síndrome respiratória aguda grave (srag)

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Boletim Epidemiológico da Influenza
Bahia, 2016
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
Ano 4, Nº04, 2016
(SRAG)
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, por meio da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica, alerta para o aumento de casos de gripe e de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) ocasionados pelo vírus Influenza A H1N1. O período sazonal
para transmissão do vírus ocorre em meados do mês de maio, no entanto, observouse esse aumento a partir de fevereiro desse ano.
Na Bahia, até 21/04/2016, foram notificados no Sistema Sinan Influenza Web 215
casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e destes 25 evoluíram para óbito.
Dentre os casos de SRAG, 38 foram ocasionados pelo vírus Influenza A H1N1 com
9 óbitos; 09 casos por outro vírus respiratório; 74 casos não foi identificado o agente
(SRAG não especificada), 02 foram ocasionados por outro agente etiológico e 92
casos encontram-se em processo de investigação (Tabela 1).
A faixa etária dos casos de SRAG mais acometida foram os menores de cinco anos
e também apresentaram o maior risco de adoecimento (Tabela 2). A maior letalidade
foi registrada entre os maiores de 50 anos. Em 44 municípios houve casos
notificados, destacando-se Salvador (110), Vitória da Conquista (19), Guanambi (14)
e Feira de Santana (9) (Tabela 3). Observou-se comorbidade em 81 (37,67%) dos
casos notificados, destacando-se cardiopatia, pneumopatia, imunodeficiência,
doença neurológica, diabete e doença renal crônica (Tabela 4 e Figura 1).
Os casos confirmados para Influenza A H1N1 ocorreram em 11 municípios,
destacando-se Salvador com o maior número de casos (22), Vitória da Conquista
(2), Guanambi (3) e Lauro de Freitas (3). Nos outros municípios houve apenas 01
caso confirmado em cada um (Boa Nova, Boquira, Feira de Santana, Ibipeba,
Ibirataia, Jacobina, Rio de contas e Teixeira de Freitas) (Tabela 5). A comorbidade
estava presente em 44,7% dos casos de Influenza A H1N1 e em 55,5% entre os
óbitos por esse agente. Em 2015, apenas 01 caso de SRAG procedente de São
Paulo e atendido em Salvador foi confirmado para Influenza A H1N1 no Estado da
Bahia.
Ressaltamos que o tratamento com antiviral Oseltamivir tem se mostrado como
recurso terapêutico de maior impacto na redução da gravidade da Influenza e dos
óbitos dela decorrentes. O medicamento está indicado para todos os casos de
SRAG e para situações específicas em casos de síndrome Gripal de acordo com o
Protocolo de Tratamento da Influenza 2015, lembrando que o seu uso
indiscriminado pode ocasionar resistência viral.
CIVEDI – COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS
AV. ACM S/N Centro de Atenção à Saúde Prof. José Maria de Magalhães Neto – Iguatemi
Cidade: Salvador-Ba CEP – 41.820.000 Telefax: (71) 3116-0042
e-mail: [email protected]
Definição de caso SRAG:
 Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal e que apresente
dispnéia ou os seguintes sinais de gravidade:
 Saturação de O2< 95% em meio ambiente;
 Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória
avaliada de acordo com idade;
 Piora nas condições clinicas de doença de base;
 Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.
Alertamos para a necessidade de alguns cuidados específicos para prevenção e
controle da Influenza, listados a seguir.
Aos profissionais de saúde
 Utilizar o Oseltamivir para todos os casos de SRAG e nos casos elegíveis de
Síndrome Gripal, de acordo com o Protocolo de Tratamento da Influenza
2015;
 Notificar todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave internados
que obedeçam à definição de caso;
 Realizar coleta de material biológico (naso e orofaringe) dos casos SRAG
internados até o 7º dia do início dos sintomas e enviar para o LACEN, de
acordo com as orientações de coleta e transporte.
À Vigilância Epidemiológica das Regiões de Saúde
 Solicitar ao LACEN e distribuir kit´s de coleta da naso e orofaringe para as
unidades hospitalares;
 O setor farmacêutico deve solicitar Oseltamivir pelo sistema de informação
SIGAF e distribuir para hospitais e unidades básicas de saúde.
À Vigilância Municipal
 Divulgar amplamente o Protocolo de Tratamento da Influenza 2015 com os
profissionais de saúde;
 Investigar todos os casos de SRAG em até 48 horas para administrar a
quimioprofilaxia, quando necessário, aos contatos elegíveis, de acordo com o
Protocolo.
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À população
 Procurar um serviço de saúde caso apresente síndrome gripal;
 Adotar medidas de prevenção, conforme a seguir.
Medidas de prevenção
 Lavagem das mãos várias vezes ao dia;
 Evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço
descartável;
 Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir
algum alimento;
 Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
 Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
 Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
 Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
 Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou
garrafas;
 Manter os ambientes bem ventilados;
 Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de
influenza;
 Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
 Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes
ventilados);
 Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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DADOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NA BAHIA
Atualizado em 21.04.2016
Tabela 1. Classificação final e evolução dos casos SRAG, Bahia, 2016.
Class. Final FInov
Não encerrado
SRAG por Influenza A H1N1
SRAG por outros vírus respiratórios
SRAG por outros agentes etiológicos
SRAG não especificada
Total
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
Sem evolução
86
13
5
1
34
139
Cura
1
16
4
1
29
51
Óbito
5
9
0
0
11
25
Total
92
38
9
2
74
215
Tabela 2. Incidência e letalidade dos casos SRAG por faixa etária, Bahia, 2016.
