Local Conference Call Natura Resultados do Quarto Trimestre de

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Local Conference Call
Natura
Resultados do Quarto Trimestre de 2014
13 de Fevereiro de 2015
Operadora: Bom dia e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à
teleconferência da Natura, para discussão dos resultados referentes ao Quarto
trimestre de 2014. Estão presentes hoje conosco os senhores: Roberto Lima –
Diretor-Presidente, Roberto Pedote - Vice-Presidente de Finanças e Fabio
Cefaly – Gerente de Relações com Investidores.
Informamos que esse evento está sendo gravado e que todos os participantes
estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da
Companhia e em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas,
quando maiores instruções serão fornecidas.
Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência,
queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando *0.
Esse evento também está sendo transmitido, simultaneamente, pela Internet,
via webcast, podendo ser acessado no endereço www.Natura.net/investidor,
onde se encontra a respectiva apresentação e estará disponível o replay do
evento após seu encerramento.
Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que
possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de
negócios da Natura, projeções e metas operacionais e financeiras, constituemse em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como em
informações atualmente disponíveis.
Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem
riscos e incertezas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de
circunstâncias que podem ou não ocorrer.
Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições
da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro
da Natura e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles
expressos em tais considerações futuras.
Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Roberto Lima – DiretorPresidente da Natura, que iniciará sua apresentação. Por favor, Sr. Roberto
pode prosseguir.
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Sr. Roberto Lima: Muito obrigada. Bom dia a todos, eu queria dar as boas
vindas a este nosso call de resultados do quarto trimestre de 2014.
Nesta semana eu estou completando 5 meses da minha chegada a Natura e
gostaria de reforçar a confiança e capacidade que eu tenho na capacidade e
potencial desta empresa, tem fundamentos bastante fortes (conhecido de
todos), tem uma proposta de valor diferenciada e totalmente contemporânea e
atualizada, e conta com uma rede de relações extremamente poderosa (foi a
razão de seu sucesso até hoje), tem uma capacidade instalada de manufatura
e de logística que nos habilita a elevarmos o patamar de crescimento em
relação ao que temos observado nos últimos meses.
Falando dos resultados recentes, no quarto trimestre o desempenho da
operação do Brasil ficou abaixo das nossas expectativas e muito aquém da
capacidade da Natura. Nas nossas operações internacionais nós mantivemos
um patamar elevado de crescimento e um desempenho bastante vigoroso.
Mais adiante o Pedote entrará nos detalhes de receita líquida, Capex e outras
informações.
Neste cenário a nossa prioridade número um é a retomada do crescimento no
Brasil. Para isto, nós procuraremos estar muito mais próximo e apoiando a
atuação das nossas consultoras dando a elas não só os produtos de qualidade
a serem oferecidos e vendidos para os clientes finais (como temos feito
sempre), mas também novos habilitadores que possam aumentar sua
eficiência e os seus resultados.
Como habilitadores nós estamos falando de uma estratégia de comunicação
mais direta aos clientes finais usando as mídias tradicionais, mas intensificando
o uso da comunicação digital procurando criar nos clientes finais o maior
desejo de acessar as nossas consultoras e usufruir do benefício dos nossos
produtos.
Falamos também uma nova política de crédito individualizada usando as mais
modernas técnicas de escoragem baseada em informações de modelos
matemáticos para que cada uma das nossas consultoras possa ter um crédito
alocado compatível com a sua capacidade e com a sua rede de relações
própria.
Nós queremos dar às consultoras mais sistemas e aplicações em smartphones,
ou seja, mobilidade não só para acesso a informações, mas para que também
elas possam realizar operações e fechar os seus pedidos.
Nós queremos criar alternativas para pagamento e recebimento de clientes a
partir do uso de cartões de crédito e cartões de débito.
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Finalmente, queremos apoiar diretamente o grupo de consultoras que oferece
um serviço de pronta entrega, como foi observado no mercado; que nós
queremos dar a essas consultoras mais condições de alavancarem suas
vendas através da pronta entrega.
Em paralelo a tudo isso, que são ações que procuram reforçar a eficiência do
nosso canal tradicional, nós depois de termos feito o rollout nacional do Rede
Natura em dezembro do ano passado e que tem apresentado resultados
positivos, nós estamos encerrando esta fase de ajustes e vamos acelerar a
adoção da Rede Natura para consultoras e para os consumidores finais.
Outra das nossas prioridades é que a Natura seja uma empresa mais ágil, mais
simples, mais eficiente e, portanto, nós intensificaremos o foco nos custos, na
gestão orçamentária, na melhoria do capital de giro e nos investimentos.
Pedote comentará em mais detalhes, mas já para o ano de 2015 nós estamos
prevendo uma redução de Capex de 24% em relação ao ano passado.
Como exemplo, recentemente nós montamos um novo time dedicado às
compras dos materiais não produtivos dos serviços e de Capex com foco numa
eficiência maior na utilização dos nossos recursos.
Nós precisamos nos preparar cada vez mais para um cenário competitivo
vigoroso e um ambiente macroeconômico que será bastante desafiador neste
ano.
Fora do Brasil, na América Latina o nosso plano é mantermos o bom momento
no com patamares elevados de crescimento de receita e expansão das
margens e aumento da preferência da marca Natura nos países onde nós
atuamos.
Quanto a Aesop, os resultados têm sido consistentemente muito bons. Nós
manteremos o foco no crescimento orgânico através da abertura de novas lojas
(inclusive em outros países) e também em paralelo desenvolvendo a rede de
online, que também funciona muito bem no caso da Aesop.
Neste momento passo a palavra ao Pedote e ele vai nos falar dos destaques
dos resultados que nós apresentamos ontem. Pedote, por favor.
Sr. Roberto Pedote: Obrigado Roberto, bom dia a todos. Bom, nossa receita
líquida consolidada cresceu 5,7% no ano e 0,8% no quarto trimestre. No Brasil,
o nosso principal mercado, a receita cresceu 1,9 no ano e retraiu 3,5% no
quarto trimestre de 2014.
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Os recentes lançamentos de perfumaria apresentaram resultados favoráveis,
porém, não foram suficientes para alavancar a produtividade de nossas
consultoras.
Nas operações internacionais seguimos com ritmo acelerado de crescimento
fechando o ano com 26% de crescimento em Reais. Na LATAM o crescimento
do ano foi de 28% em moeda local e Aesop segue em franca expansão
encerrando o ano com 98 lojas em 14 países e com resultados melhores que o
plano.
Em 2014 o conjunto das operações internacionais representou
aproximadamente 20% de nossa receita total. Quanto à lucratividade,
encerramos o ano como uma retração de 3,5% no Ebitda consolidado e de 2
pontos percentuais na margem; de 23 em 2013 para 21 em 2014.
No quarto trimestre tivemos uma retração de 8,8% no Ebitda. Havíamos falado
no call anterior que esperávamos uma rentabilidade no segundo semestre de
2014 parecida com a do segundo semestre do ano anterior, com a recuperação
da margem bruta e ganhos de produtividade em vários processos da empresa.
Atingimos uma margem Ebitda de 22,7% neste segundo semestre; um ponto
abaixo do segundo semestre de 2013.
Por um lado, recuperamos a margem bruta e tivemos decréscimos nominais
relevantes nas despesas de logística, administrativa, venda, projetos e
tecnologia da informação, por outro lado, mantivemos os investimentos em
marketing e inovação, conforme o planejado, além de continuar com uma
inadimplência que continuou alta nos mesmos patamares do segundo
trimestre; uma inadimplência pior que 2013.
