Onicomicoses por espécies de Fusarium: revisão bibliográfica

Propaganda
Onicomicoses por espécies de Fusarium: revisão
bibliográfica
André Leal1, Luciana Veloso2, Nadyr Pedi3, Suanni Lemos1, Danielle Macêdo1, Oliane Magalhães4 e Rejane
Neves4

Introdução
Onicomicose é definida como infecção fúngica
ungueal. Esta onicopatia representa 20% das doenças
de unhas e é umas das micoses mais freqüentes em todo
mundo. A onicomicose apresenta uma grande
variedade de formas clínicas e agentes etiológicos que
podem ser dermatófitos (80 a 90%), seguidos pelas
leveduras (5 a 17%) e por fim fungos filamentosos nãodermatófitos (2 a 12%) [1, 2, 3, 4].
Nos últimos anos, os casos de onicomicoses por
fungos não-dermatófitos tem aumentando rapidamente,
sobretudo na Europa, onde são responsáveis por 1,6% a
6% dos casos. Dentre as espécies de fungos
filamentosos
não-dermatófitos
causadoras
de
onicomicoses, as espécies de Fusarium, tem se
destacado, inclusive como agentes de infecções
sistêmicas [1, 5, 6].
Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão
dos relatos de casos das onicomicoses causadas por
espécies de Fusarium.
Biologia e taxonomia de Fusarium spp
O gênero Fusarium é composto por uma grande
variedade de espécies fitopatogênicas e sapróbias do
solo. Sua posição taxonômica é definida atualmente
como pertencente ao Reino Fungi, Filo Ascomycota,
Classe Sordariomycetes, Ordem Hypocreales, Família
Nectriaceae, Gênero Fusarium [7].
Como a maioria dos fungos, estes se dispersam
através de seus propágulos por ação de chuva, ventos e
animais. Como fungos fitopatogênicos, podem causar
cancro em brotos, lesão em galhos e obstrução em
inflorescências [8, 9].
As espécies mais comumente isoladas como agentes
de micoses no homem são F. solani, F. oxysporum, F.
moniliforme, F. proliferatum, F. chladosporum, F.
roseum (F. concocolor), F. equiseti, F. semitectum, F.
anthophilum, F. graminearum, entre outras [10].
As culturas de Fusarium spp se caracterizam pelo
crescimento rápido da colônia, com micélio aveludado
a levemente cotonoso, opacos ou levemente brilhantes.
Incubado a 25°C por sete a dez dias, o fungo pode
apresentar pigmentação do micélio que varia de cor
rosa, púrpura, cinza ou amarela [11, 12]. O meio de
cultivo mais utilizado para a determinação das espécies
é o Batata Dextrose Ágar (BDA) [13, 14].
A característica micromorfológica principal deste
gênero é a forma de foice de seus conídios. Eles
emergem de células conidiogênicas (fiálides) e podem
apresentar-se isoladamente ou agrupados em massas
crescendo diretamente do micélio [9, 13, 14].
Onicomicoses por Fusarium spp
Richie & Pinkerton (1959) [15] relataram os dois
primeiros casos de onicomicose por espécie de
Fusarium. Uma das pacientes tinha a jardinagem como
“hobby”. O agente etiológico que infectou a unha da
mão das duas pacientes foi identificado como F.
oxysporum e o tratamento foi realizado com solução de
tiomersal.
Gordon (1960) [16] e Zaias (1966) [17] relataram o
terceiro e o quarto casos respectivamente de
onicomicoses por F. oxysporum. No relato de Gordon o
paciente estava com a unha da mão infectada enquanto
no de Zaias correspondia a unha do pé. Nesses dois
casos, o tratamento instituído não foi informado.
Em 1966 Walshe & English [18] também relataram
mais dois casos de onicomicose nos pés por Fusarium
spp. O tratamento também não foi informado.
Suringa (1970) [19] relatou um caso de onicomicose
nos pés por F. oxysporum. O tratamento foi realizado
com sucesso através de aplicação tópica de
glutaraldeído.
Rush-Munro et al. (1971) [20] relataram 53 casos de
onicomicose nos pés por F. oxysporum. Um dos fatores
predisponente era que a maioria dos pacientes andava
descalço. O tratamento foi realizado com sucesso com
a remoção da unha e aplicação de pimaricina.
