Gabarito

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANA BEZERRA
PRAÇA TEQUINHA FARIAS, 13 Santa Cruz-RN 59.200-000
FONE (84) 3291 2324-ramal 237 e-mail:[email protected]
Nome: _________________________________________________________________________Data: 09/03/2015
Programa de Residência Médica em: G.O. ( )
Saúde da Família ( )
Pediatria ( )
01. Paciente com carcinoma ductal invasivo com 6 cm, linfonodo palpável em axila com 3 cm e mamas pequenas. Quais as
melhores condutas cirúrgicas?
(A) Mastectomia total e linfadenectomia axilar.
(B) Setorectomia e linfadenectomia axilar.
(C) Mastectomia e linfonodo sentinela.
(D) Setorectomia e linfonodo sentinela.
02. Paciente 62 anos, diabética, hipertensa, menopausa há 15 anos, em uso de terapia hormonal combinada. Apresentou
sangramento vaginal por 40 dias contínuos e algomenorreia, sem repercussão hemodinâmica. Após investigação
ultrassonográfica, detectou-se endométrio medindo 10 mm de espessura. Está indicado(a):
(A) Ablação endometrial
(B) Tratamento somente com progesterona
(C) Histerectomia total abdominal
(D) Histeroscopia diagnóstica
03. Analisando o partograma seguinte, o diagnóstico correto da distócia é:
(A) Fase ativa prolongada
(B) Parto taquitócico
(C) Período pélvico prolongado
(D) Parada secundária da descida
04. Em relação à análise do partograma seguinte, está indicado(a) realizar:
(A) Amniotomia
(B) Ocitocina endovenosa
(C) Escopolamina endovenosa
(D) Cesárea
05. Gestante de 28 semanas procurou o ambulatório com queixa de corrimento com aspecto homogêneo, abundante, fétido e
acinzentado. No exame a fresco, o médico percebeu presença de “clue-cells” e o teste das aminas foi positivo. Considerando
esses dados, pode-se afirmar que o agente etiológico e o tratamento são respectivamente:
(A) Clamídia e fenticonazol.
(B) Cândida e nistatina.
(C) Tricomonas e itraconazol.
(D) Gardnerella e clindamicina.
06. Puérpera com 16 horas pós-parto de cesariana eletiva, indicada por idade gestacional de 39 semanas e 3 dias e apresentação
pélvica. Apresenta temperatura de 38,2ºC. Ao exame: loquiação rubra de moderada quantidade, útero 2 cm abaixo da cicatriz
umbilical e ferida operatória em bom aspecto. A conduta do médico assistente deverá ser:
(A) Administração de clindamicina e gentamicina.
(B) Observação clínica com curva térmica.
(C) Administração de cefalosporina endovenosa.
(D) Solicitação de ultrassonografia de abdômen inferior.
07. Mulher de 51 anos, submetida à histerectomia há 4 anos por miomatose, queixando-se de fogachos, dispareunia e diminuição
da libido. Os exames complementares revelam níveis aumentados de FSH e hipertrigliceridemia. Diante desse quadro, está
indicado:
(A) Estrogênio via transdérmica.
(B) Estrogênio e progesterona, ambos via oral.
(C) Estrogênio transdérmico e progesterona oral.
(D) Estrogênio oral e progesterona transdérmica.
08. Mulher de 22 anos, solteira, com múltiplas lesões vesiculosas na região vulvar, que ulceram rapidamente, tornando-se
intensamente dolorosas. Essas lesões foram precedidas por edema, ardor, prurido e dor no local. Esse quadro caracteriza
infecção por:
(A) Papilomavírus.
(B) Treponema.
(C) Herpes vírus.
(D) Clamídia.
09. Nos critérios de elegibilidade da OMS para uso de método anticoncepcional, na categoria 2 se enquadram os métodos que:
(A) não devem ser usados, já que os riscos superam os benefícios.
(B) podem ser usados, pois as vantagens superam possíveis riscos.
(C) são de última escolha, pois necessitam acompanhamento rigoroso.
(D) podem ser usados sem restrições e o acompanhamento é o habitual.
10. Paciente nuligesta, de 52 anos, retorna à UBS trazendo resultado da mamografia com laudo BI-RADS 0 (zero). Na
terminologia BI-RADS (American College of Radiology Breast Imaging Reporting and Data System), a informação que deve ser
transmitida à paciente é:
(A) Há imagem com suspeita de malignidade.
(B) Necessita de avaliação adicional.
(C) A mamografia é normal.
(D) Há imagem com aspecto de lesão benigna.
11. Durante o trabalho de parto, o feto encontrava-se inicialmente em apresentação cefálica insinuada na variedade de posição
occípito direita posterior (ODP) e fez deflexão do polo cefálico na variedade occípito púbica (OP).
Pode-se afirmar que a apresentação fez uma rotação interna de:
(A) 90 graus.
(B) 45 graus.
(C) 180 graus.
(D) 135 graus
12. Uma primigesta, com 37 semanas de gestação, queixa-se de edema de membros inferiores há uma semana. O cartão de prénatal apresenta anotações conforme demonstrado na figura a seguir. Ao exame físico apresenta bom estado geral, pressão
arterial = 150 × 90 mmHg, altura uterina = 34 cm, dinâmica uterina ausente, ausculta fetal = 140 bpm, sem desacelerações,
edema de membros inferiores ++/4+. Toque vaginal: colo grosso e impérvio. Proteinúria de fita +/4+. Qual o diagnóstico correto e
a conduta mais adequada?
(A) Hipertensão gestacional; solicitação de exames para avaliação do bem-estar fetal e seguimento no pré-natal.
(B) Pré-eclâmpsia leve; hospitalização para repouso relativo, dieta normossódica e avaliação do bem-estar fetal.
(C) Pré-eclâmpsia leve; solicitação de exames para avaliação do bem-estar fetal e seguimento no pré-natal.
(D) Pré-eclâmpsia grave; hospitalização para resolução da gestação por indução do parto ou cesárea.
13. Uma paciente com 29 anos de idade, nuligesta, que apresenta ciclos menstruais regulares, comparece à consulta de rotina na
Unidade Básica de Saúde. Nega corrimento vaginal, prurido ou outras queixas. Ao exame especular apresenta colo uterino
rosado, sem lesões aparentes. O exame a fresco do conteúdo vaginal não apresenta anormalidades. O exame citopatológico do
colo uterino demonstrou “atipias de significado indeterminado em células glandulares, possivelmente não neoplásicas”. Seguindo
as recomendações das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, a conduta recomendada é:
(A) repetir colpocitologia oncológica imediatamente e solicitar captura híbrida para HPV.
(B) expectante, devendo-se repetir a colpocitologia oncológica em 12 meses.
(C) encaminhar para colposcopia e escovado endocervical.
(D) encaminhar para procedimento de biópsia do colo uterino.
14. Uma mulher com 27 anos de idade apresenta o seguinte histórico: gestação = 3, parto = 1 (vaginal), aborto = 1 (provocado). A
paciente, com gestação de 28 semanas, está realizando acompanhamento pré-natal em Unidade Básica de Saúde, sem
intercorrências. Esta é a primeira consulta com o médico. No prontuário constam os seguintes registros do atendimento com a
enfermeira: trata-se de gestação não planejada e indesejada; a gestante manifestou desejo de ser submetida a laqueadura tubária
por ocasião do parto desta gestação. A paciente relata relacionamento fixo, mas conturbado, com o pai de seu único filho. Nega
violência física ou sexual. Considerando as questões ético-legais envolvendo o planejamento familiar, a conduta indicada para a
paciente é:
(A) apresentar o caso à Secretaria de Saúde para avaliação e sua consideração na decisão final.
(B) agendar consulta conjunta para o casal, com o objetivo de apresentar todos os métodos contraceptivos disponíveis.
(C) orientar que a paciente informe na maternidade, por ocasião da admissão para o parto, sobre seu desejo de ser submetida a
laqueadura.
(D) encaminhar para o serviço de Obstetrícia de referência, devido ao risco obstétrico desta gestação e da especificidade da
solicitação.
15. Mulher com 18 anos de idade, solteira, primigesta, decidiu interromper sua gravidez indesejada, procurando uma clínica
clandestina de aborto. Após o procedimento, a paciente foi liberada para casa com fortes dores pélvicas. Não procurou
atendimento imediato com medo de ser discriminada, ou mesmo presa, por ter feito um aborto ilegal. Após três dias, com febre
alta e fortes dores, procurou a Maternidade, onde foi internada com diagnóstico de abortamento infectado. A despeito do
tratamento antimicrobiano, o quadro clínico da paciente deteriorou e ela evoluiu em 48 horas para um quadro de abdome agudo.
Foi realizada laparotomia exploradora, sendo evidenciadas diversas perfurações em alças intestinais, com presença de material
fecaloide e purulento em cavidade peritoneal, sendo a paciente tratada com sutura intestinal e limpeza exaustiva da cavidade.
Encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva, a paciente não teve melhora, tendo sido submetida a histerectomia abdominal total
dois dias após. No pós-operatório, evoluiu com choque séptico, necessitando da introdução de drogas vasoativas. Permaneceu
mais 50 dias internada, evoluindo com insuficiência renal e falência múltipla de órgãos, vindo a falecer 60 dias após a reali zação
do aborto. Ao analisar esse óbito, o médico responsável pelo Comitê de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna deve
atestar que:
(A) Se trata de morte materna de causa obstétrica direta devido a complicações do abortamento.
(B) Não é caso de morte materna, pelo fato de o óbito ter ultrapassado 42 dias após o término da gestação.
(C) Se trata de morte materna de causa obstétrica indireta devido a complicações infecciosas na gravidez.
(D) Se trata de morte materna de causa evitável decorrente de erro médico, devido a perfurações uterinas, que causam peritonite
e sepse.
16. Uma paciente de 25 anos de idade, gesta =2, para =1 (1 cesariana há 3 anos), com 32 semanas de gestação, chega à
emergência de um hospital referindo sangramento vaginal há 2 horas. Ao exame, apresenta sinais vitais estáveis, pressão arterial
= 130 x 80 mmHg, ausência de dinâmica uterina, batimentos cardiofetais de 150 bpm e útero indolor à palpação. Ao exame
especular, foi observado sangramento de moderada quantidade fluindo pelo colo.
Nessa situação qual o diagnóstico mais provável e qual a conduta a seguir?
(A) Vasa prévia; realizar reposição volêmica e indicar cesariana de emergência.
(B) Descolamento prematuro de placenta; realizar reposição volêmica e indicar cesariana de emergência.
(C) Placenta prévia; realizar toque vaginal e, se houver dilatação, fazer a internação da paciente e solicitar ultrassonografia.
(D) Placenta prévia; realizar internação para monitorização do sangramento e solicitar ultrassonografia para avaliação do bemestar fetal.
17. Uma estudante de 14 anos, sem vida sexual ativa, veio à consulta ginecológica na Unidade de Saúde, pois não estava
conseguindo realizar as suas tarefas escolares devido à intensa irritabilidade, insônia, mastalgia e ansiedade antes do período
menstrual, sintomas que melhoraram com o início da perda sanguínea.
Qual a indicação mais adequada para melhora dos sintomas dessa paciente?
(A) Diurético e antidepressivo.
(B) Benzodiazepínico e gestrinona.
(C) Atividade física e inibidores das prostaglandinas.
(D) Dieta balanceada e estrogenioterapia.
18. Uma mulher de 27 anos de idade é atendida em Unidade Pronto Atendimento e relata ter sido estuprada por homem
desconhecido 1 hora antes. Qual a conduta mais adequada nessa situação?
(A) Acolher a paciente, prestar atendimento médico e psicológico e, em seguida, encaminhá-la à Delegacia de Polícia para
registro obrigatório do boletim de ocorrência.
(B) Encaminhar a paciente à Delegacia de Polícia para registro de boletim de ocorrência e, após retornar à Unidade se houver
lesões físicas a serem reparadas.
(C) Encaminhar a paciente à Delegacia de Polícia mais próxima para registro de boletim de ocorrência e solicitar que, após ter
feito isso, volte à Unidade para atendimento médico com
exame ginecológico e medidas de profilaxia e reabilitação física e emocional.
(D) Acolher a paciente e prestar atendimento com apoio de equipe multidisciplinar, com reparação das lesões, medidas de
profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e gestação, acompanhamento psicológico e orientação quanto ao registro de
boletim de ocorrência.
19. Casal procura atendimento médico em Unidade Básica de Saúde com história de tentativas frustradas de engravidar a dois
anos, a despeito de manter relações sexuais frequentes e sem uso de métodos contraceptivos. Ela tem 25 anos de idade,
apresenta ciclos menstruaisregulares e nega dismenorreia, dispareunia, comorbidades ou antecedente de doenças sexualmente
transmissíveis. Ele tem 30 anos de idade, sem antecedentes relevantes, com filho de cinco anos de idade de outro
relacionamento. Considerando a propedêutica indicada na abordagem inicial do casal infértil, devem ser solicitados:
(A) Espermograma e histerossalpingografia.
(B) Ultrassonografia transvaginal e teste pós-coital.
(C) Teste pós-coital e ultrassonografia escrotal com Doppler.
(D) Dosagem de LH no 14.º dia do ciclo e histerossalpingografia.
20. Primípara, no 5.º dia pós-parto, procura a Unidade Básica de Saúde queixando-se de dor e inchaço nas mamas, com
dificuldade para amamentar. Relata que seu filho chora constantemente e que ele é preguiçoso para sugar o leite. Ao exame físico
apresenta mamas
volumosas, brilhantes, endurecidas, doloridas, com calor local. As aréolas apresentam-se tensas e os mamilos planos.
Com base nos dados clínicos apresentados, a conduta correta a ser orientada é:
(A) introduzir antibioticoterapia associada com analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais; administrar compressas frias nas
mamas; e suspender a amamentação até que se garanta uma boa pega e ocorra melhora dos sinais flogísticos nas mamas.
(B) Manter o aleitamento exclusivo sob livre demanda; corrigir a pega; aumentar a frequência das mamadas; realizar ordenha
manual antes da mamada para diminuir a tensão da auréola; e recomendar uso de sutiã com alças que suspendam as mamas.
(C) Suspender a amamentação até que se garanta uma boa pega e para que ocorra melhora dos sinais flogísticos nas mamas;
administrar compressas mornas para reduzir os aglomerados de leite nos ductos; e realizar a ordenha manual.
(D) Suspender o aleitamento exclusivo até haver a melhora do processo inflamatório; administrar analgésicos e anti-inflamatórios;
iniciar exercícios para correção dos mamilos planos; e realizar a ordenha manual.
21. Um lactente com quatro meses de idade nasceu a termo com peso de 3 Kg. Desde o nascimento, faz uso de leite materno
complementado com fórmula láctea. Atualmente pesa 5,5 kg. Há um mês iniciou quadro de diarreia, com seis evacuações ao dia e
raios de sangue e fezes não explosivas. No exame físico foi observado que a criança estava em bom estado geral, bem nutrida,
hidratada e que não havia hiperemia perianal. Nesse caso, a conduta indicada é:
(A) Suspender a fórmula láctea e oferecer aleitamento materno exclusivamente.
(B) Manter o aleitamento materno e substituir a fórmula láctea por hidrolisado proteico.
(C) Manter o aleitamento materno complementado com fórmula láctea e associar um probiótico.
(D) Suspender o aleitamento materno e a fórmula láctea, substituindo-os por fórmula à base de soja.
22. Um lactente com nove meses de idade vem à consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) com febre há seis dias,
acompanhada de tosse, secreção seromucosa nasal, hiperemia e secreção conjuntival intensa. Procurou a UBS no início dos
sintomas, sendo diagnosticado um quadro gripal. A mãe retorna para reavaliação, pois a febre não cessou e os sintomas pioraram
com o surgimento de manchas avermelhadas no rosto, que progrediram para o tronco há um dia. Ao exame físico: bom estado
geral, ativo, afebril, frequência cardíaca = 120 bpm, frequência respiratória = 40 irpm, auscultas pulmonar e cardíaca sem
alterações. Boa perfusão periférica. Otoscopia normal. Oroscopia com mucosa hiperemiada e pequenas manchas brancas com
halo eritematoso próximo aos pré-molares. Pele: exantema maculopapular em tronco e face. O diagnóstico desse lactente é:
(A) Rubéola.
(B) Sarampo.
(C) Exantema súbito.
(D) Eritema infeccioso.
23. Uma menina com 7 anos de idade é trazida pela mãe à Unidade Básica de Saúde, com queixa de “chiado no peito” frequente
desde os 2 anos de idade. A mãe informa que há vários dias o quadro vem piorando, depois de uma mudança climática abrupta.
Informa também que a criança teve várias crises no último ano, inclusive com uma internação hospitalar. Ao exame físico
apresenta: frequência respiratória = 40 irpm, frequência cardíaca = 102 bpm, sibilância expiratória difusa, ausência de tiragem
intercostal. Apresenta hipertrofia e palidez de cornetos nasais à rinoscopia. O médico conclui que a criança é portadora de asma
brônquica persistente moderada. O melhor esquema terapêutico de manutenção para essa criança é o uso de salbutamol
inalatório associado a:
(A) Teofilina por via oral.
(B) Loratadina por via oral.
(C) Corticoide por via oral.
(D) Corticoide por via inalatória.
24. Qual a recomendação para uma criança sadia de 10 anos, que tem anotadas na carteira de vacina duas doses da vacina
contra a hepatite B no primeiro ano de vida?
(A) Aplicar a terceira dose para completar o esquema vacinal recomendado.
(B) Não precisa fazer nada, pois duas doses são suficientes.
(C) Reiniciar o esquema de 4 doses.
(D) Fazer uma dose hoje e outra daqui a 6 meses para completar 4 doses.
