manejo de pragas e doenças nas culturas de milho e

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MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS NAS
CULTURAS DE MILHO E SOJA
Eng. Agrônomo M.Sc. Marcos Palhares
Bebedouro (SP)
07/07/2016
TRIÂNGULO DE DOENÇAS
O risco da ocorrência de uma epidemia no campo é representado
tradicionalmente pelo triangulo de doenças:
HOSPEDEIRO
DOENÇA
PATÓGENO
AMBIENTE
Para a ocorrência de uma epidemia é necessário uma PERFEITA INTERAÇÃO e
HARMONIA destes três fatores. A quebra de qualquer um destes fatores irá
deduzir drasticamente a velocidade de aumento e severidade da doença.
Produtividade dos híbridos de milho em função
de época de plantio
Kg/ha
Ambiente 1
Ambiente 2
fungicidas
P. Sorghi
E. Thurcicum
Grãos Ardidos
Phaeosphaeria maydis
Cercospora maydis
Puccinia polysora
Tempo
Data de “virada” da doença
Principais Doenças Foliares
Ferrugem Polissora
HT
Ferrugem Tropical
Cercospora zeae
Mancha branca
Doenças Foliares Secundárias
Ferrugem Comum
Enfezamento Pálido
Diplodia
B. maydis
Enfez. Vermelho
Helmintosporiose
Mosaico Comum
Doenças de Colmo
Antracnose
Macrophomina
Fusarium
Diplodia
Giberela
Doenças de Espigas
Diplodia
Fusarium
Giberela
CONTROLE QUÍMICO
Alto risco de ocorrência da
doença em alta severidade
Maior retorno econômico
• Susceptibilidade/Resistência
•Milho sobre Milho
• Plantio Direto
•Ausência de Rotação de Culturas
• Plantio Tardio
• Irrigação
• Presença da doença nos restos de cultura
• Ambientes Favoráveis
Baixo risco de ocorrência da
doença em alta severidade
Menor retorno econômico
RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS
DOENÇAS FOCO PARA MANEJO COM FUNGICIDAS
FERRUGENS
CERCOSPORA
As ferrugens e a Cercospora são as principais doenças alvo para a recomendação da aplicação de
fungicidas. Isto em função da elevada agressividade e boa resposta a aplicação de fungicidas.
Para as demais doenças, geralmente o retorno geralmente é abaixo do esperado. Isto devido a menor
agressividade da doença ( por exemplo: Diplódia na folha) ou mesmo pela baixa eficiência dos produtos
registrados (por exemplos: mancha branca, helmintosporioses).
MOMENTO DE APLICAÇÃO
A aplicação de fungicidas na cultura do milho muitas vezes dependerá da
tecnologia de aplicação disponivel. Basicamente podem ocorrer 3 situações:
1- Aplicações com Equipamentos de Arrasto – o limite de aplicação será de
80cm a 100 cm com a cultura entre V8 e V10. Apresentará menor eficiência
para doenças que ocorram mais próxima ao florescimento como a Cercospora
e Mancha Branca.
2 –Aplicações com Auto-propelido – As aplicações podem ser realizadas no
momento ideal. E dependendo da doença acontecerá no pré-floresciemento
(milho até 2,0m).
3- Aplicações aéreas – podem ser realizadas em qualquer fase de
desenvolvimento da cultura sem qualquer limitação de altura de plantas
MOMENTO DE APLICAÇÃO
1- Aplicações com pulverizadores
convencionais
2 – Aplicações com auto-propelido
3- Aplicações aéreas
INDICE DE ÁREA FOLIAR E
PRODUTIVIDADE 1/3
Atualmente os híbridos de milho, apresentam elevada
capacidade de produção, demandando altas taxas de
fotossítese, sendo crítica no período reprodutivo.
Nesta fase por exemplo, a redução de 10% da área
foliar ativa, poderá reduzir a produtividade em cerca
de 8-10%.
Se dividirmos a planta de três parte iguais, o terço
médio da planta que compreende as folhas da espiga,
2 acima e 2 abaixo, além de somarem de 60 a 70% da
area foliar total, apresenta grande importância em
função da proximidade com a espiga. Por isso os
fungicidas aplicados no pré-florescimento precisam de
uma boa cobertura sobre estas folhas para trazerem
as respostas esperadas.
1/3
1/3
RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS
Como podemos observar a recomendação padrão para a cultura do milho, são as formulações de Triazois
associadas a Estrobilurinas em função do maior espectro de ação e do maior residual ( cerca de 20 dias)
RECOMENDAÇÃO DE
FUNGICIDAS
Mancha Branca – os fungicidas registrados apresentam baixa eficácia necessitando de aplicações sequenciais. A
aplicação com Cobre apresenta o melhor controle, porém além de não termos nenhuma formulação registrada
para o milho, o cobre é facilmente lavável e apresenta elevado risco de fitotoxidez, por isso deve ser
evitados.
Cercospora – melhor desempenho são as misturas de triazol com estrubilurina. Em regiões com elevada
severidade aplicação deve ser realizada tão logo apareçam os primeiros sintomas.
Helmintosporioses e Macrospora – As aplicações para o controle destas doenças geralmente devem acontecer
no estádio de V8-V10. A maioria dos fungicidas registrados não apresenta bom controle. Melhores resultados
experimentais são verificados com aplicaçao de Mancozeb (Dithane, Manzate, etc). Porém estes produtos não
estão registrados para a cultura.
Ferrugens – Em ambientes de elevada severidade as aplicações geralmente ocorrem no estádio vegetativo, a
partir de 2% de incidência. As misturas de de triazol com estrubilurina apresentam boa eficiência além de
trazerem bom controle para outras doencas. Porém situações de maior severidade, realize a primeira
aplicação com Triazol puro. Lembre-se que o residual dos triazois são menores (cerca de até 15 dias).
Curvulária e Kabatiela – São doenças secundarias na cultura, porém se necessário, utilize as misturas de triazol
com estrubilurina.
