A APROXIMAÇÃO MÉDICO-PACIENTE ATRAVÉS DA ANAMNESE Talitha Giselle Clemente Gonçalves, Alessandra da Costa Gonçalves, Ana Júlia de Souza Franco, Humberto César Machado União das Faculdades Alfredo Nasser [email protected] RESUMO: Este artigo traz uma revisão literária sobre a medicina focada no paciente e sobre o quão importante deve ser o seu ensino nas academias médicas, devido à sua necessidade para a atividade da medicina vinda de uma mudança e de uma grande acessibilidade de informações sobre saúde e doenças para a demais população. Também aborda a relação médico-paciente, passado por várias escalas, nas quais as questões mais significativas estão ligadas a atitudes mais focadas no paciente. Enfim, podemos tirar conclusões significativas sobre a importância de uma anamnese bem realizada para uma melhor conduta médica a respeito do seu paciente, onde se formam laços de respeito e confiança. PALAVRAS-CHAVE: Anamnese. Relação médico-paciente. Medicina. INTRODUÇÃO Anamnese tem origem do grego ‘ana’, que significa trazer de novo ou trazer de volta e ‘mnesis’, que significa memória. Pode-se dizer que é um encontro que busca trazer a mente os aspectos que se relacionam com a doença e/ou o doente. Segundo Alvan Feinstein, anamnese é o procedimento mais sofisticado da medicina, e trata-se de uma metodologia de investigação formidável, pois permite a fala do objeto de estudo. Ela é considerada o centro do círculo onde se fixa a relação médico-paciente. Ao retratar a relação médico-paciente devemos considerar os princípios bioéticos e pronunciar bioética neste contexto é discorrer sobre a relação entre o ‘eu’ e o ‘próximo’. Para que esta relação seja ideal, deve-se ser abrangidos os princípios que se inspiram no respeito ao próximo e na dignidade da pessoa humana. Estes são divididos em quatro pontos fundamentais que são a autonomia, a não maleficência, a beneficência e a justiça. A satisfatória relação médico paciente não se prende apenas nos princípios bioéticos, mas também na disponibilidade em praticá-la e no modo que é praticada. O profissional tem a obrigação de explicitar ao paciente a situação abordada por ele, de forma acessível , de acordo com seu nível cultural. Construir uma boa relação médico-paciente permite a criação de um relacionamento pautado na confiança, reciprocidade, e na busca do bem estar de ambos, já que a ideal relação permite a extração de informações, que direcionam o diagnóstico patológico de forma mais rápida, e evita erros no procedimento médico, o que preserva tanto o paciente quanto o profissional. METODOLOGIA Este é um estudo descritivo com abordagem qualitativa que foi realizado através de pesquisa bibliográfica relacionada ao tema Anamnese e a Relação Médico-paciente publicados em quatro bases de dados Medline, Lilacs e Scielo. Nestas bases, usam como descritores: Anamnese e Relação médico-paciente. RESULTADOS E DISCUSSÃO O ato de estar disponível para praticar a relação médico-paciente não é bastante para fazê-la de maneira correta, pois é necessário que se considere os âmbitos mentais e emocionais da conduta humana e do que o impulsiona, observando especialmente sua conduta quando há um reflexo inconsciente às ocorrências ambientais, psicológicas e às mudanças de certas doenças. Ou seja, deve-se considerar o despertar dos sentimentos juntamente com os aspectos do tratamento. O médico, desde o início de seu aprendizado, é ensinado que a anamnese e o exame físico são as partes mais importantes em que deve atuar em toda sua vida profissional. Cabe a ele consentir com o significado e a profundidade desse encontro. CONCLUSÕES A humanização nos consultórios médicos tem sido cada vez mais falada, mostrando a importância de uma boa relação entre o médico e seu paciente. Assim, conclui que para que tal relação ocorra mais facilmente e sem criar traumas nos pacientes, provou-se necessário uma eximia entrevista, buscando, com atenção, todos os dados, queixas e sintomas do enfermo. Essa entrevista é a chamada anamnese e em tamanha importância pois forma o centro da relação médicopaciente. REFERÊNCIAS 1. Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica I. Celmo Celeno Porto; co-editor Arnaldo Lemos Porto. - 7. ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 2. BEAUCHAMP, Tom L. & CHILDRESS, James F. Princípios de Ética Biomédica. Trad. Luciana Pudenzi. São Paulo: Loyola, 2002. 3. Kovács, Maria Julia. Bioética nas questões da vida e da morte. Psicol. USP, 2003, vol.14, no.2, p.115-167. ISSN 0103-6564 4. Goldim JR. Bioética e Interdisciplinariedade. Educação, Subjetividade & Poder 1997;4:24-8 5. JÚNIOR, Pierre G.; GUIMARÃES, Teresinha Maria de Macêdo. A relação médicopaciente e seus aspectos psicodinâmicos. Revista Bioética, v. 11, n. 1, 2009. 6. 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