Protocolo de Regulação em Nefrologia

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PROTOCOLO DE
REGULAÇÃO EM
NEFROLOGIA
1
1. INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Regulação traz como responsabilidade das três esferas do governo, em seu
âmbito administrativo, o exercício de algumas atividades essenciais para o processo regulatório, tais
como: execução da regulação, controle, avaliação e auditoria da prestação de serviços de saúde;
definição, monitoramento e avaliação da aplicação dos recursos financeiros; elaboração das
estratégias para contratualização de serviços de saúde; definição e implantação de estratégias para
cadastramento de usuários, profissionais e estabelecimentos de saúde; capacitação permanente das
equipes de regulação, controle e avaliação; elaboração, adoção e implementação dos protocolos
clínicos e de regulação.
Diante da prerrogativa, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, através da Superintendência de
Gestão e Regulação do Sistema de Saúde, visando otimizar a utilização dos leitos de Nefrologia de
forma organizada, hierarquizada, criteriosa e transparente, apresentará, em todas as regiões de
saúde, a proposta para utilização dos leitos de Nefrologia Pediátrica e Adulto, credenciados pelo
Sistema Único de Saúde, a ser sistematizada através da elaboração e implementação do Protocolo
de Nefrologia que pode melhor garantir a Regulação do Acesso e favorecer o processo regulatório.
2. DISPOSIÇÕES GERAIS
A internação em leitos de Nefrologia destina-se ao atendimento de pacientes portadores de
enfermidades nefrológicas agudas, crônicas ou crônicas agudizadas, que se não forem adequada e
prontamente tratadas levarão à complicações ou até mesmo o óbito. Esses serviços dispõem de
assistência médica e de enfermagem, com tecnologias específicas e recursos humanos
especializados.
Devido ao alto custo, insuficiência de oferta e a alta demanda, sua solicitação devera ser criteriosa
no momento da indicação. Estas unidades atendem a grupos etários específicos, a saber:
•
Pediátrico: pacientes de 0 dias a 12 anos;
•
Adulto: pacientes maiores de 13 anos.
3. CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO PARA UNIDADE NEFROLÓGICA
•
Doença Renal Crônica a partir do estágio 3;
•
Urina I constando hematúria em 2 amostras e na ausência de litíase e infecção urinária
2
Hematúria: a avaliação da hematúria macro é inicialmente da urologia. Caso o especialista
necessite, ele deverá enviar ao nefrologista. A hematúria microscopia em mulher
frequentemente é erro por coleta em período menstrual, ela deve ser confirmada e não ter
infecção urinária concomitante;
•
Proteinúria > 02g/dia;
•
02 amostras de Creatinina alteradas;
•
HAS de difícil controle (encaminhamento ambulatorial).
.
4. FATORES SUBJETIVOS PARA AVALIAÇÃO
•
Diagnóstico
•
Doença Coexistente
•
Disponibilidade tratamento adequado
•
Antecipada qualidade de vida
•
Reserva Fisiológica
•
Resposta ao tratamento
•
Faixa etária
•
Causa da insuficiência renal
3
5. PROTOCOLO PARA AVALIACÃO E REGULACÃO DO PACIENTE COM
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)
Pode ser definida como uma perda abrupta da função renal, caracterizado por uma diminuição da
filtração glomerular, resultando na retenção de uréia e de creatinina no sangue, e diminuição do
componente urinário (oligúria ou mais raramente, anúria).
5.1 CLASSIFICAÇÃO
Pode ser classificada de acordo com a sua etiologia em:
• Pré-renal: resulta de uma hipoperfusão renal devido a uma diminuição do volume
intravascular efetivo, o qual pode resultar de uma desidratação, vasodilatação periférica, ou
por um baixo débito cardíaco. É o tipo mais comum de IRA.
• Insuficiência renal intrínseca: resulta de uma variedade de lesões aos vasos sangüíneos,
glomérulos, túbulos ou interstício renais. Estas lesões podem ser causadas por toxicidade,
reações imunológicas, de forma idiopática, podendo ainda ser iatrogênica, ou desenvolvida
como parte de uma doença sistêmica ou renal primária.
•
Pós-renal: resulta de uma obstrução do trato urinário alto ou baixo.
