Situação vacinal completa contra a Hepatite B em

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PROMOÇÃO DE SAÚDE E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
Situação vacinal completa contra a Hepatite B em profissionais da equipe de
saúde da família em Divinópolis, Brasil
Autores
Valéria Conceição de Oliveira*, Eliete Albano de Azevedo Guimarães**, Débora
Aparecida Silva Souza***, Renata Aparecida Ricardo
Apresentadores
Valéria Conceição de Oliveira*
Introdução: A infecção pelo vírus da Hepatite B representa um agravo à saúde pública atingindo milhões de
pessoas. Os profissionais da área da saúde estão sob risco significativo de contrair ou transmitir doença pela
natureza de seu trabalho, caracterizados pela longa permanência nos serviços de saúde, contato com pacientes
portadores de várias doenças, manuseio de materiais biológicos de risco e materiais perfuro cortante. A vacina
contra a doença é a medida profilática mais eficaz, sendo realizada através de três doses.
Objectivos: Verificar a situação vacinal e a realização de sorologia após o esquema completo da Hepatite B, em
profissionais de saúde da equipe de saúde da família (ESF) no município de Divinópolis – Minas Gerais, Brasil,
2010.
Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo realizado em 15 ESF da cidade de Divinópolis, no ano 2010.
Foram aplicados 108 questionários aos profissionais de saúde que trabalham nas ESF do município. Os dados
foram processados no programa EPIDATA 3.1 e analisados no EPI-INFO 6.0. Foi realizada a distribuição de
frequências e/ou medidas de tendência central e de dispersão das variáveis sexo, idade, grau de escolaridade,
situação conjugal, categoria profissional, tempo de formação, tempo de trabalho na ESF, contato com material
perfuro-cortante, tabagismo, obesidade, situação vacinal e sorologia contra a Hepatite B.
Resultados: Os dados mostraram que a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino (81,5%), possui entre 20
e 40 de idade e 40,2% pertence à categoria de agente comunitário de saúde. Entre os 108 investigados, 89,4%
foram vacinados com o esquema de três doses da vacina contra a hepatite B, 1,0% havia tomado apenas a
primeira dose da vacina, 1,9% apenas duas doses e 3,8% não sabiam informar sobre o número de doses
tomadas. Considerando a importância da realização da sorologia, a fim de averiguar a imunidade do profissional
da saúde frente a hepatite B, uma vez que as medidas pós-exposição não são muito eficazes, detectou-se que
81% dos trabalhadores não realizaram o teste sorológico. Parte dos profissionais (54,7%) tem contato com
material perfuro cortante, e 60,4% dos trabalhadores relataram que nunca realizaram capacitações sobre
biossegurança, o que demonstra a necessidade da imunização, assim como a realização da sorologia, a fim de
diminuir a prevalência da transmissão da doença.
Conclusões: O estudo apontou alta cobertura vacinal contra a Hepatite B e baixa adesão à sorologia. Neste
sentido a vigilância da situação vacinal e o monitoramento da realização de sorologia entre os profissionais de
saúde é essencial, pois só assim é garantida a imunidade à doença. Contudo, o sucesso dessas atividades
depende do comprometimento dos gestores e dos profissionais, o que implica na co-responsabilização da saúde
do trabalhador.
Palavras Chave: Profissionais, Hepatite B, Vacina, Sorologia, Enfermagem.
* Universidade Federal de São João Del Rei, Enfermagem [[email protected]]
** Universidade Federal de São João Del Rei, Enfermagem de Saúde Coletiva
*** Universidade Federal de São João Del Rei [[email protected]]
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