Aula de Imuno – 11⁄09⁄07 – 2ª. Parte Andressa Monteiro e Mariane Nalbones OBS. : Ela falou que esta é a parte mais importante da aula!!! Células Th CD4+ Secretam citocinas e tb secretam moléculas que vão ativar outras células do sistema imune. Células Th – São as células CD4 • Produzem citocinas que ativam a resposta humoral e a mediada por células; ativam não somente a atividade específica (das próprias células T), como tb ativam a imunidade inata. Então, agem em macrófagos, por ex, aumentando a eficiência da apoptose e a eficiência da destruição dos microorganismos, e também agem na atividade humoral, com a formação de anticorpos pelos linfócitos B. • A ativação de Th é cuidadosamente regulada, já que vão reprogramar as células do sistema imune, então, as próprias células do sistema imune vão ativá-las durante a apresentação de antígeno e durante a resposta ao patógeno: Células CD4+ naives são ativadas após ligar Ag-MHC classe II e moléculas co-estimulatórias em APCs. • Sua diferenciação é regulada por uma pequena, mas altamente potente, subpopulação de células T. Essa população é chamada de Treg (regulatória). A dominância da função é de Treg, então, a função de Th é de desligá-la pq embora Treg seja pop menor, sua função é dominante. Quando um patógeno, ocorre uma finalização pra Treg deixar de ser dominante e Th assumir. Tr regula tanto Th quanto linfócitos B. Linhagens de células T • Células T naives podem se desenvolver em grupos efetores distintos, dependendo dos sinais recebidos junto com o Ag. • Mecanismos de feedback reiterativos propagam a linhagem inicial. A diferença entre as células T é o tipo de citocinas que elas secretam. Depois descobriram a Treg, que é reguladora e pode ser diferenciado tanto no Timo quanto nos tecidos periféricos. Th1 e Th2 • O desenvolvimento de T helper 1 (Th1) contribui para a eliminação de certos patógenos intracelulares e é ligado a ações seqüenciais de IFN-γ e IL-12. Resposta celular. • O desenvolvimento de Th2 contribui para a eliminação de parasitas e é ligado a IL4. Resposta Humoral. Obs. Conforme a célula vai se diferenciando em Th1, ela mesma vai inibindo Th2, e viceversa (feedback interativo). Então, caso não haja resposta, a Treg é supressora, caso não encontre antígeno. A Treg vai regular a ativação dessas linhagens, quem direciona são as citocinas. Os efeitos imunes inatos vão direcionar a resposta celular (Th1) ou humoral (Th2), isso através da liberação de citocinas, pois as próprias cel Th1 ao serem ativadas vão liberar citocinas para sua própria produção, ao passo q vão inibir a ativação de Th2. Th1 Células NK e células dendríticas secretam IFN (Importante!). IFN-R expresso em células T naives liga IFN (primeiro sinal pra Th1), levando a ativacão do fator de transcrição STAT1. A sinalização de STAT1 ativa o fator transcricional T-bet, que é o principal regulador da diferenciação de Th1. T-bet potencializa a expressão do gene IFN-γ e induz a expressão do IL-12R, enquanto suprime fatores associados a Th2 (GATA-3). A ligação do receptor IL-12R a IL-12 sinaliza através de STAT4, induzindo a maior produção de IFN-γ e tambem a expressão de IL-18R. A partir de então, células Th1 maduras respondem a IL-18 e passam a produzir mais IFN-γ de forma TCR-dependente ou independente (através de IL-12 + IL-18, ñ dependendo mais da APC). Th2 A diferenciação de Th2 é iniciada pela sinalização de TCR em conjunto com IL-4R atraves do fator de transcrição STAT6 (O IFN leva a Th1 e a IL-4 a Th2). Estes sinais aumentam a expressão de GATA-3, o principal regulador da diferenciação de Th2. GATA3 ativa sua própria expressão e aumenta a expressão do cluster de citocinas de Th2 (genes IL4, IL5 e IL13). Então, Th2 suprime fatores críticos para a via Th1, como STAT4 e IL12R e previne a colocalização de TCR e receptores de IFN-γ em sinapses