Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica Prof. Silvio Penteado Aula 19 1ª PARTE: PREPARO DO SOLO NESTE ITEM SERÁ ABORDADO . Manejo do solo · Forma de preparo · Uso de máquinas e equipamentos · Recomendações de procedimento quanto a mecanização e preparo do terreno para o plantio. 1. Manejo adequado do solo Por abrigar a vida, na agricultura orgânica, o preparo do solo e a sua manutenção é visto com bastante cuidado, principalmente porque ali será instalado uma planta, dependente não somente dos minerais., mas do ar, da água, da flora, da fauna e da matéria orgânica que o solo contém. A agricultura orgânica requer a manutenção e a melhoria da estrutura do solo, devendo o preparo do solo ser feito com cuidado, evitando a pulverização dos seus agregados. O manejo adequado do solo melhora a sua fertilidade, torna as plantas mais saudáveis e resistentes contra as pragas, patógenos e sinistros naturais. Na agricultura orgânica e ecológica, são considerados que as condições ideais são fornecidas não somente pelo efeito do preparo do solo, mas como pelo seu manejo e manutenção de elevada presença de matéria orgânica e da sua flora e fauna benéficos. Um solo é considerado adequado para o cultivo, quando estão bem arejados, para permitir o armazenamento de água, sem encharcar, a presença de oxigênio e de forma a facilitar o desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Deve ser considerado que a capacidade do terreno em reter umidade, depende do tamanho dos agregados. O volume do espaço vazio deve ser grande, o que aumenta a relação água-ar, no solo. Estas condições são encontradas em terras virgens, havendo alta absorção das águas das chuvas e perdas por erosão muito baixas. Nos terrenos cultivados, há uma tendência de ocorrer a compactação, destruição dos agregados, sendo porisso necessário a incorporação de matéria orgânica, como leguminosas; rotação de culturas e outras medidas. A maior ou menor penetração do sistema radicular depende das condições do solo: em solos arejados, ela é facilitada: em solos compactos, mal arejados, as raízes não se crescem satisfatóriamente. Num período seco, com solo arejado, as raízes tendem a tomar maior desenvolvimento como uma reação normal da planta, a fim de buscar água e nutrientes que necessita, em maiores profundidades. No caso de solos compactados ou com pastagens, poderá ser necessário usar subsoladores ou então o arado escarificador. No entanto, na falta destes é tolerado o uso de arado comum, de discos.Uma das melhores opções é plantar em seguida do preparo do solo plantas que possuem raizes profundas e agressivas como: alfafa, melilotus, aveia, colza, cevada, guandu, etc. 2.Uso de equipamentos para o preparo do solo Apesar de não ser os equipamentos ideais, a agricultura orgânica tolera o uso de implementos para o preparo do solo que causem sua desestruturação e inversão, como arados de aiveca e de grades de discos e enxadas rotativas. Se disponível dar preferência para aqueles implementos que não invertem as camadas originais do solo e que não pulverizem os grânulos e a estrutura do solo, caso do arado escarificador. Quando a área a ser preparada já tenha sido utilizada com cultivos anuais deve ser empregado o preparo mínimo, com o uso apenas da grade. Deve ser buscado processos que façam a mínima mobilização do solo, ou mesmo a adoção das técnicas de plantio direto, isto é, plantio com o solo coberto com palhas. Para adotar este cultivo mínimo do solo, deve-se dar preferência ao preparo do solo com arado escarificador ou subsoladores. No caso de utilizar arado ou grades, fazer em seguida o plantio de adubos verdes para regularizar a estrutura do solo. Quando fôr utilizado o arado de aiveca, recomenda-se retirar o tombador, mantendo-se apenas a relha, para que o solo não seja invertido no processo. Arado de discos Grade Arado escarificador Arado subsolador hidráulico Para solos leves, soltos ou já trabalhados, o preparo de solo é mais simples. No caso de fruticultura a abertura de covas largas ou o preparo em faixas, com o plantio de adubos