MARKETING NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. SIMONE MARIA MOURA MESQUITA, CLEONICE ROCHA, JOSÉ PAULO PIETRAFESA Resumo: no presente artigo buscou-se analisar como a prática e o desenvolvimento do marketing podem interferir na ação de empresas dos vários setores econômicos, para fins de preservação ambiental, inclusive criando novos conceitos sejam produtivos sejam de consumo. E ainda, como o atual modelo de produção tem ocasionado problemas ambientais, sendo contrário ao Desenvolvimento Sustentável. Palavras-chave: marketing e desenvolvimento sustentável, ética e consumo Não adianta chorar a árvore derrubada. Lágrimas não purificam o rio poluído. Dor ou raiva não ressuscita os animais. Não há indignação que nos restitua o ar puro. É preciso ir à raiz do problema. (J. Chiavenato) A modernidade pode trazer resultados extraordinários ao oferecer facilidades e comodidades, tais como: aceleração produtiva; diminuição no tempo de atendimento de serviços prestados por empresas públicas e privadas; rapidez de informações via internet ou mesmo satéli- 1219 1220 estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. tes. Porém, algumas preocupações surgem, pelo alto preço que estamos pagando com vidas ou com capital, pela exploração acelerada de um dos maiores patrimônio que a humanidade dispõe: o meio ambiente. Ou seja, mesmo com o grande avanço tecnológico nos aspectos físicos, químicos e mecânicos não conseguimos, ainda, entender os limites que o meio ambiente nos impõe (SADER; GONÇALVES, 2004). As práticas produtivas e de serviços poderiam ser estruturadas com maior cautela ao explorar o ambiente que nos cerca. Até recentemente esta preocupação não existia, haja visto as catástrofes ambientais que ocorreram nos últimos tempos como as enchentes, os tornados, os furacões e as secas. Isto revela que o meio ambiente em desequilíbrio e o atual modelo de crescimento econômico, destinado ao aumento puro de produtos e ao apelo consumista, sem regras nem ética, poderá provocar ainda mais catástrofes. Relata Giddens (1987), que seria provável afirmar que a cultura da modernidade foi percebida essencialmente como sendo um reflexo do capitalismo ou do industrialismo e este por sua vez é baseado na lógica do consumo enquanto produtor de relações sociais. Discorre que a “modernidade” refere-se a “um estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência” (GIDDENS, 1991, p. 11). As inúmeras transformações no modo de produção e consumo, assim como na circulação de bens/serviços tem propiciado impactos positivos e com o decorrer do tempo também negativos, especificamente no meio ambiente. Rever esse modo de produção significa dizer rever o modelo de consumo. Há então, a necessidade de buscar um modelo de organização social que substitua a lógica de crescimento econômico por desenvolvimento sustentável, equilibrando necessidades humanas com potencial produtivo do meio ambiente e novas relações sociais de consumo (GUIMARÃES, 2001). Segundo Daly (2005, p. 95), “a principal idéia por trás da sustentabilidade é mudar a trajetória de progresso – de crescimento não sustentável para desenvolvimento presumivelmente, sustentável”. De acordo com a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 1988, p. 46) o desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do presente sem com- estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. prometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”, ou seja, reconciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente (BINSWANGER, 2001). Os estragos ambientais como a desertificação causada pelo desmatamento, a poluição e a acidificação das chuvas representam ameaças à vida, pois, acarretam mudanças inesperadas na atmosfera, nos solos, nas águas, na flora e na fauna afetando assim nossa segurança, bem estar e sobrevivência. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU, 2006), no ano de 2005 mais de 150 milhões de pessoas tiveram suas vidas transformadas devido à ocorrência de 360 desastres naturais (168 inundações, 69 tornados ou furacões e 22 secas) no planeta. A maior parte destas catástrofes estão relacionadas às condições climáticas, que sofreram alterações devido ao modelo racional capitalista de produzir mercadorias em amplas escalas sem medir a capacidade de carga do planeta. A humanidade é capaz de transformar este modelo de crescimento econômico voltado para o consumo, em desenvolvimento sustentável, para tanto, é necessário estimular a compreensão e o espírito de responsabilidade do conjunto da sociedade moderna (CMMAD, 1988; GUIMARÃES, 2001). Determinar estratégias que inibam os principais agentes causadores de danos ambientais e conscientizar a população de que temos problemas prioritários a resolver pode ser uma tarefa que o setor de Marketing possa resolver, uma vez que ele consiste em uma poderosa força, com influência em amplos atores sociais (SWARBROOKE, 2000), podendo trabalhar nos segmentos de bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações e informações (KOTLER, 2000). Em recente obra de Kotler e Keller (2006) é apresentada uma nova abordagem do marketing (Figura 1) que busca reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades e suas atividades, o qual tem a denominação de marketing holístico. Este pode ser visto como o desenvolvimento, o projeto e a implementação de programas, processos e atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de seus efeitos. Este modelo reconhece que tudo é importante – o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência, assim como a sociedade em geral – e que muitas vezes se faz necessária uma perspectiva 1221 Figura 1: Dimensões do marketing holístico Fonte: adaptada de Kotler e Keller (2006). 