FACULDADE DE PSICOLOGIA UNIDADE SÃO GABRIEL Autorizo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, através do curso de graduação em psicologia, à ampla divulgação do meu trabalho de conclusão de curso, em espaços e eventos internos à Instituição, ou ainda abertos ao público em geral. A presente autorização é concedida gratuitamente, abrangendo a divulgação da pesquisa acima mencionada em todas as suas modalidades, sendo estas impressas ou eletrônicas. A SUBJETIVIDADE DO PACIENTE HOSPITALIZADO E A ESCUTA PSICANALÍTICA Emanuelle Rodrigues Diniz1 Lúcia Efigênia Gonçalves Nunes2 O presente trabalho teve como foco a subjetividade do paciente hospitalizado e a escuta psicanalítica. Seu objetivo principal foi o de verificar a tendência que o paciente hospitalizado teria de posicionar-se passivamente frente ao discurso do mestre (médico). Enfocou-se também a escuta psicanalítica e seus possíveis efeitos no sujeito. No referencial teórico, explorou-se a contextualização da atitude das pessoas perante a morte. Para tanto, foi reportado à Ariès (1975) propondo o tema da morte, desde o Ocidente quando a morte era tratada como algo familiar, à contemporaneidade, sendo o ato de morrer distanciado das casas, dos familiares e onde se morre num leito de hospital só e solitário, rodeado a aparelhos. O adoecimento, geralmente acarreta numa desordem orgânica no corpo físico do paciente, remetendo esse indivíduo a ameaça real da morte, trazendo também a toma a própria finitude do ser humano. Discorreuse também sobre a sociedade capitalista e consumista atual, onde predomina geralmente o discurso do ganhar e ter. No entanto, não se quer perder, principalmente perder a vida. Por outro âmbito, também surgem os discursos presentes nos hospitais, tais como: discurso do mestre, da instituição, da tecnologia e da farmacologia. Tais discursos foram abordados como facilitadores a possibilitar maior expectativa de vida às pessoas. A medicina tem investido e assegurado através de estudos e pesquisas, maior prolongamento de vida ao indivíduo. Remetendo à psicanálise, afigurou-se à passividade do indivíduo 1 Aluna do curso de Psicologia da PUC Minas - Unidade São Gabriel. Resumo da Monografia apresentada no 2º semestre de 2012, como requisito parcial para conclusão de curso. Contato: [email protected]. 2 Graduada em Psicologia - Faculdades de Ciências Humanas (1982) e mestrado pela Universidade Federal Rio de Janeiro (2001). Atua como Psicóloga no CENTRARE (Centro de tratamento e reabilitação de fissuras lábio palatais e deformidades crânio faciais). Atualmente é psicóloga da Fundação Hemominas, professora titular da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e orientadora desta monografia. Av. Dom José Gaspar, 500 • 30535-901 • Belo Horizonte • Minas Gerais Fone: (31) 3319 4444 • www.pucminas.br frente à teoria da inserção do Outro na trajetória da criança, introduzindo esta criança no universo da comunicação, tornando-a cativa e assujeitada aos significantes advindos deste Outro e ao seu desejo. Para tanto, mencionou-se o paciente hospitalizado, geralmente assemelhando-se a um contexto de dependência de um Outro que o oriente e que até mesmo assegure sua vida, trazendo a cura. Tal função desse Outro e bem abrangente esse papel pode ser representando por agentes pertencentes ao cotidiano hospitalar, enfermeiros, médicos, e até mesmo a estrutura do hospital pode ser percebido como Outro. No entanto, foi discutido brevemente também sobre a atuação do psicólogo frente ao hospital na equipe multidisciplinar, remetendo ainda a possível estruturação desse sujeito. Para a realização deste trabalho foi evocado de Freud a Lacan, além de autores freudianos e lacanianos. No início de sua teorização psicanalítica, Freud construiu sua teoria baseada em seus atendimentos, formulando-a assim a partir de análises e da interpretação de sua clínica. Para que os objetivos propostos pudessem ser atingidos foi realizado um breve estudo teórico, bem como a conceituação de alguns elementos psicanalíticos e fragmentos da escuta clínica. Tal escuta, partiu do atendimento a pacientes e familiares atendidos no estágio extracurricular num Hospital Geral da Rede SUS de Belo Horizonte. Verificou-se, portanto à possível estruturação desse sujeito a partir da escuta clínica. Fica evidente a necessidade de se pesquisar mais sobre o assunto, sendo um campo possível de atuação à psicologia que vem se ampliando na atualidade, onde buscamos emergir o sujeito do desejo, já que a medicina lida com o indivíduo no registro da demanda. Área do conhecimento: Ciências Humanas. Psicologia no Hospital. Psicanálise. Palavras-chave: Psicologia no Hospital. Discurso médico. Assujeitamento ao Outro. Escuta Psicanalítica. Referência da monografia: DINIZ, Emanuelle.R. A subjetividade do paciente hospitalizado e a escuta psicanalítica. 2012. 57f. Monografia (Conclusão do curso) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Faculdade de Psicologia, Belo Horizonte. Autorizo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, através do curso de graduação em psicologia, à ampla divulgação do meu trabalho de conclusão de curso, em espaços e eventos internos à Instituição, ou ainda abertos ao público em geral. A presente autorização é concedida gratuitamente, abrangendo a divulgação da pesquisa acima mencionada em todas as suas modalidades, sendo estas impressas ou eletrônicas. Av. Dom José Gaspar, 500 • 30535-901 • Belo Horizonte • Minas Gerais Fone: (31) 3319 4444 • www.pucminas.br