s no A 6 1 Nº60 - Junho / Julho / Agosto - 2016 A ABRA-SP realiza palestras trimestrais com a participação de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, professores de educação física, pacientes, familiares e pessoas interessadas nos temas asma e rinite. Participam das palestras o público em geral, os associados, familiares e pacientes que necessitam de orientações relativas ao tratamento da asma e rinite. As palestras são realizadas na Universidade UNIP, Campus Vergueiro, Rua Apeninos, 267 - Aclimação - Próximo ao Metrô Vergueiro, das 10:00 às 12:00hs, seguindo a agenda demonstrada abaixo. 06 de AGOSTO Rinites – Sinusites –IVAS Dra. Fernanda Komaroff Alameda iraé, 620 conj. 102 - Moema - Sã Porque temos Asma e Rinite? / Esporte e Asma Dr. José Roberto Jardim 05 de NOVEMBRO Bombinha – Mitos e Tabus Dra. Laura Gottschal da Silva Exercícios respiratórios na Asma e Rinite Dra. Vera Lucia dos Santos Alves Dra. Marisa Trinca Asma na Infância O Papel da Família no Cuidado e no Tratamento do paciente com Asma A asma é uma doença crônica de etiologia multifatorial, na qual fatores orgânicos combinam-se a fatores ambientais e psicológicos, determinando o desencadeamento da doença. Outro aspecto importante a ressaltar da doença é quanto ao curso, ou seja, a forma como a doença se manifesta. A asma apresenta um curso reincidente, alternando entre períodos de estabilidade e períodos de exacerbação dos sintomas e crises. Tal aspecto coloca tanto o paciente quanto a família em um constante estado de alerta e tensão, devido à incerteza de não saber quando acontecerá uma nova manifestação da doença. Em decorrência dessas características, a prática clínica com pacientes e seus familiares demonstra uma dinâmica familiar permeada por sentimentos de medo, insegurança e impotência, sendo comuns, relatos de sofrimento, sobrecarga e desgaste emocional. A asma, assim como toda doença crônica, exige um complexo processo de adaptação e neste contexto, a família tem papel fundamental no cuidado e no tratamento do paciente. A forma como o sistema familiar compreende a doença e o tratamento, as suas atitudes diante dos sintomas e a maneira como ela se organiza para lidar com a tensão e os períodos de crise são determinantes para uma adaptação e manejo adequados à doença. Neste sentido, quanto mais conhecimento, informação e compreensão a família possuir sobre a doença e sobre o tratamento, maior, também, será a possibilidade que ela terá para desenvolver estratégias de autocontrole e organizar mudanças no estilo de vida da família, de forma a atender as necessidades e limitações impostas pela doença e pela rotina do tratamento. Um exemplo é a avaliação do ambiente, com o objetivo de eliminar desencadeantes ou gatilhos de sintomas como: poeira doméstica, pelos de animais, fumaça de cigarro, poluição, pó de giz, odores fortes, entre outros. As emoções também devem ser observadas e consideradas. Embora, seja a asma uma doença de vias respiratórias causada pela inflamação dos brônquios, sendo sua origem considerada alérgica, pode existir uma combinação de fatores emocionais aos sintomas específicos da doença, e neste caso, as emoções podem funcionar como gatilhos para o desencadeamento, manutenção e até mesmo agravamento da doença, dificultando o controle. Como se pode observar, é fundamental a participação da família no cuidado e no tratamento do paciente, pois assim como a equipe de saúde, ela se constitui, também, como uma importante unidade de cuidado. Neste sentido, se faz necessário considerar no tratamento um plano de intervenção para as famílias, visando oferecer orientação, acolhimento às dúvidas, anseios e angústias para que ela possa desenvolver estratégias adequadas de adaptação às necessidades do paciente. Fabiane Matias Psicóloga Clínica e Hospitalar, Psicoterapeuta de Família Dr. Roberto Stirbulov Asma - Auto manejo e metas a serem atingidas A asma constitui-se em doença crônica, conseqüente a uma inflamação persistente nas vias aéreas que aumenta com a exposição a fatores do meios ambiente ( poeiras, ácaros, mofo, fumaça de cigarro, etc) ou devido a infecções respiratórias. Essa inflamação tem como conseqüência os episódios de falta de ar e chiado ( crises de asma ) e chega, caso não controlada com medicamentos, falta de ar constante que pode se tornar progressivamente mais intensa. A asma, por ser uma doença causada por genes, não tem cura definitiva. Dessa forma, o que se objetiva com o tratamento é a obtenção do controle, o que faz com que o paciente tenha uma qualidade de vida absolutamente normal, não ficando restrito a nada. Dessa forma , a principal meta do tratamento da asma é A OBTENÇÃO E A MANUTENÇÃO DO CONTROLE DA DOENÇA. Considera-se que o paciente asmático está controlado quando