1222 As empresas e ou organizações que ainda não investiram neste tipo de marketing, poderão ter sua permanência no mercado comprometida, pois o consumidor está cada vez mais exigente e incluir o meio ambiente em suas práticas de marketing não é mais facultativo é uma obrigação na agregação de valor para os produtos e ou serviços e para a segurança de todos. Os profissionais de marketing têm atuado nos mercados primários, secundários e terciários que se interagem entre si por processo de troca, ocupando grande espaço nas economias modernas (KOTLER, 2000). Essa área do conhecimento engloba as atividades concernentes às relações de permuta, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores (COBRA, 1992). Para tanto, visa alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos considerando o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade (LAS CASAS, 2006). estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. abrangente e integrada. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questões e certificar-se de que as decisões em uma área são coerentes com as decisões em outras. Para tanto, quatro temas amplos caracterizam o marketing holístico: marketing interno, integrado, socialmente responsável e de relacionamento. estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. Em 2005, o número de habitantes no planeta era de 6,5 bilhões de pessoas com projeção de crescimento anual que varia de 7,4 a 7,6 milhões de pessoas (COEHN, 2005) e a previsão para o ano de 2020 é que o planeta seja habitado por mais de 8 bilhões de humanos (CMMAD, 1996) que buscam diariamente satisfazer suas necessidades e desejos com produtos de consumo (KOTLER, 2000). Isto implica constantemente em ampliar o sistema de produção e de consumo. Vendo por este ângulo, não é difícil imaginar quantos produtos são produzidos diariamente e a dimensão da quantidade de recursos naturais que estão sendo explorados. Montibeller Filho (2001), analisa que o atual modelo de produção utiliza os recursos ambientais sem avaliar os custos sociais desse modelo e ao mesmo tempo não tem levado em consideração as exigências mínimas dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Neste sentido, uma nova configuração das atividades de marketing não pode dissociar os elementos essenciais da sobrevivência de todos no espaço do planeta. Se analisarmos a pirâmide da hierarquia das necessidades de Maslow (Figura 2) notaremos a urgência de praticarmos uma nova cultura de desenvolvimento voltada para a satisfação das necessidades humanas e ao mesmo tempo se preocupando com a sobrevivência do meio ambiente em seu conjunto. Dependemos totalmente dos recursos naturais para suprir essas necessidades, principalmente às de caráter fisiológicas indispensáveis para a nossa vida. O atual modelo de atividades de Marketing pouco tem utilizado a estrutura acima apresentada. A maioria das empresas tem contribuído para que tenhamos um grande crescimento econômico, indicando que este modelo poderá nos fornecer um desenvolvimento social, porém este desenvolvimento está ligado, ainda mais, à necessidade consumidora. Não considera-se que isto resulta na geração de poluição, produção de resíduos aumento de demanda de recursos naturais, procedimentos estes que se coloca contrário à lógica de desenvolvimento sustentável (MANZINI; VEZZOLI, 2005). De acordo com o CMMAD (1996, p. 47) “O crescimento da população mundial e da produção, associado a padrões não-sustentáveis de consumo, aplica uma pressão cada vez mais intensa sobre as condições que tem nosso planeta de sustentar a vida”. 1223 1224 Assim, o marketing por ser uma ferramenta usada para atrair os consumidores/compradores a fim de usufruir de bens e serviços, pode ser trabalhado dentro de uma proposta sustentável, objetivando atender as necessidades atuais sem comprometer as necessidades das gerações futuras. É necessário a sensibilização e o despertar das empresas/organizações para se trabalhar produtos/serviços sustentáveis, visto que os consumidores/compradores ao adquirir um produto buscam benefícios e atributos. Se esses produtos forem favoráveis a sustentabilidade atenderão, principalmente, o primeiro e o segundo nível da pirâmide de Maslow. Os produtos/serviços compõem o núcleo das estratégias de marketing, que pode ser entendido como um conjunto de características e vantagens capazes de satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores, trazendo benefícios valiosos (FERREL et al., 2000). Nesse sentido, Heiser (2005) relata que as empresas/ organizações orientadas por Marketing devem ter o interesse em compreender como seus clientes selecionam os produtos/serviços estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. Figura 2: Pirâmide da hierarquia das necessidades Fonte: adaptado de Maslow (apud KARSAKLIAN, 2000). estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. em um mercado amplo e de grande competitividade. Corroborando Meginson (1998) alerta que o sucesso das empresas vem acompanhado de profissionais proativos. As empresas/organizações que agirem dentro deste novo contexto, poderão vir a ter vantagens competitivas e ainda estimular a cadeia de produção que envolve desde a concepção de matérias-primas até aos componentes dos produtos finais ofertados aos consumidores/compradores. Num futuro não muito distante, essas vantagens competitivas serão um pré-requisito para a sobrevivência e sucesso dessas empresas/ organizações. Explica Hoffman (2000), que as empresas que almejam otimizar resultados a longo prazo deverão buscar vantagens competitivas sustentáveis, capazes de benefícios prolongados de execução de alguma estratégia criando valor peculiar não implementada simultaneamente por todos os concorrentes atuais ou potenciais. A educação ambiental em escolas e empresas e também os meios de comunicação que proporcionam informações em nível mundial está criando um senso crítico nos consumidores/compradores, que poderá levá-los a uma mudança no seu comportamento, optando por produtos e serviços que possam lhe satisfazer e que ao mesmo tempo contribua para a construção de uma nova atitude, um novo modelo de desenvolvimento que seja efetivamente sustentável. Neste campo, alguns estudos realizados na Itália por Manzini e Vezzoli (2005) indicam que as sociedades sustentáveis projetam seus novos parques industriais levando em conta desde os atores sociais envolvidos até a escolha de recursos e processos produtivos de baixo impacto ambiental. Este seria mais um dos campos de atuação do Marketing sustentável, por exemplo. As atividades de marketing devem estar permanentemente orientadas para monitorar o ambiente, interno e externo, com o objetivo de descobrir novas oportunidades, desenvolver vantagens competitivas e sustentar o crescimento (COBRA, 1992). Sendo assim, o marketing é considerado como um conjunto dos métodos e dos meios de que uma organização dispõe para promover nos públicos pelos quais se interessam, os comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios objetivos (LINDON, 1999). Dentre esses métodos e meios que usam para desenvolver seus progra- 1225 1226 estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. mas, está o “marketing mix” (ou composto de marketing) que é o conjunto de ferramentas usadas pelas empresas para perseguir seus objetivos nos mercados-alvo (KOTLER, 2000). Para aumentar suas chances de lucro e sobrevivência, as empresas devem obter alguma vantagem competitiva, ou seja, possuir um composto de Marketing que o mercado-alvo considera melhor do que qualquer concorrente (MCCARTHY; PERREAULT JR., 1997). As inúmeras atividades distintas que uma empresa executa no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de um produto podem contribuir para custos relativos da empresa, assim como criar uma base para a diferenciação originando uma vantagem competitiva (PORTER, 1989). O setor de Marketing das empresas/organizações deve auxiliar na criação e apresentação de bens e serviços a serem desenvolvidos. Incluindo, neste caso, as decisões sobre design de produto e embalagem (MANZINI; VEZZOLI, 2005), preços ou honorários, políticas de crédito e cobrança, uso de intermediários, políticas de transporte e estocagem, políticas de propaganda e vendas e serviços pós-venda. Além desses, ter ainda ajustes na instalação, assistência técnica, garantia e, talvez, até políticas de descarte, fornecendo a direção necessária para a produção. Estes atos ajudam assegurar que bens e serviços adequados serão fornecidos e encontrarão seu caminho até os consumidores. Produção e Marketing são partes importantes de um sistema total de negócio destinado a fornecer bens e serviços para atender às necessidades dos consumidores (MCCARTHY; PERREAULT JR., 1997). Se pensarmos que as organizações particulares têm o poder nas mãos, muitas vezes maior que as organizações públicas, caberão a elas refletir sobre a questão da sustentabilidade, já que a atividade de marketing dentro de uma nova visão holística, busca entre outros, a preservação e aumento do bem estar do consumidor e da sociedade como um todo. Para dar essas respostas aos consumidores o marketing deverá ser sustentável, pois uma sociedade conscientizada optará não só pela satisfação de adquirir um produto, mas também exigirá que este promova a sustentabilidade. As empresas que já praticam a sustentabilidade poderiam expor seus feitos para a sociedade, pois assim, além de