imunológicas (quando células T naives são ativadas por APCs). Conclui-se que, a sinalização de IFN inicia feedbacks positivos e negativos em diversos processos para reforçar o desenvolvimento de Th1 e bloquear Th2. Enquanto, a sinalização de IL-4 inicia feedbacks positivos e negativos em diversos processos para reforçar o desenvolvimento de Th2 e bloquear Th1. Neste contexto, citocinas produzidas por células efetoras maduras podem reforçar seu próprio programa de desenvolvimento através de feedbacks positivos e negativos, agindo em células T naives e em células da imunidade inata. A importância de se saber a resposta Th1 e Th2 está na aplicação clínica, como no caso da hanseníase. Quando há dominância da resposta Th1, tem-se a ativação celular, com muitos macrófagos, fagocitando os microorganismos, o que gera poucas lesões. Isto caracteriza uma doença localizada (forma tuberculóide da “lepra”, com citocinas predominantes IFN-γ e IL-2 e baixo número de organismos). Dependendo da pessoa, ao invés de se ter uma doença limitada, desenvolve-se a forma disseminada da doença (com dominância da resposta Th2, onde o macrófago não consegue eliminar o bacilo), caracterizada por leprose lepromatosa, com predominância das citocinas IL-4, IL-5 e IL-10 e alto número de organismos. Th17 (novo tipo de linfócito T helper que ainda não está em livros: CURIOSIDADE) Relacionada com a resposta inflamatória crônica, esta população de Th é responsável pela produção de um perfil distinto de citocinas efetoras. Eles agem na eliminação de patógenos diferentes dos alvos de Th1 e Th2 e são ativados por IL-6 e TGFbeta. Enquanto células Th1 expressam genes associados à citotoxicidade (IFN-γ), as células Th17 expressam genes associados à inflamação crônica (IL-17, IL-6, TNF-α, e quimiocinas proinflamatórias). Dada a associação de IL-23 e/ou IL-17 na proteção do hospedeiro contra várias infecções bacterianas (ex. Klebsiella pneumoniae e Bordetella pertussis), é possível que Th17 proteja contra patógenos bacterianos extracelulares. Treg É uma população pequena e muito ativa de células T, que exerce um controle rígido nas respostas persistentes de células T efetoras (imunidade celular e humoral), como na inflamação crônica, autoimunidade e alergia (ação de IgE), a fim de evitar patologias importantes em respostas anormais. Para isso, se utiliza de mecanismos de regulação póstímicos - Ags inacessíveis aos timócitos e alta capacidade recombinatória de TCR. Treg e balanço Th1/Th2 Várias Tregs já foram descritas e elas podem se formar tanto no timo como na periferia, sendo classificadas como naturais e adaptativas respectivamente. Neste caso, Tregs que se desenvolvem a partir de células T CD4 naives na periferia são Tregs adaptivas (aTregs). Existem pelo menos 2 tipos: 1) Induzido por IL-10 secretada por DCs e produz grandes quantidades de IL-10. Não expressam Foxp3. 2) Induzido por TGF-β, expressa Foxp3 e apresenta atividade supressora indistinguível de nTregs. TGF-β1 é necessário à manutenção da expressão de Foxp3 por Treg periféricas. Como as Tregs são suprimidas para permitir a resposta protetora? APCs reconhecem antígenos (bactérias, p. ex.) e produzem citocinas, as quais eliminam a domonância das Tregs (a ativação de DCs pela ligação TLR-PAMP leva à produção de IL-1 e IL-6 e elimina a dominância de Treg). Então, a ligação entre a ativação de células da imunidade inata induzida por patógenos e o fim da dominância de Treg, permite a resposta efetora das células da imunidade adaptativa. Vale destacar que: Tregs adaptivas (= inativas), que perderam sua dominância (p. ex. para Th1), foram se modificando e podem proliferar paralelamente a células T efetoras para inibir sua ação quando o patógeno é eliminado. • A proliferação de Treg fornece um mecanismo em que a resposta de células T efetoras é acompanhada um pool