Physoderma - No Brasil não tem apresentado impactos na produtividade por isso não se faz o controle
químico desta doença.
ROTAÇÃO DE CULTURAS
•
FUNGOS NECROTRÓFICOS
– Anthracnose stalk rot (C.
graminicola)
– Gibberella ear/stalk rot (G. zeae)
– Fusarium ear/stalk rot (F.
verticillioides)
– Diplodia ear/stalk rot (S.
macrospora and S. maydis)
– Charcoal Rot (M. phaseolina)
– Seedling Rot (Phytium spp.)
– Nothern Leaf Blight (E. turcicum)
– Grey Leaf Spot (C. zeae-maydis)
– Southern Leaf Blight (B. maydis)
– White spot (P. ananatis)
Beckman, et al. 1982 (Phytopathology
SISTEMA DE MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Seleção de híbridos e cultivares
Data de plantio
Tratamento de sementes
Rotação de culturas
Fertilizantes (N/K)
Stand final
Controle de pragas
Controle biológico
Colheita no momento correto
Controle químico
Manejo Integrado
de Pragas na
Cultura de Milho
"Manejo Integrado de Pragas é o sistema de manejo de
pragas que, contextualmente, associa o ambiente e a
dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as
técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível
quanto possível e mantém a população da praga em
níveis abaixo daqueles capazes de causar dano
econômico".
FAO
GERMOPLASMA
BIOTECNOLOGIA
MANEJO
Manejo:
Preparo e fertilidade do solo, stand inicial,
manejo de doenças, plantas daninha e insetos
Inseticidas
Inseticidas
Herbicidas
Fungicidas
Perfil
do solo
Fertilidade
População
de plantas
Boas práticas agronômicas
1
Dessecação antecipada e uso
de inseticidas para manejo de
pragas residentes
5
Monitoramento da cultura do milho
em todos os estágios de desenvolvimento
independente da tecnologia
NINTEX (SPOTFIRE) & MYIFFICE | MANUAL DE BOLSO E MANUAL PRAGAS
ÁRVORES DE INSETICIDAS MANUAL E
POSTER DE PRAGAS
RRPLUS
3
7
Tratamento de sementes
Controle inicial de lagartas
ÁRVORES DE INSETICIDAS
2
Plante refugio adequadamente
manejo racional de pragas
no refugio
PROGRAMA DE INCENTIVOS E REFUGIOMAX MILHO 360
Rotação de culturas e
manejo de plantas
voluntárias
TRABALHO REGIONAL SISTEMAS TD
RRPLUS
de ervas e
4 Manejo
plantas voluntárias
RRPLUS
6
Manejo complementar de pragas
Recomendação precisa de produtos | Aplicação na época
correta | Melhores recomendações sob todas as condições
de infestação
ÁRVORES DE INSETICIDAS RESULTADOS SOBRE USO DE
INSETICIDAS
Pragas Importantes na Cultura do Milho:
Adulto de Dalbulus maidis (Ivan Cruz - EM
PERCEVEJOS
Identificação
Percevejo Barriga
Verde
Dichelops furcatus
Percevejo Verde
Nezara viridula
Percevejo Barriga Verde
Dichelops melacanthus
Percevejo Verde
Pequeno
Piezodorus guildinii
Edessa meditabunda
Identificação
Dichelops furcatus
Dichelops melacanthus
Ciclo Biológico
4,4
dias
3,2
4,8
3,6
4,1
6,0
Postura: ~13 ovos (38,5% viabilidade)
26
Incubação: ~4,4 dias
Ninfas: 5 instares
Período ovo – adulto: ~26 dias (a 25°C ± 2, 12h fotofase e 70% ± 5
UR)
Longevidade dos adultos: ~31-43 dias
Ciclo se prolonga em temperaturas < 20°C
Sintomas provocados por Percevejos
Perdas na Colheita
Foto: TD Monsanto, 2013
Foto: TD Monsanto, 2013
Nível de Dano
Infestação de 01 percevejo m2 pode causar danos às plantas de
Milho:
diminuição do diâmetro de colmo
plantas mais susceptíveis ao tombamento por ação de fatores
externos
Danos nos componentes de produtividade são observados com
infestações a campo de 02 e 04 percevejos m2;
D. melacanthus tem grande potencial de dano sobre a cultura:
prejudicando o desenvolvimento inicial das plantas;
plantas menos vigorosas pela interferência no crescimento
radicular e área foliar;
Danos à produtividade ocorrem de forma indireta, pois com o ataque
a planta torna-se debilitada em sua fase inicial e perde potencial
produtivo, o que refletirá no rendimento final da cultura a campo;
O nível de dano econômico do percevejo D. melacanthus para a
cultura do milho nas condições acima citadas é de 0,27 insetos m2.
Fonte: Bridi, M., UNICENTRO, 2012
Manejo Integrado
Reduzir perdas na colheita de soja
Controle de plantas daninhas
Redução populacional;
Inseticida na dessecação é fundamental;
Tratamento de Semente Industrial (TSI)
Em casos de ataque severo a melhor alternativa é o TSI, associado a inseticida
registrado para aplicação na parte aérea da cultura, até no máximo 01 semana
após a emergência (ALBUQUERQUE et al., 2006).
Manejo Integrado deve considerar todas as fases…
TS
Até quando controlar?
1,0-2,0 cm
Lembre-se...
Aplicar em períodos de maior exposição: a partir de 08:00 até
entrada da noite;
Evitar aplicações nos períodos em que a praga esta abrigada:
a noite;
dias chuvosos ou logo após chuva;
temperaturas amenas ou frio;
Áreas com presença de plantas daninhas ou farta palhada de Soja
(ambiente de Safrinha) a aplicação deve ser mais frequente;
As possíveis diferenças entre germoplasmas não dispensam o
monitoramento e controle complementar.
PULGÃO/VIROSE
Importância Econômica
Relatos de ocorrência no campo
safra 2005/06
VERÃO 2005/2006:
danos econômicos (10% a 50%) no
SUL devido ao ataque do pulgão.
Importância Econômica
“Sob altas temperaturas e baixa pluviosidade, as
populações crescem rapidamente e podem causar
danos no rendimento”.
“Os sintomas são morte de plantas, perfilhamento,
espigas atrofiadas e espigas com granação deficiente”.
Foto: Santos, U
Danos
40
Danos
Foto:Gasparin, R
Foto:Santos, U
Foto:Gasparin, R
Planta de milho com sintomas de mosaico comum
(potyvírus)
41
Danos - Viroses
O vetor:

Rhopalosiphum maidis alado infecta-se durante as
estiletadas de prova, voa disseminando a virose (ex.:
Potyvirus)

Tal infecção ocorre durante os primeiros estádios
fenológicos do milho (em torno de V4).
A doença:

Há germoplasmas susceptíveis e tolerantes.

Uma vez instalada a doença em um germoplasma
susceptível, o dano econômico depende da ocorrência de
três fatores concomitantemente: estádio da planta + alta
temperatura + stress hídrico (no momento crítico).
Monitoramento e Controle
•
O monitoramento da população de pulgões deve ser realizado semanalmente,
durante a fase vegetativa da cultura, a partir de V4 até o início da fase reprodutiva,
examinando-se aleatoriamente 100 plantas/talhão em grupos de 20 plantas. No
monitoramento deve-se observar detalhadamente as plantas na região do cartucho
(Waquil et al., 2003); avaliando pulgões adultos, ninfas e a população de inimigos
naturais.
Monitoramento e Controle

No estádio V4 a VT, sugere-se o controle com inseticidas quando 10 a
20% das plantas amostradas apresentarem presença de pulgões (sob
consulta de um Engenheiro Agrônomo).

A partir do pendoamento não se recomenda o controle, pois o pulgão
fica exposto ao sol sofrendo desidratação e também exposto ao
ataque dos seus inimigos naturais. Soma-se a isto o fato de que,
infecções anteriores (virose) já provocaram o dano.
Monitoramento e Controle

Produtos Químicos: Imidacloprid

Cigaral-

Nuprid

Pontos importantes:

Pela localização da praga e para garantir eficiência na aplicação deve-se
utilizar volumes de calda superiores a 200L/ha;

Utilizar gotas grandes e pontas antideriva;

Aplicações em pleno florescimento podem causar fitotoxidez e falhas de
polinização.
Cigarrinha/Enfezamento
46
Cigarrinha do Milho
Cigarrinha-do-milho (adulto)
Cigarrinha-do-milho (ninfa)
Enfezamento Vermelho - fitoplasma
48
Enfezamento Vermelho
Importância da doença:
Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da
produção. A incidência do enfezamento vermelho tem aumentado principalmente em
função do plantio do milho em mais de uma época no ano.
Sintomas:
- avermelhamento intenso e generalizado da planta (inicia-se no ápice e nas margens
das folhas)
- proliferação de espigas em uma ou em várias axilas foliares
- as plantas crescem aparentemente normais e os sintomas da doença manifestam-se
apenas durante o estádio de enchimento de Grãos
- encurtamento de internódios,
- prejudica o crescimento das espigas
- grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu
enchimento incompleto
- as plantas doentes morrem precocemente,
Enfezamento Pálido (spiroplasma)
Planta de milho com enfezamento
50 morte precoce
pálido:
Enfezamento Pálido
Importância da doença:
Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da
produção. A incidência do enfezamento pálido tem aumentado principalmente em
função do plantio do milho em mais de uma época no ano.
Sintomas:
- estrias esbranquiçadas irregulares nas folhas a partir da base,
- plantas raquíticas e improdutivas
- encurtamento de internódios,
- prejudica o crescimento das espigas
- grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu
enchimento incompleto
- as plantas doentes morrem precocemente,
Manejo de Enfezamentos
- utilização de cultivares resistentes,
- adequação da época de plantio, evitando-se plantios tardios,
- a interrupção de plantios consecutivos, que proporcionam a sobreposição de ciclos
da cultura,
- a eliminação de plantas de milho voluntárias (tigüera)
- diversificação de cultivares na área de plantio,
52
Lagarta do Cartucho
54
Monitoramento
O monitoramento é o primeiro passo para se praticar o MIP. Sem
monitorar a densidade populacional da espécie-alvo no campo não há como
se aplicar os princípios do MIP. Assim, recomenda-se iniciar o
monitoramento mesmo antes de se iniciar o plantio. A freqüência e o método
de amostragem depende da fase de desenvolvimento da cultura e do nível
de precisão que se pretende conduzir o manejo. Quanto maior a freqüência
e tamanho da amostra melhor, entretanto, deve-se considerar também os
custos dessas amostragens.
55
◊
Amostrar 4 pontos ao acaso na area (10 a 20 ha) com 25 plantas em
cada ponto avaliado.
◊
A recomendação da Monsanto é realizar aplicação de inseticida quando
pelo menos 20% das plantas amostradas atingirem nível de dano
maior ou igual a 3 (na escala Davis). No caso de realizar mais de uma
aplicação, fazer a rotação de princípios ativos.
LAGARTA DO CARTUCHO – Escala DAVIS
NOTA 0
Cartuchos sem lesões
NOTA 1
Folhas raspadas
NOTA 2
Folhas raspadas e
pequenas lesões
circulares
NOTA 3
Cartucho com poucas
lesões circulares ou
indefinidas de até 1,3
cm nas folhas
expandidas e novas
NOTA 4
Cartucho com várias
lesões entre 1,3 e
2,5 cm nas folhas
expandidas e novas
NOTA 5
NOTA 6
NOTA 7
NOTA 8
NOTA 9
Cartucho com várias
lesões maiores que
2,5 cm presentes em
algumas folhas
expandidas e novas
Cartucho com várias
lesões maiores que
2,5 cm presentes em
várias folhas
expandidas e novas
Cartucho com várias
lesões irregulares e
algumas áreas das
folhas completamente
comidas
Cartucho com várias
lesões irregulares e
várias folhas
completamente
comidas
Planta completamente
destruída
56 Davis et al. 1992, Technical Bulletin, 186.
Referência:
Recomendação correta de acordo com estágio da praga e
da planta, condições ambientais e operacionais e outros
Relation Between Davis Scale vs Size of Fall
Armywormin Field Conditions on Corn
Size of caterpillars
(mm)
25
20
21,3
RECOMMENDED
APPLICATION
15
16,9
10
5
4,4
0
2
12,4
9,4
7,5
L1 e L2 lagarta pequena
3
13,6
L3 e L4 lagarta média
4
5
18
L5 lagarta grande
6
7
8
9
DAVIS SCALE
FASE
AMBIENTE FAVORÁREL
AMBIENTE ESTRESSANTE
V2
5%
10%
15%
20%
25%
5%
10%
15%
20%
25%
V4
5%
10%
15%
20%
25%
5%
10%
15%
20%
25%
V6
5%
10%
15%
20%
25%
5%
10%
15%
20%
25%
V8
5%
10%
15%
20%
25%
5%
10%
15%
20%
25%
V10
5%
10%
15%
20%
25%
5%
10%
15%
20%
25%
Não aplica, mas refaz
o monitoramento
3-5 dias depois
Decisão de aplicar depende do
tamanho da lagarta e condições
operacionais/ climáticas
Aplica, mas refaz
o monitoramento
3-5 dias depois
Vaquinha
Foto: Saulo
Tocchetto
Foto: Dirceu Gassen
Foto: Saulo
Tocchetto
FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO
FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO
1
Ancoragem
da planta
2
Aquisição de
água e nutrientes
3
Síntese de
hormônios
RESULTADOS PERFORMANCE PRO3 (FUNDAÇÃO ABC)
PRODUTIVIDADE
ESTAÇÃO ITABERÁ SP
14000
12000
10000 10758
bc
12777
a
11548
ab
10283
bc
9821
c
8000
12260
a
6000
+
4000
2000
0
PRO2
1
19
Produção
de Grãos
PRO3
Cv.:8,0/Pr>F:
PRO2
2
PRO3
híbridos
PRO2
3
PRO3
%
BENEFÍCIOS PRO3
RAÍZES
Maior Volume de Solo Explorado
Maior Profundidade do Sistema Radicular
Maior Capacidade de Absorção de Nutrientes
Maior Aproveitamento da Água do Solo
Produtividade com Maior Segurança
RAÍZES ÍNTEGRAS
&
COM MAIOR
VOLUME
Região de
Proteção
VTPRO3
SEM TECNOLOGIA
Manejo de Doenças
na Cultura de Soja
Doenças da Cultura da Soja
Emergênci
a
0-5 dias
Fase Vegetativa (V0-Vn)
Fase Reprodutiva (R1-R8)
6 -60 dias
61-125 dias
Fungos de solo
Rizoctonia
Fusarium
Macrophomina
Antracnose
Cancro da haste
Ferrugem Asiática
Fusarium
Mildio
Oídio
Mofo Branco
DFC
Nematóides:
Galhas
Cistos
68
Monsanto Confidential
Colheita
11/07/2016
Grupo de Classificação de doenças quanto ao
processo que afetam:
I – Podridão em órgãos de reserva
(Acúmulo de nutrientes em órgãos de reserva)
II – Danos em plântulas
(Desenvolvimento de tecidos jovens)
III – Podridão em raízes e colo
(Absorção de água e nutrientes)
IV – Murchas Vasculares
(Transporte de água e nutrientes)
V – Manchas, ferrugens, oídios e míldios
(Realização de fotossíntese)
VI – Galhas e viroses
(Aproveitamento de fotossintetizados)
Fonte: McNew, 1960.
Ferrugem
Fungo: Phakopsora pachyrhizi e P. meibomiae
Sintomas:
 Iniciais: pequenos pontos mais escuros do que o tecido sadio da folha, de uma coloração
esverdeada a cinza-esverdeada, com correspondente protuberância (urédia), na página
inferior da folha.
 O tecido da folha ao redor das urédias adquire coloração castanho-clara a castanhoavermelhada.
Condições favoráveis:
 Temperaturas entre 18°C a 26,5°C e água livre na superfície da folha, mínimo de 6 horas,
com um máximo de infecção ocorrendo com 10 a 12 horas de molhamento foliar.
Ferrugem
Sintomas
Face superior
Face inferior
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi)
Lesões iniciais: pontuações encharcadas
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi)
Trata-se de um fungo biotrófico, que necessita do hospedeiro vivo para
sobreviver e se multiplicar. As condições ambientais possuem grande influência
na ocorrência de P. pachyrizi, e a doença é favorecida quando há pelo menos 6 a
12 horas de molhamento foliar, umidade relativa entre 75 e 80%, e temperatura
ótima pra infecção de 18 a 26,5ºC.
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi)
Na fase vegetativa as ocorrências são
menos expressivas, prevalecendo o
ataque no enchimento de grãos (R5),
conforme apresentado na Figura 1
1: Número de ocorrências da ferrugem asiática da soja no Brasil, na
safra 2014/2015, por estádio fenológico. Fonte: Consórcio Antiferrugem
(2015).
CONTROLE
 Rotação de cultura (quebrar o ciclo do patódeno)
 Plantio de cultivares precoces no início da época recomendada
 Cultivares resistentes
 Sementes sadias / tratadas
 Vazio sanitário (dura entre 60 e 137 dias, dependendo da região; a
viabilidade dos esporos é de 55 dias)
 Controle químico
TÁTICAS DE MANEJO
Monitorar a lavoura (em 5 dias os sintomas já podem ocorrer e
desfolhar toda a lavoura em 20 dias; 3 metros/dia, 96 Km/semana)
observar as condições de temperatura (15ºC a 28ºC) e período de
molhamento acima de 6 horas que são favoráveis à infecção.
Deve-se avaliar o terço inferior das plantas, local de início da
infecção, com lupa de 10 a 30x;
Há fungicidas bons, mas o alvo (baixeiro) é de difícil acesso;
Solantenol+Amistar
Principais grupos registrados para controle de
doenças na cultura da soja