Em 1972 Zaias [21] relatou cinco casos de
onicomicoses nos pés por F. oxysporum. A terapia
utilizada não foi informada.
Young & Meyers (1979) [22] relataram um caso de
onicomicose na mão por F. oxysporum em um paciente
transplantado renal. A região entre a unha e o dedo
estava necrosada e o tratamento foi feito com sucesso
através da excisão cirúrgica.
________________
1. Mestre em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: [email protected]
2. Especialista em Análises Clínicas pela Faculdade Frassinetti do Recife. E-mail: [email protected]
3. Aluna de graduação do curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: [email protected]
4. Professor Adjunto do Departamento de Micologia, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco. Rua Prof. Nelson
Chaves, s/n° Campus Universitário, Recife,PE, CEP 50670-420. E-mail: [email protected]
DiSalvo & Fickling (1980) [23] relataram um caso
de onicomicose no pé por F. oxysporum. O fator
predisponente mencionado pelo paciente foi um trauma
ocorrido no dedo do pé. O tratamento não foi
informado.
Merz et al. (1988) [24] relataram três casos de
onicomicoses nos pés por F. solani. Os pacientes
tinham como fator predisponente a leucemia. O
tratamento foi realizado com sucesso com a aplicação
sistêmica de anfotericina B.
Feuilhade et al. (1989) [25] relataram um caso de
onicomicose no pé por F. solani. O fator predisponente
foi um trauma no dedo. Tratamento foi bem sucedido
através da administração oral de itraconazol.
Nadler (1990) [26] relatou um caso de onicomicose
no pé por uma espécie de Fusarium não identificada. O
paciente era leucêmico e tinha sofrido um trauma no
dedo. O tratamento foi realizado com amputação do
dedo por causa da disseminação da infecção.
Robertson et al. (1991) [27] relataram um caso de
onicomicose no pé por F. solani. Como fatores
predisponentes o paciente sofria de leucemia e tinha
como “hobby” a jardinagem. A infecção se disseminou
e o tratamento foi realizado com sucesso através da
administração intravenosa de anfotericina B.
Gimenia et al. (1992) [28] relataram um caso de
onicomicose no pé por F. solani em paciente que sofria
de anemia aplásica. A infecção se disseminou
conduzindo à morte o paciente. O tratamento estava
sendo feito com a administração oral de fluconazol e
sistêmica de anfotericina B.
Toutous-Trellu et al. (1995) [29] relataram um caso
de onicomicose no pé por F. oxysporum em uma
paciente imunocomprometida. O tratamento com a
aplicação tópica de econazol apresentou melhora
clínica.
Luque et al. (1995) [30] relataram três casos de
onicomicoses por Fusarium, sendo dois acometendo as
unhas das mãos e um as dos pés. Apenas um isolado, F.
oxysporum, foi identificado ao nível de espécie. O
tratamento para a micose não foi informado.
Dordain-Bigot et al. (1996) [31] relataram um caso
de onicomicose no pé por F. oxysporum. O paciente do
sexo masculino não apresentava nenhum fator
predisponente como doenças de base ou hábitos que
favorecessem a infecção pelo fungo. O tratamento com
ciclopirox e bifonazol apresentou melhora clínica do
paciente.
Baran et al. (1997) [32] relataram três casos de
onicomicoses na região subungueal proximal por F.
oxysporum.
Todos
os
pacientes
eram
imunocompetentes e apresentaram paroníquea aguda
associada com leuconíquea proximal ou total das unhas
infectadas. A remoção das unhas e o tratamento tópico
com ciclopirox e bifonazole apresentaram bom
resultado de cura. Os autores concluem que a
combinação de onicomicose subungueal proximal ou
paroníquea aguda envolvendo unhas das mãos e pés é
sugestiva para infecção por Fusarium spp.
Lee et al. (2002) [33] relataram um caso raro de
melanoníquea nas mãos e pés por F. solani em um
paciente imunocompetente. O tratamento com
itraconazol foi realizado com sucesso.
Romano (2003) et al. [34] realizaram um estudo
retrospectivo (1985-2000) dos casos de onicomicoses
em três Laboratórios de Micologia Médica localizados
nas cidades de Florença, Siena e Milão (Itália). O
número de casos avaliados foi de 4046 (1952 mulheres
e 2094 homens). As espécies de Fusarium foram
diagnosticadas em 76 casos (1,87%).
