com a ocorrência de neurites francas. An Bras Dermatol. 2003; 78(5): 561-68 Endereço para correspondência: Dra. Adma Silva de Lima Av Augusto Bauer, 240, sala 502. Jardim Maluche Brusque – SC – Brasil Cep: 88354040 7. Foss NT, Souza CS, Goulart IMB, Gonçalves HS et Virmond M. Hanseníase : episódios reacionais. So43 Arq Catarin Med. 2014 out-dez; 43(4): 38-43