ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO ARTIGO

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O TRABALHO DOCENTE E A SÍNDROME DE BURNOUT
Vanessa Cavalcante Tavares Monteiro
RESUMO: Devido às inúmeras oportunidades de atuação da Terapia Ocupacional, uma das
áreas que desperta grande interesse é a saúde do trabalhador. Nas últimas décadas o stress
decorrente do trabalho ou stress ocupacional vem merecendo maior atenção, mas não o
necessário para que seus efeitos sejam diminuídos. Algumas pesquisas, tais como: A
síndrome de Burnout e o trabalho docente, de Harrison (1999) apud Carlotto (2002), O
Burnout, de Reihold apud Lipp (2002), Investigando o Burnout em professores universitários,
de Garcia (2003) se referem ao estresse do professor como Síndrome de Burnout, que atinge
especialmente os profissionais que trabalham com pessoas diariamente, o que faz dos
docentes os principais representantes de tal síndrome. Este trabalho busca, a partir da
literatura de BENEVIDES-PEREIRA (2001), CARLOTTO (2002), GARCIA (2003), LIPP
(2002) apresentar a Síndrome de Burnout e o trabalho docente, fundamentado a partir dos
estudos recentes desses autores, buscando dessa forma identificar suas principais causas e
consequências para os profissionais e para as instituições de ensino. Trata-se de uma pesquisa
de abordagem Qualitativa, de acordo com seus objetivos, Exploratória e quanto aos
procedimentos técnicos, Bibliográfica. Através desse estudo pode-se considerar o Burnout
uma síndrome que tem relação com as atividades que o indivíduo executa no trabalho, sendo
ocasionada por características individuais, aspectos organizacionais e socioambientais. A
exaustão física, emocional e/ou mental, acarreta em desgaste pessoal para o indivíduo e perda
da qualidade e produtividade para a instituição. Assim, é de fundamental importância
conhecimentos sobre esse tipo de estresse, de forma que suas causas, prováveis consequências
e possíveis formas de prevenção, possam ser transmitidas aos profissionais, na tentativa de
uma melhoria na qualidade de vida no ambiente de trabalho, para que somente não ocorra a
redução deste desgaste físico, mental e emocional, mas principalmente, o aumento das
chances de que os docentes continuem comprometidos e satisfeitos com o trabalho.
Palavras-chave: Síndrome de Burnout, professores, educação.
INTRODUÇÃO
Desde o início dos anos 80 os Estados Unidos vêm realizando pesquisas diretamente
nos estabelecimentos escolares e nas classes, com intuito de avaliar a atividade docente nos
seus diversos aspectos: relação aluno-professor e vice-versa, planejamento e gestão de ensino,
transformações curriculares, relações com os colegas, entre outros. (Tardif: 2008). De acordo
com o mesmo autor: “(...) A estas contribuições pode-se também acrescentar diversos
trabalhos na área da psicologia e psicossociologia do trabalho, bem como na antropologia da
educação (Henrio et al.; Wulf, 2002 apud Tardif, 2008: 8)”.
Para Carlotto (2002:21):
professores têm sido alvo de diversas investigações (Beck &
Gargiulo,1983; Byrne, 1991, 1993; Friensen & Sarros, 1989; Iwanicki &
Schwab,1981, Russel, Altmaier & Van Velzen, 1987, Schwab &
Iwanicki, 1986, Carvalho,1995; Moura, 1997), pois no exercício
profissional da atividade docente encontram-se presentes diversos
estressores psicossociais, alguns relacionados à natureza de suas funções,
outros relacionados ao contexto institucional e social onde estas são
exercidas.
Neste contexto social, o docente assume novas funções que exigem uma ampla série
de habilidades pessoais, não reduzidas ao âmbito da acumulação do conhecimento. (Esteve,
1999). As pressões sofridas pelos docentes são constantes, o que os levam, muitas vezes, a
apresentar um conjunto de comprometimentos biopsicossociais, acarretando em um baixo
nível de motivação, auto-estima e insegurança, que irá gerar em problemas para os alunos,
para administração e para a comunidade. Assim, prejudicando a qualidade de ensino.