25. Na evolução do sistema nervoso, o desaparecimento dos reflexos ditos “primitivos” indica que o desenvolvimento neurológico
está se processando de maneira adequada com o sistema cortical assumindo o comando em detrimento do sistema subcortical.
Qual é o último reflexo primitivo a desaparecer na criança?
(A) Reflexo de Rossolino
(B) Reflexo cutâneo plantar em extensão
(C) Reflexo de extensão cruzada
(D) Reflexo tônico-cervical ou Magnus Kleyn
26. No Pronto Atendimento, a primeira conduta em uma criança de 8 anos em crise asmática aguda é:
(A) Administrar corticoide endovenoso.
(B) Nebulizar com drogas beta-2-agonistas.
(C) Administrar sulfato de magnésio endovenoso.
(D) Nebulizar com brometo de ipatropium.
27. Em relação ao teste do olhinho, a condição clínica NÃO associada à presença de leucocoria no período neonatal é:
(A) Catarata congênita.
(B) Retinoblastoma.
(C) Conjuntivite bacteriana.
(D) Retinopatia da prematuridade.
28. Um recém-nascido com três semanas de vida é levado à Unidade Básica de Saúde, pois a mãe observou ferida no local da
aplicação da BCG. Ao exame físico observa-se lesão pustulocrostosa no braço direito e presença de gânglio satélite em axila
direita, não supurado, medindo 1 cm de diâmetro. Considerando o diagnóstico, a conduta adequada a ser tomada para esse
recém-nascido é
(A) Iniciar isoniazida por via oral.
(B) Manter conduta expectante.
(C) Solicitar teste tuberculínico.
(D) Realizar punção do gânglio.
29. Lactente com um ano de idade passou a frequentar creche há dois meses e, nesse período, já apresentou dois episódios de
infecção de vias aéreas superiores (IVAS).
Há três dias passou a apresentar quadro de febre, coriza hialina e tosse, inicialmente seca, que evoluiu para tosse produtiva. Há
24h foi levado pela mãe ao Pronto Atendimento e foi medicado com paracetamol e solução fisiológica nasal. Como não houve
melhora do quadro, a mãe retornou ao Pronto Atendimento para nova consulta. Ao exame físico, a criança encontra-se afebril,
gemente, FR = 50 irpm, ausculta pulmonar com roncos difusos e tiragem subcostal. À otoscopia observa-se hiperemia de
membrana timpânica bilateral e oroscopia com leve hiperemia de pilares amigdalianos. Com base no quadro clínico e exame
físico, o diagnóstico e a conduta imediata são respectivamente:
(A) Bronquiolite; indicar oxigenoterapia.
(B) Pneumonia; encaminhar para internação.
(C) Amigdalite viral; prescrever sintomáticos.
(D) Otite média aguda; prescrever antibiótico.
30. Um lactente, com 9 meses de idade, procedente da zona rural, chega à Unidade Básica de Saúde (UBS) com quadro de
diarreia líquido-pastosa, sem muco e/ou sangue, com 4-5 evacuações ao dia, acompanhada de febre baixa (37,5 ºC), que iniciouse há 2 dias. A alimentação é feita com leite materno e complementação adequada. O calendário vacinal encontra-se em dia e a
curva de crescimento dentro dos parâmetros da normalidade. A mãe estava fazendo uso de soro caseiro e observou que o
lactente vinha recusando a alimentação nas últimas 24 horas. Ao exame físico o lactente apresentava letargia, olhos fundos e
sinal da prega com retorno lento ao estado anterior. De acordo com as diretrizes do Programa de Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância (AIDPI), do Ministério da Saúde do Brasil, qual a classificação do quadro diarreico e a conduta
terapêutica?
(A) Diarreia moderada com desidratação; iniciar a hidratação oral na UBS e liberar conforme melhora clínica.
(B) Diarreia com desidratação leve; iniciar a hidratação oral na UBS e liberar conforme melhora clínica.
(C) Diarreia grave com desidratação grave ou muito grave; referir urgentemente para o hospital.
(D) Diarreia moderada com desidratação; referir urgentemente para o hospital
31. Uma adolescente com 15 anos de idade vem à Unidade Básica de Saúde trazida pela mãe. A adolescente está bastante
ansiosa, pois refere ser a única de seu grupo de amigas que ainda não menstruou. Nega comorbidades. Ao exame: estatura = 162
cm, peso = 58 kg, mamas normodesenvolvidas e pelos axilares e pubianos presentes. Hímen íntegro. Traz resultados de exames
de rotina: hemograma, sumário de urina e parasitológico de fezes, todos sem anormalidades. Para essa paciente é indicado:
(A) Conduta expectante.
(B) Encaminhamento para especialista.
(C) Solicitação de ultrassonografia pélvica.
(D) Solicitação de dosagens de estradiol, LH e FSH
32. Puérpera, no quinto dia após parto normal, retorna à Unidade Básica de Saúde para reavaliação. Na consulta, paciente e
recém-nascido apresentam-se em bom estado geral. No exame físico materno, mamas ingurgitadas, dolorosas à palpação,
edemaciadas, com saída de leite à expressão. No decorrer da consulta, a paciente queixa-se de que o bebê "chora muito" e
acredita que seu leite é "fraco" para ele. A puérpera demonstra preocupação e dúvidas sobre os benefícios da amamentação. A
conduta nessa situação deve ser:
(A) Substituir o leite materno pelo leite artificial, para satisfação do bebê e melhora da ansiedade materna.
(B) Encorajar a amamentação e orientar a expressão manual do leite, para evitar o ingurgitamento.
(C) Suspender a amamentação pelo quadro clínico de mastite e prescrever antibióticos via oral.
(D) Alternar o leite artificial com o leite materno, para a complementação nutricional do bebê.
33 Criança com 9 anos de idade, previamente hígida, desenvolveu quadro de astenia há dois dias. Há seis horas passou a
apresentar alguns episódios de vômito, dor abdominal, poliúria e polidipsia. Foi levada pela mãe ao Pronto-Socorro, aonde chegou
com quadro de desidratação e confusão mental. O plantonista solicitou gasometria arterial, que apresentou o seguinte resultado:
pH = 7,2; pO2 = 75 mmHg; pCO2 = 30 mmHg; HCO3- = 12 mEq/L e Excesso de base (BE) = -18 mEq/L. Com base no quadro
clínico e exames laboratoriais, o diagnóstico e a conduta imediata são, respectivamente:
(A) Cetoacidose diabética; corrigir desidratação pelo cálculo da depleção do espaço extracelular.
(B) Intoxicação exógena aguda; administrar carvão ativado e tomar medidas para estabilização do paciente.
(C) Obstrução intestinal; corrigir a desidratação, além de solicitar USG abdominal para confirmar o diagnóstico.
(D) Pancreatite aguda; encaminhar para Unidade de Terapia Intensiva para monitorização e suporte.
34 Menino com 12 anos de idade é trazido pelo pai ao Ambulatório de Pediatria. Na história apresenta febre e dor intensa nas
articulações do joelho há uma semana, a qual passou a acometer cotovelos e punhos. Há três semanas apresentou infecção de
garganta (sic) tratada com amoxicilina. Ao exame, apresenta temperatura axilar = 38.4 ºC; frequência cardíaca = 132 bpm; estado
geral comprometido; dispneia leve que piora com o decúbito. A
ausculta cardíaca mostra sopro holossistólico, de média intensidade, mais audível em ápice, irradiando-se para a axila; 3.ª bulha
audível. Diante do quadro de alta suspeita diagnóstica de febre reumática, qual a medicação a ser prescrita nesse momento?
(A) Ibuprofeno.
(B) Diclofenaco.
(C) Naproxeno.
(D) Prednisona.
35 Criança com 4 anos de idade foi levada pela mãe à Unidade Básica de Saúde com queixa de distensão abdominal, hiporexia,
palidez cutânea e referência ao "hábito de comer terra" (sic). Foram realizados exames laboratoriais e observados os seguintes
resultados: Hb - 8,4 g/dL; Htc - 28%; VCM – 64 fL; HCM – 17 pg; Leucócitos totais - 6.400/mm3; Eosinófilos - 13%; Ferro sérico 18μg/dL. Tendo por base a prevalência das doenças parasitárias em nosso meio, os sintomas apresentados pela criança e os
resultados de exames registrados, deve-se considerar o diagnóstico de:
(A) Teníase.
(B) Ancilostomíase.
(C) Amebíase.
(D) Enterobíase.
36 Estudante com 9 anos de idade vem apresentando dificuldades de aprendizagem e atos de indisciplina frequentes em relação
aos professores, principalmente aos novos, que tiveram de ser substituídos por três vezes nos últimos dois meses por problemas
de saúde. A escola solicitou que a mãe procurasse um "neurologista" para o menino e esta levou a criança inicialmente ao
pediatra, referindo que ele tinha boa índole, ajudava nas tarefas de casa e tomava conta do irmão com 5 anos. Notou que tem
apresentado notas mais baixas e reclama muito dos professores ultimamente. Nega atos indisciplinares que não sejam próprios
da idade. O menino não gosta de ficar na rua, costuma brincar em casa e jogar futebol no final de semana com os amigos e
primos. Em casa não tem computador e a mãe acha que esse é o motivo do mau desempenho escolar. A criança perdeu o pai há
um ano, vítima de atropelamento. Ao exame físico, o pediatra não encontrou alterações.
