Propagacao Vegetativa Aula 1

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ARBORICULTURA I
Propagação de Plantas
O que é a propagação de plantas?
¾ É a multiplicação de indivíduos do reino
vegetal, por métodos sexuados ou
assexuados, por forma a obter na
descendência um determinado conjunto de
características desejadas.
Métodos de Propagação
¾Sexuados
¾Sementes
Na propagação por semente é de esperar a existência de
variabilidade entre os indivíduos obtidos, já que estes
reflectem sempre, a contribuição dos dois progenitores para
a descendência. Deste modo, deve ser sempre considerada
a necessidade de controlo genético da descendência.
Métodos de Propagação
¾Assexuados
A propagação por métodos assexuados, não envolvendo
processos de redução cromossómica e fecundação,
permite a obtenção de uma descendência homogénea,
genotípica e fenotípicamente idêntica ao progenitor.
¾ Apomixia
¾ Estacaria, Enxertia, Mergulhia
¾ Cultura in vitro
Aspectos a ter em conta na
escolha de um ou outro processo
Sexuado
Vs.
¾Semente
¾Fertilização
¾Meiose
¾Recombinação genética
¾Descendência heterogénea
¾Barato
Assexuado
¾Estruturas vegetativas
¾Sem fertilização
¾Mitoses
¾Sem recombinação
¾Descendência homogénea
¾Por vezes caro
Ciclo de vida nas plantas superiores
Ciclo Sexuado:
¾Fase embrionária
¾Fase juvenil
¾Fase de transição
¾Fase adulta
Ciclo assexuado:
¾Fase vegetativa
¾Fase reprodutiva
-Ciclo Sexuado-Meiose e Fase embrionáriaSequências de desenvolvimento.
¾ Meiose – Formação dos
gâmetas masculinos e
femininos
¾ Polinização – transferência
do pólen da antera para o
estigma
¾ Fecundação - união dos
gâmetas (1N) masculino e
feminino
¾ Zigoto – Célula 2N
resultante da fecundação
Ciclo Sexuado -Fase embrionáriaDesenvolvimento do Embrião
¾Diferenciação e evolução do
endosperma
¾Diferenciação e crescimento
do embrião
¾Divisão
celular - proembrião
¾Passagem
pelas várias fases de
desenvolvimento: Globular Cordiforme
Torpedo
¾Rápido
seco
Cotiledonar
aumento do peso fresco e
-Ciclo SexuadoFase de Transição
Período que marca a transição de
uma planta da fase juvenil para a
fase adulta
•Juvenil – Fase de crescimento
vegetativo. A planta não responde a
estímulos capazes de induzir a
floração.
• Adulta – Fase de desenvolvimento
vegetativo e reprodutivo. A planta já
é capaz de responder a estímulos
indutores da floração.
Requisitos para entrada
em floração
¾Estar na fase adulta – podem ser
necessários até 100 anos
¾Relação C/N equilibrada
¾Factores ambientais
¾vernalização – nº de horas de frio
¾fotoperíodo – comprimento do dia
¾calor – para o abrolhamento
Produção de gomos florais
¾ Transformação do meristema apical que
evolui de indeterminado para determinado
¾Indução – Alterações fisiológicas internas ao
nível do ápice meristemático
¾Iniciação – Alterações morfológicas. Ao nível do
meristema, os primórdios florais são observáveis
com recurso à microscopia.
¾Diferenciação – Desenvolvimento das diferentes
peças florais.
Ciclo Asexuado
- Mitose Vs. MeioseFase Vegetativa Vs. Fase reprodutiva
O ciclo asexuado pode iniciar-se a partir
de qualquer umas das fases do ciclo de
vida da planta, seguintes à fase
embrionária, pelo que permite manter
indefinidamente as características tanto
do estádio juvenil como do estádio
adulto.
¾ Desenvolvimento a partir dos
pontos meristemáticos
¾ Gomos
- meristema apical
¾ Ápice da raiz“
“
¾ Câmbio
-meristema lateral
¾Diferenciação floral, produção de
frutos e sementes
Propagação Vegetativa
Razões para a sua utilização:
¾ Eliminar a variabilidade
- Produção de clones
- Fixação de genótipos
¾ Encurtar a fase juvenil
- Redução do período improdutivo
¾ Controlo da fases de crescimento
- Juvenil / adulto
¾ Formas especiais de crescimento
-Múltiplos genótipos numa planta
¾ Simplicidade/Obrigatoriedade
- Por vezes é mais simples que a propagação por semente
- Em plantas que não produzem semente ou em que esta
não é viável é por vezes a única forma de propagação possivel
Propagação Vegetativa
¾Fontes de Variabilidade
¾Fenotipica
¾Ambiental
¾Cultural
¾Epigenética
¾Idade
¾Ciclofisis
¾Posição
¾Topofisis
¾Genética
¾Mutações
¾ Espécies / Cultivares
Quimeras
¾Patogénica
¾Sistémica
¾Não sistémica
Variabilidade Epigenética
¾Idade
¾ Ciclofisis
Juvenil
----
Adulto
Sem floração
Com floração
Forma da folha
Forma da folha
Forte vigor
Baixo vigor
Maior resistência a doenças
Maior susceptibilidade a
doenças
Fácil regeneração
Regeneração difícil
Variabilidade Epigenética
Posição
¾Topofifis
B
A
¾ (A) Orotrópico
¾ Crescimento vertical
¾ (B)Plagiotrópico
¾ Crescimento horizontal
Exemplo clássico de
topofisis em Auraucaria
excelsa:
(A) Rebento apical do
eixo central
(B) Rebento apical de
um ramo lateral.
Variabilidade Genética
¾Mutações
¾Nucleares
¾Genes, cromossomas
Se estas modificações afectam o genoma conduzindo a variações do
nível de ploidia designam-se por mutações genómicas. Se a mutação
afecta a estrutura dos cromossomas sem influir no seu número, é
designada por mutação cromossómica. Situando-se apenas ao nível
dos genes, diz-se mutação génica.
¾Causas da mutação
¾Naturais
Colquicina
Quimicas
¾Atificiais
Fisicas
Radiação
Ionizante
MUTAÇÃO DE UM MERISTEMA APICAL
De forma simplificada, podemos dizer
que o ápice meristemático de um
gomo, é formado por duas camadas
de células a que chamamos L1 e L2
capazes
apenas
de
divisões
anticlinais e por um centro, formado
por uma massa de células a que
chamas “corpus”, estas capazes de
se dividir em qualquer direcção.
•Da camada L1, derivam a epiderme
das folhas e o epicarpo dos frutos.
•Da camada L2, derivam os tecidos
do mesófilo, entre os quais se
encontram os órgãos sexuais e o
mesocarpo dos frutos.
•Finalmente do “corpus”, derivam os
restantes tecidos.
Tipo e extensão da Mutação
Representação esquemática das possíveis
quimeras resultantes da mutação de um
meristema apical:
Meristema normal (A)
Mutação total
(B)
Mutação periclinal (C)
Mutação mericlinal (D)
Mutação sectorial (E)
As mutações mais frequentes são as mericlinais (D) e as sectoriais (E).
As suas descendências agâmicas, são normalmente instáveis, tendendo ou para o
modelo genótipico e fenótipico de origem (A), (diz-se neste caso que ocorre
regressão da mutação) ou, no caso das sectoriais, uma evolução para a mutação
total (B) e no caso das mericlinais, uma evolução para a mutação periclinal (C).
Saliente-se que, por não afectarem a camada L2, as mutações mericlinais e
periclinais, não são transmissíveis por via sexual.
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