Benzimidazóis – mitose
(tiofanato metílico, carbendazim)

Triazóis - inibidores da biossíntese de esteróis (DMI)
(ciproconazole, epoxiconazole, propiconazole, tebuconazole, etc)

Estrobilurinas – respiração
(azoxystrobina, pyraclostrobina, trifloxistrobina, picoxystrobina)
Solantenol+Amistar
Eficiência dos grupos registrados
benzimidazóis
ferrugem
DFC
mancha alvo
antracnose
oídio
**
**
**
*
mela
mofo branco
triazóis
estrobilurinas
*
*
*
**
**
*
*
**
*
** > *
Manejo de Pragas
na Cultura de Soja
PRINCIPAIS PRAGAS DA SOJA EM SEUS DIFERENTES ESTÁDIOS
Pragas Primárias
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
Os insetos adultos dessa espécie são mariposas com cerca de 5 cm de envergadura e coloração parda,
cinza ou marrom. Quando estão em repouso, suas asas permanecem abertas e fica visível uma linha
transversal que as corta de ponta a ponta.
São insetos de hábitos noturnos e abrigam-se em áreas sombreadas durante o dia, geralmente entre as
folhas ou abaixo delas. As fêmeas põem seus ovos no final da tarde e durante a noite. Os locais
preferidos para a postura são a face inferior das folhas, ramos, hastes e caule. A coloração inicial dos
ovos é verde-clara e, de acordo com o desenvolvimento do embrião, estes se tornam escuros. Logo após
a eclosão dos ovos, as lagartas possuem coloração verde-clara e as patas abdominais ainda não se
desenvolveram completamente, fazendo-as andar em movimentos do tipo mede-palmo. Na fase
seguinte, já não andam mais medindo palmos e fica evidente a quantidade de pernas: três pares na
região torácica, quatro abdominais e um anal. Podem continuar verdes ou ficarem escuras, o que
ocorre em condições de alta infestação, porém sempre com três linhas longitudinais claras no dorso.
No final da fase larval, o inseto migra para o solo, onde se enterra a poucos centímetros de
profundidade e se transforma em pupa. O ciclo biológico, do ovo ao adulto, dura aproximadamente 30
dias. As lagartas, inicialmente, apenas raspam pequenas áreas das folhas deixando para trás uma
membrana translúcida e perfurações. Quando estão maiores, alimentam-se de toda a superfície foliar,
inclusive de nervuras, pecíolos e hastes mais finas. Nesse caso, as folhas atacadas ficam com grandes
áreas recortadas ou são completamente consumidas.
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
Manejo:
Nível de dano econômico:
fase vegetativa: 30% de desfolha
fase reprodutiva: 15% de desfolha
ou 20 lagartas/m em qualquer um dos casos
• Químico: a lagarta da soja é uma praga considerada de fácil controle com inseticidas dos grupos
químicos dos organofosforados, piretróides, ciclodienoclorado e por reguladores de crescimento.
• Biológico: inimigos naturais, Nomurea rileyi, Bacillus thuringiensis
• Biotecnologia:
= Controle
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
-É um inseto polífago e nos últimos anos tem sido frequente na cultura de soja, especialmente no
Centro Oeste do Brasil.
-Lagartas pequenas têm preferência pelo terço inferior de plantas de soja e algodão, enquanto lagartas
maiores tornam-se menos exigentes. É uma espécie desfolhadora que não se alimenta das nervuras das
plantas deixando um aspécto característico (rendilhado).
-Lagartas: são de coloração verde, algumas linhas longitudinais brancas sobre seu dorso. Apresentam
pernas toráxicas e dois pares de pseudopernas abdominais e um par anal, devido esta última
característica morfológica estas lagartas se locomovem como se estivessem medindo palmos.
-Pupa: após o último ínstar, a lagarta tece uma teia na folha, onde a mesma se prende e abriga até se
tornar adulto.
Foto: Carla Dutra
Foto: Carla Dutra
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
Ciclo biológico de C. includens.
O adulto da lagarta falsa-medideira apresenta a
coloração marrom acinzentada, com duas
manchas prateadas no primeiro par de asas.
Foto: Carla Dutra
Foto : G.L.Rosa, Fonte: Embrapa Soja ,2012.
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
Manejo:
Niveis de controle:
- Fase Vegetativa: 30% de desfolha ou 20 lagartas/m;
- Fase Reprodutiva: 15% de desfolha ou 20 lagartas/m.
Recomendam-se, no mínimo, 10 amostragens (batidas de pano) para lavouras ou talhões de até 100 ha
cada.
-C. includens é desfavorecida em condições de chuvas devido a presença de um inimigo natural que
causa sua morte, o fungo Nomuraea rileyi.
Químico: trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos metomil,
tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole proporcionaram boa eficácia no controle
dessa praga; manejo é dificultado devido seu habito de alojando-se no terço médio da planta.
- Biotecnologia:
= Controle
Fases de desenvolvimento da cultura de soja e a presença de C. includens. Fonte:
Desenvolvimento Tecnológico Monsanto, Safra 09/10, 3456 observações (Estações
Experimentais) em seis Estados (RS, PR, MG, GO e MT).
Complexo de Percevejos
Percevejo Marrom (Euschistos heros)
Foto: Ivan Schuster
Percevejo Verde Pequeno (Piezodorus guildinii )
Percevejo Verde (Nezara viridula )
Complexo de Percevejos
Percevejo Asa Preta (Edessa meditabunda)
Percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus e D. melacantus)
D. furcatus
D. melacantus
Complexo de Percevejos
Manejo
• Danos: Esses insetos introduzem o aparelho bucal no tecido
das plantas para se alimentarem da seiva injetando enzimas
digestivas que podem ocasionar tanto a queda das folhas
durante o período reprodutivo, causando redução na produção
e ou retenção foliar conhecida como “soja louca”, bem como a
formação de grãos chochos ou manchados (Nematospora
corylii).
• Nível de controle:
• Soja Grão: 2 percevejos (ninfa maior que 0,5 cm ou
adulto) metro linear / batida de pano
• Soja Semente: 1 percevejo (ninfa maior que 0,5 cm ou
adulto) metro linear / batida de pano
• Controle: Inseticidas dos grupos químicos Carbamatos,
Organofosforados, Piretróides e Neonicotinóides são indicados.
• Regiões de Milho Safrinha: Dessecação da soja com
inseticida.
= Inseto não alvo
Foto: Embrapa Soja
Complexo de Percevejos
Complexo de Percevejos
Complexo de Percevejos
Pragas Secundárias
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
Mariposa de hábitos noturnos com cerca de 2 cm de envergadura e coloração geral cinza. As fêmeas
apresentam cor mais escura e homogênea do que os machos, cujas asas são claras com bordas escuras.
Quando estão em repouso, permanecem com as asas rentes ao corpo e podem ser confundidos com
restos vegetais.
As fêmeas ovipositam no solo próximo das plantas hospedeiras e têm preferência por solos arenosos e
secos. Os ovos inicialmente são claros e, com o aproximar da eclosão, tornam-se vermelho-escuros.
As lagartas são amareladas ou esverdeadas com listras e anéis vermelhos no corpo. Quando