O recuo no semestre de 0,7% das vendas no Brasil (impactado pelo
desempenho do quarto trimestre) fez com que o balanço entre ganho de
produtividade e investimentos planejados em marketing levassem a esta
retração de 1 ponto da margem Ebitda.
Com um cenário competitivo e macroeconômico desafiador, a agenda de
ganho de produtividade na empresa será reforçada com a captura dos
benefícios dos investimentos já realizados e novas iniciativas em andamento.
Já no conjunto de nossas operações internacionais (incluindo LATAM e Aesop)
tivemos a expansão de imagem e o Ebitda totalizou 54 milhões no quarto
trimestre e 115 milhões no ano; 2,2 vezes maior do que no ano anterior e
passando a representar 7% do Ebitda da Natura.
O lucro líquido consolidado (excluindo o impacto não caixa temporária da
marcação a mercado) teve uma queda de 8,7% frente ao quarto trimestre de
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2013 e 12% no ano frente ao ano anterior. Por um menor o Ebitda, maior nível
de endividamento.
Ao incorremos o impacto de marcação a mercado, a queda do lucro foi de 23
no trimestre e 13 no ano.
É importante relembrar que como levamos nossas dívidas a ter um impacto de
marcação a mercado temporário e sem efeito caixa, além de não ser base de
cálculo para o lucro distribuído via dividendos nem para imposto de renda.
Com relação ao Capex, finalizamos o ano com investimento de 505 milhões;
em linha com nosso plano com foco na conclusão da malha logística no Brasil,
na ampliação da capacidade produtiva em Cajamar e no Pará (onde
construímos o Ecoparque) e no início da expansão do Rede Natura.
Desta forma, concluímos em 2014 um ciclo de investimentos que nos últimos 4
anos destinou cerca de 2 bilhões, uma mudança de patamar de nossa
infraestrutura e logística, produtiva e tecnológica, cujos benefícios ainda não
foram plenamente capturados.
Para 2015 o Capex será reduzido para 385 milhões; uma queda de 24% frente
ao valor investido em 2014, agora com foco na tecnologia, que nos permite
evolução do modelo comercial e na capacitação das operações internacionais,
tanto em logística com em TI.
Sobre a geração de caixa, tanto no trimestre quanto no ano de 2014, esta foi
inferior aos períodos anteriores devido à retração no lucro líquido e ao aumento
do investimento no capital de giro, principalmente por uma maior cobertura de
estoques no Brasil, mas também nas operações internacionais.
Pontualmente em dezembro tivemos uma redução no Contas a Pagar em
virtude de um ajuste na produção para readequação da cadeia frente às
vendas menores do quarto trimestre.
Para 2015 a melhora do capital de giro é uma de nossas prioridades e temos
ações concretas em andamento na gestão de estoques, tanto no Brasil quanto
nas operações internacionais, além de oportunidades e ações em fornecedores
e impostos a recuperar.
Nosso orçamento de capital de giro para o ano de 2015 prevê uma redução no
capital de giro.
Em 14 de agosto de 2014 foram pagos os dividendos intermediários no
montante de 232 milhões e juros sobre capital próprio no valor de 23 milhões.
Em 11 de fevereiro o Conselho de Administração aprovou proposta a ser
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submetida à Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 14 de abril de
2015, para pagamento em 17 de abril de 2015 do saldo de dividendos
referentes aos resultados auferidos no exercício de 2014 e de juros sobre
capital próprio do período no montante de 429 milhões e 20,3 milhões
respectivamente.
Estes eram os pontos que eu gostaria de abordar e agora podemos abrir para a
sessão de perguntas e respostas.
Sessão de Perguntas e Respostas
Operadora: Senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e
respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digite asterisco 1 (*1). Para
retirar a pergunta da lista, digite asterisco 2 (*2).
Nossa primeira pergunta vem Sr. Guilherme Assis, Brasil Plural.
Sr. Guilherme: Oi, bom dia Pedote e Roberto, obrigado por pegar a minha
pergunta. Eu tenho na verdade 2 perguntas. Olhando pouco para o resultado
que a gente viu uma queda de volumes aí e dado o cenário desafiador de
2015, eu queria entender como vai ser a estratégia da companhia para este
ano em relação à precificação?
O ano passado eu sei que vocês se compuseram um pouco de preço com 2
aumentos o longo do ano chegando a 9%, e agora me parece que tem um
novo aumento planejado de preço. Eu queria saber quanto que é este aumento
médio e se este aumento já neutraliza o potencial impacto do aumento de IPI
para vocês? Esta é a primeira pergunta.
A segunda pergunta é um pouco mais em relação à estratégia da companhia.
No press release vocês mencionaram que estão estudando algumas
alternativas de arquitetura de marca para poder recuperar o market share,
talvez não necessariamente só através da marca Natura.
Queria entender como está este processo interno aí e se vocês podem dar
algum, sei lá, alguma cor em relação ao que seria esta arquitetura de marca; se
envolveria diversificação de canal, se não envolveria diversificação de canal,
como seria o posicionamento, seria mais high end ou talvez low end, como que
seria, se já tem alguma coisa que vocês podem passar para gente? São essas
perguntas. Obrigado.
Sr. Pedote: Oi Guilherme, obrigado pela pergunta. Com relação a preço, nós
estamos agora neste ciclo incrementando... neste ciclo não, desculpa, final de
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fevereiro e durante março a gente está implementando um aumento de 3,7%
na média.
Agora, sobre o IPI, este assunto é recente, ele impacta de forma relevante
algumas categorias de todas as empresas do setor e a gente neste momento
está avaliando, está avaliando dado o cenário competitivo nestas categorias
específicas, né, porque ele foi específico por categoria.
Nós estamos avaliando junto com um olhar de Dólar e especialmente junto com
um olhar do cenário competitivo se vamos ou não fazer algo no segundo
semestre. Então, neste momento a gente não tem uma definição ainda porque
a gente está fazendo os estudos e está empreendendo desta maneira.
Ao mesmo tempo o setor continua muito ativo com o governo porque, na nossa
opinião, é uma medida que não favorece o consumidor e vai criar um
desbalanço entre estas categorias também, então, o setor continua atuando e
explicando dos riscos inflacionários, do desbalanço que isso vai acontecer até
entre categorias e até um possível desbalanço entre produção local e
importação, que esta medida pode trazer.
Então, por um lado estamos estudando e por outro lado o setor continua com u
um diálogo com o governo para discutir esta medida que entra em vigor em
maio.
Eu vou passar para o Roberto para ele falar um pouquinho da estratégia que
você perguntou.
Sr. Roberto: Só complementando a questão de preço, o Pedote foi bem claro
dizendo que o aumento que está sendo feito é na média, né, e a gente vai
procurar fazer isto com todo o cuidado e com toda a técnica, não exagerando
nos preços onde a gente tem um cenário competitivo mais difícil,
principalmente nas categorias que podem nos diferenciar.
A gente quer aumentar a nossa eficiência, poder trabalhar com menos
promoções e com preços mais claros e mais alinhados com aquilo que o
mercado pode pagar.
Para isto nós temos uma estratégia de redução de custos também para que a
gente não tenha que tirar eventuais ajustes na margem, e isto tem sido muito
bem feito pela companhia nos últimos anos, a gente vê a performance de
administração de G&A e essas coisas e isso para continuar sendo uma
constante.
