PUBLICAÇÃO OFICIAL DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL SANTA CRUZ E PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA E FARMÁCIA DA UNISC ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - Número 2 - 2013 - Abr/Jun COMUNICAÇÃO BREVE Perfil epidemiológico das síndromes respiratória aguda grave Hospital Santa Cruz/RS - Brasil Eliane Carlosso Krummenauer,1 Janete Aparecida Alves Machado,1 Leandro Müller,1 Marcelo Carneiro,1 Clébio Barreto Teixeira2 ¹Comissão de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, Hospital Santa Cruz. Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Santa Cruz do Sul/RS; 2Acadêmico do Curso de Enfermagem Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Santa Cruz do Sul/RS. Recebido em: 09/09/2013 Aceito em: 11/09/2013 [email protected] DESCRITORES Vigilância Epidemiológica Síndrome Respiratória Aguda Grave A vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é realizada em todos os hospitais conforme normativas do Ministério da Saúde do Brasil.1, 2 Neste ano vivenciamos um aumento da confirmação de casos de SRAG por Influenza em relação aos últimos três anos. Desde 2009, com a circulação do vírus Influenza A pandêmico (A/H1N1/pandêmico) o monitoramento é constante, principalmente, nos meses de inverno, conforme Figura 1. Desde o surgimento deste agravo de notificação compulsória, a Comissão de Controle de Infecção e Epidemiologia do Hospital Santa Cruz notifica e monitora a incidência. A Figura 2 demonstra os casos de SRAG por Influenza e outros vírus por semana epidemiológica em 2013 em Santa Cruz do Sul. De acordo com o gráfico, o percentual de positividade na instituição manteve-se em torno de 20% nos anos de 2011 e 2013. O pico de incidência e de internações ocorreu no mês de junho/julho (26 a 28ª semana epidemiológica). Entre os 32 casos confirmados de A/H1N1/pandêmico, 16 (50%) apresentavam doença crônica, 25 (78%) pertenciam a faixa etária considerada de risco para desenvolvimento da doença e inclusive uma gestante. Destes 8(25%) eram vacinados, sendo que 6(19%) eram portadores de doenças crônicas e 2(6%) não tinham doenças crônicas. Dentre os demais agentes identificados A/H3N2 e influenza B, foram confirmados 5 (3%), sendo que 1(20%) era vacinado e 5 (100%) não tinham doenças crônicas. Na população pediátrica o vírus mais incidente foi o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), conforme figura 3. Na análise dos 64 casos confirmados, identificou-se uma distribuição bimodal entre crianças e adultos. Durante este período de maior incidência foi estabelecido um Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(2):67-68 plano de contingência institucional com desenvolvimento de ações de educação com a população e profissionais através dos meios de comunicação, com incentivo às medidas de prevenção e vacinação, além do alerta de sinais e sintomas para terapia de controle. Durante este período de maior incidência foi estabelecido um plano de contingência institucional com desenvolvimento de ações de educação com a população e profissionais através dos meios de comunicação, com incentivo às medidas de prevenção e vacinação, além do alerta de sinais e sintomas para terapia de controle. 300 280 250 Internações Confirmados Influenza A(H1N1) Confirmados Influenza A(H3) Confirmados Influenza B 200 150 135 174 120 100 66 50 0 32 25 6 0 0 0 0 3 0 2009 2010 2011 2012 2 3 2013 • Foram notificadas 110 (63%) de SRAG não especificadas em 2013 com 8 (7%) óbitos relacionados. Figura 1. Série histórica de internações por SRAG e confirmação diagnóstica de 2009 a 2013. Páginas 01 de 02 não para fins de citação PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS SÍNDROMES RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – HOSPITAL SANTA CRUZ/RS - BRASIL Eliane Carlosso Krummenauer, Janete Aparecida Alves Machado, Leandro Müller, Marcelo Carneiro. 50 INTERNA ÇÕES POR SRA G - HSC 45 40 CONFIRMA ÇÕES POR H1N1 35 CONFIRMA ÇÕES POR H3N2 USO DE TA MIFLU ÓBITO 30 25 20 15 10 5 0 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª 27ª 28ª 29ª 30ª 31ª 32ª 33ª 34ª 35ª Figura 2. Casos de SRAG por Influenza e outros vírus por semana epidemiológica, na cidade de Santa Cruz do Sul, de abril a agosto de 2013 14 12 Inf luenza B nf luenza A (H3) Sazonal 10 Inf luenza A (H1N1) V SR 8 6 4 2 0 < 6 meses 6 a 11 1 ano 2a4 5a9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 > 60 Figura 3. Distribuição dos casos de influenza e outros vírus respiratórios segundo faixa etária. REFERÊNCIAS 1. 2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de tratamento de influenza. Brasília, DF, 2013. Ministério da Saúde. Portaria Nº 104 de 25 de janeiro de 2011. Diário oficial da União Nº18 de 26 de janeiro de 2011.Brasília(DF). Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(2):67-68 Páginas 02 de 02 não para fins de citação