Com base nessa narrativa, a suspeita clínica e a conduta do pediatra devem ser:
(A) Transtorno de distúrbio de comunicação (provavelmente linguagem); encaminhar para avaliação com o neurologista infantil.
(B) Déficit de atenção e hiperatividade; encaminhar para avaliação com o neurologista e com o psiquiatra infantil.
(C) Comportamento aceitável para a idade; avaliar melhor com seguimento e então decidir se encaminha ao psiquiatra infantil.
(D) Comportamento antissocial decorrente da perda familiar; encaminhar de imediato para avaliação com o psiquiatra infantil.
37 Lactente de nove meses, do sexo masculino, é admitido no Pronto-Socorro com história de irritabilidade, febre e choro
persistente. Ao exame físico, apresenta-se pálido, discreta hiperemia de orofaringe, discreta limitação à flexão do pescoço e
fontanela abaulada. O hemograma realizado no atendimento mostra discreta leucocitose (11.000 leucócitos/mm3) sem desvio à
esquerda. Punção lombar mostrou líquor hipertenso e turvo, com 1.250 células, com 95% de neutrófilos; glicorraquia = 15 mg/dL,
dosagem de proteínas no líquor = 345 mg/dL, presença de diplococos gram-negativos. Qual a hipótese diagnóstica mais
provável?
(A) Meningite viral.
(B) Meningite bacteriana pneumocócica.
(C) Meningite bacteriana meningocócica.
(D) Meningite por Mycobacterium tuberculosis.
38 Menino com 8 meses de idade é levado à Emergência com quadro de febre alta (39 ºC) há dois dias. Não aceita alimentação e
está irritado. Ao exame, criança em regular estado geral, hidratada, eupneica, apresentando temperatura = 39 ºC. Há hiperemia
em orofaringe posterior e tonsilas, sendo observados pontos brancos bilateralmente. Otoscopia mostra, bilateralmente, hiperemia
da membrana timpânica. A ausculta dos campos pulmonares mostra roncos de transmissão. O exame físico não mostra outros
achados anormais. Com base na principal hipótese diagnóstica, a conduta para este caso é o uso de:
(A) Antipirético por via oral.
(B) Analgésico em spray.
(C) Antibiótico por via oral.
(D) Anti-inflamatório por via oral.
39 Uma criança de 3 anos de idade foi atendida em Unidade de Pronto Atendimento com febre de 39°C, irritabilidade, vômitos,
sonolência e extremidades frias. Mesmo sem sinais de irritação meníngea ou sepse, existe a suspeita de meningite. Para
confirmá-la, o médico realizou punção lombar e solicitou a análise do líquido céfalo-raquidiano (LCR). Que achado do LCR é
indicativo de meningite viral?
(A) Aspecto turvo.
(B) Glicose baixa.
(C) Número baixo de células.
(D) Proteína alta.
40 Um lactente de um ano de idade apresenta inapetência, apatia, palidez cutâneo-mucosa acentuada, lesões cutâneas
hipocrômicas e hipercrômicas com descamação em membros, facies de lua cheia, hepatomegalia, edema em membros e
despigmentação de cabelos. A temperatura axilar é de 35,7°C. Foi identificado pelo agente comunitário de saúde em seu
domicílio, onde mora com a mãe e mais cinco irmãos, e encaminhado para avaliação na Unidade Básica de Saúde (UBS). Peso =
7 kg e comprimento = 65 cm. Com essas informações, o diagnóstico nutricional e a conduta médica mais adequada são,
respectivamente,
(A) Desnutrição proteica grave e encaminhamento para internação hospitalar.
(B) Desnutrição proteico-calórica grave e encaminhamento para internação hospitalar.
(C) Desnutrição proteica grave e monitoramento de peso na Unidade Básica de Saúde.
(D) Desnutrição proteico-calórica moderada e encaminhamento para internação hospitalar.
41. Paciente do sexo masculino, 70 anos, apresentando intensa hemorragia digestiva baixa no momento. Hipóteses diagnósticas
mais prováveis:
(A) Pólipo gigante em reto e pólipo gigante em sigmoide.
(B) Colite isquêmica e doença diverticular hipotônica.
(C) Retocolite ulcerativa aguda e ectasia vascular.
(D) Ectasia vascular e doença diverticular hipotônica.
42. Durante uma cirurgia cesariana, o médico, ao realizar a dierese da parede abdominal, identifica uma perfuração acidental na
bexiga de aproximadamente 2 cm de extensão. Qual fio é o mais indicado para cistorrafia?
(A) Prolene 2-0
(B) Seda 3-0
(C) Categute cromado 2-0
(D) Mononylon 4-0
43. Paciente do sexo feminino de 47 anos inicia quadro de hiporexia, dor abdominal e emagrecimento. Fez ultrassonografia
3
abdominal que evidenciou uma massa ovariana de 90 cm (valor normal seria até 9 cmÑ). A paciente foi submetida à ooforectomia
e seu exame histopatológico revelou ser um tumor de Krukemberg. O sítio primário desse tumor é o:
(A) Útero.
(B) Intestino grosso.
(C) Ovário.
(D) Estômago.
2
44. Paciente do sexo masculino de 48 anos, sem comorbidades e com IMC de 26 kg/m , é portador de doença do refluxo
gastroesofágico há 20 anos. Não realiza tratamento regular. Neste mês, o paciente fez uma endoscopia que evidenciou esôfago
de Barret. O histopatológico da biópsia confirma a metaplasia e descreve uma displasia de alto grau. O exame histopatológico foi
assinado por dois patologistas. A conduta mais adequada é:
(A) Indicar esofagectomia.
(B) Indicar uma fundoplicatura a nissen.
(C) Iniciar omeprazol em doses altas e repetir exame em 6 meses.
(D) Iniciar omeprazol em altas doses e repetir exame em 3 meses.
45. Os pacientes submetidos ao trauma cirúrgico podem iniciar sua resposta metabólica desde o período de jejum. Em relação à
resposta endócrina ao trauma, é correto afirmar:
(A) O cortisol aumenta.
(B) A insulina aumenta.
(C) O hormônio do crescimento diminui.
(D) O glucagon diminui.
46. Um paciente com doença sistêmica grave que o deixa incapacitado e que é uma ameaça constante à vida será classificado,
segundo o índice de risco da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), como:
(A) ASA 1
(B) ASA 2
(C) ASA 3
(D) ASA 4
47. Diabético, com diagnóstico de colelitíase há 12 meses, com febre alta, dor intensa no andar superior do abdome há 48 horas,
sem relato de colúria ou acolia fecal no período, apresentando-se toxêmico, com discreta icterícia, com a vesícula palpável e dor
intensa no ponto cístico. Qual o diagnóstico provável?
[A] Colecistite crônica com coledocolitíase obstrutiva
[B] Pancreatite biliar com hidropsia vesicular
[C] Empiema vesicular
[D] Vesícula em porcelana
48. Pela escala de Glasgow, pode-se classificar como trauma craniano grave a seguinte avaliação neurológica:
(A) Abertura ocular ao comando verbal, resposta motora à dor, resposta verbal com palavras inapropriadas.
(B) Abertura ocular espontânea, resposta motora em retirada, resposta verbal desorientada e conversando.
(C) Abertura ocular ao comando verbal, resposta motora ao comando, resposta verbal desorientada e conversando.
(D) Abertura ocular à dor, resposta motora com retirada e resposta verbal ausente.
49. Uma paciente com 23 anos de idade, submetida a cirurgia cesariana há cerca de 90 dias, com incisão mediana, é atendida em
Unidade Básica de Saúde com relato de abaulamento em região suprapúbica e dor local aos esforços, de início associado ao
retorno de atividades domésticas (lavar roupas manualmente). Com base no quadro clínico exposto, qual a hipótese diagnóstica
correta?
(A) Hematoma de bainha do reto abdominal.
(B) Corpo estranho pós-cirúrgico.
(C) Hérnia incisional.
(D) Seroma volumoso.
50 Um homem de 25 anos de idade, vítima de atropelamento, foi admitido na Emergência com quadro de insuficiência respiratória
aguda, agitação psicomotora e cianose central e periférica. Apresenta várias lesões de face, com afundamento maxilar, perda dos
dentes e sangramento local importante. Qual o procedimento imediato para estabelecer uma via aérea para esse paciente?
(A) Intubação orotraqueal.
(B) Intubação nasotraqueal.
(C) Traqueostomia.
(D) Cricotireoidotomia.
51 Um homem de 27 anos de idade, pedreiro, sofreu queda de um andaime e deu entrada na Emergência de um hospital terciário
em franca insuficiência respiratória. As vias aéreas encontravam-se pérvias e, à ausculta, foi constatada a abolição do murmúrio
vesicular à direita e macicez à percussão. Foi realizada drenagem do hemitórax direito com saída de 1500 mL de sangue. No
decurso do atendimento, observou-se que o débito do dreno era de 300 mL/h. Além da reposição volêmica, a conduta mais
adequada para esse paciente, nesse momento, é:
(A) Intubação orotraqueal e ventilação com pressão positiva.