Ninet et al. (2004) [35] utilizaram técnicas
moleculares para identificar as espécies de Fusarium
obtidas de casos de onicomicoses. F. oxysporum foi a
espécie mais freqüente com 54%, seguido por F. solani
(33,8%), F. proliferatum (9,9%) e F. dimerum com
apenas um caso, correspondendo a 1,4%. Os autores
concluíram que as espécies identificadas são capazes de
causar
fusariose
disseminada
em
pacientes
imunossuprimidos. A presença destas espécies em
casos de onicomicoses precisa de atenção nos casos de
pacientes que serão submetidos a algum tratamento de
imunossupressão.
Godoy et al. (2004) [36] relataram oito casos de
onicomicoses nos pés por F. solani e F. oxysporum em
São Paulo, Brasil. Apenas um paciente era do sexo
masculino. Os autores confirmaram que as mulheres
estão mais sujeitas a ter esse tipo de infecção.
Hattori et al. (2005) [37] relataram dois casos de
onicomicoses causada pela espécie F. proliferatum.
Amostras de unha dos pacientes foram examinadas pelo
microscópio e os agentes isolados em meio de cultura.
A identificação do fungo foi feita pela taxonomia
clássica e molecular. Ambos os pacientes foram
tratados com sucesso com itraconazol via oral. Os
autores concluem que o itraconazol é uma boa opção
para o tratamento de onicomicose causada por F.
proliferatum.
Calado et al. (2006) [38] relataram sete casos de
onicomicoses causadas pela espécie F. solani na cidade
de Natal, Brasil. Dos 203 pacientes avaliados 89 foram
diagnosticados com onicomicoses. A espécie F. solani
foi identificada em sete casos o que corresponde a
7,86%. Dos sete pacientes diagnosticados, seis estavam
com as unhas dos pés infectadas enquanto apenas um
estava com a unha da mão comprometida. Todos os
pacientes eram do sexo feminino com idades entre 31 a
66 anos.
Guilhermete et al. (2007) [39] avaliaram 360 casos
confirmados de onicomicoses, 27 (7,5%) foram
atribuídas ao gênero Fusarium, sendo F. oxysporum a
espécie mais frequentemente isolada. Também foram
feitos testes de susceptibilidade antifúngica utilizando
as drogas itraconazol, cetaconazol, terbinafina e
anfotericina B. A concentração inibitória mínima foi
maior para itraconazol, cetaconazol e terbinafina, e
mais baixa para anfotericina B.
Ranawaka et al. (2008) [40] relataram seis casos de
onicomicoses nas mãos e pés por Fusarium spp no
Sirilanka, Índia. A prevalência de onicomicose por esse
gênero foi de 6,25% (8/128). Todos os pacientes eram
imunocompetentes e foram tratados com itraconazol.
A incidência de Fusarium como agente causador de
onicomicoses é bastante variável. No Brasil e mais
especificamente na região Nordeste, F. solani tem se
destacado como o principal agente. A casuística dos
estudos realizados demonstrou que a infecção é mais
frequente entre mulheres e pessoas que tem como
“hobby” ou profissão a jardinagem. Outro fator que
tem contribuído para o aumento na incidência de
onicomicoses por Fusarium é a imunossupressão [21].
Alguns autores sugerem que o não tratamento de
onicomicose por Fusarium pode significar uma porta
de entrada para infecção e disseminação do agente, de
difícil tratamento em pessoas imunossuprimidas [41].
Referências
[1]
ELLIS, D.H.; WATSON, A.B.; MARLEY, J.E. & WILLIAMS,
T.G. 1997. Nondermatophytes in onychomycosis of the
toenails. Br J Dermatol, v. 136, p. 490-493.
[2] ELLIS, D.H.; MARLEY, J.E.; WATSON, A.B. & WILLIAMS,
T.G. 1997. Significance of non-dermatophyte mouds and yeast
in onychomycosis. Dermatology; v. 194, p. 40-42.
[3] HANEKE, E. 1991. Fungal infections of the nail. Semin
Dermatol, v. 10, p. 41-53.