5.2 CAUSAS
Causas de Insuficiência Renal Aguda
Tipo de IRA
Causas
Contração do volume intravascular - DESIDRATAÇÃO
Hipotensão
Insuficiência cardíaca
Insuficiência hepática
Pré-renal
•
•
•
•
Insuficiência
Renal Intrínseca
• Necrose tubular aguda (isquemia prolongada, agentes
nefrotóxicos como metais pesados, aminoglicosídeos, contrastes
radiológicos)
• Lesões grandes vasos renais: Estenose arterial renal de origem
aterosclerótica difusa
• Lesão arteriolar [hipertensão arterial acelerada; vasculite;
doenças microangiopáticas (púrpura trombocitopênica, síndrome
hemolítico- urêmica)
• Glomerulonefrite
• Nefrite intersticial aguda (induzida por drogas)
• Depósitos intrarenais (ex: ac.úrico)
4
• Embolização por colesterol (ex: pós-angioplastia)
Pós-renal
• Obstrução ureteral (cálculo, tumor, compressão externa)
• Obstrução vesical (bexiga neurogênica, hipertrofia prostática,
carcinoma, cálculo, estenose uretral, coágulo)
5.3 DIAGNÓSTICO
Inicialmente o diagnóstico deve se basear na exclusão de fatores pré-renais e pós-renais passíveis de
reversão. A anúria geralmente sugere obstrução pós-renal. A oligúria pode ser definida como um
débito urinário < 400ml / dia. O sedimento urinário pode fornecer dados etiológicos importantes: na
lesão renal primária, geralmente ocorre com a presença de hematúria, proteinúria, cilindros e células
tubulares. A eosinofilia urinária sugere nefrite túbulo-intersticial por drogas. Cilindros hemáticos
sugerem vasculite ou glomerulonefrite. O aumento progressivo e diário da creatinina sérica é
diagnóstico de IRA. A biópsia renal percutânea apresenta um papel importante em determinados
casos (como glomerulonefrites, vasculites, nefrite intersticial aguda em rins previamente normais),
nos quais o diagnóstico é incerto e/ou apresenta uma evolução rápida e de difícil manuseio clínico.
Em relação às técnicas de imagem na IRA, algumas observações podem ser apreciadas:
• A ultassonografia (US) renal é muito importante para a exclusão de obstrução, pois
apresenta uma grande sensibilidade na detecção da hidronefrose. No entanto, alguns
resultados falso-negativos podem ocorrer na fase precoce da obstrução ou em pacientes
desidratados. A maioria dos pacientes com IRA apresentam ecotextura e tamanho renal
normais, porém uma diminuição do tamanho renal total ou da córtex renal, sugerem
nefropatia crônica.
•
Existem outros exames que poderão ser indicados pelo Especialista, após uma avaliação,
entre eles TC, Angiografia, RNM, etc.
5.4 TRATAMENTO
Deve-se antes ressaltar o aspecto mais importante que é o da utilização de medidas profiláticas para
o desenvolvimento da IRA nos pacientes mais suscetíveis ira em todas as unidades, da unidade
básica as unidades de internação. Em todo lugar de um hospital ou atendimento de emergência
haverá pacientes sob forte risco de IRA. Estas medidas devem incluir a manutenção dos parâmetros
de hidratação, controle da pressão arterial, controle do uso de drogas nefrotóxicas, usar drogas com
a menor dosagem possível, evitar radiocontraste nestes pacientes, utilizar alopurinol antes de
quimioterapia intensamente citolítica, repor volemia antes de procedimentos cirúrgicos.
5
O tratamento, portanto, deve ser direcionado para causa básica, e com uma monitorização clínica e
laboratorial repetidas, e ainda pode ser divididos em fases de manuseio inicial e manutenção.
5.5 INDICAÇÕES DE DIÁLISE NA IRA
• Uremia;
• Hipervolemia;
• Hipercalemia Refratária;
• Acidose Metabólica Refratária;
• Intoxicação Exógena (hemodiálise, hemoperfusão).
6
6. PROTOCOLO PARA AVALIACÃO E REGULACÃO DO PACIENTE COM
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRC)
A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em lesão renal e geralmente perda progressiva e
irreversível da função dos rins. Atualmente ela é definida pela presença de algum tipo de lesão renal
mantida há pelo menos 3 meses com ou sem redução da função de filtração.