Com relação à estratégia de marca, primeiro, tem que falar um pouco da
comunicação. Nós pretendemos ter uma comunicação mais direta (eu acho
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que disse isto também nas palavras de abertura), nós queremos falar mais
diretamente com o consumidor para criar um efeito de poll, ou seja, que o
consumidor tenha mais desejo de se acessar o nosso canal e que ele faça isso
com mais facilidade, a gente quer dar as alternativas que ele pode ter para falar
com as nossas consultoras e também com a Rede Natura, estimular esta
proximidade, mas também fala muito de produtos, né, criar este desejo e com
isto facilitar o trabalho das nossas consultoras.
Com relação a novas categorias, isto é uma constante, o processo de pesquisa
e desenvolvimento na empresa existe, nós estamos procurando renovar o
nosso portfólio de produtos sempre com freqüência, o plano de lançamento de
novos produtos para este ano é bastante robusto e vão acontecer no decorrer
de cada trimestre.
Agora, novas categorias fora de CFT é uma coisa que nós não estamos
prevendo para 2015, embora nós tenhamos projetos em estudo, mas que não
deverão acontecer em 2015.
Com relação a novos canais de vendas, nós estamos procurando apoiar canais
de venda para pronta entrega que já existem – que são montados por
consultoras em instalações como salão de beleza e outras – e que tem tido um
desempenho bastante bom, é uma das formas de se fazer consultoria e de se
ter os produtos disponíveis para o cliente naquele momento.
Nós encontramos algumas dezenas de milhares destes pontos de vendas no
Brasil; o que nós estamos fazendo é procurando dar um apoio às consultoras
que tiverem esta iniciativa e que se tornam pontos de experimentação.
Com relação a canais, para nós este ano de 2015 vai ser marcado por um
encerramento de uma fase de testes reajustes do Rede Natura e a gente ir
para uma implementação mais abrangente e mais acelerada.
Não sei se com isto é o respondia sua pergunta.
Sr. Guilherme: Tá Roberto. Só uma pergunta se eu puder fazer um follow-up.
Pelo que eu tinha entendido do release, assim, não só novas categorias de
produto, como você mencionou, eu achei que vocês estavam também, assim,
pensando e desenvolvendo já alguma alternativa de marca também fora da
marca Natura.
Tem algum movimento neste sentido ou não?
Sr. Roberto: Com relação à marca em paralelo a Natura o que nós temos hoje
é Aesop, que é uma marca que atende um nicho, um segmento de mercado
extremamente interessante, com uma atuação forte Europa, a Ásia e América
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do norte, cresceu este ano dentro dos planos, atingimos praticamente 100
lojas, então, Aesop continua sendo uma marca do grupo Natura que atende.
Aprendemos muito com isto, aprendemos a administrar uma
adquirida, embora não que seja uma empresa de
completamente diferente, e se outras oportunidades surgirem
extremamente atentos, mas neste momento, para 2015, nós
lançamento de uma nova marca da Natura.
empresa que foi
uma dimensão
nós vamos estar
não prevemos o
Sr. Guilherme: Está bom, tá ótimo. Obrigado Roberto.
Operadora: Próxima pergunta Irma Sgarz, Goldman Sachs.
Sra. Irma: Bom dia. Eu tenho 2 perguntas na verdade em relação às opções de
pagar com cartão de crédito e débito.
Vocês fizeram alguns comentários nos comentários iniciais e eu gostaria de ter
um pouco mais de detalhes sobre isto, se tem novas iniciativas planejadas que
trazem talvez uma maior flexibilidade, como que isto seria implementado?
E também as tendências que vocês vem vendo na inadimplência, se vocês
estão tomando medidas para conter estas despesas associadas com isto.
E a segunda pergunta é que vocês tiveram obviamente uma queda forte no
volume no Brasil agora no quarto trimestre. Eu entendo que uma parte disto é
relacionado com os efeitos do mix da introdução do Sou no ano passado, mas
imagino também que vocês conseguem ver o portfólio separado, excluindo
estes impactos de mix.
Eu gostaria de entender como é que foi o comportamento dos volumes
excluindo estes efeitos de mix da Sou. Obrigada.
Sr. Roberto: A parte inicial da primeira pergunta, que é sobre meios de
pagamento, o que nós estamos em desenvolvimento neste momento são
processos de captura de transações de cartão de crédito e débito pelas
construtoras para poder aceitar pagamentos de seus clientes finais não só em
dinheiro, mas também com cartão de crédito e débito.
Da mesma forma, com os pagamentos que elas poderão fazer à Natura nós
estamos estudando maneiras eletrônicas para serem feitos e como alternativa
aos boletos.
Depois a sua pergunta é sobre o impacto dessas medidas para a redução de
inadimplência. Além de estes sistemas poderem reduzir inadimplência, nós
estamos também com um estudo profundo de uma nova política de crédito,
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mais individualizada, ou seja, que não seja ancorada simplesmente na
anterioridade ou no tempo em que a consultora está trabalhando com a Natura,
mas também na sua capacidade de pagamento e aí é ir para uma escoragem
individual de cada consultora, o que a gente acredita que tenha um efeito não
só na de implemento, mas que a gente espera que teve um feito principalmente
positivo no aumento das suas vendas.
Este processo já está em andamento há alguns meses, a gente espera poder
ver os resultados no primeiro semestre. São 2 efeitos que a gente quer criar:
Uma melhoria da performance de vendas (coerentemente com o que eu disse
nos comentários iniciais que o nosso foco é a recuperação de crescimento no
Brasil, e esta pode ser uma das alavancas) e ao mesmo tempo isto deverá ter
um efeito na redução da inadimplência.
Na parte de volumes, como você se referiu a comparação com anos passados,
eu pediria ao Pedote para me ajudar a resposta.
Sr. Pedote: Os volumes, Irma, foram afetados um pouco por isto que você
comentou porque a gente teve um período forte de que ativação de Sou no ano
passado com a extensão das categorias, mas a gente também teve um mix,
conforme a gente comentou, mais favorável para perfumes este ano, tanto que
desempenho teve uma boa recuperação no desempenho, isto são itens... na
relação, né, de receita por item a gente acaba tendo um mix mais rico no
segundo semestre.
Mas excluindo este efeito do Sou, a gente teve, sim, no total, uma retração de
volumes no ano, fato que a gente está agora olhando e trabalhando para frente
com essa prioridade que o Roberto já disse de a gente recuperar e retomar o
crescimento no Brasil.
Operadora: Próxima pergunta Alan Cardoso, Banco Safra.
Sr. Alan: Bom dia a todos. Na verdade, eu tenho algumas perguntas. A
primeira, será que a gente consegue ter um pouco mais de visibilidade dentro
da performance de vendas no Brasil quais foram as linhas de produtos que
vieram melhor neste quarto trimestre, quais linhas de produtos que realmente o
nível de venda acabou decepcionando mais?
E já emendando na segunda pergunta, esta queda na produtividade por
consultora tem alguma sinalização que pode impactar o crescimento da base
de consultoras de vocês no Brasil?
Sr. Pedote: Oi Alan. Eu já comentei um pouquinho que a gente focou alguns
relançamentos em perfumaria neste ano que foram bastante bem sucedidos, e
quando gente olha os dados de market share acumulados até outubro, né, que
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a gente publica, você vê uma queda maior de market share nos produtos para
usos pessoais.
Então, a nossa performance (que a gente não abre por categoria) ela esteve
melhor no lado da cosmética e sofreu um pouco mais no lado de personal care.
