Neuropsicologia das Epilepsias 1) Conceito: epilepsia doença crônica, caracterizada por crises epilépticas repetitivas. 2) Crise Epiléptica: desenvolve-se quando uma população neuronal tem um funcionamento não sincrônico com o restante do sistema nervoso. Caracteriza-se por súbita e transitória alteração funcional do encéfalo, podendo ou não haver comprometimento da consciência, associada a alterações motoras, sensitivas, vegetativas e psíquicas. Concomitantemente são detectadas alterações no eletroencefalograma. 3) Diagnóstico: A etapa mais importante no diagnóstico na classificação da crise e na etiologia da doença é sem dúvida o exame clínico. Exame clínico: anamnese*, exame físico e exame neurológico. * Anamnese: deve-se obter uma descrição completa da crise, freqüência das crises e presença de eventos que a antecedem (febre, stress, ciclo menstrual). Se o paciente for adulto deve-se investigar hábitos de dormir, beber e uso de drogas. 4) Exames complementares: eletroencefalograma, tomografia computadorizada nos pacientes com crises focais. 5) Cuidados durante a crise: - deixar o paciente onde estiver, a menos que o lugar seja perigoso. - afrouxar roupas apertadas, principalmente ao redor do pescoço. - sempre que possível deixar o paciente em decúbito lateral. - não tentar parar ou bloquear as contrações musculares. - permeabilidade das vias respiratórias 6) Aconselhamento ao paciente e aos familiares: - tratar o paciente da maneira mais natural possível. - explicar que a crise é um sintoma da doença e que raramente causa dano irreversível ao paciente. - não é doença degenerativa. - as crises podem ser controladas com o uso de medicamentos. - o padrão hereditário só foi comprovado nas crises de ausência. 7) Tratamento: Psicoterapia: apoio psicológico ao paciente e a família. Uso de pan-psicotrópicos (anticonvulsivante): gardenal, tegretol, rivotril, comital, valpair. 8) Classificação das crises eplépticas: 1 – Crises generalizadas (centro-encefálicas): acometimento difuso de um ou dos dois hemisférios cerebrais. 1.1 – Não convulsiva (pequeno mal): ausências. 1.2 – Convulsiva (grande mal): crises tônico-crônicas. 2 – Crises focais ou parciais: acometimento inicial*, de parte de um hemisfério cerebral. * as crises focais ou parciais podem evoluir para crises generalizadas. 2.1 – Crises de semiologia elementar: motoras ou sensitivas (sensoriais) 2.2 – Crises de semiologia complexa: crise ilusória, crise alucinatória, crise afetiva e psicomotora (lobo temporal). A Psicomotora tem como característica: estado confusional e lacenação psíquica com manifestações de ansiedade.