completamente desenvolvidas medem de 1 a 2 cm de comprimento. São elas que causam os danos à
cultura. Alimentam-se do caule e das folhas das plântulas, causando murcha, seca e tombamento. Nas
plantas maiores, abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a essa galeria ou
próximo dela, onde a pupa será formada. O resultado do ataque é o enfraquecimento, tombamento e
até a morte da planta.
Possuem alta mobilidade, o que explica a possibilidade de uma única lagarta atacar várias plantas e
causar grandes falhas nas linhas de plantio, comprometendo seriamente o estande da cultura. O ataque
é mais danoso na fase inicial da cultura, pois as plantas jovens são facilmente devoradas e possuem
menor capacidade de recuperação.
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
Manejo:
• Químico: pode ser realizado por meio de tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos.
Inseticidas aplicados logo após o aparecimento da praga tem apresentado resultados satisfatórios,
tornando-se a melhor opção o controle preventivo.
• Cultural: em regiões com alta incidência da praga, o aumento de densidade de sementes por área
pode ser uma alternativa. A manutenção da umidade também colabora com a diminuição do ataque da
praga.
• Biotecnologia:
= Supressão
Foto: Marcelo Batistela
Foto: Carlo Boer
Lagarta-rosca (Agrotis ipslon )
Os adultos são mariposas que podem atingir até 5 cm de envergadura e têm coloração que varia do
pardo ao marrom. Sua cabeça, tórax e asas anteriores apresentam pontuações e manchas escuras de
vários formatos. Suas asas anteriores são mais claras, podendo ser translúcidas e apresentar manchas.
Os ovos são depositados em colmos, hastes, folhas ou no solo, próximo das plantas hospedeiras. Eles são
esbranquiçados e podem ser encontrados isolados ou em grupos.
As lagartas medem até 5 cm de comprimento, são robustas, lisas e de coloração variável, com
predominância do cinza-escuro e marrom com pontuações pretas . Possuem hábitos noturnos e durante
o dia ficam abrigadas no solo, sob a vegetação morta, em buracos ou sob torrões, normalmente
próximos das plantas das quais se alimentam. Sua principal característica é se enrolar quando
perturbadas. A fase larval dura aproximadamente 30 dias.
A pupa é encontrada no solo dentro de casulos de terra construídos pelas lagartas. O inseto permanece
nesse estágio por aproximadamente 15 dias, quando então eclode o adulto, reiniciando o ciclo.
Os prejuízos causados pelas lagartas são relatados principalmente na fase inicial da cultura, pois elas se
alimentam das sementes recém-germinadas e da haste das plantas. Os principais danos observados em
campo são reboleiras com falhas de germinação, plantas murchas e tombadas. O ataque também pode
ocorrer em plantas mais velhas. Nesse caso, as lagartas cortam folhas ou abrem galerias e seccionam a
base do caule e as raízes mais superficiais.
Lagarta-rosca (Agrotis ipslon )
Manejo:
• Cultural: a dessecação antecipada é uma prática que pode reduzir a infestação da praga, já que as
mariposas preferem ovopositar em plantas ou restos culturais ainda verdes.
•Tratamento de Sementes: devido ao hábito noturno da praga e a dificuldade de ser atingida
diretamente por inseticidas da parte aérea, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos pode
ser bastante eficiente para manejo da praga.
• Químico: como controle emergencial pode-se utilizar clorpirifós em pulverização de preferência no
início da noite, dirigindo o jato de pulverização para a base da planta e com grande volume de calda .
• Biotecnologia: o uso de sementes geneticamente modificadas pode ser uma das ferramentas para
controle desta praga, porém, é mais efetiva para controle de lagartas pequenas.
Complexo de Spodoptera
Spodoptera spp.
• Gênero com lagartas bastante polífagas. Além do hábito desfolhador, alimentam-se também de
vagens (fase reprodutiva da cultura), danificando os grãos e permitindo a entrada de
microorganismos as mesmas.
• Dentre as espécies podemos destacar a S. frugiperda, S. cosmioides e a S. eridania, esta última com
capacidade de desfolha semelhante a Anticarsia gemmatalis.
Controle químico é feito geralmente com a utilização de produtos a base de piretróides,
organofosforados e reguladores de crescimento.
Nível de controle:
• Fase Vegetativa: 10 lagartas pequenas/m ou 30% de desfloha;
• Fase Reprodutiva: 10 lagartas pequenas/m ou 15% de desfloha ou 10% das vagens atacadas.
(Embrapa, 2013).
Controle Biológico: Predador Doru luteipes (tesourinha), parasitóides Trichogramma spp., os fungos
entomopatogênicos como Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera e o virus
Baculovirus são importantes agentes de controle biológico do gênero Spodoptera.
= Inseto não alvo
Foto: Ivan Schuster
Identificação espécies do gênero Spodoptera
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
-Coloração variada.
-Listras longitudinais.
-Pontuações.
-Cabeça com “Y” invertido.
Foto: Marcelo Batistela
Foto :Ernani Santos
Identificação espécies do gênero Spodoptera
Lagarta-das-vagens (Spodoptera cosmioides)
3 listras alaranjadas em sua lateral
Faixa escura (3° par de
pernas torácicas e o 1° par de
falsas-pernas abdominais)
Pontos brancos
Pontos negros semicirculares nas
extremidades
Identificação espécies do gênero Spodoptera
Lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania)
As lagartas são inicialmente verdes e depois tornam-se cinzas com três linhas avermelhadas ou
amareladas no dorso. Nas linhas laterais existem vários triângulos de cor escura que apontam para a
linha central. Nessa fase, o inseto possui três pares de pernas torácicas, quatro abdominais e um
anal.
Listra branca ou amarelada interrompida no primeiro segmento
abdominal por mancha escura, a listra não chega até a cabeça.
Série de triângulos negros geralmente presentes ao longo do
comprimento do corpo.
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus)
Besouros com menos de 1 cm de comprimento e coloração escura, com linhas amarelas ou
esbranquiçadas bem características no pronoto e nos élitros. Além dessas linhas, os élitros são também
pontuados. Os adultos alimentam-se da casca do caule e das hastes da soja e causam o desfiamento dos
tecidos nessas áreas. Para a postura dos ovos, as fêmeas desfiam um anel completo no caule.
As larvas desenvolvem-se no interior desse anel e alimentam-se da parte interna do caule. À medida
que se desenvolvem, causam o alargamento dessa área, formando uma galha.
O inseto, na fase larval, é ápode e esbranquiçado, com a cabeça castanha ou marrom. Pode hibernar
durante vários meses, especialmente em regiões de clima frio. Próximo do fim dessa fase, migra para o