Qual é o segundo ponto? Ah, se isso pode impactar.
O Roberto, eu acho que na abertura dele, ele disse que temos muitas ações
olhando para frente para buscar recupera e aumentar a lealdade e a fidelidade
que a gente tem das nossas consultoras.
Então, este é um foco bastante grande desde o que o Roberto já comentou de
comunicação, destas novas ferramentas, meios de pagamento, de ações cada
vez mais segmentadas que estão buscando alavancar toda esta preferência
que a gente quer que a consultora tenha com a Natura e que ela faça cada vez
melhores negócios com a Natura.
Então, não é especificamente o trimestre e a produtividade, mas é um conjunto
de atividades que, reconhecendo cada vez mais que a nossa consultora é
compartilhada com outros concorrentes, a gente tem que, de fato, oferecer
melhores condições para ela fazer o melhor negócio, os melhores negócios.
Eu não sei se você quer complementar alguma coisa.
Sr. Roberto: Não, é só reafirmar o que você já disse: Nós reconhecemos
claramente que existe uma competição interna no próprio canal e que nós
temos os elementos para sermos a empresa que terá o maior share nas
próprias construtoras.
Então, é só uma questão de foco, de gente entender que isto deve ser objeto
das nossas ações principais desde já – é nisto que nós estamos trabalhando –
e usando para isto todos os instrumentos que nós tivermos, não só de
proximidade maior, ajustando a estrutura, estando mais próximos a
consultoras, mas também levando à ela aquilo que a gente puder levar de
novas tecnologias e ter uma comunicação mais eficiente para criar uma
demanda maior facilitando, assim, o seu trabalho de venda.
Sr. Alan: Está ótimo. Mais 2 outras perguntas. Eu sei que vocês não têm ainda
dado de market share de quarto trimestre, mas talvez para pegar um feeling do
que vocês acreditam.
Tanto vocês quanto a gente viu também a Avon reportando crescimento zero aí
dentro das categorias que eles completem com vocês no Brasil no quarto
trimestre, você está imaginando que o setor como um todo ele está
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desacelerando, a venda direta que está desacelerando ele desacelerou mais
no quarto tri ou é uma questão realmente de vocês e talvez a Avon perdendo
market share para outros players em venda direta?
Então, comparando um canal com outro e comparando o quê que está
acontecendo no canal de venda direta, o quê que você acredita o canal como
um todo para o quarto trimestre com a visibilidade que vocês têm.
E a segunda pergunta: Qual o nível de alavancagem máxima de dívida líquida
sobre Ebitda que a companhia ela sente confortável de manter? Até para gente
entender o quê que é perspectiva para payout para frente.
Sr. Roberto: Ok. Com relação à questão do canal, nós acreditamos
firmemente na venda direta, que podemos chamar venda por relações, e a
gente acredita que este é o futuro e a gente tem visto isto acontecer no mundo
digital.
A verdade é que, por fenômenos, eu diria, econômicos e sociais em algumas
cidades, principalmente nas grandes metrópoles, você tem o aumento da área
de vendas dos grandes shopping malls e coisas desse tipo, que cria uma
concorrência com a venda direta, você tem uma mudança de hábito do
consumidor, você tem questões como tráfego, com a segurança e tudo isto
provoca algum impacto no canal de venda direta, mas que são problemas que
podem ser resolvidos através de uma atuação mais forte em canais virtuais.
Então, nós temos uma aposta nisto e acreditamos que uma empresa como a
Natura, que teve todo o seu sucesso apoiado nesta venda por relações, ela
está muito mais próxima de fazer aquilo que o mercado do varejo está fazendo
e que para aumentar se dirigir, que é cada vez mais a venda através dos
instrumentos digitais, o chamado e-commerce, os market place e tudo isso.
Nós temos uma base muito grande, é uma versão de fazer isto, mas sem
esquecer que nós temos um canal que é extremamente potente, que vai
continuar sendo potente, então nós não podemos fazer um processo que seja
canibalizador ou destrutivo, e acho que encontramos as formas; os testes que
nós fizemos se mostraram bastante positivos e nós acreditamos que agora é
uma questão de fazer a ampliação disto que a gente chamou de Rede Natura e
esperar que a resposta, tanto de consultoras como de consumidores, seja boa.
Então, acreditamos que estamos mais perto de ir para o retail do futuro do que
outros setores ancorados em canais talvez um pouco menos flexíveis.
Sr. Pedote: E falando um pouquinho da dívida líquida, nós temos, você sabe,
uma postura bastante confortável e conservadora, mas a gente terminou o ano
com uma dívida líquida dividida pelo Ebitda de 1,08.
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Existe hoje (não é uma política, mas) um conforto de manter a empresa com
níveis baixos de endividamento, né, gente acredita que é bom continuar em
patamares próximos a este que a gente tá, que em torno de 1 vez o Ebitda
(com um pouquinho mais, um pouquinho menos), mas a gente acredita que
este é um bom patamar olhando inclusive o cenário que vem pela frente.
Eu já comentei também e vocês já viram que para 2015, se você colocar
primeiro obviamente uma melhoria de performance esperada da empresa
associada a uma redução de Capex que a gente já anunciou, e se você olhar
no orçamento de capital que a gente apresentou também, a gente também
prevê uma melhora no capital de giro, a gente acredita que a situação de caixa
de 2015 ela tem todos os elementos para ser substancialmente melhor do que
a de 2014 com uma reversão do que aconteceu no capital de giro de 2014 com
investimentos menores.
Então, todos estes elementos juntos eles permitem a gente manter a empresa
endividada nestes patamares, inclusive provavelmente reduzindo este patamar
de 1,8, mas em torno deste patamar de 1 vez o Ebitda.
Sr. Alan: Está ótimo, muito obrigado.
Sr. Pedote: Obrigado.
Operadora: Próxima pergunta Gustavo Oliveira, UBS.
Sr. Gustavo: Bom dia. A primeira pergunta é realmente na questão do capital
de giro.
Eu me lembro que no último Investor Day vocês comentaram que fica mais
difícil gerenciar o canal quando você coloca o Rede Natura, e a Rede Natura
agora ela está numa forma já por todo o país.
Esta questão do aumento de estoque ela é uma coisa pontual? O que
realmente precisa ser feito para esta redução? Foi um problema só de vendas
que não veio, um planejamento ou a complexidade de gerir este canal de Rede
Natura leva naturalmente a um aumento maior de estoque na operação? Esta é
primeira pergunta.
Sr. Roberto: Não, o Rede Natura ainda tem uma dimensão que não poderia
ser responsável por um aumento do investimento em capital de giro, ainda é
muito pequeno, mas ainda é um dos elementos que a gente considera com
muito foco, com muita atenção para que a gente não tenha uma necessidade
de capital de giro na nossa operação de Rede Natura; o objetivo é que ela seja
o maior gerador de caixa.
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O nível atual de estoques ele se justifica por uma frustração em vendas; a
gente se preparou para ter uma performance melhor comercialmente, que
acabou não vindo e, portanto, com estoques que a gente agora tem que se
preocupar. Mas a gente já vê melhorias.
Mas é um dos focos da nossa ação para este ano de 2015, como a gente
colocou nos nossos comentários.
Sr. Pedote: Se eu puder só acrescentar, ações no Brasil vêm muito por uma...
a gente tem uma aproximação das projeções de vendas com o realizado e
tomando também atitudes um pouco mais conservadoras na cobertura de
estoque.
