BIOLOGIA, COMPORTAMENTO E CONTROLE DA LAGARTAFALSA-MEDIDEIRA (Chrysodeixis includens) (WALKER, 1857) Rhafael Izidorio Cunha Lima1; Andressa Vaz Vieira2; Maria Luíza Arantes Silva3; Reinaldo Silva de Oliveira 4 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Campus Uberlândia, email: [email protected] Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Campus Uberlândia, email: [email protected] 3 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Campus Uberlândia, email: [email protected] 4 Professor orientador, IFTM – Campus Uberlândia, email: reinaldo @iftm.edu.br 1 2 RESUMO A lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) é uma praga-chave na cultura da soja e sua importância tem aumentado nos últimos anos, deixando, inclusive, de ser considerada uma praga secundária e assumindo o caráter de praga primária em algumas regiões do Brasil. Por ser uma lagarta desfolhadora, a produtividade da soja pode ser prejudicada devido à redução da área foliar fotossinteticamente ativa na planta. Normalmente, apresenta cor verde-clara com listras longitudinais brancas e pontuações pretas. As lagartas podem atingir cerca de 4,5 cm de comprimento e passam a fase de pupa sob uma teia na face ventral da folha. As asas das mariposas são dispostas inclinadamente e possuem duas manchas prateadas brilhantes na parte central do primeiro par de asas. As mariposas possuem longevidade de aproximadamente duas semanas e podem colocar até 600 ovos. Os folíolos consumidos pelas lagartas ficam com aspecto rendilhado, porque o inseto consome o parênquima foliar deixando apenas as nervuras. Comparada à Anticarsia gemmatalis, a lagarta falsa-medideira é de difícil controle porque normalmente fica protegida pelas folhas do terço médio da planta, dificultando a ação dos inseticidas aplicados na cultura. Normalmente, o produtor utiliza os mesmos produtos recomendados para o controle da lagarta-da-soja A. gemmatalis, no entanto, em algumas regiões, tem sido observado a resistência de biótipos de C. includens aos inseticidas empregados. O nível de controle é de 40 lagartas grandes por pano de batida ou com menor número se a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15% quando surgirem as primeiras flores. O controle biológico pode ser realizado com Baculovírus e com Trichogramma pretiosum. Nos períodos mais úmidos e quentes, a largarta pode ser controlada naturalmente pelo fungo Nomuraea rileyi, mas a aplicação constante de fungicidas visando ao controle do agente causal da ferrugemasiática tem prejudicado essa forma de controle natural. A associação entre estratégias de controle é indicada para o manejo da praga. Como exemplo, é possível utilizar o inseticida piretroide lamdacyhalotrina associado ao neonicotinoide tiamethoxam. Como os inseticidas apresentam mecanismos de ação diferentes, há redução da possibilidade de resistência da praga e o espectro de controle para outros insetos também aumenta. Palavras-chave: Soja, Manejo Integrado de Pragas, Monitoramento da falsa-medideira.