Geografia A Configuração Geográfica do Espaço Paraense Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia A CONFIGURAÇÃO GEOGRÁFICA DO ESPAÇO PARAENSE Paisagem Geográfica: A paisagem é tudo aquilo que o ser humano consegue visualizar ou sentir através dos sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão). Diante disso, as paisagens naturais que mais se destacam no espaço geográfico são: relevo, clima, vegetação e hidrografia, a partir dessa afirmação, a seguir as características principais desses componentes paisagísticos. Relevo: O território do Estado do Pará é basicamente dividido em três unidades de relevo, desse encontramos uma restrita porção de superfície sedimentar que abrange desde o nordeste até o sudoeste, que representa a Planície Amazônica. O segundo compreende o Planalto NorteAmazônico, é constituído em um grande percentual de terrenos cristalinos, no local são registrados os pontos mais elevados do Estado onde estão localizadas as serras do Acari (906 metros) e Tucucumaque, que integra o Planalto das Guianas e o Planalto Sul-Amazônico que se insere no Planalto Central Brasileiro, no seu ponto mais elevado encontra-se a Serra dos Carajás. Clima: No contexto climático o Pará apresenta um prevalecimento do clima equatorial que possui como principal característica a ocorrência de temperaturas bastante elevadas, acompanhadas de muita umidade. A temperatura média anual no Estado varia entre 24º e 26º C e a incidência de chuvas abundantes registram índices pluviométricos que atingem até 2.900 mm ao ano. A seca se apresenta no inverno e primavera, porém não ocorre em Belém que permanece úmida durante todo o ano. Vegetação: O território paraense apresenta basicamente mangues, campos, cerrados e Floresta Amazônica, a última predomina no Estado. A variedade vegetativa é muito grande, nesse caso as composições principais de cobertura vegetal dão origem a cinco tipos específicos de www.acasadoconcurseiro.com.br 3 vegetação, como Mata de Terra Firme (não sofre inundações), Mata de Várzea (margens de rios que sofrem inundações), Mangue (porção litorânea do Estado), Campos e Cerrados. Fisionomia das plantas: Higrófilas; espécies que se desenvolvem em meio de grande umidade durante o ano. Hidrografia: O rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico em pleno território paraense. A rede hidrográfica do Estado é farta, nesse território há presença de duas bacias importantes, do Amazonas e do Tocantins. Quando as águas do rio Amazonas atingem o Oceano, o encontro das águas forma ondas com mais de quatro metros de altura, esse fenômeno natural é denominado de pororoca. Afluentes do Rio Amazonas Margem direita: Xingu e Tapajós. Margem esquerda: Jarí, Paru, Trombetas e Nhamundá. Na hidrografia do Pará existe ainda: Lagos: geralmente se encontram em várzea. Ilhas: a principal é a ilha de Marajó. Litoral: são 618 km de extensão em território paraense. 4 www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia – A Configuração Geográfica do Estado Paraense – Prof. Luciano Teixeira Foz: Mista/Complexa Belo Monte A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. Sua potência instalada será de 11 233 MW mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4 500 MW (39,5 TWh por ano) em média ao longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional (388 TWh em 2009). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20 300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14 000 MW). Será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira. O lago da usina terá uma área de 516 km²3 (1/10 000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,115 km³ por MW efetivo. Seu custo foi estimado pela concessionária em R$ 26 bilhões, ou seja R$ 5,7 milhões por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia com lance de R$ 77,00 por MWh. O contrato www.acasadoconcurseiro.com.br 5 de concessão foi assinado em 26 de agosto do mesmo ano e o de obras civis em 18 de fevereiro de 2011. O início de operação da usina está previsto para 2015. Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de algumas comunidades indígenas locais e de membros da Igreja Católica. Essa oposição levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte seria a única usina hidrelétrica do Rio Xingu. Hidrelétrica de “a fio d’água” Usinas hidrelétricas “a fio d’água” são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter. Optar pela construção de uma usina “a fio d’água” significa optar por não manter um estoque de água que poderia ser acumulado em uma barragem. Esta foi uma opção adotada para a construção da Usina de Belo Monte e parece ser uma tendência a ser adotada em projetos futuros, em especial aqueles localizados na Amazônia, onde se concentra grande potencial hidrelétrico nacional. Economia: A economia do Pará baseia-se no extrativismo mineral (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho) e vegetal (madeira), na agricultura, na pecuária, na indústria e no turismo. A mineração é atividade preponderante na região sudeste do Estado, sendo Parauapebas a principal cidade produtora. A atividade pecuária - com um rebanho calculado em mais de 14 milhões de cabeças de bovinos – está mais presente no sudeste; já a agricultura é mais intensa no nordeste. O Pará é o maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil e está entre os primeiros na produção de coco da Bahia e banana. São Félix do Xingu é o município com maior produção de banana do País. A indústria concentra-se mais na região metropolitana de Belém, encabeçada pelos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, e nos municípios de Marabá e Barcarena. Pela característica natural da região, destaca-se também como forte ramo da economia a indústria madeireira. Projeto Carajás 6 www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia – A Configuração Geográfica do Estado Paraense – Prof. Luciano Teixeira Os planaltos residuais da Amazônia correspondem a um agrupamento de relevos interpenetrados pela superfície pediplanada da depressão amazônica. Em 1967, ricas jazidas de ferro foram descobertas na serra dos Carajás pela Companhia Meridional de Mineração, subsidiária da United States Steel Corporation. A importância da descoberta originou o interesse da participação da Companhia Vale do Rio Doce, tendo sido criada, em 1970, a Amazônia Mineração S/A para desenvolver o Projeto Carajás. Outras reservas foram descobertas: cobre, manganês, bauxita, níquel, estanho e ouro. Na região, logo se deu muitos conflitos pela posse de terras. O Projeto Ferro-Carajás corresponde a exploração da região, localizada no Brasil, muito significativa em termos de riquezas minerais; uma das mais importante do mundo. Abrange o sudoeste do Pará, o norte de Tocantins e o oeste do Maranhão. A área tem potencial hidrelétrico, amplas florestas e condições que permitem o reflorestamento para produção de celulose e carvão vegetal. www.acasadoconcurseiro.com.br 7