[4] TOSTI, A.; PIRACCINI, B.M. & LORENZI, S.
Onychomycosis caused by nondermatophytic molds: clinical
features and response to treatment of 59 cases. J Am Acad
Dermatol, v. 42, p. 217-24, 2000.
[5] LÓPEZ-JODRA, O. & TORRES-RODRIGUEZ, J.M. 1999.
Especies fúngicas poco comunes responsables de onicomicosis.
Rev Iberoam Micol, v. 16, p. 11-15.
[6] WALSH, T.J.; GROLL, A.; HIEMENZ, J.; FLEMING, R. &
ROILIDES. 2004. Infections due to emerging and uncommon
medically important fungal pathogens. Clinical Microbiology
and Infection, v. 10, p. 48-66.
[7] Cabi Bioscience Database (http://www.indexfungorum.org).
[8] BURGESS, LW. General ecology of the Fusaria. In: Nelson
PE, Tousson TA, Cook RJ (eds). Fusarium: disease, biology
and taxonomy. Pennsylvania, State University Press 1981.
[9] NELSON, P.E.; DIGNANI, M.C. & ANAISSIE, E.J. 1994.
Taxonomy, biology and clinical aspects of Fusarium species.
Clin Microbiol Rev, v. 7, p. 479-504.
[10] KWON-CHUNG, K.J. & BENNETT, J.E. 1992. Medical
Mycology. Philadelphia : ed Lea & Febiger.
[11] GUARRO, J. & GENÉ, J. 1992. Fusarium infections. Criteria
for the identification of the responsible species. Mycoses, v.35,
p.109-114.
[12] HOOG, G.S.; GUARRO, J.; GENE J. & FIGUEIRAS, M.J.
2000. Atlas of clinical fungi. Centraalbureau Voor
Schimmelcultures/ Universitat Rovira i Vigili.
[13] FISCHER, N.L.; BURGUESS, L.W.; TOUSSOUN, T.A.;
NELSON, P.E. 1982. Carnation leaves as a substrate and for
preserving cultures of Fusarium species. Phytopathology, v.72,
p. 151-153.
[14] LACAZ, C.S. 1998. In: Lacaz CS, Porto C, Martins JEC. Guia
para identificação. Fungos Actinomicetos e Algas, São Paulo,
Sarvier.
[15] RITCHITE, E.B. & PINKERTON, M.E. 1959. Fusarium
oxysporum infection of the nail. Arch Dermatol, v. 79, p. 7058.
[16] GORDON, W.L. 1960. The taxonomy and habitats of
Fusarium species from tropical and temperate regions. Can J
Botany, v. 38, p. 643-58.
[17] ZAIAS, N. 1966. Superficial white onycomycosis.
Sabouraudia, v. 5, p. 99-103.
[18] WALSHE, M.M. English MP. 1966. Fungi in nails. Br J
Dermatol, v. 78, p. 198-207.
[19] SURINGA, D.W.R. 1970. Treatment of superficial
onychomycosis with topically applied glutaraldehyde. Arch
Dermatol, v. 102 p. 163-167.
[20] RUSH-MUNRO, F.M.; BLACK, H. & DINGLEY, J.M. 1971.
Onychomycosis caused by Fusarium oxysporum. Aust J
Dermatol, v. 12, p. 18-29.
[21] ZAIAS, N. 1972. Onychomycosis. Arch Dermatol, v. 105, p.
263-274.
[22] YOUNG, C.N. & MEYERS, A.M. 1979. Opportunistic fungal
infection by Fusarium oxysporum in a renal transplant patient.
Sabouraudia, v. 17, p. 219-23.
[23] DiSALVO, A.F. & FICKLING, A.M. 1980. A case of
nondermatophytic toe onychomycosis caused by Fusarium
oxysporum. Arch Dermatol, v.116, p. 699-700.
[24] MERZ, W.G.; KARP, J.E. & Hoagland, M. 1988. Diagnosis
and successful treatment of fusariosis in the compromised host.
J Infect Dis, v. 158, p.1046-55.
[25] FEUILHADE, M.; BENKHARABA, E. & PERREAU, E.
1989. Abces periungueal a Fusarium solani avec onyxis
secondaire. Communication at the Journées Dermatologique de
Paris, vol. 14, p. 8-11.