O segundo elemento que a gente tem a oportunidade é inclusive com o avanço
das operações internacionais. Nós estamos implementando o SAP agora
durante este ano em todas as operações, a gente tem toda uma reformulação
de todo o processo de planejamento nas operações internacionais que
acabaram terminando o ano com estoques também e que viveram o ano inteiro
com estoques bastante elevadas.
Então, tem todo um redesenho de toda a gestão de estoque das operações
internacionais, que já foi feito, está começando a ser implementado e vai ser
alavancado pelo SAP que vai nos permitir também ter uma mudança no
modelo de gestão de estoques na América Latina, que eu acho que vai trazer
benefícios.
Além disto, a gente já está implementando algumas ações com fornecedores
que vão permitir também continuar ampliando este prazo médio de
fornecedores.
Sr. Gustavo: Ok. A segunda pergunta é em relação à novamente a parte de
crédito. Vocês falaram bastante em melhorar a política de crédito, tornar bem
mais granular.
Vocês acreditam que precisam aumentar os termos de crédito também? Pelo
que eu entendi vocês estavam dando um mês e aí vocês passaram para 2
meses de crédito para a consultora, mas alguns competidores do mundo físico
eles estão dando temos muito mais longos.
É algo que vocês estão considerando também no momento para melhorar as
vendas ou ainda não?
Sr. Roberto: Não, a nossa preocupação neste momento em ter uma política de
crédito mais adequada é poder individualiza-la, ou seja, considerar que
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consultoras diferentes, em regiões diferentes, com potência de negócio
diferente têm que ter valores de créditos diferentes.
Aí que começam nosso negócio; primeiro movimento quando a gente recruta
uma nova consultora é dar crédito à ela, é a partir deste crédito que ela vai
fazer a primeira venda e começar a gerar os recursos primeiro para nos pagar
e depois para ter o seu rendimento.
Então, esta política é um dos fundamentos da nossa operação e a gente tem
que evoluir, a gente tem que modernizar, a gente tem que usar aquilo que
existe de mais moderno em termos de uso de informações em modelos
matemáticos como se faz em instituições financeiras, como cartão de crédito
ou banco de consumo.
Isto não significa estender prazos de pagamentos. Nós temos ciclos curtos e
regulares e não acreditamos que a gente precise estender mais do que o
próprio ciclo porque, teoricamente, ela deve efetuar a venda e receber pela
venda feita dentro do próprio círculo e criar aí então as condições de pagar a
Natura.
Neste momento não estamos prevendo aí uma extensão de prazo de
pagamento, mas fazendo talvez uma a adequação do tamanho do crédito para
cada uma das consultoras.
Sr. Gustavo: Tá, está bem claro. A última pergunta é, novamente, aumento de
preço. Como o volume está a menor Brasil, tem espaço para aumentar preço
ou não? Ou só realmente uma questão de mix?
Sr. Roberto: Eu acho que esta é a boa pergunta, né, a questão do pricing é um
instrumento extremamente importante neste momento, eu já me referi a isto
agora pouco, isto vem junto com a nossa preocupação imensa de reduzir
custos para (se tivermos que ajustar preço em uma ou outra categoria onde
nós queremos ser mais competitivo) que a gente não tem que tirar disto da
margem.
Portanto, as estruturas que nós criamos para a compra de não produtivas, o
bom trabalho que vem sendo feito na redução de G&A devem nos dar espaço,
a gente vai continuar esperando sermos até mais eficientes em controle de
redução de custos e o preço vai de depender do mercado.
Muito mais do que a nossa vontade de aumentar preço, nós temos que verificar
se o mercado aceita este aumento de preço. Não adianta a gente praticar
preços para depois ter volumes caindo, como nós temos uma capacidade
instalada, resultados dos investimentos feitos nos últimos anos, que é bastante
importante.
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Então, nós temos que fazer as nossas fábricas girar, temos que usar isto como
um diferencial competitivo da Natura, que é a nossa capacidade de produzir e
entregar com qualidade em todo o Brasil.
Sr. Pedote: Lembrando também, Gustavo, que quando a gente fala de preço, é
toda uma equação de reativação e a gente tem vários elementos no nosso mix;
a gente tem o preço não promocionado, aí a gente tem as promoções que a
gente faz (que são bastante relevantes), a gente tem todo um investimento na
matriz de marketing, que tem relacionamento, tem minha mídia e tem esse
tema.
Então com isso já que o Roberto está trazendo, a gente tem que fazer não só
um olhar de qual é o aumento de preço, mas qual é o mix de investimentos que
a gente quer fazer e que a gente acha mais efetivo e que vai trazer os
melhores retornos olhando o mix inteiro de investimento.
Então, a gente nunca olha isoladamente um só preço ou o que for; tem que
olhar preço e... lembrando também que na estratégia para emocionada a gente
cada vez mais, da mesma maneira que o Roberto tem falado e explicou um
pouco a parte de crédito, a gente está avançando para fazer promoções cada
vez mais segmentadas. Promoções mais segmentadas também são eficientes.
Bom, o percentual da total das promoções quantas são segmentadas ainda é
um percentual baixo, mas crescente. Então, este olhar é um olhar integrado.
Um olhar integrado de todo uma estratégia de ativação que incluem todos
estes elementos que a gente está tendo oportunidade de olhar de maneira
integrada.
Sr. Gustavo: Está bem claro. Tá bom, muito obrigado.
Operadora: Próxima pergunta Nicole Inue, Bank of América.
Sra. Nicole: Bom dia Roberto, bom dia Pedote. Eu só tenho uma pergunta.
Queria que vocês falassem um pouquinho sobre o nível de marketing e
promoções que, se a gente olha o ano passado, ficou bem elevado e não
traduziu no aumento de vendas.
Então, quando você olha o ano passado, o que você acha que está
funcionando, o que você acha que não está funcionando? E quando a gente
olha para 20115 o orçamento de marketing você acha que vai subir ou só vai
ficar realocado para algumas outras iniciativas?
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Sr. Roberto: Bom, eu vou começar pela segunda pergunta com relação ao
orçamento de marketing. Esta é uma empresa de vendas, quer dizer, um
orçamento de marketing sempre vai ser importante.
Nós temos é que sermos mais eficientes, acho que temos aí um bom trabalho a
fazer na compra de mídia, na produção, nas nossas campanhas e também
buscar uma efetividade maior nas campanhas; que elas sejam mais geradoras
de venda.
A construção de marca, que foi feita no decorrer de todas estas décadas, ela é
uma das coisas mais fantásticas que qualquer pessoa que gosta de marketing
pode ter observado e, portanto, nós temos que acreditar nisto. Nós temos que
transformarem isto em valor e diretamente realizando mais receitas com a força
que esta marca tem.
Portanto, o nosso orçamento de marketing continua sendo importante, mas
acho que nós temos que gerir de uma maneira um pouco mais eficiente. Nós
temos hoje a disponibilidade de mídias inicialmente mais baratas, como a mídia
digital que a gente tem que fazer uma utilização mais forte e, portanto,
determinando crescimento ou um rebalanceamento do nosso investimento nas
mídias off-line e online para sermos mais eficientes.
Depois, a outra pergunta era com relação às promoções. É verdade que, pelo
fato de a gente ter praticado alguns aumentos de preços, em determinado
momento se nós estamos desalinhados com o mercado nós temos que praticar
promoções.