6.1 CAUSAS
•
•
•
•
•
•
•
•
Hipertensão
Diabetes
Glomerulonefrites
Doenças hereditárias como a Doença Policística
Obstruções urinárias
Pielonefrite crônica
Litíase
Doença aterosclerótica difusa
6.2 DIAGNÓSTICO
A insuficiência renal crônica diagnostica-se por meio de uma análise de sangue, juntamente com a
história clínica.
O sangue caracteriza-se por se tornar moderadamente ácido. Dois produtos
metabólicos de excreção, a uréia e a creatinina, que normalmente são filtrados pelos rins,
acumulam-se no sangue. A concentração de cálcio diminui e aumenta a de fosfato. A concentração
de potássio no sangue é normal ou apenas ligeiramente aumentada, mas pode tornar-se
perigosamente alta. O volume de urina tende a permanecer estável, geralmente de 1 l a 4 l diários,
independentemente da quantidade de líquidos consumidos. Em geral, o indivíduo tem anemia. As
análises de urina podem detectar muitas alterações, tanto nas células como na concentração de sais,
mas pode ser normal.
Falhas decorrentes da coleta de urina e da interpretação dos valores da Creatinina plasmática podem
interferir no diagnóstico, portanto, na prática o clearance pode ser estimado de acordo com a
equação de Cockroft-Gault:
Clearance de Creatinina (ml/min) = (140-idade) X peso em kg / 72 X Creatinina sérica
*Multiplicar por 0,85 se paciente do sexo feminino
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6.3. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CLEARANCE DE CREATININA
ESTÁGIO
CLEARANCE
FASE
OBSERVAÇÃO
0
>90ml/min
Ausência de lesão renal
Grupo de risco (*)
1
>90ml/min
Presença de lesão renal, e função
Início da doença
renal normal
0
60-89ml/min
Insuficiência renal leve
Ausência de sintomas
3
30-59ml/min
Insuficiência renal moderada
Sintomas discretos
4
15-29ml/min
Insuficiência renal grave
Sinais e sintomas evidentes
5
<15ml/min
Insuficiência renal terminal
Diálise ou transplante
(*) É considerado grupo de risco para a DRC aquele do qual fazem parte todos os pacientes
diabéticos e hipertensos, com também os indivíduos com historia familiar de DRC, diabetes e
hipertensão.
Entretanto, o Clearance não define o estágio 1 da IRC; este é dado por dois indicadores:
1) Proteinúria maior ou igual a 200mg de proteína por grama de creatinina; ou proteinúria maior
ou igual a 300mg, na urina de 24horas.
2) Microalbuminúria. Este é o teste mais sensível e é dado pela presença de 30-300ug de albumina
por miligrama de creatinina na urina de um indivíduo. A pesquisa de microalbuminúria deve ser
realizada principalmente em pacientes diabéticos, hipertensos, e com antecedente familiar de DRC.
6.4 TRATAMENTO
Habitualmente, a IRC tende a agravar-se independentemente do tratamento, e se não for tratada é
mortal. A diálise ou o transplante renal pode salvar a vida do doente.
Os quadros que causam ou agravam a insuficiência renal devem ser corrigidos o mais rapidamente
possível. Estas ações compreendem: a correção dos desequilíbrios de sódio, de água e do equilíbrio
ácido-básico, a eliminação das substâncias tóxicas dos rins, o tratamento da insuficiência cardíaca,
da hipertensão arterial, das infecções, das concentrações elevadas de potássio ou de cálcio/fósforo
no sangue e de qualquer possível obstrução do fluxo de urina.
Uma correção minuciosa da dieta ajuda a controlar a acidose e o aumento das concentrações de
potássio e fosfato no sangue. Quando a dieta é muito rigorosa ou quando se tem de começar a
diálise, recomenda-se um suplemento que contenha vitaminas do grupo B e vitamina C.
A elevada concentração de triglicéridos no sangue, freqüente entre os que sofrem de IRC, aumenta
os riscos de certas complicações tais como acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos.
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Por vezes restringe-se o consumo de água para impedir que a hipervolemia. Habitualmente se limita
o consumo de sal (sódio), devido ao edema e a presença de hipertensão arterial. Devem-se evitar os
alimentos com um alto conteúdo de potássio, porque aumenta o risco de arritmias e de paragem
cardíaca. Se o valor do potássio se elevar, podem-se administrar medicamentos ou por vezes requerse a diálise de emergência.