solo e forma a pupa, a poucos centímetros de profundidade. Ocorre apenas uma geração por ano.
É uma importante praga da soja, especialmente no início da cultura, pois, nessa fase, as plantas não
conseguem se recuperar e morrem. Quando a cultura está mais desenvolvida, a mortalidade é menor,
mas os ramos atacados quebram com facilidade e as plantas podem tombar. Além disso, há restrição na
circulação de nutrientes e água, o que compromete o crescimento e a produção. Geralmente, o ataque
ocorre em reboleiras e é mais comum em áreas de plantio direto e onde não se realiza rotação de
culturas.
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus)
Manejo:
O nível de dano econômico é de 3 a 6 larvas/m2 (4 amostras a cada 10ha).
• Cultural: rotação de culturas com plantas não hospedeiras (milho, girassol, sorgo, milheto); cultura
armadilha semeada em uma borda com largura de 20 a 30m, para atrair e manter os insetos neste local
da lavoura.
• Mecânico: com roçada de soja, antes das larvas entrarem em hibernação (45 dias após a observação
dos primeiros ovos nas plantas).
• Químico: sobre a cultura armadilha, durante os meses de Novembro a Janeiro, quando a maior parte
dos adultos saem do solo; o uso de inseticidas isoladamente não apresenta bons resultados..
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga.
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema)
O adulto é uma mariposa de 1 cm de envergadura, coloração cinza e manchas claras nas asas
anteriores. Quando em repouso, suas asas ficam rentes ao corpo e as antenas geralmente voltadas para
trás. Sua presença é mais comum em regiões de clima frio.
As fêmeas depositam os ovos nas brotações das plantas. Após alguns dias, eclodem pequenas lagartas
de coloração verde-translúcida. No primeiro momento, elas unem os folíolos mais novos com teia e
formam um abrigo, onde permanecem protegidas e se alimentam das folhas. Quando estão maiores,
abrem galerias no interior de ramos e da haste principal, onde se abrigam e se alimentam. Nessa etapa,
o inseto já possui coloração rósea, bege ou amarelada, cabeça marrom e cerca de 1 cm de
comprimento.
A fase de pupa ocorre no solo. O ciclo biológico do ovo ao adulto dura aproximadamente 35 dias.
Essa é uma importante praga da soja, pois causa a morte de ramos e folhas e compromete o
desenvolvimento da planta. Também podem ocorrer ataques em flores e vagens, especialmente as
localizadas nas extremidades dos ramos. Os cultivares de ciclo tardio são mais afetados do que os de
ciclo precoce.
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema)
Manejo:
• Químico: para cultivares de soja não Bt recomenda-se o uso de inseticidas quando 25 a 30% das
plantas apresentarem ponteiros atacados pela praga.
• Biológico: existem importantes predadores naturais de C. aporema, como a espécie de aranha
Misumenops pallidus, assim como a Trathala sp. e Bassus sp.
• Biotecnologia:
= Controle
Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus)
Essa praga também é conhecida como Hedylepta indicata. É uma mariposa com aproximadamente 2 cm
de envergadura e coloração amarela ou alaranjada. Permanece com as asas abertas quando está em
repouso e, nesse momento, ficam visíveis três linhas escuras e semicirculares que facilitam sua
identificação. As bordas das asas também são escuras.
As lagartas podem atingir 2 cm de comprimento. Inicialmente, possuem coloração amarelada
translúcida e, com o passar do tempo, tornam-se verdes. Vivem em abrigos formados por uma ou mais
folhas enroladas e coladas com teia. As pupas, de coloração marrom, também são encontradas nesses
locais.
Os danos são causados pelas lagartas, que se alimentam do parênquima foliar. As folhas que formam os
abrigos também são consumidas e, ao final da fase larval, restam apenas as nervuras e uma fina
membrana translúcida.
Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus)
Manejo:
• Químico: devido ao hábito de enrolar e unir várias folhas, as lagartas ficam protegidas dos
inseticidas, tornando o controle mais difícil; os inseticidas mais usados são à base de endosulfan,
acefato, metomil, profenofós+lufenurom, e thiodicarb.
• Biológico: pode ser feito pelo parasitóide Trichogramma spp..
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga.
Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens)
• Os ovos são colocados nos ponteiros das plantas, nas brácteas dos botões
ou nas folhas laterais, mas sempre em folhas novas, as quais são alimento
para as lagartas recém-eclodidas. A postura média é 600 ovos por fêmea.
• A utilização de produtos de amplo espectro nos estádios inciais da cultura
favorece o desequilíbrio da fauna e o aumento das populações de H.
virescens, já que muitos insetos são predadores e parasitóides dos ovos.
Danos:
• A produção é reduzida devido a queda das partes atacadas.
• Os orifícios favorecem a penetração de microorganismos.
Controle químicos:
Ainda não existe recomendação de inseticidas para o seu manejo, porém,
trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos
metomil, tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole
proporcionaram boa eficácia no controle dessa praga.
Foto: Wgner Justiniano
Nível de controle:
• Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha;
• Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 10% das
vagens atacadas.(Embrapa, 2013)
= Controle
Foto: Wgner Justiniano
Helicoverpa spp.
Biologia
• Presença de 2 espécies no Brasil: a lagarta-da-espiga-do-milho,
Helicoverpa zea, e, mais recentemente, a Helicoverpa armigera.
• Pragas com alta capacidade destrutiva e bastante polífagas sendo
que a H. armigera pode consumir mais de 100 espécies vegetais.
Também possuem elevada fecundidade e alta mobilidade local.
• Ambas possuem grande dificuldade de diferenciação em fase larval.
Ovo
Marcelo Batistela, 2011.
3 dias
6 dias
Lagarta
Mariposa
Pupa
10 – 14 dias
13 – 25 dias
Ciclo biológico de Helicoverpa spp.
Helicoverpa spp.
Identificação na fase imatura (lagarta)
Um dos grandes desafios para o controle à praga é a sua identificação, pois apresentam grande
semelhança com a lagarta-da-maçã, Heliothis virescens, a qual pode ser observados micropêlos
com uma lupa de bolso, os quais saem de pintas salientes do 1º, 2º e 8º segmentos abdominais.
Por sua vez, observa-se, para a Helicoverpa spp., a presença das pintas salientes sem os
micropêlos (Czepak et al., 2013).
Heliothis virescens.
Heliothis virescens
Helicoverpa spp.
Helicoverpa spp.
Helicoverpa spp x Heliothis virescens
Identificação do adulto (mariposa)
Helicoverpa spp.
Heliothis virescens
Helicoverpa armigera
Helicoverpa armigera
Biologia / Comportamento / Hábito
• Apresentam elevada taxa de fecundidade, podendo