(B) Toracostomia de urgência.
(C) Drenagem torácica com aspiração contínua.
(D) Toracostomia secundária.
52 Homem, 22a, vítima de acidente motociclistico, sofreu traumatismo craniencefálico grave, sendo submetido a procedimento
cirúrgico. No quinto dia de pós-operatório, sob ventilação mecânica na UTI, evoluiu com midríase fixa bilateral. Para iniciar o
protocolo de morte encefálica é necessário:
(A) Suspender a sedação e analgesia.
(B) Realizar teste de apneia.
(C) Realizar eletroencefalograma.
(D) Suspender drogas vasoativas.
53 Homem, com 23 anos de idade, mototaxista, sofre acidente motociclístico por colisão com carro em alta velocidade. Seu corpo
foi lançado aproximadamente a 20m e o capacete, ejetado. Foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com colocação de colar
cervical, uso de prancha longa, imobilização e oxigenioterapia. Ao dar entrada na unidade de emergência na qual você é
plantonista, 11 minutos após o acidente, apresentava-se agitado, agressivo, com saturação de oxigênio, aferida em oximetria de
pulso, de 88%. O exame físico identificou murmúrio vesicular presente e roncos discretos na base de pulmão direito; pulso
radial=105 bpm; abdomen sem escoriações e indolor à palpação; deformidade em coxa direita e à palpação do crânio,
apresentava afundamento de aproximadamente 0,5cm, associado a ferimento corto-contuso de 5cm de extensão, em região
têmporo-parietal direita. Avaliação pela escala de coma de Glasgow=8. Pupilas fotorreagentes, sem anisocoria. Qual a conduta
imediata a ser adotada para este paciente?
(A) Entubação orotraqueal com objetivo de proteger a via aérea e aumentar a perfusão tecidual de oxigênio.
(B) Realização de traqueostomia de urgência com o objetivo de hiperventilar o paciente e favorecer a expansão pulmonar.
(C) Sedação com meperidina, com o objetivo de reduzir a agitação e consequentemente, o consumo de oxigênio e a congestão
pulmonar.
(D) Ventilação sob máscara e pressão positiva, proteção do ferimento e contenção física, prevenindo o agravo das lesões.
54 Mulher, com 35 anos de idade, procura atendimento médico por apresentar quadro de dor de início súbito, com localização
inicial na região epigástrica, inicialmente acompanhada de vômitos, com rápida expansão para o flanco e a fossa ilíaca direita e,
posteriormente, para todo o abdome. A paciente apresenta extremidades frias e respiração superficial; busca manter-se imóvel e
adota posição antálgica, com pernas fletidas sobre o tronco. O abdome é difusamente doloroso, sendo evidentes a contratura
abdominal e a rigidez da musculatura abdominal à palpação e à respiração. A radiografia de tórax e a radiografia simples de
abdome, ambas realizadas em ortostatismo, mostram pneumoperitôneo. Com relação à complicação apresentada pela paciente, é
correto afi rmar que:
(A) Figura entre as causas mais frequentes de abdomen agudo não traumático e metade dos casos ocorre em pacientes com
idade entre 20 e 40 anos.
(B) Nas úlceras duodenais as perfurações ocorrem, de um modo geral, na parede posterior e na curvatura do duodeno.
(C) Nas úlceras gástricas as perfurações ocorrem, usualmente, na parede posterior do antro e da região pré-pilórica.
(D) A área mais acometida por perfurações de úlceras pépticas é o estômago, na proporção de 14:1 em relação ao duodeno.
55 Paciente, com 35 anos de idade, sexo masculino, etilista, é trazido por familiares ao hospital após ter apresentado crise
convulsiva generalizada e perda de consciência. Esposa relata que o paciente não fazia uso de medicamentos, tendo realizado
consulta médica recente. Nega que tenham ocorrido quedas ou traumatismos antecedendo o início do quadro. Ao exame: Pressão
arterial = 190 x 100 mmHg, Frequência cardíaca = 50 bpm ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros; murmúrio vesicular
fisiológico sem ruídos adventícios. Escala de coma de Glasgow: 7, pupilas anisocóricas (maior à direita) e fotorreagentes;
hemiplégico à esquerda. Saturação periférica de oxigênio de 98 %. Qual a conduta a ser tomada para esse paciente no momento
da admissão?
(A) Entubação orotraqueal + hiperventilação mecânica; manitol.
(B) Ventilação não invasiva; manitol e soluçãohipertônica.
(C) Suplementação de oxigênio por máscara; manitol.
(D) Entubação orotraqueal + ventilação mecânica.
56 Um homem de 47 anos de idade, portador de diabetes do tipo 1, foi submetido a vasectomia há 5 dias. Hoje comparece à
Unidade de Emergência queixando-se de febre alta, grande aumento de volume escrotal, edema, dor acentuada e coloração
avermelhada no escroto. Ao exame de palpação do escroto, verifica-se a presença de enfisema subcutâneo. Qual o diagnóstico
mais provável e a conduta adequada para o caso?
(A) Abscesso escrotal; drenagem, anti-inflamatório inibidor da ciclo-oxigenase 2.
(B) Abscesso escrotal; drenagem e antibioticoterapia de amplo espectro.
(C) Fasceíte necrotizante; debridamento cirúrgico e antibioticoterapia de amplo espectro.
(D) Coleção serosa; drenagem por punção, anti-inflamatório inibidor da ciclo-oxigenase 2.
57 Paciente, com 29 anos de idade, procura o pronto-socorro local em virtude de queimadura com água quente na coxa direita,
ocorrida há 10 minutos enquanto preparava café.
Queixa-se de dores no local da queimadura. Informa ter dado a luz há dois anos e o cartão de acompanhamento da gestante
mostra que todo o esquema vacinal foi realizado adequadamente. A paciente está consciente, orientada, eupneica, hidratada,
normocorada e afebril, Frequência cardíaca = 79bpm, Pressão arterial = 120x80mmHg. Ao exame local apresenta bolhas, eritema
e edema em face anterior de coxa direita. Qual a conduta para o caso descrito?
(A) Realizar lavagem da ferida com solução fisiológica a 0,9%. Analgesia endovenosa com dipirona. Recomendar não romper as
bolhas e realizer curativo com solução fisiológica a 0,9%, associada a sulfadiazina de prata. Analgesia domiciliar com dipirona, se
necessário.
(B) Realizar a limpeza da ferida com clorhexidina. Analgesia endovenosa com meperidina endovenosa e antibioticoterapia oral
com cefalexina - 500mg por via oral, de 6/6h durante 7 dias. Recomendar não romper as bolhas e realizar curativo com solução
fisiológica a 0,9% e neomicina. Analgesia domiciliary com cloridrato de tramadol.
(C) Realizar lavagem da ferida com soro fisiológico a 0,9%. Analgesia oral com paracetamol. Realizar curativo com clorhexidina e
lidocaína tópica, romper as bolhas e realizar debridamento de tecidos desvitalizados. Antibioticoterapia parenteral com penincilina
cristalina por via IM. Curativo oclusivo com clorhexidina.
(D) Realizar limpeza da ferida com soro fisiológico a 0,9%. Analgesia oral com dipirona. Recomendar não romper as bolhas.
Realizar curativo com PVPI (polivinilpirrolidona-iodo, lauril éster sulfato de sódio) e lidocaína tópica. Prescrever analgesia oral com
tramadol e antibioticoterapia com amoxicilina + ácido clavulânico - 500mg por via oral, de 8/8h durante 7 dias.
58 Homem, 16a, refere queda de bicicleta com impacto do lado direito do tórax. Chega à unidade de emergência com dor torácica,
consciente, leve desconforto respiratório. Exame físico: FR= 22irpm; FC= 84 bpm; PA= 116x76 mmHg; Oximetria de pulso= 95%
(ar ambiente). Pulmões: murmúrio vesicular diminuído à direita. Radiograma de tórax: traqueia centrada, pequeno/moderado
pneumotórax e obliteração do seio costofrênico direito, fraturas do 5° e 6° arcos costais direitos. A CONDUTA É:
(A) Drenagem torácica sob selo d’água.
(B) Toracocentese de alívio.
(C) Ventilação não invasiva.
(D) Controle radiográfico após 12 h.
59 Homem, 24a, chega ao Pronto Socorro após acidente automobilístico em que foi arremessado contra o volante do automóvel
com consequente trauma da face. Exame físico: dor à palpação na região do nariz com alargamento da porção superior do
mesmo e hematoma. Radiograma de face: fratura dos ossos nasais. O tempo para o tratamento da fratura e a justificativa para
esse intervalo são:
(A) Uma semana; desaparecimento do edema.
(B) Três dias; avaliação adequada de outras lesões.
(C) O mais rapidamente possível; evitar deformidades permanentes.
(D) Imediatamente; preservar a via aérea pérvia.