[26] NADLER, J.P. 1990. Disseminated fusarial infection (letter).
Rev infect Dis, v.12, p. 162.
[27] ROBERTSON, M.J.; SOCINSKI, M.A. & SOIFFER, R.J.
1991. Successful treatment of disseminated Fusarium infection
after autologous bone marrow transplantation for acute myeloid
leukemia. Bone Marrow Transplant, v. 8, p. 143-145.
[28] GIMENIA, C.; ARCESE, W.; MICOZZI, A.; MARTINO, P.;
BIANCO, P. & MORACE, G. 1992. Onychomycosis as a
possible origin of disseminated Fusarium spp. infection in a
patient with severe aplastic anemia. Clin Infect Dis, v. 14, p.
1167.
[29] TOUTOUS-TRELLU, L.; BUOT, G. & BERTON, M. 1995.
Leuconychies a Fusarium. Ann Dermatol Venerol, v. 122, p.
119.
[30] LUQUE, A.; BIASOLI, M. & ALVAREZ, D. 1995. Aumento
de la incidencia de micosis superficiales producidas por hongs
del gênero Fusarium. Rev Iberoamericana Micologia, v. 12, p.
65-67.
[31] DORDAIN-BIGOT, M.L.; BARAN, R. & BAIXENCH, M.T.
1996. Onychomycose à Fusarium. Ann Dermatol Venereol, v.
123 p.191-193.
[32] BARAN, R.; TOSTI A. & PIRACCINI, B.M. 1997.
Uncommon clinical patterns of Fusarium nail infection: report
of three cases. British Journal of Dermatology, v136, p.424427.
[33] LEE, H.J.; KOH, B.K.; MOON, J.S.; KIM, S.O.; KIM, S.J.;
HA, S.J.; CHO, B.K. & IM, J.W.K. 2002. A case of
melanonychia caused by Fusarium solani. British Journal of
Dermatology, v. 147, p. 604-631.
[34] ROMANO, C.; GIANNI C. & DIFONZO, E.M. 2003.
Retrospective study of onycomycosis in Italy: 1985-2000.
Mycoses, v. 48, p. 42-44.
[35] NINET, B.; JAN, I.; BONTEMS, O.; LÉCHENNE, B.;
JOUSSON, O.; LEW, D.; SCHRENZEL, J.; PANIZZON, R.G.
& MONOD, M. 2004. Molecular identification of Fusarium
Species in onychomycoses. Dermatology, v. 210, p. 21-25.
[36] GODOY, P.; NUNES, F.; SILVA, V.; TOMIMORIYAMASHITA, J.; ZAROR, L. & FISCHMAN, O. 2004.
Onychomycosis caused by Fusarium solani and Fusarium
oxysporum in São Paulo, Brazil. Mycopathologia, v. 157, p.
287-290,
[37] HATTORI, N.; SHIRAI, A.; SUGIURA, Y.; LI, W.;
YOKOYAMA, K.; MISAWA, Y.; OKUZUMI, K. & TAMAKI,
K. 2005. Onychomycosis caused by Fusarium proliferatum.
British Journal of Dermatology, v. 153, p. 647-649.
[38] CALADO, N.B.; SOUSA, F.; GOMES, N. O.; CARDOSO,
F.R.; ZAROR, L.C. & MILAN, E.P. 2006. Fusarium nail and
skin infection: A report of eight cases from Natal, Brazil.
Mycopathologia, v. 161, p.27-31.
[39] GUILHERMETTI, E.; TAKAHACHI, G.; SHINOBU, C.S.&
SVIDZINSKI, T.I.E. 2007. Fusarium spp as agents of
onychomycosis in immunocompetent hosts. International
Journal of Dermatology, v. 46, p. 822-826.
[40] RANAWAKA, R.R.; SILVA, N. & RAGUNATHAN, R.W.
2008. Onychomycosis caused by Fusarium sp in Sri Lanka:
prevalence, clinical features and response to itraconazole pulse
therapy in six cases. J Dermatolog Treat, v. 19, p. 308-12.
[41] GINTER, G.; RIEGER, E.; HEIGL, K. & PROPST E. 1996.
Increasing frequency of onycomychosis – is there a change in
the spectrum of infections agents? Mycoses, v.;39, p.118-122.
Download