Anvisa quer mais controle sobre inibidores de apetite

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Anvisa quer mais controle sobre inibidores
de apetite
Consulta pública permitirá que sociedade opine sobre venda destes
produtos, capazes de causar a morte se utilizados indiscriminadamente
Algumas pessoas são capazes de sacrificar a saúde e a própria vida
para ter um corpo magro ou esbelto. Muitas apelam para o consumo
indiscriminado dos anorexígenos, produtos mais conhecidos como inibidores
de apetite. Para evitar o uso inadequado destes medicamentos, a Agência
Nacional
de
Vigilância
Sanitária
(Anvisa)
colocou
em
seu
site
(www.anvisa.gov.br) uma consulta pública com a proposta de mudar os
critérios e regular as receitas médicas que contenham os anorexígenos.
Quem quiser poderá enviar sugestões para a proposta até o dia 12 de
fevereiro de 2007. Após esta data, o material recebido será avaliado e um texto
final, formulado.
Pelas novas regras, esses medicamentos só poderão ser prescritos pelo
médico com a receita de tipo "A", de cor amarela, produzida pelas unidades da
vigilância sanitária e distribuída aos profissionais de saúde. Assim, haverá
maior controle na distribuição das receitas. “O ideal é que esse tipo de produto
seja indicado apenas nos casos em que o paciente não responda a outro tipo
de tratamento, não restando alternativa ao profissional médico”, afirma o
gerente geral de Inspeção da Anvisa, Roberto Barbirato. Segundo a Anvisa,
muitos consultórios oferecem esses medicamentos a pessoas que não
necessitam.
Outro equívoco apontado pela Anvisa é indicar o uso contínuo dessas
substâncias. Segundo Roberto Barbirato, os inibidores de apetite não devem
ser utilizados por períodos muito longos porque causam dependência física e
psíquica.
Atualmente, para a compra de anorexígenos, é necessária a
apresentação de uma receita tipo "B". Este documento, numerado e de cor
azul, contém dados de quem prescreveu. A receita possui validade de 30 dias
a contar a data da emissão e pode ser utilizada apenas dentro do estado que
concedeu ao profissional de saúde uma numeração-código para ministrar o
medicamento. O próprio médico se responsabiliza pela impressão gráfica das
receitas, tendo apenas que comunicar à vigilância sanitária a quantidade
produzida em determinado período.
Anfetaminas – Segundo um estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas (Cebrid), 92% dos consumidores de inibidores de apetite
são mulheres. Esses medicamentos reúnem anfetaminas e seus derivados. “A
pessoa que utiliza os anorexígenos tem uma perda de apetite e, portanto, a
perda de peso é imediata, porém isso não pode ser usado de forma
banalizada”, explica Roberto Barbirato.
Com o consumo excessivo de anorexígenos o paciente costuma a
apresentar sintomas como boca seca, dor de cabeça, perda do sono, euforia,
crises de ansiedade, pânico, arritmia cardíaca, aumento da pressão arterial,
agitação e tremores. Alguns desses efeitos são capazes de levar o paciente à
morte.
Pela proposta da Anvisa, também ficará proibida a prescrição de
medicamentos que contenham substâncias diuréticas, hormônios ou outras
substâncias que podem ser associadas ao tratamento com inibidores de
apetite.
Serviço
O prazo para enviar sugestões à proposta em consulta vai até 12 de fevereiro
de 2007. Após esta data, o material recebido será avaliado e um texto final,
formulado. Quem quiser opinar sobre as novas regras deve enviar suas
sugestões para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
SEPN 515 Bloco B Edifício Ômega, Asa Norte CEP 70.770.502 – Brasília (DF).
As sugestões também podem ser encaminhadas para o fax (61) 3448-1489 ou
para o e-mail [email protected].
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