60 Homem, 21a, vítima de acidente motociclistico em alta velocidade, deu entrada no pronto socorro consciente, sem evidências
de fraturas. Exame físico: FC= 80bpm; FR= 16irpm; PA= 122x80 mmHg; apresenta escoriações em hipocôndrio e flanco direito e
dor local. Htc= 40% e Hb= 13,0 g/dL. Tomografia computadorizada de abdome: lesão hepática grau II e líquido livre no espaço
hepatorrenal e cavidade pélvica. Internado em UTI para monitorização. No controle de 12 horas de internação: FC= 84bpm; FR=
18irpm; PA= 118x76mmHg; Htc= 30% e Hb= 9,7g/dL. A conduta é:
(A) Repetir a tomografia computadorizada do abdome.
(B) Tratamento conservador não cirúrgico.
(C) Indicar transfusão sanguínea.
(D) Indicar laparatomia exploradora.
61. Paciente de 15 anos, do sexo masculino, se apresenta ao médico com icterícia, emagrecimento discreto e astenia. Exames
mostram bilirrubina total de 5 mg/dL, às custas de bilirrubina direta, aminotransferases em torno de 1000 UI/mL e discrete
esplenomegalia. Seus exames mostram anticorpos contra hepatite A classe IgG positivos, antígeno de superfície da hepatite B
negativo, anticorpos contra hepatite C negativos, FAN positive 1:320 padrão pontilhado fino, albumina de 3,6 mg/dL, globulinas de
4,7, gamaglobulina de 3,2. Anticorpos antimúsculo liso e antimitocôndria negativos. Biópsia hepática mostra fibrose em ponte
esboçando nódulos e infiltrado inflamatório linfoplasmocitário portal e periportal invadindo a placa limitante. O provável diagnostic
é:
(A) Hepatite A aguda.
(B) Hepatite autoimune.
(C) Hepatite C aguda no período de “janela imunológica”.
(D) Cirrose biliar primária.
62. Na HAS, quando tem-se piora da função renal e elevação dos níveis de potássio sérico, qual droga deve ser suspensa?
(A) Bloqueador de canal de cálcio
(B) Beta bloqueador
(C) Diurético tiazídico
(D) Inibidores da enzima conversora da angiotensina
63. Um paciente de 72 anos, em uso prolongado de corticosteroides, chega num pronto atendimento com dores abdominais,
vômitos e dificuldade respiratória. Internado, é submetido a um lavado brônquico que examinado mostra várias larvas no fluido.
Qual é a mais provável causa das manifestações?
(A) Ascaridíase
(B) Ancilostomíase
(C) Larva migrans
(D) Estrongiloidíase
64. A sacro-ileíte e o envolvimento da coluna vertebral, com soldadura dos corpos vertebrais e presença de sindesmófitos,
produzindo um aspecto de “coluna em bambu” e “postura de esquiador”, são sugestivos de:
(A) Espondilite anquilosante.
(B) Síndrome de Reiter.
(C) Artrite Psoriática.
(D) Artrite reumatoide juvenil
65. Assinale o conjunto de achados considerados sinais de alarme na evolução da forma grave da dengue:
(A) Febre alta, hepatomegalia, trombocitopenia, anemia, derrame pleural e oligúria.
(B) Hipotermia, prova do laço positiva, anemia, poliúria, hepatomegalia e dor retro-ocular.
(C) Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, derrames cavitários, fenômenos hemorrágicos espontâneos ou provocados,
hemoconcentração e desconforto respiratório.
(D) Mialgias e artralgias intensas, letargia, prova do laço positiva, oligúria, leucocitose acima de 15.000 e taquipneia.
66. A reação de Jarish-Herxheimer pode ocorrer após tratamento da:
(A) Sífilis.
(B) Leishmania.
(C) Malária.
(D) Hanseníase.
67. Das complicações vasculares do diabetes mellitus, qual NÃO pode ser caracterizada como microangiopática?
(A) Retinopatia
(B) Coronariopatia
(C) Nefropatia
(D) Neuropatia
68. Uma mulher com 35 anos de idade procura atendimento na Unidade Básica de Saúde para tratamento de obesidade.
Manifesta desejo de usar medicações para diminuir a sensação de fome, pois refere que uma vizinha está tendo bons resultados
com o uso de medicamentos há vários meses. A paciente é casada, tem três filhos – o mais novo com dois anos – e atualmente
não está trabalhando. Relata que ganhou muito peso durante a última gestação e que não conseguiu retornar ao peso anterior.
Nega hipertensão ou diabetes. Não consegue fazer atividade física regular, pois tem dores na coluna e nos joelhos e diz que tem
2
dificuldade em seguir dietas. O exame físico revela: peso = 78 Kg; altura = 1,62 m; Índice de massa corporal - IMC = 29,7 Kg/m ;
pressão arterial = 130 × 80 mmHg; circunferência abdominal = 90 cm. O restante do exame físico não apresenta alterações
significativas. Com base nessas informações, é correto afirmar que:
(A) Existe indicação para tratamento farmacológico e a droga de escolha é a sibutramina na dose de 15 mg ao dia.
(B) Os valores de circunferência abdominal e IMC colocam a paciente em situação de aumento de risco cardiovascular.
(C) Pelo cálculo do IMC, a paciente é classificada como de peso adequado, não necessitando intervenção medicamentosa.
(D) Existe indicação para uso de inibidor da enzima de conversão, pelo risco de progressão para hipertensão arterial sistêmica.
69. Uma senhora com 47 anos de idade é atendida na Unidade Básica de Saúde com queixa de “caroço” no pescoço há quatro
meses. À palpação da região cervical, o médico encontrou um nódulo de mais ou menos 4 cm, de consistência endurecida e
aderido aos planos profundos. Foi solicitada ultrassonografia cervical, que evidenciou nódulo tireoidiano de 4,3 cm, com
hipoecogenicidade, microcalcificações, ausência de halo periférico, bordas irregulares e fluxo intranodular. As dosagens séricas de
T3, T4 e TSH foram normais. A principal hipótese diagnóstica e a investigação inicial são:
(A) Bócio nodular tóxico; cintilografia tireoidiana.
(B) Cisto do conduto tireoglosso; biópsia excisional.
(C) Tireoidite de Hashimoto; dosagem de anticorpos antitireoidianos.
(D) Carcinoma de tireoide; biópsia por agulha fina guiada por ultrassom.
70 Na diferenciação entre as hepatites virais deve-se considerer que:
(A) Todas as hepatites virais podem evoluir para a cronicidade.
(B) A persistência do vírus da hepatite C por mais de seis meses define a cronicidade.
(C) A frequência de sintomatologia na hepatite pelo vírus A é semelhante entre os grupos etários.
(D) Os índices de endemicidade da hepatite pelo vírus B, no Brasil, são mais elevados nos grandes centros urbanos.
71 Mulher com 72 anos de idade vem fazendo tratamento e acompanhamento por anemia ferropriva no Posto de Saúde há cerca
de um ano e meio. Relata que, nos últimos quatro meses, perdeu 5 kg, está se sentindo mais fraca e apresentou vários episódios
de diarreia, que cessaram espontaneamente, seguidos de vários dias sem evacuar, quadro que vem se alternando desde então.
O diagnóstico mais provável e a investigação adequada são, respectivamente:
(A) Câncer de cólon; colonoscopia.
(B) Colite ulcerativa; colonoscopia.
(C) Câncer de reto; retossigmoidoscopia.
(D) Diverticulose colônica; enema opaco.
72 Homem, 38a, técnico de enfermagem, hígido e sem antecedentes mórbidos, acidentase com agulha utilizada em punção
venosa de paciente com diagnóstico de hepatite (sorologias positivas para vírus da hepatite B e negativas para HIV). Sorologias
do profissional: HBsAg: não reagente; anticorpo anti-HBs: reagente, anti-HBc IgG: não reagente. Essa sorologia indica:
(A) Vacinação prévia para hepatite B.
(B) Infecção prévia pelo vírus da hepatite B.
(C) Infecção aguda pelo vírus da hepatite B.
(D) Necessidade de revacinação para hepatite B.
73 Mulher com 50 anos de idade procura Ambulatório de Clínica Médica com queixa de fadiga e dispneia aosesforços. Informa ser
portadora de refluxo gastroesofágico, em uso frequente de cimetidina para alívio sintomático.Tem endoscopia digestiva normal.
Não tem outras queixas. Ao exame físico apresenta palidez cutâneo-mucosa e não há outros achados relevantes. Hemograma
mostra: Ht = 22%; Hb = 7,1 g/dL; VCM = 102fL; CHCM = 33%; Leucócitos = 2.500/mm3 (neutrófilos = 1.200, linfócitos = 800,
monócitos = 500); Plaquetas = 95.000/mm3; Reticulócitos ausentes. Com base nestes achados, qual o diagnóstico mais provável?
(A) Anemia perniciosa.
(B) Anemia aplásica.
(C) Anemia hemolítica.
(D) Anemia de doença crônica.