A promoção provoca na consultora uma vontade de estocar e muitas vezes o
estoque para um período maior fazendo com que ela possa ter uma dificuldade
de fazer o sell out, então, nós temos que fazer promoções sem dúvida
nenhuma, mas acho que nós temos que fazer também de maneira muito mais
individualizada, muito mais segmentada e em determinados períodos para que
ela não crie um efeito perverso.
Se nós tivermos com preços mais alinhados eventualmente a gente pode ter
um volume de promoções menor, mas o importante é gerar fluxo; é fazer com
que o sistema de venda direta ele se repita a cada ciclo e que evite de a gente
estar estimulando uma formação de estoques no canal que tem impacto sobre
inadimplência e que tem impacto sobre a redução das vendas futuras.
Então, embora nós estejamos num único setor, que é o CFP, os produtos cada
um deles tem a sua dinâmica própria, tem produtos que são mais elásticos em
relação a preços, tem produtos que não, que eles são altamente desejados
pelo consumidor e não são pequenas variações de preços que vão fazer com
que ele abandone a compra.
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Tudo isto é uma ciência, tudo isto tem que ser feito um a um com um trabalho
que eu tenho certeza que a Natura terá competência de fazer.
Sra. Nicole: E só mais uma pergunta. Sobre a inovação e o white space.
Quando a gente olha para este ano onde você acha que realmente tem espaço
para preencher? Onde estão as oportunidades no white space de vocês?
Sr. Pedote: Oi Nicole. Este ano a gente tem inovações não são em todas...
basicamente a gente está com um pipeline muito bem distribuído este ano em
todas as categorias.
Como eu comentei no começo, o ano passado a gente focou e teve inovações
que foram bem-sucedidas especialmente em perfumaria e teve vários
movimentos muito bem feitos, no qual a gente vai dar continuidade e a agente
acha isto bastante importante, mas a gente está mais distribuído este ano.
A gente está com o pipeline bastante interessante e mais distribuído através de
todas as categorias.
Sra. Nicole: Está bom. Pedote, Roberto, obrigada.
Operadora: Próxima pergunta Andréa Teixeira, JP Morgan.
Sra. Andréa: Olá, bom dia, obrigada. Eu queria só um pouco explorar aquilo
que, bom, o Roberto falou a respeito do canal e saber como é que a gente
deveria pensar em inovação e, neste contexto, a segunda pergunta é em
relação às margens.
Então, desta maneira, eu entendo que vocês acreditam muito no canal de
varejo só no high end, né, no caso da Aesop, e vocês estão obviamente
revitalizando o canal através da Internet.
Aí neste contexto de canal de e inovação de produto, o quê que a gente
deveria esperar para 2015? E neste contexto, como vocês vão acelerar esta
penetração também do Rede Natura? E nesta tônica, como é que a gente
deveria pensar, então, em relação à margem?
Eu sei que têm muitas coisas movendo aí do ponto de vista de IPI, do ponto de
vista das bases de comparação com relação à inovação do ano passado, com
a própria relação da Rede Natura, mas, assim, eu só queria entender o quê
que poderia ser o comportamento da margem dado que a margem caiu
bastante agora neste quarto trimestre? Obrigada.
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Sr. Roberto: Bom, a sua pergunta é bastante abrangente. Eu vou tentar não
me perder aqui.
Com relação à canal, em primeiro lugar nós continuamos acreditando muito no
canal de venda por relações, acreditamos que ele pode evoluir com a doação
mais forte de instrumentos digitais, que é o que grande parte das empresas
estão querendo fazer, é ir para o e-commerce e para fase posterior, que é o
social commerce, e tudo isto é um processo que nós estamos aprendendo,
estamos tentando e acreditamos que já temos aqui alguns elementos que nos
permitem fazer esta alavancagem do Rede Natura.
Com relação à percepção de que pontos de venda só para nicho high end,
como Aesop, talvez eu tenha passado esta impressão; isto é o que nós temos
para o momento, mas também me lembro de ter dito de que nós estamos
procurando alavancar estes pontos-de-venda físicos com pronta entrega, que
já existem a partir da iniciativa das consultoras e que a gente encontra em
dezenas de milhares, então, esta é uma atitude extremamente prática, e eu
acho que nós temos que ser práticos neste momento, sermos muito eficientes,
ou seja, com pequenos investimentos nós procurarmos transformar estes
pontos em locais com uma eficiência muito maior.
Em segundo lugar, obviamente que nós estamos estudando projetos de ter
pontos-de-venda físicos. Talvez não com o objetivo de ter uma grande cadeia
que nos transformaria numa empresa do retail tradicional, mas, sim, nós
reconhecemos que é necessário que nós tenhamos mais pontos de
experimentação.
Os produtos da Natura são de altíssima qualidade e quando as pessoas entram
em contato com os produtos elas têm vontade de comprar. Nós precisamos,
portanto, criar mais destas oportunidades.
Depois a sua pergunta se estendeu a questão...?
Sra. Andréa: Da inovação, quer dizer, um pouco do canal da inovação.
Sr. Roberto: ... da inovação. Então, falei um pouco destes pontos-de-venda
que já existem, falei dos estudos que nós estamos fazendo de como podemos
ter lojas que você tenha verdadeiros pontos de experimentação e, com relação
à Rede Natura, quer me parecer que é uma evolução natural para quem está
num canal que é de venda por relações.
Nós lançamos o teste final em dezembro do ano passado com uma operação a
nível Brasil, nós aperfeiçoamos não somente a nossa plataforma para que ela
seja mais amigável aos consumidores finais, mas também levando em
consideração a existência da consultora, nós temos que adicionar alguns
19
elementos de marketing para fazer com que exista um estímulo maior a
comprar os produtos Natura online e, em paralelo, nós temos que desenvolver
todo o sistema de fulfilment que, o que foi feito hoje já não só (falando de Rede
Natura, mas no mundo das consultoras) 98% dos nossos pedidos são
recebidos através da Internet e nós já temos praticamente 40% das nossas
entregas feitas em menos de 48h, portanto, esta é uma parte fundamental do
negócio; não basta simplesmente vender online, mas ter a capacidade de
entregar com um índice de erro que seja próximo mais próximo possível de
zero.
Então, nós acreditamos que adquirimos estas competências e agora temos que
confiar que já podemos ter uma operação com uma escala maior.
Sra. Andréa: E, Roberto, assim, só interrompendo neste meio aqui, como esta
velocidade os investidores tentam ver como poderia ser acelerado este
processo, né, porque eu entendo que (e até os próprios dados que o Roberto
passou na ata da reunião de administração) tem uma certa economia aí de
working capital, né, de capital de giro.
Eu queria conciliar isto porque, se a empresa já fez os devidos testes, no
passado toda a estrutura de logística já foi preparada para até 90%, pelo que
eu entendi que, com entrega de 48h, eu sei que uma coisa é o que a malha
pode entregar, outra coisa é o que, de fato, acontece em função de demanda.
Mas, assim, porque que este processo não poderia ser mais adiantado?
Ou é uma interface que, como você comentou e bem comentou, a interface
está melhorando? É um problema de interface, é um problema de talvez
investimento maior, ou vocês não querem forçar uma conversão alta em função
de não atrapalhar a relação com a consultora física?
Qual que seriam os hurdles, né, quais seriam os principais impedimentos para
a gente ver a Natura online ser mais rápida em termos de implementação?
Sr. Roberto: Olha, eu acho que é um pouco de tudo o que você disse. Eu acho
que você citou todos aqueles elementos que nós temos que levar em
consideração para temos a confiança de lançar o Rede Natura que tem que ser
vencedor, né; não é um projeto onde a gente pode falhar.