verdes nas ruas e entre linhas, são suficientes para permitir boas condições para o desenvolvimento da planta. Estudar a possibilidade de plantio direto de cereais e hortaliças. No caso da fruticultura orgânica, recomenda-se o preparo mínimo do solo. Geralmente é suficiente fazer a abertura das covas ou sulcos e nas entre-ruas é feito a subsolagem ou o plantio de adubos verdes (com raizes fortes como guandu crotalárias, etc). Resumindo: PREPARO DO SOLO O preparo do solo deverá ser precedido da avaliação da compactação, sendo indicado para promover a aeração das camadas do solo e rompimento das camadas de compactação no subsolo. O solo deve ser preparado com o mínimo de movimentação, dando sempre preferência ao plantio direto e mecanização reduzida. O preparo primário do solo (arado escarificador, subsolador ou ou grade de discos) deve atingir uma profundidade suficiente para romper a camada superficial compactada e permitir a infiltração de água. O emprego de arado escarificador, como alternativa de preparo, substitui com vantagem a aração e a gradagem pesada, desde que se reduza o número de gradagens niveladoras. Além disso, possibilita a permanência no máximo possível de resíduos culturais na superfície, que, na maioria das vezes, é desejável. Os implementos, como arado de discos, que invertem as camadas do solo e causem compactação “pé-de-arado”, não são recomendados. Utilizar subsolador ou arado escarificador ou arado de discos. O preparo secundário do solo (gradagens niveladoras), se necessário, deve ser feito com o mínimo de operações e próximo da época de semeadura. Quando o preparo é efetuado com o solo muito úmido, pode haver formação de camada subsuperficial compactada, além de haver possibilidade do solo aderir, com muita força, aos implementos (em solos argilosos), até o ponto de impossibilitar a operação desejada.Por outro lado, deve-se também evitar o preparo do solo muito seco, pois será necessário maior número de gradagens para obter suficiente destorroamento que permita efetuar a operação de semeadura. A condição ideal de umidade para o preparo do solo pode ser detectada facilmente a campo: um torrão de solo, coletado na profundidade média de trabalho e submetido a uma leve pressão entre os dedos polegar e indicador, deve desagregar-se sem oferecer resistência. Recomenda-se também alternar o tipo de implemento e a profundidade de trabalho, para evitar a formação de uma camada compactada. Se possível, usar plantio direto, com consciência e planejamento. VEJA A SEGUIR MAIORES INFORMAÇÃO SOBRE O PREPARO DO SOLO MECANIZADO 1. CONDIÇÃO DO SOLO A condição ideal de umidade para preparo do solo pode ser detectada facilmente a campo: um torrão de solo, coletado na profundidade média de trabalho e submetido a uma leve pressão entre os dedos polegar e indicador, deve desagregar-se sem oferecer resistência. Quando for usado o arado e a grade para preparar o solo, considerar como umidade ideal a faixa variável de 60 a 70% da capacidade de campo para solos argilosos e de 60 a 80% para os solos arenosos. Quando for usado o escarificador e subsolador, a faixa ideal de umidade encontra-se entre 30 e 40% da capacidade de campo para solo argilosos. 2. ALTERNÂNCIA DE EQUIPAMENTOS O uso excessivo do mesmo implemento no preparo do solo, operando sistematicamente na mesma profundidade e principalmente em condições de solo úmido, tem provocado a formação de camada compactada. Como opção ao preparo convencional, deve-se adotar a rotação de implementos de preparo, o que possibilita diferentes condições e profundidade de trabalho no solo, evitando-se a formação de camada compactada abaixo da linha de preparo, que ocorre quando o mesmo implemento é usado continuamente. A alternância de implementos de preparo do solo que trabalham a diferentes profundidades e possuam diferentes mecanismos de corte, e a observância do teor de umidade adequado para a movimentação do solo, são de relevante importância para minimizar a sua degradação. Assim, recomenda-se, por ocasião do preparo do solo, alternar a sua profundidade a cada safra agrícola e, se possível, a utilização alternada de implementos de discos e de dentes. 