de Tregs em expansão, que podem retomar a supressão dominante. • Para Th1, Th2 e Treg, fatores de transcrição são responsáveis pelas características genotípicas e fenotípicas: T-bet especifica Th1, GATA-3 especifica Th2 e Foxp3 especifica Treg TGF-b, Treg e Th17 A presença do patógeno é que determina se o estímulo das células T CD4 naive irá para a formação das Tregs ou Th17. CTL A função de células T CD8+ é monitorar todas as células do organismo, prontas para destruir qualquer uma que seja considerada uma ameaça à integridade do hospedeiro. Elas matam células infectadas por vírus, evitando que se tornem fontes de mais vírus. Também fornecem alguma proteção quanto a tumores malignos, pois detectam diferenças antigênicas quantitativas e qualitativas nas células transformadas. A ativação de CTLs pode ser dividida em 2 fases: 1. Ativação de células T naives e sua diferenciação em células funcionais 2. Reconhecimento de Ags em células alvo específicas, resultando na destruição da célula alvo A geração de CTLs efetoras requer: (1) ligação de TCR; (2) sinais co-estimulatórios; (3) sinalização mediada por IL-2. • • • • • Células T CD8+ naives, que não expressam IL-2 ou IL-2R, são induzidas apenas pela sinalização mediada por TCR e CD28. Estes sinais e células Th ativadas fornecem IL-2. Sinalização mediada por CD40 expresso em DCs maduras. Induz IL-12, um forte amplificador da resposta de CTL. Aumenta a expressão de co-estimuladores e seus ligantes. A ligação CD40-CD40L também é importante para a ativação de CTL, pois induz a expressão de IL12, amplificando a resposta e aumenta a expressão de co-estimuladores e de ligantes das moléculas estimulatórias (analisar esquema). As CTLs devem matar células alvo por pelo menos 1 das 3 vias descritas. Duas envolvem o contato direto entre a célula efetora e a célula alvo. A terceira é mediada por citocinas. A atividade citotóxica que requer contato direto pode ser mediada por 2 mecanismos (que foram melhor explicados na aula do dia 6/9): 1. O Fas ligante (FasL), expresso na superfície de CTLs, liga o receptor Fas (Fas, CD95) na célula alvo, levando à apoptose através da cascata de caspase clássica. CTL Os mecanismo de morte envolvem a ativação de nucleases na célula infectada, que clivam o DNA hospedeiro e viral. 2. CTL libera perforina e granzimas no espaço intercelular É HORA DA REVISÃO!!! CTLs desenvolveram um elaborado mecanismo de auto-proteção e proteção das células vizinhas que assegura a citotoxidade rápida e eficiente após ligação de TCR • • • Primeiro, a maioria das proteínas citotóxicas são pré-sintetizadas e armazenadas em organelas secretórias reguladas - lisossomos secretórios. As organelas são mobilizadas para a superfície celular e expõe seus conteúdos apenas após contato com a célula alvo. Segundo, os lisossomos secretórios não liberam seu conteúdo randomicamente, mas são mobilizados em um ponto definido da membrana plasmática que é imediatamente oposto à célula alvo, chamado domínio secretório Terceiro, os lisossomos secretórios não liberam seu conteúdo no meio extracelular geral, de onde podem se difundir e matar células vizinhas inocentes, mas em um espaço definido que se forma entre a CTL e a célula alvo. • Estes mecanismos concentram as proteínas citotóxicas (que causam morte celular de maneira caspase-dependente e independente) para um impacto máximo e as confina no ambiente da célula alvo. 3.Citocinas • • TNF liga seu receptor na célula alvo e ativa a cascata de caspases. IFN induz a via de apresentação MHC classe I e Fas nas células alvo, levando ao aumento da apresentação de peptídeos e da morte mediada por Fas. Citotoxicidade mediada por CTL (a) Morte indireta da célula alvo pela liberação de TNF e IFN; (b) Indução de apoptose pelo receptor de morte; (c) Liberação de granzima B e perforina no espaço intercelular.