74 Um homem de 40 anos de idade é atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS) com quadro de anorexia, perda de peso e
adinamia, associados a tosse e discreta falta de ar, iniciado há 30 dias. Ao exame físico foi constatado: paciente emagrecido, 2
IMC 16 kg/m , PA = 110 x 70 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 20 irpm, sopro cavitário no ápice pulmonar esquerdo. Que exames são
indicados para a elucidação diagnóstica nesse caso?
(A) Hemograma completo, anti-HIV 1 e 2 e radiografia de tórax.
(B) Pesquisa de BAAR no escarro e radiografia de tórax.
(C) Pesquisa de BAAR no escarro, cultura do escarro pelo método Ogawa-Kudoh e radiografia de tórax.
(D) Baciloscopia do escarro, radiografia de tórax e técnica molecular de reação em cadeia mediada pela polimerase.
75 O médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) recebe várias crianças de uma mesma escola da região, todas com idade
entre 9 e 10 anos. A queixa é semelhante: houve surgimento, há cerca de 10 dias, de lesões vesico-papulosas associadas a
prurido intenso, principalmente no horário noturno, em região interdigital, punhos, nádegas, axila e periumbilical. Observa-se,
também, a presença de pústulas friáveis e crostas facilmente removíveis sobre algumas das áreas pruriginosas. Além das
medidas gerais de controle, qual o tratamento indicado?
(A) Nistatina e amoxicilina.
(B) Permetrina e cefalexina.
(C) Ivermectina e cloranfenicol.
(D) Aciclovir e penicilina benzatina.
76 Um homem de 78 anos de idade procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) por ter acordado com febre e mal-estar. A
médica que o atendeu indagou se ele estava gripado e ele informou que não. O paciente ressaltou ainda que tinha recebido a
vacina contra a gripe no dia anterior. Ao exame físico foi observado que o paciente estava com bom estado geral, eupneico,
acianótico, anictérico, hidratado, com FR = 18 irpm, FC = 98 bpm, PA = 130 x90mmHg, temperatura axilar = 39 C, sem ruídos
respiratórios adventícios e sem linfonodos palpáveis. Qual é a conduta mais adequada nesse momento?
(A) Prescrever dipirona injetável e orientar repouso e hidratação em domicílio.
(B) Solicitar hemograma completo e Raio-X de tórax, por se tratar de idoso.
(C) Internar em unidade hospitalar para elucidação diagnóstica e tratamento.
(D) Prescrever paracetamol, orientar repouso e hidratação em domicílio e fazer a notificação compulsória.
77 Um homem de 22 anos de idade desenvolveu escoriações de pele que se infectaram, melhorando com o uso de pomada de
antibiótico (sic). Cerca de uma semana após o aparecimento das lesões de pele, passou a apresentar cefaleia, edema
periorbitário matinal e urina escura, "cor de coca-cola" (sic). O volume urinário diminuiu para menos de 1000ml/dia. Em consulta
médica, foi verificada pressão arterial = 150 x 110 mmHg, bem como edema de membros inferiores (++/4). O achado no exame do
sedimento urinário característico do processo que acomete o paciente é a presença de:
(A) Pigmentos hemáticos.
(B) Proteinúria (++++/4+).
(C) Cilindros hemáticos.
(D) Células epiteliais com lesões de bordos.
78 Uma mulher solteira, de 20 anos de idade, procurou atendimento médico em um Centro de Atenção Especializada por
apresentar, há três semanas, o que chamou de “ferida” na região genital externa. Ao exame, observa-se lesão ulcerada, não
dolorosa, com bordos endurecidos, fundo liso e brilhante, medindo 0,8 cm de diâmetro, localizada em pequeno lábio direito. Foram
solicitados exames que evidenciaram VDRL = 1:32, FTA - Abs (+), Elisa - HIV = (-), HBsAg = (-). Diante desse quadro, qual o
medicamento mais adequado?
(A) Ceftriaxona.
(B) Norfloxacina.
(C) Ciprofloxaxina.
(D) Penicilina benzatina.
79 Um homem de 40 anos de idade apresentou úlcera duodenal com biópsia positiva para Helicobacter Pylori. Fez tratamento
durante 7 dias com omeprazol, amoxicilina e claritromicina, em doses padrão. Endoscopia de controle repetida após oito semanas
de tratamento revela persistência de H. Pylori na biópsia. Qual a conduta mais adequada para o tratamento desse paciente?
(A) Omeprazol, amoxicilina e furazolidona por 10 dias.
(B) Pantoprazol, amoxicilina e claritromicina por 14 dias.
(C) Omeprazol, levofloxacina e amoxicilina por 10 dias.
(D) Pantoprazol, sais de bismuto, furazolidona e claritromicina por 10 dias.
80 Paciente do sexo feminino, com 34 anos de idade, sem antecedentes patológicos pregressos significativos, procurou a Unidade
Básica de Saúde com história de pirose e regurgitação há mais ou menos seis meses, e piora do quadro no último mês. Relata
ganho ponderal de 10 kg nos últimos três meses (Índice de massa corpóreo atual = 36,8 kg/m2). Faz uso irregular de antiácido por
conta própria. Trazia consigo um resultado de endoscopia digestiva alta com o seguinte laudo: “erosões lineares de até 5 mm, não
confluentes, localizadas em esôfago distal”. Baseado no diagnóstico acima, você prescreve um inibidor de bomba de protons
durante oito semanas e orienta a paciente a:
(A) Perder peso e evitar deitar-se imediatamente após as refeições.
(B) Evitar ingestão de café e praticar esportes.
(C) Suspender carne vermelha da alimentação e ingestão de bebidas gaseificadas.
(D) Dormir com cabeceira da cama elevada e abolir fibras na dieta.
81. Os artigos médicos científicos publicados pelos pesquisadores geralmente se baseiam em estudos de clínicos com medicina
baseada em evidências. Qual tipo de estudo apresenta o menor nível de evidência?
(A) Estudo de Caso-controle
(B) Estudo de Coorte
(C) Estudo Controlado e Randomizado
(D) Estudo de Séries de Casos
82. Qual vacina é de patógeno “vivo”?
(A) Cólera
(B) Hepatite B
(C) Febre amarela
(D) Salk antipoliomielite
83. O método clínico centrado na pessoa tem como componente:
(A) Intensificar a relação médico-pessoa.
(B) Omitir informações para poupar a pessoa.
(C) Deixar o projeto de manejo dos problemas sob responsabilidade da pessoa.
(D) Evitar a transferência e contratransferência.
84. De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, é da competência da Secretaria Estadual de Saúde:
(A) Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde por meio do apoio à APS e estímulo à adoção da ESF pelos
serviços estaduais de saúde.
(B) Realizar o processo de capacitação das equipes em municípios com menos de 100 mil habitantes.
(C) Acompanhar a implantação e execução das ações de APS em seu território, analisando cobertura populacional, perfil de
necessidades e oferta de serviços.
(D) Prover os municípios de profissionais médicos, para garantir a oferta universal da APS.
85. As unidades de saúde da família funcionam segundo algumas diretrizes operacionais e conceitos próprios. Sobre o assunto, é
correto afirmar:
(A) Cada unidade é responsável pelo cadastramento e acompanhamento da população adscrita a uma área de abrangência e
cada equipe é responsável por uma área que pode ser formada por até 7.200 habitantes ou 1.440 famílias.
(B) Cada equipe é composta por uma equipe mínima formada por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e um
agente comunitário.
(C) Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes
áreas de conhecimento e atuam em parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família (ESF), compartilhando as
práticas em saúde em todo território do município, independente de cadastro.
(D) As equipes devem realizar o cadastramento das famílias por meio das visitas aos domicílios, de acordo com a área territorial
que foi preestabelecida para a adscrição.
86. Considerada um modelo de Ação Programática em Saúde, focada na unidade familiar e construída operacionalmente na
esfera comunitária, a Estratégia Saúde da Família:
(A) Foi criada essencialmente para expandir o acesso à atenção terciária para a população brasileira.
(B) É coerente com o Princípio da descentralização político- administrativa, dado que garante a dicotomia entre ações preventivas
e assistenciais.
(C) Foi implantada como uma estratégia de consolidação dos princípios do SUS.
(D) É um modelo hegemônico tecnicista hospitalocêntrico que responde efetivamente às demandas individuais e coletivas.
87. Sobre doenças, é correto afirmar:
(A) Toda doença infecciosa é contagiosa.
(B) Todas as doenças infecciosas são agudas.
(C) Toda doença contagiosa é infecciosa.
(D) A maioria das doenças infecciosas é crônica
88. Paciente asiático em viagem de férias no Brasil foi internado. O diagnostic inicial foi pneumonia atípica (SARS–Severe Acute
Respiratory Syndrome), o que levou as autoridades a decretar alarme para uma ação de bloqueio preventivo contra provável
epidemia. Nesse caso hipotético, o paciente é considerado um caso:
(A) Autóctone.
(B) Secundário.
(C) Esporádico.
(D) Alóctone.