3. OPERAÇÕES MECANIZADAS 3.1. Subsolagem A subsolagem é uma prática realizada com o objetivo de desagregar camadas compactadas do solo, a fim de facilitar a penetração das raízes e água para maiores profundidades. A implantação da lavoura pode se inviabilizar, caso não seja feita esta operação em solos com problemas de compactação. Neste caso, o problema causado no sistema radicular tornará as plantas muito mais sensíveis à períodos de estiagem, poderão surgir problemas de deficiência nutricional, e até morte de plantas em anos de grande safra. A operação de subsolagem é realizada por equipamentos denominados subsoladores que apresentam hastes que penetram no solo, sendo tracionados por tratores. Devido ao fato de trabalharem a maiores profundidades, são implementos que requerem alta potência para sua utilização. Os principais parâmetros para regulagem do subsolador são a profundidade de trabalho e o espaçamento entre as hastes. Deve-se regular a profundidade de modo que as hastes passem abaixo da camada que se deseja romper. O espaçamento entre as hastes deve ser 1,2 vezes maior que a profundidade de trabalho. Para maior eficiência, a subsolagem deve ser realizada com baixo teor de umidade. Para solos que não apresentam camada compactada, esta operação pode ser dispensada. Condições adequadas para a subsolagem: Profundidade de trabalho: o implemento deve ser regulado para operar na profundidade imediatamente abaixo da camada compactada; Umidade do solo: no caso do arado, seja de disco ou aiveca, condição de umidade apropriada é aquela em que o solo está na faixa friável; em solos úmidos há dificuldade maior de penetração (arado de discos). Para escarificador ou subsolador, a condição de umidade apropriada é aquela em que o solo esteja seco. Quando úmido, o solo não sofre descompactação mas amassamento entre as hastes do implemento e selamento dos poros no fundo e nas laterais do sulco; espaçamento entre as hastes: quando for usado o escarificador ou subsolador, o espaçamento entre as hastes determina o grau de rompimento da camada compactada pelo implemento. O espaçamento entre as hastes deverá ser de 1,2 a 1,3 vezes a profundidade de trabalho pretendida. 3.2 . Aração A aração é uma operação que visa diminuir a densidade do solo, aumentando os espaços vazios. Também promove a descompactação do solo, embora não em maiores profundidades como ocorre com a subsolagem. É realizada por equipamentos denominados arados, que podem ser de discos ou de aivecas. Geralmente são tracionados por tratores, embora também existam arados (de aiveca) próprios para tração animal. Estes fazem o serviço mais superficialmente, mas se adaptam bem aos pequenos produtores sem infraestrutura, além disto, conseguem trabalhar em áreas mais declivosas. A passagem do arado sobre o solo provoca a inversão da camada de solo trabalhada, por essa razão não é considerado um equipamento adequado para os cultivos orgânicos. Enterra a matéria orgânica e os microrganismos aeróbios e expõe a umidade á insolação. A aração também é utilizada para incorporação de calcário. Nos solos cobertos com matéria orgânica distribui-se o calcário sobre a superfície do solo e utiliza-se arado escarificador que não enterra a cobertura vegetal. A profundidade de trabalho desta operação deve ser a maior possível (geralmente não ultrapassa 25 cm). A aração não deve ser realizada com o solo muito úmido, nem muito seco. Há um ponto de umidade ideal para trabalho chamado de "ponto de sazão". Na prática este ponto é percebido com um teste simples: ao se pressionar uma pequena porção de terra com uma das mãos, consegue-se fazer uma pequena pelota, mas que se desmancha facilmente à pressão dos dedos. Para solos com boas características físicas e sem necessidade de calcário, pode-se dispensar a aração. 