ocorrer varias gerações da praga durante o ciclo da
cultura, com preferência de oviposição noturna, com a
capacidade de colocar de 2.200 a 3.000 ovos nas
plantas hospedeiras, mas sem predileção para partes
em específico da planta.
• Lagartas realizam a predação de outras da mesma
espécie (canibalismo) e também de outras espécies de
lagartas.
Miguel F. Soria
• Têm movimento larval acentuado nas diferentes
culturas e agressivas quando tocadas, adotando uma
postura de “defesa”.
• Tegumento apresenta aspecto levemente coriáceo,
podendo estar relacionado a resistência a produtos de
contato como piretróides, organofosforados e
carbamatos.
Embrapa, 2013
H. armigera em posição de defesa.
• Adultos podem dispersar até 1000 km.
Helicoverpa armigera
Identificação na fase imatura (lagarta)
Uma característica determinante proposta por Matthews (1999) para a identificação de lagartas
de Helicoverpa armigera está na presença, a partir do quarto ínstar, de tubérculos abdominais
escuros e bem visíveis na região dorsal do primeiro e segundo segmentos abdominais, dispostos
na forma de semicirculo.
Ávila et al., 2013.
Helicoverpa armigera
Helicoverpa armigera
Identificação do adulto (mariposa)
Adultos de Helicoverpa armigera e Heliothis virescens à esquerda e direita, respectivamente.
Helicoverpa spp
Comportamento e Hábitos
Inseto apresenta grande faclidade de dispersão, alta capacidade destrutiva e bastante polífaga se
alimentando de um grande numero de hospedeiros (culturas de interesse comercial, resteva e
plantas daninhas)
Helicoverpa spp. infestando diferentes hospredeiros como soja nos estádios iniciais, planta daninha e resteva de algodão (da
esquerda para direita, respectivamente).
Helicoverpa spp
Manejo
• Plantio no limpo (Dessecação antecipada / associada com
inseticida quando necessário).
• Monitoramento nas culturas do sistema.
• Correta identificação da praga no campo, principalmente
devido a sua semelhança com a Heliothis virescens, a lagartada-maçã.
• Ação rápida devido a alta agressividade e capacidade de
tolerar inseticidas a base de piretróides sintéticos, (Ávila et
al., 2013).
• Uso de diferentes práticas de controle aliadas ao uso de
biotecnologias.
Nível de Ação
-Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha;
-Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou
10% das vagens atacadas. (Embrapa, 2013)
Embrapa, 2013.
Ataca e provoca danos em varias de culturas
= Supressão
Helicoverpa armigera
Helicoverpa spp
Controle: Químico / Biológico
Helicoverpa armigera
Controle: Químico
Coleópteros Desfolhadores
Diabrotica speciosa
Cerotoma sp.
Podem destruir até 8 plantas na mesma
linha (Gallo et al 2002)
Colaspis sp.
(Metálico)
Aracanthus sp.
(Torrãozinho)
Ácaros
Em alguns anos, são observados surtos de ácaros (Acarina), principalmente o branco e o rajado, em
lavouras de soja. Os ácaros são artrópodes da mesma classe das aranhas (Arachnida), apresentando
quatro pares de patas e cabeça e tórax fundidos. As espécies que ocorrem em soja são diminutas e
ficam na parte inferior da folha, medindo menos de um milímetro de comprimento. Portanto, sua
visualização a campo deve ser feita com auxílio de uma lupa simultaneamente com as amostras para a
ferrugem da soja. Os ácaros sugam a seiva das folhas e pecíolos de plantas novas. Com a evolução do
dano, as folhas ficam amarelas. Se o ataque for intenso, as folhas podem cair, e com isso, diminuir a
capacidade fotossintética das plantas.
Condições de estiagens favorecem os ácaros da família Tetranychidae (ácaros rajado e verde) e
períodos chuvosos favorecem os da família Tarsonemidae (ácaro-branco).
Controle Quimico: metamidofós, profenofós dimetoato, endosulfam e clorpirifós; Fundação Chapadão,
em Chapadão do Sul, MS, constatou um bom controle dos ácaros com os inseticidas/acaricidas à base de
spiromesifen e flufenoxurom, além do abamectina, com bom efeito residual
124
Ácaro Branco
Ácaro Rajado
Tripes
São insetos muito ágeis e pequenos, com até 3 mm de comprimento. Os adultos possuem coloração
escura com asas translúcidas e franjadas. As formas jovens são mais claras e ápteras. Vivem em
colônias nas folhas e nas brotações que, em alguns casos, podem se dobrar e permanecer fechadas
em decorrência das substâncias tóxicas liberadas pelos insetos. O ciclo biológico dura cerca de 15
dias.
Alimentam-se da seiva das plantas nas fases ninfal e adulta. Para isso, raspam a superfície foliar e
sugam a seiva que extravasa. As folhas infestadas ficam prateadas em razão dos ferimentos. Também
podem ter sua consistência alterada, ficar quebradiças e arqueadas e cair prematuramente.
Esses danos raramente causam prejuízos significativos. O principal problema representado pelos
tripes é a transmissão de vírus, como a queima-do-broto na cultura da soja, pois poucos insetos são
suficientes para contaminar várias plantas. Em períodos de temperatura baixa e estiagem, o manejo
fitossanitário deve ser ainda maior, pois essas condições favorecem o inseto.
125
Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B)
As moscas-brancas são insetos com cerca de 1 mm de comprimento e coloração branca, decorrente da cera que
recobre suas asas. Vivem em colônias compostas por ovos, ninfas e adultos na face inferior das folhas.
Os ovos apresentam formato de pera, coloração amarela e são postos isoladamente ou em grupos. Ficam fixados
às folhas por um pequeno pedúnculo. O tempo para eclosão é de aproximadamente sete dias.
A fase ninfal, dependendo das condições climáticas e da planta hospedeira, pode durar apenas cinco dias. As ninfas
são amareladas e translúcidas e locomovem-se apenas nos primeiro momentos, pois logo se fixam nas folhas.
A dispersão das colônias para outras folhas e plantas é feita pelos adultos, que voam quando as folhas são
sacudidas, há grande quantidade de insetos ou a planta já enfraqueceu e não supre mais suas necessidades.
Desenvolvem-se anualmente de 11 a 15 gerações, dependendo das condições ambientais. O clima quente e úmido
favorece o seu desenvolvimento.
As moscas-brancas atacam mais de 500 espécies de plantas, de diversas famílias. Causam danos pela retirada de
nutrientes e água e pela transmissão de doenças. As plantas infestadas mostram-se enfraquecidas, as folhas caem
e os frutos ficam murchos, amadurecem irregularmente e também podem cair precocemente. Em consequência
da sua presença, também há a formação de fumagina, fungo que se desenvolve sobre as excreções dos insetos na
superfície das folhas, que prejudica a fotossíntese e a respiração vegetal. Entretanto, o dano mais importante é a
transmissão de vírus, como o causador da haste-negra-da-soja ou necrose-da-haste.
Esse inseto era conhecido como Bemisia argentifolii, mas após avaliações taxonômicas foi classificado como sendo