Estes estressores, quando persistentes, podem acarretar na Síndrome de Burnout, que
segundo Harrison, 1999 apud Carlotto (2002:21) consiste em: “Um tipo de estresse de caráter
persistente vinculado a situações de trabalho, resultante da constante e repetitiva pressão
emocional associada com intenso envolvimento com pessoas por longos períodos de tempo”.
Esta Síndrome em professores interfere no ambiente educacional e afeta na obtenção
das finalidades pedagógicas, induzindo estes profissionais a um processo de alienação,
desumanização e apatia, gerando em problemas de saúde, absenteísmo e perda gradativa da
vontade de lecionar.
Diversos são os autores que têm realizado estudos com professores nos variados
segmentos de ensino (primários, secundários, universitários e de escolas especiais),
promovendo consistência nos resultados alcançados e causando modelos explicativos
importantes sobre a ocorrência desta Síndrome.
Vários trabalhos na literatura mundial demonstraram que ser professor é uma das
profissões mais estressantes da atualidade, afirma Meleiro In. Lipp (2002). Carlotto (2002)
também compartilha dessa mesma afirmação, quando considera o Magistério uma das
profissões de alto risco.
Será que podemos reverter tal situação? Sim, é possível. De acordo com LIPP
(2002:9):
Cuidar da escola, de seus personagens, dos processos que ali acontecem é
uma das responsabilidades dos pesquisadores. Levar aos responsáveis
estratégias cientificamente comprovadas como eficientes, é um
compromisso social que não pode ser ignorado. É contribuir para que
melhore a qualidade de vida não só da escola.
Assim, este trabalho busca, a partir da literatura, apresentar a Síndrome de Burnout e o
trabalho docente, fundamentado em estudos recentes, buscando identificar suas principais
causas e consequências para os profissionais e para as instituições de ensino.
A SÍNDROME DE BURNOUT
Burnout versa de uma expressão inglesa para indicar aquilo que deixou de funcionar
por esgotamento de energia. Esta expressão foi utilizada por Brandley (1969), mas veio a se
tornar mundialmente conhecida nos anos de 1974, 1975 e 1979, a partir dos artigos de
Freudenberger, médico, psicanalista, que segundo Santini; Molina Neto (2005:210) teve uma
vida profissional permeada de frustrações e dificuldades que o levou a exaustão física e
mental, sendo o primeiro a investigar e descrever sobre a Síndrome do Esgotamento
Profissional (SEP), conceituando-a “como um sentimento crônico de desânimo, de apatia, de
despersonalização que atinge o trabalhador”.
Já Maslach e Jackson citado por Santini; Molina Neto (2005:210) considera a SEP
“uma reação à tensão emocional crônica caracterizada pelo esgotamento físico e/ou
psicológico, por uma atitude fria e despersonalizada em relação às pessoas e um sentimento
de inadequação em relação às tarefas a serem realizadas”.
Para Smith (1986), burnout envolve basicamente uma retrospectiva psicológica,
emocional e às vezes física de uma atividade anteriormente prazerosa em resposta ao estresse
excessivo ou a insatisfação com o passar do tempo. O Burnout afeta principalmente aqueles
profissionais encarregados de cuidar, isto é, pessoas que trabalham em contato direto com
outras.
Esse fenômeno não é recente. Nos anos 80, grupos de profissionais que não eram
considerados de risco, ou seja, profissionais com bons níveis de satisfação pessoal e social,
começaram a apresentar sintomas desta síndrome.
Apesar de divulgada desde a década de 70, é pouco seu conhecimento no Brasil, sendo
raras as pesquisas realizadas em nosso país. De acordo com Garcia (2003): A grande maioria
dos autores utilizados como referência nas pesquisas encontradas são americanos e europeus
(Gil-Monte; Peiró, 1997; Maslach & Leiter, 1999; Esteve, 1999).
De acordo com a literatura internacional, a maior parte dos autores concorda que o
burnout resulta de uma tentativa de enfrentamento ao estresse. Para Benevides-Pereira (2001,
p.31), “a síndrome de burnout vai além do estresse, sendo encarada como uma reação ao
estresse crônico”, ou seja, como consequência da grande exaustão sentida, em decorrência do
desgaste físico e mental, percebe-se que nada mais podem oferecer aos seus clientes,
pacientes, alunos, colegas de trabalho, etc.