3.3. Gradagens A gradagem é uma operação que visa basicamente completar o serviço executado pelo arado e pelo subsolador, no sentido de desagregar os torrões, nivelar a superfície do solo para facilitar a operação seguinte, diminuir os espaços vazios entre os torrões e destruir os sistema de vasos capilares que se formam na camada superior do solo, a fim de evitar a evaporação de água das camadas mais profundas. Um dos empregos mais comuns das grades é a nivelação do solo.Os objetivos da nivelação são: corrigir a superfície de aração, e preparar a cama de semeadura. A nivelação deve ser feita com um mínimo possível de operações de gradagem leve. A gradagem é realizada por grades, que são implementos geralmente de arrasto e tracionados por tratores, embora hajam grades próprias para tração animal. Podem ser de vários tipos e modelos, sendo mais comum a grade de discos tipo "offset" A grade aradora pesada, conhecida popularmente pelos agricultores como grade "rome" . Apresenta os discos de grande diâmetro e peso, penetrando mais profundamente no solo. São muito usadas para substituir a aração, pois têm grande rendimento operacional e conseguem trabalhar em terrenos com grande infestação de plantas invasoras. Entretanto, não são recomendadas, pois pulverizam muito a superfície do solo e compactam a camada inferior, onde os discos não atingem. Isto torna o solo altamente suscetível à erosão hídrica, além dos problemas quanto à penetração das raízes. Para um serviço melhor, geralmente são necessárias duas gradagens niveladoras no mesmo terreno. A fim de diminuir a pulverização da camada superficial do solo, recomenda-se efetuar a gradagem com o solo ligeiramente úmido. (FONTE:Cultura do café – Adaptado da Emater/MG) 2ª PARTE: CORREÇÃO DO SOLO NESTE ITEM SERÁ ABORDADO · Importância de fazer a correção do solo · Nutrientes e adubos recomendados na correção do solo. · Fosfatagem e Calagem 1. CORREÇÃO DO SOLO Por ocasião do preparo do solo, é a oportunidade de fazer a correção de nutrientes no solo. A correção do solo, consiste na incorporação no solo, de cálcio, fósforo, magnésio, enxofre e outros, em vista da deficiência destes nutrientes, ser determinada na análise de solo. O levantamento da terra para a análise do solo deve ser feita com antecedência de 90 a 120 dias, para possibilitar a incorporação do fósforo e calcário, por ocasião do preparo do solo. Como estes corretivos são geralmente rochas moídas, é importante a antecedência da incorporação para a liberação dos nutrientes por ocasião do plantio. Nesta época, é o período ideal para fazer a correção do teor de matéria orgânico do solo, ou seja proceder ao plantio e incorporação da adubação verde, enriquecendo o solo com elevados quantidades de massa vegetal. 2. FOSFATAGEM A adubação corretiva de fósforo é geralmente indicada para solos novos ou pouco adubados ou então para solos muito deficientes, em culturas de alto valor econômico e por recomendação agronômica. A quantidade para atingir teores elevados é maior em solos argilosos Geralmente nos solos ricos em matéria orgânico há maior disponibilidade de fósforo, ficando dispensada a incorporação desse elemento, pois a atividade microbiana libera o nutriente que encontra-se fixado e não aparece na análise de solo. Em terrenos com adubações frequentes, os teores de P tendem a acumular-se, devido ao efeito residual, que serão liberados pela atividade microbiana vinda da matéria orgânica. No caso de ser recomendado, o fósforo nas formas de termofosfatos ou fosfatos naturais tem maior eficiência quando incorporados a solos ácidos, principalmente os últimos. Por esta razão, recomenda-se a fosfatagem antes da calagem, utilizando os fosfatos naturais, na forma de pó muito finos, de alta reatividade. Em seguida ou junto com o fósforo, deve-se incorporar grandes quantidades de matéria orgânica (compostos ou adubos verdes), para favorecer a atividade dos microorganismos. Para culturas perenes, deve-se na implantação colocar o fósforo em profundidade no solo, nas covas ou sulcos. Sua aplicação em cobertura não é recomendável, devendo ser incorporado de forma localizada para ser absorvido pelas raízes, principalmente em plantas de ciclo curto. 