Como eu disse, o que nós fizemos até agora nos mostra resultados positivos,
mas tem uma coisa que a gente jamais pode esquecer, que é o hábito do
consumidor, que é a experiência do consumidor. Então, este é o nosso foco.
Nós queremos facilitar ao máximo para que ele possa executar esta compra e
que uma vez feita a compra que ele possa fazer o tracking do seu pedido e que
ele possa em seguida receber nos prazos que foram acordados.
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Então, esta questão do hábito do consumidor para nós é o mais importante e
nós acreditamos que hoje já temos condições de dizer: ”A nossa operação é
bastante eficiente”.
Nós mesmos criamos uma dificuldade adicional que é de considerar que as
consultoras têm que estar presentes neste canal, que é para aí que o mundo
vai e nós gostaríamos que elas fossem conosco e, portanto, aumentar a
adesão das consultoras é um desafio também para gente que talvez outras
empresas não tenham, mas nós queremos fazer isso juntamente com as
consultoras.
Os primeiros resultados também são bastante bons e eu me lembro de ter dito
agora pouco de que nós temos aí que adicionar alguns elementos de marketing
para que, tanto para o consumidor como para consultora, comprar na Rede
Natura seja mais atrativo.
Sra. Andréa: Então para este ano de 2015 a gente não deveria ver nenhum
movimento mais brusco de oferecer algum tablete para poder digitalizar essa
rede mais rápido? Este movimento vai acontecer naturalmente através mais de
contratação de novas consultoras do que uma conversão mais forçada? Esta é
uma maneira de se pensar?
Sr. Roberto: Não, nós podemos... nós pretendemos ter novas consultoras, nós
pretendemos fazer o recrutamento em outros segmentos, mas também a
prioridade é sempre a conversão das consultoras atuais para que elas sejam
multicanal; elas podem vender numa venda direta tradicional e podem vender
online também onde ela podia largar o seu mercado e não fica limitada a sua
proximidade geográfica; ela pode vender para seus parentes ou para os
amigos, as pessoas de sua relação que estão em outros estados.
Então, nós queremos, sim, que as nossas consultoras que tenham experiência
com os produtos e que têm a experiência da consultoria “serviço” é importante,
nós queremos resgatar a importância da consultoria. Mas não podemos de
maneira nenhuma desprezar as construtoras que já estão conosco e acelerar
esta conversão.
Com relação ao movimento brusco, não acredito que esta é a intenção. Fazer
uma campanha e tentar converter 1,5 milhões de consultoras num período
muito curto com certeza não seria a melhor estratégia.
Mas com certeza que a gente pode fazer a partir de agora, pela solidez da
plataforma e pelas experiências que fizermos, é acelerar mais do que a gente
vinha fazendo.
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Sra. Andréa: Tá, assim, de quiosques, acelerar os quiosques que vocês têm?
Seriam estas iniciativas mais pontuais, vamos dizer assim? Um rollout, uma
nacional dessas iniciativas que a gente vê em São Paulo?
Sr. Roberto: Eu não sei se são pontuais ou se são mais práticos. Quer dizer,
quando alguém se referiu agora pouco a redução do nosso Capex para 2015 é
exatamente porque a gente está procurando fazer com que os nossos projetos
tenham um time market mais rápido, portanto ela vai trabalhar com alguns
poucos grandes projetos; nós queremos trabalhar com projetos que possam ir
a mercado mais rapidamente dentro de uma idéia que mesmo que a gente
tenha que começar pequeno, que a gente possa escalar com mais velocidade.
Então, esta é um pouco a nossa preocupação.
Sra. Andréa: E Roberto, só para entender agora quando a gente pensa no
financeiro.
Dadas a todas estas iniciativas e o plano operacional e o budget, né, o
orçamento, o quê que a gente deveria pensar (sendo uma empresa que tem
um gasto alto de marketing) em margem? Quando a gente tenta colocar tudo
isto em perspectiva, qual que seria o provável efeito ou provável tendência de
margens para 2015?
Sr. Roberto: Olha, nós não damos guidance e falar de margem tem... grande
parte dos elementos nós controlamos como custos, como capacidade de
produção, os preços do mercado nós controlamos até certo ponto, mas o
cenário vai determinar.
Agora, o que eu posso garantir que nós vamos fazer é que nós vamos ser
muito mais rigorosos nos custos exatamente para que, se nós tivermos que
trabalhar do lado de preço, que a gente não precise tirar da margem.
Então, esta é uma obrigação nossa (0:57:59 ao 0:58:02 inaudível - interferência
ao fundo) e muito mais eficiente, e não porque a gente vai mudar alguma coisa;
os investimentos foram feitos e agora nós temos que tirar o retorno de tudo
aquilo que foi feito na utilização de nova tecnologia que seja mais eficiente, a
utilização da fábrica, o nosso processo de distribuição, que a gente possa a
cada dia ter metas mais ambiciosas e quando atingirmos estas metas nós
temos que subir a barra para fazer com que cada vez os nossos custos sejam
melhores e garantir margens que possam ser atrativas e que possam ser
geradoras de caixa para a continuidade do desenvolvimento da empresa.
A nossa ambição não diminui. Nós estamos num ciclo onde os desafios são
grandes, principalmente na frente comercial e daí a despesa de marketing
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talvez não seja uma das coisas onde a gente tem que fazer comentário de
trajes.
Temos, sim, é que ser mais eficientes; fazer um uso das novas mídias, comprar
melhor aquilo que a gente já contra, produzir com mais eficiência, mas
principalmente ter campanhas que gerem nos consumidores e nas consultoras
o desejo de comprar os nossos produtos.
Eu acho que o foco é bastante simples.
Sra. Andréa: Muito obrigada mais uma vez. Bom dia.
Sr. Roberto: De nada. Bom dia.
Operadora: Próxima pergunta Sr. Tobias Stingelin, Credit Suisse.
Sr. Tobias: Bum dia. A primeira pergunta que eu queria tem um pouco a ver
com a pergunta da Andréa, mas, assim, a dúvida que a gente tem, quer dizer,
eu quando eu olho para a Natura me parece um canteiro de obras onde tem
uma série de coisas acontecendo e, de fora, é difícil a gente ter visibilidade de
quando é que estas coisas vão começar a mostrar resultado.
Eu acho que você já falou, Roberto, claramente assim: “Vamos focar no que a
gente tem pronto, no que faço, no que a gente sabe que funciona”.
A minha pergunta é a seguinte: Quando é que a gente deveria ver o top line de
vocês estabilizando ou quando é que a gente deveria ver que estas coisas
estão começando a trazer resultados? É um projeto com este senso de
urgência de 3 meses, 6 meses, é de 9 meses?
Esta é a primeira pergunta; eu queria entender quando este senso de urgência
vai se traduzir numa visibilidade ou pelo menos uma tendência favorável,
mesmo que seja trimestre a trimestre crescendo um pouquinho.
A segunda pergunta eu queria entender a questão do descasamento, quer
dizer, se o IPI vai aumentar agora, vocês estão aumentando... quer dizer, o IPI
acho que aumenta em maio, né, se eu não me engano, e vocês estão
aumentando os preços agora, se vocês só fizerem no segundo semestre vocês
vão passar provavelmente um período de tempo descasados entre o aumento
do teu custo e o aumento do preço que você vai ter dado.
Então, eu não sei se vocês enxergam por aí se teria uma pressão de margem
em função disso. Eu acho que seria uma pergunta mais para o Pedote.