A remodelação dos ossos pode ser afetada se determinadas circunstâncias persistirem durante muito
tempo, devido a redução da síntese de calcitriol, diminuição da absorção de cálcio e as
concentrações elevadas de fósforo e PTH no sangue. A concentração de fósforo no sangue controlase com a restrição do consumo de alimentos ricos em fósforo e uso de quelantes.
A anemia é causada pela incapacidade dos rins em produzir quantidades suficientes de
eritropoietina. Efetuam-se transfusões de sangue apenas quando a anemia é grave ou provoca
sintomas. Também existem outras causas de anemia, em particular as deficiências de certos
nutrientes na dieta, como o ferro, o ácido fólico e a vitamina B12, ou um excesso de alumínio no
organismo. A tendência para a hemorragia na IRC pode ser evitada transitoriamente por meio de
transfusões de glóbulos vermelhos ou plaquetas, ou então administrando medicamentos.
Os sintomas da insuficiência cardíaca, resultado do excesso de sódio e da retenção de água,
melhoram caso se reduza a quantidade de sódio na dieta. O aumento moderado ou grave da
hipertensão arterial trata-se com medicamentos anti-hipertensivos.
Quando os tratamentos iniciais para a insuficiência renal já não forem eficazes, considera-se a
diálise à longo prazo ou o transplante de rim.
6.5 INDICAÇÕES DE DIÁLISE NA IRC
•
Depuração de Cr <10ml/min ou 15ml/min
•
Urgências Dialíticas:
Hipervolemia;
Uremia;
Hipercalemia;
ACIDOSE.
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7. PROTOCOLO PARA AVALIACÃO E REGULACÃO EM NEFROLOGIA – TERAPIA DE
SUBSTITUIÇÃO RENAL: DIÁLISE PERITONEAL, HEMODIÁLISE E
TRANSPLANTE RENAL
Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase
terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a
diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.
A diálise é um processo artificial que serve para filtração do sangue. Isto pode ser feito usando a
membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal.
Existem, portanto, dois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.
7.1 DIÁLISE PERITONEAL
Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do
nosso corpo, para filtrar o sangue.
Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade
abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução
permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução
nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução
todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente
ao rim. A diálise peritoneal pode ser realizada no hospital é também pode ser realizada no domicílio
do paciente.
7.2 HEMODIÁLISE
Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos,
chamados de filtros capilares. Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo
filtro capilar. Para isso, é fundamental ter uma fístula artéria venosa (FAV) que permita ser
puncionado três vezes por semana com agulhas especiais. Em alguns casos, especialmente em
pacientes agudos, o sangue é retirado do paciente para a diálise por meio de um catéter venoso
central próprio para hemodiálise.
Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas. O rim artificial é uma
máquina que controla a pressão do filtro, a velocidade e o volume de sangue que passam pelo
capilar e o volume e a qualidade do líquido que banha o filtro. Para realizar uma hemodiálise de
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bom padrão é necessário uma via específica de acesso venoso (FAV, enxerto ou catéter) com bom
fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada e assistência médica permanente.
O paciente sob terapia de substituição renal sofre complicações inerentes ao procedimento dialítico
peritoneal ou hemo, que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, calcificação,
desnutrição, cardiopatia isquêmica, infecções – não é a terapia que causa hepatite, mas a
imunossupressão predispõe a infecções várias, peritonites, congestão pulmonar, eventos
hemorrágicos, além das e complicações das doenças que o paciente é portador de base.
A hemodiálise tem a capacidade inferior de filtração igual ao rim humano, porém é capaz de manter
uma filtração plasmática mínima para a sobrevida do paciente.
Uma vez por mês, os pacientes realizam exames de controle das taxas metabólicas e recebem
orientação de dieta para o controle da ingesta de sal, proteínas e fósforo.
O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos renais crônicos e o
restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 90.000 pacientes fazendo hemodiálise e
somente 05% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande.
7.3 TRANSPLANTE RENAL
• Indicações
Paciente portador de Insuficiência Renal Crônica com clearance de creatinina igual ou menor que
20 ml/min/1,73m2 são os candidatos ao transplante. Geralmente transplanta-se até os 70 anos,
porém, a idade biológica é mais importante que a cronológica. O melhor prognóstico de
sobrevivência a longo prazo deve prevalecer, e as chances de sobrevivência no curto e longo prazo
devem ser levados em consideração.