3. CALAGEM A correção com calcário é feita posteriormente, um mês após a fosfatagem. Normalmente os corretivos de solo são necessários para iniciar o processo de agricultura orgânica em muitos tipos de solo. Posteriormente, quando as condições de equilíbrio com a utilização de matéria orgânica, adubação orgânica, adubação verde e manejo, vão se adequando, praticamente não é necessário o emprego de corretivos minerais. A quantidade e o tipos de corretivos a serem utilizados na correção do solo, são baseados na análise de solo. O seu emprego envolvem regras bastante criteriosas, a saber: a) Análise do solo No calculo da quantidade a aplicar devem ser considerados as seguintes informações que constam da análise do solo: PH em água, em torno de 6,0 e de preferência de 6,0 a 6,8 Teor de cálcio de 6 a 10 me/dl e saturação da CTC com cálcio 65%. Teor de magnésio 1,2 e 1,8 me/dl e saturação CTC magnésio até 10%. Relações Ca/Mg= 3:1 a 4:1 ; Ca/K= 9:1 a 12:1 ; Mg/K= 3:1 a 4:1. Saturação em bases : faixa ótima em torno de 60 a 70%. b) Considerações sobre o calcário A faixa de pH em torno de 6,0 permite a máxima disponibilidade de nutrientes pelas raízes, melhores condições para o desenvolvimento e atividades dos microorganismos e aumento da resistência das plantas contra pragas e doenças. Pelas seguintes razões são aplicadas doses baixas de calcário na agricultura orgânica ( 2,0 ton/ha/ano): As doses elevadas dos ions Ca e Mg, abaixam o potencial osmótico da solução do solo em relação ao da raiz, afetando a absorção de água e nutrientes pelas raízes. A elevada concentração dos ions na solução do solo pode afetar o desenvolvimento da flora e fauna benéficas, presentes no solo. Da mesma forma, afeta a absorção de nutrientes, como o potássio. O pH alto diminui a disponibilidade de zinco, ferro, boro e manganês. Caso o solo tenha baixa CTC de argila e matéria orgânica, haverá perdas por livixiação dos ions Ca e Mg, por não existir número suficientes de cargas negativas para serem absorvidos. c) Época de aplicação A época mais favorável para retirar as amostras de solo é janeiro a princípios de março, permitindo aplicar o calcário e o fósforo 60 dias antes do plantio ou por ocasião do plantio de adubos verdes. No caso de fruticultura, a incorporação de calcário, deve ser feita no período de baixa atividade fisiológica da planta (repouso), pois danos nas raizes afetam a proteossíntese, tornando a planta susceptível às doenças e pragas. Em pomares com cobertura morta com palhada, a aplicação de calcário sobre a matéria orgânica, melhora a absorção, sendo opção para evitar a incorporação com corte de raízes. O calcário deve ser incorporado 50% por ocasião da aração e 50% antes da gradeação. Para saber a necessidade de correção do solo, o produtor de hortaliças deve fazer análise do solo todo ano, enquanto o fruticultor deve fazê-la no mínimo cada 2 anos. A análise foliar deve ser realizada todo ano. O custo destas análises é baixa, compensando sua realização, pela economia e melhor aproveitamento dos fertilizantes. d.Tipos de calcário agrícola São recomendados na agricultura orgânica os calcários magnesianos, calcíticos e dolomiticos.. Podem ser empregadas outras fontes secundárias de cálcio, como farinha de ossos, termofosfatos, algas calcificadas, etc. O calcário na forma magnesiana (58% de CaO e 9% de MgO) ou calcítica (>58% de CaO e 0,5% MgO) são indicados para solos com teores elevados de magnésio, isto é, quando a análise do solo indicar que os teores de cálcio e magnésio estão próximos um do outro, abaixo da relação 3:1. Aplicando o magnesiano, há liberação do cálcio para a correção da acidez e também para o fornecimento nutricional da planta. Na forma dolomitica (30 % de CaO e 16% MgO; 90,1% PRNT), é um calcário comumente empregado pelos agricultores como rocha moida. Por ser um produto simples, somente moido o seu preço é inferior ao calcinado, porém de aproveitamento mais lento. O produtor deve procurar um produto com elevada qualidade e confiabilidade e com as seguintes características: PRNT alto (90,1%), moagem fina, baixa umidade e rápida reatividade no solo.