Weinberg; Gould (2001) considera como aspectos característicos da Síndrome de
Burnout, o esgotamento, seja este físico ou emocional, ocasionado pela perda de preocupação,
energia, interesse e confiança, onde a despersonalização vai depender de como o indivíduo vai
responder/reagir negativamente às pessoas do seu convívio devido ao seu esgotamento físico
ou mental, e por fim os sentimentos de baixa realização pessoal, baixa auto-estima, fracasso e
depressão. Isso pode ser percebido no trabalho quando a produtividade é baixa e o nível de
desempenho é diminuído.
O BURNOUT EM PROFESSORES
Levando como base a transformação rápida e significante que o mundo vem sofrendo,
através da evolução tecnológica, globalização, mercado cada vez mais competitivo, etc.,
gerando nas pessoas uma série de sensações físicas e mentais, que podem ser caracterizadas
pelo cansaço, esgotamento e irritação, acarretando doses extras de stress, que segundo
Meleiro, do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP), citada por Caruso; Stringueto (1999) torna-se um problema de saúde publica, por
atingir grande parte da população, sobrecarregando o sistema de saúde por conta das
complicações que provoca.
Nas últimas décadas o stress decorrente do trabalho ou stress ocupacional vem
merecendo maior atenção, mas não o necessário para que seus efeitos sejam diminuídos.
A maior parte do tempo das pessoas é ocupado pelo trabalho, pois podemos observar
através das longas jornadas de trabalho, iniciando-se muito cedo e podendo se estender até a
noite, com raras pausas de descanso e/ou refeições breves e em lugares desconfortáveis, além
do ritmo de trabalho ser intenso, sendo exigidos para a realização das tarefas, altos níveis de
atenção e concentração.
A partir daí, conforme Mendes (2002) podemos observar estudos realizados por
Cardoso; Brandão et. al. (1994) sobre a saúde do trabalhador. Como também pesquisas
referentes à questão do stress e qualidade de vida do trabalhador, realizadas por Aguiar;
Couto; Grankow et. al. (2000). Além de diversos trabalhos na literatura mundial
demonstrarem que ser professor é uma das profissões mais estressantes da atualidade, afirma
Meleiro In. Lipp (2002).
Esse stress do professor segundo Kyriacou; Stcliffe et. al. citado por Mendes (2002)
pode ser descrito como um conjunto de atitudes e respostas com carga negativa acompanhada
de mudanças fisiológicas potencialmente patogênicas, que muitas vezes ocorrem pela falta de
reconhecimento em diferentes instâncias (remuneração, reconhecimento social, melhores
condições de trabalho, dentre outras).
Entre os diversos fatores causadores do stress ocupacional do professor estão, as
condições precárias de trabalho, a instabilidade financeira, a dupla jornada de trabalho, a
pouca ou quase nenhuma oportunidade de qualificação e a falta de reconhecimento /
valorização, levando-o a Síndrome de Burnout, que para Reihold apud Lipp (2002:64)
consiste em um tipo de stress ocupacional caracterizado por profundo sentimento de
frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado, sentimento que aos poucos pode
estender-se a todas as áreas da vida de uma pessoa, causando exaustão física, emocional e
mental. Onde o professor apresentará inicialmente uma inquietação que aumenta à medida
que vai perdendo gradativamente a vontade de lecionar.
De acordo com esse mesmo autor, a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada por
diversas fases, são elas: Idealismo, nesta fase a instituição de ensino constitui o fator mais
importante na vida do professor, pois o trabalho parece preencher todas suas necessidades e
todos seus desejos, devido a não limitação de sua energia e entusiasmo. Realismo, as
expectativas iniciais do professor não são realizadas, não há satisfação com as atividades de
ensino, nem recompensas e reconhecimentos, levando-o a desilusão, ao cansaço, a frustração
e consequentemente ao questionamento de suas competências e habilidades para ensinar, é
nesta fase que se perde a autoconfiança.