• Contra indicações absolutas
Pacientes portadores de neoplasias malignas, ou já tratadas, com menos de 2 anos de
seguimento;
Pacientes portadores de doença pulmonar crônica avançada;
Pacientes portadores de doença cardíaca grave sem indicação de tratamento cirúrgico ou
intervencionista;
Pacientes portadores de vasculopatia periférica grave, com sinais clínicos evidentes de
insuficiência vascular periférica ou com estudo de doppler mostrando lesões graves em
artérias ilíacas;
Pacientes portadores de cirrose hepática;
Incompatibilidade ABO;
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Não preenchimento das condições legais.
• Contra indicações relativas
Pacientes portadores de oxalose primária (poderá concorrer a transplante duplo de
rim/fígado);
Pacientes com idade maior que 60 anos com cateterismo e/ou mapeamento cardíaco
alterados;
Pacientes portadores de diabetes mellitus com cateterismo e/ou mapeamento cardíaco
alterados ou doppler de artérias ilíacas demonstrando arteriopatia moderada;
Pacientes portadores de doença neuro-psiquíca;
Pacientes portadores de anomalias urológicas e/ou disfunção vesical severa. Poderão ser
aceitos após estudo clínico e cirúrgico do caso;
Crianças com peso inferior a 15 kg. Poderão ser aceitas após estudo clínico e cirúrgico do
caso;
Obesidade mórbida;
Ausência de suporte familiar ou pessoal para aderência ao tratamento, pelas condições
sociais, de vida e de moradia;
Pacientes portadores de HIV
• Critérios de inativação temporária
Pacientes portadores de infecção em atividade ou com tratamento incompleto;
Transfusão sanguínea recente (< 15 dias);
Perda de enxerto por causa imunológica;
Úlcera gastroduodenal em atividade;
Pacientes portadores de glomerulonefrites ou vasculites em atividade;
Outras intercorrências clínicas que contra-indiquem temporariamente a realização do
transplante renal.
• Situações de sorologia positiva
Receptor Anti HCV positivo e HbSAg positivo : Avaliação clínica criteriosa dos pacientes
portadores, e caso necessário avaliação do especialista .
Doença de Chagas: No caso do paciente insistir com o transplante deve-se explicar os riscos.
Receptor CMV positivo: Normalmente evolui sem a doença. Não há necessidade de
tratamento profilático.
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FLUXOGRAMA PARA REGULACÃO EM NEFROLOGIA
PACIENTE COM SUSPEITA DE IRA, IRC OU IRC AGUDIZADA
↓
ATENDIMENTO INICIAL PELA UNIDADE PARA ANAMNESE, EXAME CLÍNICO E
SOLCITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PARA AFASTAR CAUSAS REVERSÍVEIS
DE IRA E AVALIAR FUNÇÃO RENAL
↓
AVALIAR NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES ANTES
DO ENCAMINHAMENTO PARA AVALIAÇÃO COM NEFROLOGISTA , UROLOGISTA E/OU
HEMODIÁLISE
(PACIENTE COM SINDROME NEFRÓTICA E SÍNDROME NEFRÍTICA, INDEPENDENTE
DA
FUNÇÃO
RENAL,
DEVEM
SER
ENCAMINHADOS
AO
NEFROLOGISTA.
