O futuro é agora para os laboratórios de manipulação Houve, então

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O futuro é agora para os laboratórios de manipulação
Houve, então, um período de baixa para o segmento, e a manipulação só voltou a ganhar força a
partir da década de 1970, já como uma atividade restrita a farmacêuticos, para, nas décadas
seguintes, crescer de forma vertiginosa. Hoje, existem funcionando formalmente no país, cerca de
sete mil estabelecimentos dedicados a essa prática, o que faz do mercado brasileiro de manipulação
o maior do mundo. Se esse rápido crescimento foi bastante positivo, por um lado, por outro, deixou
evidente a necessidade de normatização do segmento, com o estabelecimento de boas práticas de
manipulação, rigorosas medidas de controle de qualidade e aperfeiçoamento técnico-científico dos
profissionais farmacêuticos.
Afinal, os laboratórios de manipulação existem para produzir medicamentos especiais e
individualizados, na dose certa, na forma farmacêutica mais apropriada, e, só cumprindo de forma
exemplar sua missão, é que se justificam. Por isso mesmo, e até para conquistar a confiança e a
credibilidade de alguns médicos ou pacientes que ainda resistem a receitar ou usar o medicamento
manipulado, o setor vem investindo muito. É imprescindível que as farmácias de manipulação
disponham de uma estrutura tecnológica e humana altamente especializada, já que sua atribuição
exige operações farmacotécnicas muito detalhadas e diversificadas, que não admitem falhas.
A busca pela garantia da qualidade dos produtos manipulados é quase uma obsessão aos
empresários do setor. O controle de qualidade abrange desde a aquisição da matéria-prima até o
acompanhamento terapêutico, passando por todas as etapas do processo de elaboração do
medicamento. O resultado de toda essa preocupação e dos investimentos é positivo. Contamos hoje,
no Brasil, com um modelo de farmácia magistral muito específico, com a adoção de técnicas e
equipamentos modernos, que garantem um alto grau de qualidade e segurança.
Dispomos de equipamentos de ponta, desenvolvidos especialmente para a produção de
medicamentos em pequena escala, além de softwares que contribuem para a qualidade dos produtos,
por disponibilizar rapidamente e com segurança informações aos farmacêuticos sobre dosagens,
incompatibilidades, interações medicamentosas, efeitos adversos e farmacodinâmica. A Agência
nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, tem feito sua parte, regulamentando cada vez mais o setor.
Estabeleceu parâmetros fixos para controlar a qualidade das matérias-primas e das preparações e
garantir a eficácia dos medicamentos manipulados, contribuindo para a evolução do segmento (RDC
ANVISA nº 67, de 8 de outubro de 2007).
Definitivamente, ficaram para trás as pequenas boticas que preparavam apenas fórmulas mais
simples de cremes e loções. As farmácias de manipulação de agora possuem uma estrutura que
permite produzir praticamente qualquer medicamento – dos mais simples aos mais sofisticados - e
oferecer o tratamento terapêutico adequado a cada paciente, com medicação personalizada,
dosagens específicas, de acordo com sua real necessidade. Entre outros benefícios, o medicamento
manipulado evita o desperdício e, é bom lembrar, impossibilita a automedicação, que tantos
problemas causam, por só ser adquirido com receituário médico.
Podemos afirmar, com segurança, que o setor tem conseguido atingir os seus propósitos. Tem
conquistado a confiança e a credibilidade que vem buscando. Afirmamos isto com base no
crescimento do mercado e por assistirmos, no dia a dia, a adesão cada vez maior da população à
opção por medicamentos manipulados.
Mas ainda é preciso que os que atuam no segmento continuem investindo e adotando medidas que
façam com que a resistência a esse tipo de medicamento deixe de existir de vez. Campanhas de
orientação aos consumidores, visitação a médicos para esclarecer dúvidas, disponibilização de
informações em sites e publicações são algumas das práticas mais comuns para isso.
Desde o final de 2009, a empresa que dirijo resolveu ir além. Abrimos nossos laboratórios à visitação
técnica de clientes e pessoas interessadas em conhecer como funcionam os nossos laboratórios. As
visitas ocorrem uma vez por semana, com agendamento prévio, e são acompanhadas por
farmacêuticos capacitados a explicar os processos e esclarecer dúvidas. O consumidor tem o direito
de saber como é feito o medicamento que ele irá usar e, somente com informações precisas, com
conhecimento, ele vai adquirir a confiança e a tranquilidade que merece ao optar pelo produto
manipulado. Bem informado, ele ficará muito mais exigente, o que é ótimo, principalmente, em se
tratando da sua saúde.
O futuro do segmento da manipulação de medicamentos é agora, é hoje. Temos de saber conduzi-lo
para garantir que qualquer alteração, se houver, seja para melhor.
*Sérgio Marques
*Sérgio Marques é diretor do Laboratório Buenos Ayres, fundado há mais de 60 anos,
em São Paulo, por seu avô, o farmacêutico Álvaro de Queiroz Marques.
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