Outra fase é a de Estagnação e frustração, ou quase-burnout, que ocorre com a
transformação do entusiasmo e da energia, apresentados na fase idealismo, em fadiga crônica
e irritabilidade em relação aos colegas, alunos e diretores, além de mudanças de hábitos,
comportamento de fuga, como atrasos e faltas, diminuindo sua produtividade e a qualidade do
trabalho. A fase posterior é a de Apatia e Burnout Total, onde sensação de desespero,
fracasso, perda da auto-estima e autoconfiança, são comuns no professor, tornando-se
depressivo e exausto físico e emocionalmente.
E para finalizar o fenômeno fênix, apesar desta fase não ocorrer sempre, pois alguns
professores deixam à profissão, outros permanecem, mas parecem contar os dias que faltam
para os fins de semana, para as férias e para a aposentadoria. Sendo assim, esta fase é
caracterizada por aqueles que continuam na profissão e aprendem técnicas e/ou estratégias de
enfrentamento do burnout, crescendo com ele. E quando conseguem sair de um burnout
devem ser mais realistas em suas expectativas em relação ao trabalho na instituição de ensino,
além de criarem um maior equilíbrio em sua vida.
A Síndrome de Burnout afeta profissionais que atuam em contato direto, duradouro e
intenso com pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda imediata, são eles: bombeiros,
enfermeiros, médicos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros. (Lipp, 2002)
De acordo com Garcia (2003:76) os professores também são incluídos nesse grupo de
profissionais, por estarem em contato constante e direto com sua clientela, sendo esse um dos
principais motivos apontados que levariam um trabalhador ao burnout.
Esse tipo de stress, no caso do professor, ocorre, segundo Lipp (2002, p.98) por que:
Até a década de 1960, ser professor significava ter status social e ganhos
razoáveis. Com o passar dos anos, esses aspectos foram se perdendo e,
atualmente a condição do professor tornou-se difícil, sua remuneração é
sempre questionável, precisando horas-aula para conseguir manter um
padrão de vida compatível com a exigência e a pressão existentes, pois, para
que um professor possa oferecer uma boa formação para seus alunos, ele
precisa também estar bem formado.
Com os avanços tecnológicos e consequentemente a rapidez das informações, o papel
do professor mudou. Hoje não cabe mais a ele, exclusivamente, a transmissão do
conhecimento, isto é, sua função é muito mais ensinar a descobrir do que ensinar fórmulas
prontas. Isso favorece tensão, insatisfação e ansiedade, o que esgota o professor.
Para Meleiro In. Lipp (2002:15):
Professor é uma profissão louvável, que merece respeito e consideração pela
nobre missão, de quem a exerce, de transmitir seus conhecimentos aos
alunos. Infelizmente, ocorreu uma deterioração das condições da formação e
da prática profissional do professorado no Brasil, hoje tão desvalorizado no
próprio universo acadêmico, na mídia e na sociedade em geral. Diversos
trabalhos na literatura mundial mostram que ser professor é uma das
profissões mais estressantes da atualidade.
Sendo uma das profissões mais estressantes da atualidade, tomemos como exemplo o
professor universitário e as principais dificuldades existentes nesta classe de ensino, muitas
vezes tendo que se adaptarem as salas de aulas inadequadas ou desconfortáveis, a falta de
equipamentos (retroprojetor, data show, computadores, etc.) para as aulas, contratos que
exigem dedicação exclusiva, necessidade de trabalhar à noite, aos domingos e feriados em
trabalhos que exijam mais atenção (correções de provas, monografias, etc.), participar de
inúmeros congressos, bancas, concursos, semanas de estudo, congressos, palestras, etc., e
alguns momentos a insensibilidade dos dirigentes quanto às demandas advindas da
comunidade docente.