HIDRONEFROSE E OUTRAS OBSTRUÇÕES DO TRATO URINÁRIO É PARA A UROLOGIA)
↓
APÓS ELUCIDAÇÃO DIAGNÓSTICA, SOLICITAR REGULAÇÃO DO PACIENTE PARA
UNIDADE DE REFERÊNCIA EM NEFROLOGIA, DE ACORDO COM SUA PPI
↓
APÓS LIBERAÇÃO DA REGULAÇÃO PELA CER, INFORMAR QUAL TRANSPORTE
ADEQUADO
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SESAB – SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
FORMULÁRIO PARA SOLICITACAO DE REGULACAO EM NEFROLOGIA NA BAHIA
Solicitante ________________________________________________ CREMEB ______________
Hospital _________________________________________________________________________
Usuário ______________________________________ Procedência ________________________
Idade _____________
Diagnóstico(s):
Sexo (
IRA ( )
Co-Morbidade(s): (N)
(S)
IRC (
)Masculino
)
(
IRC agudizada (
)Feminino
)
Especificar:_____________________________________________
História clínica / Medicações em uso: _________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Sinais Vitais / Exame Físico:
Freqüência Respiratória: ____ipm Freqüência Cardíaca: _____bpm PA _______mmHg
AR: ____________________________________________________________________________
ACV: ___________________________________________________________________________
Oxigenoterapia: (N) (S) Catéter O2: ____L/min Venturi: _____%
Ventilação Mecânic: (N) (S)
Função Neuro: Glasgow ____ Abertura Ocular (
) Resp. Verbal ( ) Resp. Motora ( )
Função Cardíaca: Drogas Vasoativas: (N) (S) Especificar (ml/h/cc):________________________
Necessita de diálise: (N) (S)
Função Renal: Creatinina _____
Uréia _____
Hb: ______ Leucograma: ______
K_____ Na ______ Indisponível (
Glicemia ______ Indisponível (
)
) SatO% ____________
Sumário de urina: _________________________________________________________________
Conduta solicitada: ________________________________________________________________
Tipo Transporte:
Ambulância comum:
Própria Unidade (
)
CER (
)
Ambulância Avançada:
Própria Unidade (
)
CER (
)
UTI Aérea ( )
_________________________________
Assinatura e carimbo
14
ANEXOS
15
LEITOS CLÍNICOS NEFRO-UROLOGIA
CNES
2649764
2556642
3906787
2467372
4028155
3260801
2506122
2601583
3875
3827992
2384582
2470667
2497751
4057
3859
4251
2444747
3808
6558143
3816
3230171
2520613
2488930
2402084
2402076
2402092
2487756
2407205
2402556
2526379
Estabelecimento
CLINICA SAO JOSE
HOSPITAL MATERNIDADE DE
EUNAPOLIS
HOSPITAL DE ILHEUS
HOSPITAL MUNICIPAL
ANTONIO TEXEIRA
SOBRINHO
HOSPITAL REGIONAL DE
JUAZEIRO
HOSPITAL AEROPORTO
HOSPITAL PAINEIRAS
HOSPITAL SAO LUCAS
HOSPITAL ANA NERY
HOSPITAL DA BAHIA
HOSPITAL DA CIDADE
HOSPITAL DA SAGRADA
FAMILIA
HOSPITAL DO APARELHO
LOCOMOTOR
SARAHSALVADOR
HOSPITAL ESPANHOL
HOSPITAL GERAL ROBERTO
SANTOS
HOSPITAL PORTUGUES
HOSPITAL SALVADOR
HOSPITAL SAO RAFAEL
HOSPITAL TERESA DE
LISIEUX
HOSPITAL UNIVERSITARIO
PROFESSOR EDGARD
SANTOS
UNIDAY HOSPITAL
HOSPITAL NOSSA SENHORA
DA POMPEIA
ANDRO HOSPITAL
UROLOGICO
HCC HOSPITAL DE CLINICA
DE CONQUISTA
HOSPITAL GERAL DE
VITORIA DA CONQUISTA
HOSPITAL SAO GERALDO
HOSPITAL SAO VICENTE DE
PAULO
SAMUR
UNIMEC
HOSPITAL SENHOR DO
BONFIM
Macrorregião
Município
Existentes
SUS
CENTRO-LESTE
CONCEICAO DO COITE
1
1
EXTREMO-SUL
EUNAPOLIS
2
0
SUL
ILHEUS
1
0
CENTRO-NORTE
JACOBINA
2
2
NORTE
JUAZEIRO
3
3
LESTE
LAURO DE FREITAS
4
0
EXTREMO-SUL
MUCURI
2
0
SUDOESTE
POCOES
LESTE
SALVADOR
2
2
22
22
LESTE
LESTE
SALVADOR
5
0
SALVADOR
2
0
LESTE
SALVADOR
5
0
LESTE
SALVADOR
1
1
LESTE
SALVADOR
8
2
LESTE
SALVADOR
16
16
LESTE
SALVADOR
8
2
LESTE
SALVADOR
1
0
LESTE
SALVADOR
16
2
LESTE
SALVADOR
4
0
LESTE
SALVADOR
2
2
LESTE
SALVADOR
2
0
LESTE
SAO FELIX
3
3