23
E por final, com esta questão da quantidade de itens vendidos, o que me
chamou um pouco a atenção é o seguinte; Sou, quer dizer, a gente deve
enxergar isso como o ano passado você deu muito produto Sou, você bonificou
muito o produto Sou e isso fez com que a venda crescesse muito e aí quando
você compara no ano contra ano esta venda, na verdade, não era uma venda
real por que você estava meio que bonificando, você estava dando produto, ou
eu não devo enxergar isto e, sim, eu devo enxergar que a venda de Sou
começou a cair?
Sr. Pedote: Tobias, bom dia. Deixa eu começar pelo fim e aí o Roberto
responde sua primeira pergunta.
O que aconteceu, o que a gente comentou é que teve uma ativação grande de
Sou na hora que você preenche o pipeline. No varejo também isto acontece;
quando você entra com um novo produto você primeiro tem aquela primeira
vez que todo mundo vai comprar aquele produto e etc., e o quarto trimestre em
se teve esta comparação.
Mas, não, o Sou continua bem e está evoluindo e a marca está ganhando
corpo.
Do IPI o que a gente estava olhando, na verdade, a gente está fazendo uma
análise agora e a gente está mirando final de maio. Se formos fazer algo, né,
que a gente está avaliando, mas a gente está mirando final de maio ou começo
de junho.
Então, eu falei de segundo semestre, mas a gente está mirando antes. Mas
como o Roberto falou, a gente está fazendo uma análise bastante
compreensiva de todos os elementos e ferramentas que a gente tem de
marketing para poder ser mais eficiente possível.
Sr. Roberto: A sua primeira pergunta é sobre a impressão de que a Natura é
um canteiro de obras e que às vezes os projetos ficam com pouca visibilidade
sobre o seu andamento de implementação e quando é que eles começam a
produzir resultados.
Bom, é verdade; a Natura investiu bastante, teve vários projetos, projetos bemsucedidos. Vocês estavam falando sobre Sou agora, Sou é uma iniciativa que
foi muito bem sucedida, ambiciosa não só do ponto de vista comercial, mas
também de uma proposta de um consumo diferente, com menos emissão de
carbono, com embalagens que serão mais sustentáveis e, portanto, a Natura
tem histórias maravilhosas de projetos bem-sucedidos, a implantação da
fábrica de Benevides no Pará, então, esses projetos começam a aparecer.
Então, alguns canteiros de obra terminaram e terminaram bastante bem.
24
Outros projetos mais ligados a canal e novas categorias, que eu disse agora
pouco na resposta anterior, era dia de gente poder fazer com que os projetos
vão a mercado com um pouco mais de velocidade.
Então, isto é o que nós estamos procurando fazer para este ano. Aquilo que
poderia ter um prazo de duração muito maior nós estamos procurando fasear
(até para não ter que concentrar muito Capex num período só desenvolvendo 3
projetos em paralelo), vamos fazer faseado; um vai a mercado e as equipes
que estão cuidando daquele primeiro projeto, uma vez que ele está
implementado, passam a cuidar do segundo e a gente acredita que ele pode
ter uma utilização mais eficiente dos recursos.
De projetos importantes neste momento a gente tem do Rede Natura, eu acho
que a gente se referiu várias vezes sobre ele neste canal e 2015 é o ano onde
a gente acredita que nós vamos ter que ter uma dimensão maior e fazer com
que ele possa ocupar um espaço maior no composto das nossas vendas.
Outros projetos de lançamento de produtos eu disse que nós temos um
roadmap que é bastante interessante, com produtos que são robustos, alguns
novos usos da biodiversidade brasileira, que são coisas que sempre causam
um atrativo bastante maior considerando agora que esperamos ter um quadro
legal para o acesso à biodiversidade e que pode nos colocar mais uma vez em
evidência.
Então, é verdade; temos vários canteiros de obra e o que a gente espera dar
mais velocidade e agilidade e mais eficiência ao lançamento destas iniciativas,
a exemplo de vários que já foram feitos, como os que nós ficamos; Benevides ,
Sou e tudo isso. Nós podemos ter outros comunicados de vitória neste ano de
2015.
Sr. Tobias: Está ótimo, obrigado Roberto.
Sr. Roberto: De nada.
Operadora: Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas.
Gostaria de passar a palavra ao Sr. Roberto lima para as considerações finais.
Sr. Roberto: Bom, primeiro agradecer a todos pela participação e também
pelas perguntas, que para nós são extremamente estimulantes.
Queria registrar e lembrar que nós estamos no Brasil, um país que poderá ter
um cenário difícil este ano, mas nós, Natura, temos uma posição de liderança e
o Brasil é um dos mercados mais promissores e um dos mercados que mais
crescem no mundo há no setor que nós estamos, e aí nós não vamos diminuir
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a nossa ambição, não vamos diminuir a nossa dedicação de continuarmos
sendo a melhor empresa, com uma proposta de valor bastante integrada, com
compromissos com sustentabilidade e desenvolvimento social – que são o fio
condutor das nossas ações.
Sabemos claramente que para que a gente possa ter este compromisso nós
temos que ter um desempenho financeiro de alto nível para que isto possa
sustentar o nosso desenvolvimento e, para fazer isto, a mensagem que a gente
procurou passar hoje é uma mensagem de otimismo, de confiança de que a
empresa passa por um círculo, como várias outras já passaram, mas que a
gestão dos fundamentos da nossa empresa usando tudo aquilo que a gente
pode absorver de tecnologias, todos os investimentos que foram feitos devem
nos dar condição de ter uma performance diferente e para isso que estamos
aqui.
Temos uma equipe de primeiríssimo nível, nós contamos com pessoas
extremamente dedicadas, experimentadas e confiantes. Neste momento o
nosso maior desafio é tirar destas pessoas tudo aquilo que elas podem
oferecer com o seu brilho, com a sua individualidade e com a sua contribuição
maior que eles podem dar à empresa.
E por isto acreditamos firmemente que a gente consegue melhorar a nossa
performance no Brasil por aquilo que a Natura representa.
Na América Latina nós temos um ciclo virtuoso, os investimentos feitos ao
longo de vários anos apresentam resultados, nós temos todas as nossas
operações hoje com Ebitda positivo, nós estamos conseguindo crescer a 2
dígitos em todos os países, 2 dígitos elevados e que, portanto, deve diluir os
custos fixos de estrutura que nós temos para administrar estas operações.
Já temos algumas iniciativas de produção local para ganhar eficiência não só
em custos, mas também evitar emissões de carbono desnecessárias com
transportes de produtos e, portanto, é uma operação bastante integrada, nós
temos que cuidar dela com bastante atenção, evitar erros que possam ser
cometidos e manter a lucratividade crescente podendo reinvestir no
desenvolvimento das nossas operações na América Latina.
Nós claramente vamos ser muito coerentes com tudo aquilo que a Natura
conseguiu plantar e construir até hoje; é uma empresa reconhecida
internacionalmente pela sua proposta de valor e disso nós jamais vamos nos
afastar.
Portanto, acho que era isso que nós tínhamos para hoje. Queria mais uma vez
agradecer muito a participação e as perguntas de vocês e esperamos o
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próximo call em abril deste ano, onde nós devemos apresentar os resultados
deste primeiro trimestre de 2015.
Muito obrigado, um bom dia e um bom carnaval a todos.
Operadora: A audioconferência da Natura está encerrada. Agradecemos a
participação de todos e tenham um bom dia.
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