uma variação da Bemisia tabaci. No Brasil, os biótipos da espécie B. tabaci de importância agronômica são o “A” e
o “B”. Algumas importantes características da raça “B”, que a diferem da “A”, são: maior capacidade de
proliferação e adaptação a diferentes hospedeiras; capacidade de criar resistência a inseticidas com maior
facilidade, especialmente se forem aplicados de forma incorreta; e formação de fumagina em maior quantidade.
Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B)
Manejo:
Recomenda-se adotar MIP, se houver histórico de problemas, preferir genótipos que sejam
desfavoráveis à colonização; o controle é difícil devido à facilidade de reinfestação. A maior
incidência é nos terços superior e médio das plantas. Os níveis de controle de B. tabaci nas plantas de
soja não são ainda conhecidos, mas é superior a 40 ninfas/folíolo segundo resultados preliminares de
pesquisa (MOSCARDI et al., 2012)
Químico:
formas jovens: piriproxifem, espiromesifen e a mistura spirotetramat+ imidacloprido
adultos: endosulfam
tratamento de sementes com neonicotinóides
• Biológico: mirídeos, dipteros e alguns parasitóides do genero Encarsia.
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga.
Planta de soja infectada pelo vírus da necrose-da-haste.
Inimigos Naturais
Predadores - Hemípteros
Geocoris spp.
Alvo: Mosca branca/lagartas
pequenas/ácaros/ ovos diversos
Nabis spp.
Alvo: C. Includens, A. gemmatalis, H. zeae
Podisus nigrispinus
Alvo: Ovos e ninfas de percevejos, vaquinhas, A. gemmatalis R.
Nu, C. Includens e o complexo do gênero Spodoptera
Orius insidiosus
Alvo: Ninfas de mosca-branca e de cigarrinhas,
os tripes, os afídeos, os ácaros, ovos de outros
insetos, pequenas lagartas recém-eclodidas
Predadores - Hemípteros
Alcaeorrhynchus grandis
Alvo: Larvas de lepidópteros
Tynacantha marginata
Alvo: Piezodorus guildinii e Nezara viridula
Predadores - Coleópteros
A. gemmatalis, C. includens e Trichoplusia ni, pulgões,
dípteros, coleópteros e lepidópteros, entre outros insetos
Lebia concinna
Alvo: Diversos
Eriopsis connexa
Afídios
Outros Predadores
Parasitóides de Lepdópteros - ovos
Trichogramma spp.
Endoparasitóides de ovos
Telenomus remus
Parasita ovos
Copidosoma floridanum
Parasita ovos
Parasitóides de Lepdópteros - lagartas
Parasitóides de Percevejos - ovos
Parasitóides de Percevejos - adultos
Nomuraea rileyi
Baculovirus anticarsia
Níveis de controle para as pragas alvo
Nome Comum
Nome Científico
Nível de Controle
(Período Vegetativo (V1-Vn)
Nível de Controle
(Período Reprodutivo (R1-R6)
Lagarta da Soja
Anticarsia gemmatalis
30% de desfolha
20 lagartas/pano
15% de desfolha
20 lagartas/pano
Falsa medideira
Chrysodeixis includens
Rachiplusia nu
30% de desfolha
20 lagartas/pano
15% de desfolha
20 lagartas/pano
Heliothis virescens
Helicoverpa spp.
30% de desfolha
4 lagartas/pano
15% de desfolha
2 lagartas/pano
10% vagens atacadas
25% plantas com ponteiros
atacados
25% plantas com ponteiros
atacados
Lagarta das
maçãs e
Helicoverpa
Broca dos
Ponteiros
Crocidosema aporema
Lagarta Elasmo
Elasmopalpus lignosellus
Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto
NA
NA
Níveis de controle para as pragas não alvo
Nome Científico
Nível de Controle
Período Vegetativo (V1-Vn)
Nível de Controle
Período Reprodutivo (R1-R6)
Complexo
Spodoptera
Spodoptera eridania
Spodoptera cosmioides
Spodopter frugiperda
30% de desfolha
10 lagartas//pano
15% de desfolha
10% vagens atacadas
10 lagartas//pano
Tamanduá da
Soja
Sternechus subsignatus
1 adulto/m linear (até V3)
2 adultos/m linear (V4-V6)
NA
Euschistus heros
Piezodorus guildinii
Nezara viridula
NA
2 percevejos / m (comercial)
1 percevejo / pano (sementes)
Nome Comum
Complexo
Percevejos
Mosca Branca
Bemisia tabaci
Coleópteros
Desfolhadores
Diabrotica speciosa
Cerotoma sp.
Megascelis sp
Maecolaspis calcarifera
30% de desfolha
15% de desfolha
Polyphagotarsonemus latus
Tetranychus ludeni
Tetranychus desertorum
Tetranychus urticae
NA
NA
Ácaros
Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto
Boas práticas indispensáveis para sistemas de cultivo
-Dessecação antecipada;
-Monitoramento; (CHAVE PARA CONTROLE);
-Número, tamanho dos insetos-pragas e estádio de desenvolvimento da
soja;
-Uso de equipamentos de aplicação corretos e calibrados;
-Momento e condições climática favoráveis para aplicação;
-Produto e dose corretas;
Tecnologia de aplicação para o sucesso no controle de pragas
Conhecer os principais grupos de lagartas, monitorar seu comportamento a campo, conhecer os níveis
de danos indicados pela pesquisa, utilizar os produtos nas doses corretas são práticas que aumentam a
chance de sucesso no controle dessas pragas da soja. Entretanto, tudo isso pode ser perdido se, no
momento da aplicação, não forem adotadas técnicas eficientes para que o produto chegue até o local
correto para o controle dessas pragas.
De modo geral, as lagartas costumam ficar nas partes mediana e inferior da planta, tanto nas culturas
da soja como no algodão. Para que o controle seja eficiente, é preciso ter um bom molhamento das
folhas dessa região, fazendo com que as gotas que saem do pulverizador cheguem na parte mediana e
inferior da planta.
Não é uma técnica de aplicação tão fácil, mas há algumas dicas para aumentar a eficiência:
• Procure trabalhar com produção de gotas pequenas, pois essas gotas tem maior capacidade de
atingir a parte inferior da planta.
• Utilize bicos de boa qualidade e adequados para produção de gotas menores.
• O ideal é trabalhar com maiores volumes de aplicação, que também proporciona uma maior
cobertura do produto aplicado.
• Evite aplicar em condições de temperatura muito elevadas (acima dos 30°C) e de umidade baixa
(menor que 60%) senão a gota pequena pode evaporar e não realizar o controle desejado.
• Evite também aplicar com ventos superiores a 6 km/h, pois pode ocorrer a deriva e o produto
não chegar no alvo desejado.
• Geralmente os horários mais adequados para aplicação são a partir do final do tarde até o início
da manhã, prefira fazer a aplicação nesse intervalo do dia, pois as condições climáticas tendem a
serem as mais propícias.
Referências Bibliográficas
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PRAGA
TECNOLOGIA INTACTA RR2
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
controle
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
controle
Complexo de Percevejos
não alvo
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
supressão
Complexo de Spodoptera
não alvo
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema)
controle
Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens)
controle
Helicoverpa spp
supressão
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