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
2
0
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
5
3
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
2
2
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
2
0
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
2
1
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
3
0
SUDOESTE
VITORIA DA CONQUISTA
6
5
CENTRO-NORTE
XIQUE-XIQUE
2
1
136
70
Total de Estabelecimentos
30
16
LEITOS CLÍNICOS NEFRO-UROLOGIA
SECRETARIA DA SAÚ
SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DOS SISTEMAS E REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ATENÇ
ATENÇÃO À SAÚ
SAÚDE
DIRETORIA DE REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAUDE
Leitos Clínicos – NEFROLOGIA/UROLOGIA*
CENTRO-NORTE
04 leitos existentes
03 leitos SUS
SUL
NORTE
01 leitos existentes
0 leitos SUS
CENTRO-NORTE
NORDESTE
CENTRO-LESTE
OESTE
EXTREMO-SUL
04 leitos existentes
0 leitos SUS
CENTRO-LESTE
01 leito existente
01 leito SUS
LESTE
NORTE
03 leitos existentes
03 leitos SUS
SUDOESTE
24 leitos existentes
13 leitos SUS
SUL
SUDOESTE
LESTE
99 leitos existentes
50 leitos SUS
Nº de municípios com leitos de nefrologia/urologia Clínica – 12
Nº de leitos SUS de nefrologia/urologia clínica no Estado - 70
EXTREMO
SUL
NORDESTE, OESTE
Percentual de municípios com leitos de nefrologia/urologia clínica –
Não existem leitos
habilitados no CNES
2.9%
*Fonte: CNES/DATASUS em 13/12/10
SECRETARIA DA SAÚ
SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DOS SISTEMAS E REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ATENÇ
ATENÇÃO À SAÚ
SAÚDE
DIRETORIA DE REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAUDE
FONTE CNES acesso em 13/12/2010
17
LEITOS CIRÚRGICOS NEFRO-UROLOGIA
CNES
2556642
2800047
Estabelecimento
HOSPITAL MATERNIDADE DE EUNAPOLIS
HOSPITAL UNIMED VERA CRUZ
Macrorregião
Município
EXTREMO-SUL
EUNAPOLIS
EXTREMO-SUL
PORTO SEGURO
18
LEITOS CIRÚRGICOS NEFRO-UROLOGIA
SECRETARIA DA SAÚ
SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DOS SISTEMAS E REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ATENÇ
ATENÇÃO À SAÚ
SAÚDE
DIRETORIA DE REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAUDE
Leitos Cirúrgicos – NEFROLOGIA/UROLOGIA*
SUDOESTE
49 leitos existentes
17 leitos SUS
EXTREMO-SUL
04 leitos existentes
0 leitos SUS
NORTE
CENTRO-LESTE
01 leito existente
01 leitoSUS
CENTRO-NORTE
NORDESTE
CENTRO-LESTE
OESTE
SUL
01 leitos existentes
0 leitos SUS tos SUS
LESTE
SUL
SUDOESTE
LESTE
127 leitos existentes
70 leitos SUS
NORTE
07 leitos existentes
0 leito SUS
CENTRO-NORTE
02 leitos existentes
01leito SUS
Nº de municípios com leitos de nefrologia/urologia – 16
EXTREMO
SUL
Nº de leitos SUS de nefrologia/urologia no Estado - 89
Percentual de municípios com leitos de nefrologia/urologia – 3.8%
OESTE , NORDESTE,
Não existem leitos cadastrados
no CNES
*Fonte: CNES/DATASUS em 13/12/10
SECRETARIA DA SAÚ
SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DOS SISTEMAS E REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ATENÇ
ATENÇÃO À SAÚ
SAÚDE
DIRETORIA DE REGULAÇ
REGULAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAUDE
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Referencias Bibliográfica
-----. Ministério da Saúde. Portaria GM N º. 1559 de 1º de agosto de 2008. Institui a Política
Nacional de Regulação.
-----. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência a Saúde. Consulta Pública
-----. Ministério da Saúde. Portaria GM no 2.918, de 09 de junho de 1998.
Estabelece critérios de classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento Intensivo.
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