89. Ao longo da década de 1990, identificou-se evolução de vários modelos de gestão. O avanço na consolidação do Sistema
Único de Saúde se verifica no modelo segundo o qual:
(A) A gestão do sistema como um todo compete ao Governo Federal.
(B) O sistema é organizado com base na hierarquia de ações e serviços de saúde.
(C) A gerência das unidades é definida em parceria pelo gestor estadual e municipal.
(D) Os municípios têm sua gestão fragmentada.
90. Segundo a Lei N.º 8.080/90, a execução dos serviços de Vigilância Epidemiológica é da competência
(A) Da Direção Municipal e, em caráter complementar, da Direção Estadual do SUS.
(B) Do Ministério da Saúde, com colaboração do Ministério do Meio Ambiente.
(C) Da Fundação Nacional de Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde.
(D) Das Secretarias Municipais de Saúde e da iniciativa privada.
91. O documento de entrada do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos é a Declaração de Nascido Vivo, documento
impresso em 3 (três) vias previamente numeradas. No caso de parto hospitalar, a 1ª (primeira) via tem como destino:
(A) ser entregue ao pai ou responsável para a obtenção da Certidão de Nascimento.
(B) ser entregue ao pai ou responsável legal, para ser apresentada na primeira consulta em unidade de saúde.
(C) permanecer no estabelecimento de saúde até ser coletada pelos órgãos estaduais ou municipais responsáveis pelo sistema.
(D) permanecer no estabelecimento de saúde, para arquivo no prontuário do recém-nascido.
92. A Territorialização é:
(A) Uma ferramenta utilizada por países em desenvolvimento para políticas de saúde.
(B) O processo de análise territorial, visando a uma base organizativa dos sistemas de saúde e do planejamento da vigilância em
saúde.
(C) Um espaço demarcado administrativamente, onde deve ser implantada uma política de saúde.
(D) Uma metodologia de controle populacional utilizada pelos governos estaduais.
93. No Brasil, o esquema vacinal do Ministério da Saúde, que usa duas vacinas para a proteção contra poliomielite, com as
vacinas VIP (vacina inativada contra poliomielite) e VOP (vacina oral contra poliomielite), é:
(A) 1 dose de VIP aos 2 e aos 4 meses, 1 dose de VOP aos 6 meses e reforço com VOP aos 15 meses.
(B) 1 dose de VIP aos 2 e aos 4 meses, 1 dose de VOP aos 6 meses e reforço com VIP aos 15 meses.
(C) 1 dose de VIP aos 2, aos 4 e aos 6 meses e reforço com VIP aos 15 meses.
(D) 1 dose de VOP aos 2, aos 4 e aos 6 meses e reforço com VOP aos 15 meses.
94. O Conselho Local de Saúde (CLS) de uma Unidade Básica de Saúde convocou uma reunião extraordinária para discutir os
problemas enfrentados pelo fornecimento irregular de medicamentos aos usuários. Na opinião da farmacêutica responsável, o
grande entrave é a falta de critérios para a distribuição de medicamentos no município. Isso faz com que essa Unidade receba a
mesma quantidade de medicamentos que as demais, apesar de possuir características populacionais diferenciadas, com um
número proporcionalmente maior de idosos. A maioria dos participantes achou a argumentação correta e aprovou uma proposta
de fornecimento de medicamentos de acordo com a base epidemiológica da população atendida. Como o CLS deveria proceder
para encaminhar corretamente essa demanda?
(A) O CLS deve convocar uma Conferência Municipal de Saúde para inserir o tema em sua pauta de debates junto à comunidade.
(B) A proposta deverá ser entregue ao Conselho Municipal de Saúde pelo representante dos usuários, uma vez que as reuniões
plenárias são fechadas ao público.
(C) Para sua resolução o problema da distribuição de medicamentos e a proposta do CLS devem ser encaminhados aos membros
do Conselho Municipal de Saúde para discussão plenária.
(D) CLS deve encaminhar a proposta ao Secretário Municipal de Saúde, uma vez que o planejamento, execução e controle da
política municipal de saúde é tarefa exclusiva do gestor municipal.
95. Um paciente com 21 anos de idade, servente de pedreiro, vem à Unidade Básica de Saúde (UBS) acompanhado pela mãe,
que refere estar preocupada com o comportamento do filho. No acolhimento pela enfermeira, a mãe informa que o filho tem
chegado em casa embriagado, o que ocasiona faltas no trabalho. O filho, que apresenta hálito alcoólico, minimiza o relato da mãe
e afirma que isso acontece poucas vezes. O paciente não apresenta sinais de alteração da marcha ou da fala. Considerando as
diretrizes gerais do Sistema Único de Saúde (SUS), as atribuições da atenção básica e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS),
nesse momento, o paciente deveria ser submetido a avaliação:
(A) No Centro de Atenção Psicosocial (CAPS) AD (álcool e drogas).
(B) No Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
(C) Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
(D) Na própria Unidade Básica de Saúde.
96. Uma mulher com 32 anos de idade, solteira, sem vida sexual ativa, refere ter sido vítima de violência sexual. Por ocasião do
estupro, a paciente não contou nada a ninguém e, posteriormente, descobriu que estava grávida. No momento atual, a gestante
manifesta para o seu médico o desejo de interromper a gravidez. O profissional médico recusa-se a fazer o aborto nessas
condições e argumenta que há necessidade da verificação da denúncia de estupro pelo médico do Instituto Médico Legal (IML). O
médico aciona o Serviço Social da instituição e a polícia local, para que a gestante possa lavrar o Boletim de Ocorrência do
estupro, esclarecendo que esse documento servirá como consentimento para o procedimento. Nessa situação, a conduta médica
foi:
(A) Adequada, pois para a prática do abortamento legal há necessidade de decisão judicial afirmando o estupro.
(B) Inadequada, pois o laudo do IML não é exigido legalmente para realização do abortamento em casos de estupro.
(C) Adequada, pois a vítima de um crime contra a dignidade sexual deve imediatamente comunicar a ocorrência à polícia para
início de ação penal pública incondicionada.
(D) Inadequada, pois o consentimento da mulher é feito por documento próprio, devendo ser assinado pela vítima que deseja o
abortamento e por um familiar.
97. Um paciente com 75 anos de idade, casado, com história de acidente vascular cerebral recente, é avaliado pela Equipe de
Saúde da Família (ESF). O paciente apresenta grande incapacidade física (acamado, recebendo alimentação através de sonda
nasoentérica), tem relativa preservação cognitiva e necessita de diversos cuidados contínuos, tais como: uso de várias
medicações, desobstrução da sonda, manutenção de hidratação adequada, movimentação no leito, cuidado com escaras e
orientação aos cuidadores. O planejamento do cuidado à saúde deste idoso deve ser baseado em:
(A) Visitas domiciliares diárias da equipe para oferecer integralmente os cuidados, considerando o grande estresse a que são
submetidos os cuidadores.
(B) Preparação da família para encaminhar o idoso para uma instituição de longa permanência, considerando a necessidade de
cuidados intensivos.
(C) Decisões compartilhadas entre a ESF, os familiares e o idoso sobre as suas necessidades, considerando a atuação integrada
de todos.
(D) Restrição de cuidados médicos e de procedimentos de média e alta complexidade, como recomendam os princípios da
referência e contrarreferência.
98. Na pesquisa realizada para avaliação da implantação da Estratégia da Saúde da Família no Brasil, publicada pelo Ministério
da Saúde em 2006, a tendência geral observada foi a melhoria dos indicadores de saúde nos municípios de IDH baixo (< 0,7).
Esses dados mostram o cumprimento de qual dos princípios do SUS listados abaixo?
(A) Equidade.
(B) Integralidade.
(C) Hierarquização.
(D) Descentralização.
99. Um médico é contratado para trabalhar em uma unidade de saúde pertencente à Estratégia de Saúde da Família. Uma vez por
semana, a equipe se reúne para planejamento e avaliação das ações. O coordenador explica ao médico o funcionamento da
unidade de saúde e apresenta os demais membros da equipe. A equipe é composta pelo médico, o enfermeiro, o técnico de
enfermagem, o odontólogo, o técnico de higiene dental e seis agentes comunitários de saúde. Na equipe de saúde, caberá ao
médico:
(A) Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da unidade.
(B) Mapear a situação vacinal das crianças menores de 5 anos de idade.
(C) Realizar a prescrição hospitalar dos pacientes de sua área de abrangência.
(D) Dispensar medicação controlada para os pacientes de sua área de abrangência.
100. A tuberculose (TB) é um problema de Saúde Pública no Brasil. A identificação precoce de pessoas com TB é imprescindível
para a quebra da cadeia de transmissão da doença. No Brasil, em 2008, a TB foi a quarta causa de morte por doenças infecciosas
e a primeira causa de morte em pacientes com Aids. Com o aumento do número de casos de pacientes com Aids na população
prisional, eleva-se a quantidade de pacientes com TB. Neste cenário, o indicador que expressa o número de casos novos da
doença nesta população no período de 1 ano é:
(A) Letalidade.
(B) Incidência.
(C) Morbidade.
(D) Prevalência.
Boa Prova
COREME/HUAB
GEP
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