alavancar mais adeptos à sua marca incentivaria outros a seguirem o mesmo ca- estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. minho, pois a tendência com o passar do tempo é uma maior preocupação com o desenvolvimento sustentável. Devido à exaustão ou degradação dos recursos naturais Cobra (2005b), supõe que a ação de compra se torne fortemente influenciada pelo respeito ao meio ambiente, mais que isto, enfatiza que as empresas predadoras serão alvo do veto de compra por parte de grupos de consumidores mais conscientes, esclarecidos e exigentes. Corroborando Donaire (1999) e Guimarães (2001), discorrem que a preocupação ecológica tem tido um destaque importante face de sua relevância para a qualidade de vida das populações. Devido à exploração agroindustrial intensa, o modelo de consumo contemporâneo pode colocar em risco os recursos naturais,. O comportamento do consumidor tem sido influenciado pelas corporações e pelo seu setor de Marketing tradicional, que buscam incessantemente a conquista de novos mercados e compradores, usando a criatividade para despertar desejos secundários e supérfluos. Na velocidade com que vêm ocorrendo as mudanças no planeta, será mais prudente nos antecedermos aos acontecimentos do que reagirmos a eles, o marketing pró-ativo vê adiante, pensando nas necessidades que os consumidores/compradores possam vir a ter no futuro próximo, e mais que isso, deve compreender, explicar e prever os comportamentos de seus públicos- alvos (KOTLER, 2000). O aumento de pressões realizadas pela sociedade, por meio de movimentos sociais reivindicatórios e a atuação de grupos ou indivíduos organizados tem provocado mudanças de comportamento social, seja frente ao consumo ou às empresas/organizações “predadoras”. Estas pressões têm produzido limitações nas atividades empresariais e imposto diretrizes para aquelas empresas que exploram e usam o meio ambiente como forma de maximização do retorno financeiro. O homem tem inteligência para desenvolver equipamentos de controle de poluição, como por exemplo: os combustíveis menos poluentes (álcool), produtos biodegradáveis e materiais alternativos de energia dentre outros. Porém, sozinho é quase impossível atingir objetivos amplos, como a construção de novos modelos de desenvolvimento, que atenda as necessidades de ser efetivamente 1227 Referências BOFF, L. Responder florindo: da crise da civilização a uma revolução radicalmente humana. São Paulo: Garamond, 2004. BINSWANGER, H. C. 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Sendo assim, com sua atuação pode criar produtos sustentáveis, ofertá-los de maneira sustentável e negociar trocas em que o valor pago pelo produto/serviço não será só em capital financeiro, mas também em possibilidade de melhorar a qualidade de vida para as gerações atuais e garantir a das futuras. A conscientização sobre a necessidade de um desenvolvimento sustentável pode ser viabilizada pelo Marketing Global, que segundo Ferrel et al (2000, p.157), “ocorre quando as empresas tratam o mundo inteiro como foco para planejamento e a implementação de marketing”. Segundo Keegan e Green (2003), esta globalização do marketing não funciona sem uma forte equipe local, com capacidade para fornecer informações sobre as condições relativas de determinados lugares e pessoas. Para tanto, é necessária uma ação global para buscarmos a sustentabilidade em que cada um assumindo a sua responsabilidade local, poderá contribuir para a criação de uma sociedade sustentável. Para Boff (2004) a sociedade é sustentável quando consegue atender às suas necessidades, num sentido integrador (holístico), mantendo o capital natural com sua capacidade de reposição, de regeneração e de co-evolução e garantindo as condições para que as gerações futuras possam atender às suas necessidades. CMMAD: Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. 19. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1988. CMMAD: Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Agenda 21. Rio de Janeiro: Subsecretaria de Edições Técnicas, cap. 1, p. 9-59, 1996. DALY, H E. Sustentabilidade em um Mundo Lotado. Scientific American: o planeta no limite, Brasil, ano 4, n. 41, p. 92-109, Out. 2005. DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. FERREL, O. C. et al. Estratégia de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. GIDDENS, A. Social theory and modern sociology. Oxford: Polity Press, 1987. GIDDENS, A. 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CLEONICE ROCHA Doutora em Química pela Universidade de São Paulo (USP). Professora no Programa de Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). 1230 JOSÉ PAULO PIETRAFESA Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). Professor no Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA) e professor no Programa de Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável da PUC Goiás. estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1219-1230, nov./dez. 2009. SWARBROOKE, J. Turismo sustentável: gestão e marketing. São Paulo: Aleph, 2000.