Além das fontes de stress apresentadas anteriormente, o professor pode sofrer com a
falta de reconhecimento, a competição excessiva por parte dos colegas de trabalho, pressão
psicológica para aprovação de monografias nem sempre merecedoras de aprovação, como
também a preocupação com aposentadoria, entre outras.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
A preocupação com o burnout em professores vem sendo demonstrado por diversos
estudos que buscam identificar suas causas. Segundo Lipp (2002:71), essa síndrome:
(...) parece resultar da conjugação de fatores internos (vulnerabilidade
biológicas e psicológicas) e externos (o ambiente de trabalho). Esses
fatores internos e externos são percebidos e avaliados pelo professor à luz
de suas atitudes, crenças e valores, de suas experiências passadas e de seu
estilo de vida. Se forem interpretados negativamente, como uma ameaça
à sua auto-estima, e se o professor não dispõe de técnicas de
enfrentamento eficientes, poderão levá-lo ao burnout com seus sintomas
típicos de exaustão física, emocional e mental.
Conforme Faber (1991) apud Carlotto (2002) os fatores internos, externos e as
atitudes, crenças e valores considerados por Lipp são vistos respectivamente como fatores
individuais, organizacionais e sociais. A interação desses fatores produzirá uma percepção de
baixa valorização profissional, tendo como resultado o burnout.
Lipp (2002) também aponta a falta de controle sobre o próprio trabalho, falta de
reconhecimento, falta de autonomia, indisciplina de alunos, falta de justiça, confiança e
transparência, falta de desafio, etc, como exemplos dos fatores externos e a vulnerabilidade
biológica e vulnerabilidade psicológica, como exemplos dos fatores internos. Sendo que,
auto-estima baixa, exagero de responsabilidade, idealismo exacerbado, perfeccionismo, metas
impossíveis, desejo de aprovação externa, negativismo, etc, como algumas características
psicológicas já identificadas capazes de contribuir para o desenvolvimento desta síndrome.
As conseqüências de burnout encontradas na literatura são diversas, o que torna difícil
de nomeá-las. Mas, devido ao número de casos, a severidade, os domínios afetados e a
irreversibilidade, que registros dessas consequências sejam realizados.
Conforme Benevides-Pereira (2001: 32-33), o burnout pode ser caracterizado por
sintomas, tais como:
psicossomáticos: enxaquecas, dores de cabeça, insônia, gastrites e
úlceras; diarréias, crises de asma, palpitações, hipertensão, maior
frequência de infecções, dores musculares e/ou cervicais; alergias,
suspensão do ciclo menstrual nas mulheres.
comportamentais: absenteísmo, isolamento, violência, drogadição,
incapacidade de relaxar, mudanças bruscas de humor, comportamento de
risco.
emocionais: impaciência, distanciamento afetivo, sentimento de solidão,
sentimento de alienação, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de
concentração, sentimento de impotência; desejo de abandonar o emprego;
decréscimo do rendimento de trabalho; baixa auto-estima; dúvidas de sua
própria capacidade e sentimento de onipotência.
defensivos: negação das emoções, ironia, atenção seletiva, hostilidade,
apatia e desconfiança.
Tendo em vista os sintomas característicos do burnout e a percepção das técnicas de
enfrentamento como ausentes ou deficientes que seja dada a importância de promover o bemestar e a saúde desses profissionais, pois uma vez que estes se encontram em estado de saúde,
esta irá se refletir no funcionamento da instituição como um todo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Burnout é uma síndrome que tem relação com as atividades que o individuo executa
no trabalho, sendo ocasionada por características individuais, aspectos organizacionais e
socio-ambientais.
A exaustão física, emocional e/ou mental, acarreta em desgaste pessoal para o
indivíduo e perda da qualidade e produtividade para a instituição. Porém, Maslach e Leiter
(1999) propõem que o interessante, primeiramente é investir na prevenção do que precisar
arcar com seus custos, posteriormente. Os autores sugerem ainda não apenas a redução deste
desgaste físico, mental e emocional, mas principalmente, o aumento das chances de que os
empregados continuem comprometidos e satisfeitos com o trabalho.
Enfim, é de fundamental importância que conhecimentos sobre o burnout sejam
desenvolvidos, de forma que suas causas, prováveis consequências e possíveis formas de
prevenção, possam ser transmitidas aos profissionais, na tentativa de uma melhoria na
qualidade de vida no ambiente de trabalho.
REFERÊNCIAS
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