Faixa Etária
Casos
< 2 anos
2 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
>= 60 anos
Total
38
31
20
10
20
29
19
23
25
215
Incidência
/100.000
9.0
4.7
1.7
0.4
0.8
1.3
1.1
1.9
0.5
1.2
Óbito
2
2
1
0
3
1
3
7
6
25
Letalidade %
5
6
5.0
0.0
15
3.4
15.8
30.4
24.0
11.6
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
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Tabela 3. Número de casos, incidência, óbitos e letalidade da SRAG, por
município de residência, Bahia, 2016.
Município
Boa Nova
Boquira
Caetité
Camaçari
Candeias
Caraíbas
Carinhanha
Eunápolis
Feira de Santana
Gongogi
Guanambi
Ibipeba
Ibirataia
Ilhéus
Ipiaú
Itabuna
Iuiú
Jacobina
Jequié
Juazeiro
Lapão
Lauro de Freitas
Livramento de Nossa Senhora
Macaúbas
Monte Santo
Mortugaba
Muritiba
Paramirim
Pau Brasil
Queimadas
Rafael Jambeiro
Remanso
Rio de Contas
Salvador
Santa Inês
Santo Antônio de Jesus
Senhor do Bonfim
Simões Filho
Teixeira de Freitas
Teofilândia
Terra Nova
Ubatã
Urandi
Vitória da Conquista
Sub Total Bahia
Outros estados
Total
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
Casos
1
1
1
2
1
1
2
1
9
1
14
1
1
4
1
1
2
1
2
1
1
8
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
110
1
1
2
3
1
1
1
1
1
19
210
5
215
Incidência
0.68
0.45
0.21
0.08
0.12
1.01
0.70
0.10
0.16
1.25
1.75
0.58
0.56
0.21
0.22
0.05
1.82
0.13
0.13
0.05
0.39
0.47
0.23
0.21
0.19
0.85
0.35
0.94
0.95
0.41
0.44
0.25
0.78
0.41
0.97
0.11
0.27
0.25
0.07
0.46
0.78
0.39
0.61
0.60
0.15
-
Óbitos Letalidade
0
1
0
0
0
0
0
0
1
11
0
0
1
0
0
1
0
0
0
1
50
0
0
1
13
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
11
10.0
1
0
2
1
33.3
0
0
0
0
0
2
10.5
24
11.4
1
25
CIVEDI – COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS
AV. ACM S/N Centro de Atenção à Saúde Prof. José Maria de Magalhães Neto – Iguatemi
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Tabela 4. Comorbidades associadas aos casos e óbitos por SRAG, Bahia,
2016.
Comorbidade
Cardiopatia
Pneumopatia
Imunodeficiência
Doença Neurológica
Diabete
Doença Renal Crônica
Obesidade
Síndrome de Down
Hepatopatia
Casos
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
21
20
18
16
13
10
6
4
3
Óbitos
5
5
3
2
3
2
1
0
1
Obs: Alguns pacientes podem apresentar mais de um tipo de comorbidade.
Figura 1. Comorbidades associadas aos casos e óbitos por SRAG, Bahia, 2016.
Hepatopatia
Síndrome de Down
Obesidade
Doença Renal Crônica
Óbitos
Diabete
Casos
Doença Neurológica
Imunodeficiência
Pneumopatia
Cardiopatia
0
5
10
15
20
25
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
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DADOS DE INFLUENZA A H1N1 NA BAHIA
Atualizado em 21.04.2016
Tabela 5. Casos de SRAG por Influenza A H1N1, Bahia, 2016.
Município
Boa Nova
Boquira
Feira de Santana
Guanambi
Ibipeba
Ibirataia
Jacobina
Lauro de Freitas
Rio de Contas
Salvador
Teixeira de Freitas
Vitória da Conquista
Total
Ign/Branco
1
0
0
1
0
1
1
1
1
8
0
0
14
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
alta
0
0
1
2
0
0
0
2
0
9
0
1
15
óbito
0
1
0
0
1
0
0
0
0
5
1
1
9
Total
1
1
1
3
1
1
1
3
1
22
1
2
38
Tabela 6. Incidência e letalidade dos casos de Influenza A H1N1 por faixa
etária, Bahia, 2016.
Faixa Etária
< 2 anos
2 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
>= 60 anos
Total
Casos
5
7
6
0
2
5
6
6
1
38
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB
Incidência
/100.000
1.2
1.1
0.5
0.0
0.1
0.2
0.4
0.5
0.0
0.2
Óbito
2
1
1
0
1
0
2
2
0
9
Letalidade
14.3
16.7
33.3
33.3
23.7
%
Obs: O Banco Sinan Influenza é atualizado diariamente e está sujeito à inclusão ou
exclusão de casos ou outras alterações pertinentes.
GT INFLUENZA/DIVEP/SESAB
Aline Anne Ferreira
Tatiana Machado
Tânia Damásio
CIVEDI
Ramon Saavedra
(Coordenador)
CIVEDI – COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS
AV. ACM S/N Centro de Atenção à Saúde Prof. José Maria de Magalhães Neto – Iguatemi
Cidade: Salvador-Ba CEP – 41.820.000 Telefax: (71) 3116-0042
e-mail: [email protected]
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