atende os seguintes itens abaixo listados : -Sintomas mínimos ou nenhum. ? -Atividades diárias normais ? -Redução do uso de bombinha de alívio ? -Ausência de despertares noturnos. - Sem idas ao Pronto-socorro por crises de asma ? -Função pulmonar normal ou quase normal ? -Efeitos colaterais mínimos com uso das medicações. Esse estado de controle pode ser obtido se o paciente atender os seguintes requisitos : ? -Consultas médicas periódicas com o especialista em asma ? -Utilização dos medicamentos inalatórios de manutenção, atendendo a orientação do médico ? -Fazer atividades físicas ? -Não fumar ? -Observar, com orientação do médico, os fatores ambientais que podem estar piorando a asma ? -Tratar a rinite e rinossinusite No entanto, alguns pacientes, em que pese atender as recomendações acima, não atingem o controle. São chamados os portadores da chamada asma de difícil controle. Os fatores a seguir são responsáveis por essa condição: Médico pneumologista e deve ser pesquisada pelos médicos : ? -Uso inadequado dos dispositivos ? -Uso de medicamentos que podem piorar a asma (beta-bloqueadores, por ex.) ? -Rinites e rinossinusites não tratadas ? -Doença do refluxo gastroesofágico ? -Tabagismo ? -Exposição ambiental agressiva. Certamente, caso o médico e pacientes tomarem providências para a correção e/ou eliminação daqueles fatores, a asma tenderá a ser controlada e o paciente permanecerá sem sintomas, com boa qualidade de vida. Outro fator importante na obtenção do controle da doença, é o conhecimento do chamado auto-manejo da asma. Essa técnica constitui-se em tomada de ações por parte do paciente orientadas pelo médico, que indicam como agir, no caso de uma crise de asma ou em uma situação de piora ou descontrole da doença. Alguns aspectos são importantes no auto-manejo da asma. São eles : ? -Deve ser sempre orientado pelo médico ? -O paciente deve ser orientado a reconhecer o início das crises ? -Deve haver reconhecimento da gravidade da crise ? Determinar fatores desencadentes ? -O paciente deve estar orientado sobre quais as medicações e doses que devem ser utilizadas nas crises ? -A medida do pico de fluxo expiratório pode ser útil para o reconhecimento do início e gravidade das crises e também pode indicar a resposta aos medicamentos utilizados. O médico pode fornecer ao paciente um plano de ação por escrito, onde constará as providências a serem tomadas em caso de crise, para que se tenha segurança nas ações e o paciente não corra riscos desnecessários. Segue abaixo um modelo de plano de ação por escrito que médicos e pacientes podem adotar. Concluímos que a boa relação entre o médico e o paciente e a tomada de todas as medidas que objetivam o controle da doença resultarão na boa qualidade de vida do asmático e família. Asma nos Idosos A asma pode atingir qualquer pessoa, independentemente da sua idade. Crianças, adultos ou idosos. Porém, enquanto nas crianças há a preocupação em determinar as causas dos sintomas, nos idosos, a asma é muitas vezes sub diagnosticada. Isso acontece porque há uma tendência a se pensar que os sintomas da asma são sintomas naturais do envelhecimento, quando muitas vezes não são. Além disso, alguns sintomas como falta de ar, tosse e poeira (chiado nos idosos), podem aparecer em conseqüência de outros quadros clínicos. Como já falamos anteriormente, a asma pode ser controlada em qualquer idade. Para isso, é necessária a ajuda do seu médico, tratamento específico e exercícios físicos aeróbios (como corrida, hidroginástica ou caminhada que promovem a melhora do sistema cardiorespiratório). Além disso, os cuidados com os gatilhos que precisam ser redobrados (saiba mais sobre os gatilhos no post “O que Desencadeia as Crises de Asma”). É possível levar uma vida normal com a asma em qualquer fase da vida. Inclusive na terceira idade. https://www.chegadeasma.com.br/asma-nos-idosos/ Depoimento de Associado Eu, Reijane Machado da Silva, venho através destas poucas linhas relatar como essa associação foi e é importante para a minha vida, pois eu tenho rinite crônica e quando precisei de esclarecimento eu encontrei na Associação Brasileira de Asmáticos- SP. Ela me explicou todo o processo, me orientou como viver uma vida saudável apesar da doença, coisas que a minha otorrinolaringologista não fez. Logo, se essa associação fez tanto bem a minha vida, imagine na vida de todos os associados, como não foi útil. Agradeço a essa associação por existir e por fazer parte da minha vida!!! Associada ABRASP Asma - Como agir na crise Dra. Zuleid Mattar Diretora Depto. Política Governamental - ABRA/SP https://www.chegadeasma.com.br/asma-nos-idosos/ Encaminhar para : ABRA/SP - Alameda Iraé, 620 conj. 102 - Moema - Cep 04075-903 - São Paulo/SP - [email protected] / [email protected] 4