Tema: ACESSO À ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Propostas Relacionadas a Acesso e Políticas, Programas e Legislação (geral) 1. Estabelecer uma gerência única que coordene todos os programas que envolvam medicamentos em cada nível de governo. 2. Definir claramente as atribuições da União, Estado e Município em relação a todas as ações de Assistência Farmacêutica de modo a racionalizar os recursos. 3. Cumprimento da Emenda Constitucional no. 29 (assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde) pelas três esferas de governo, disponibilizando as informações ao publico 4. Que as informações sobre as Políticas de Saúde em geral sejam mais claras, devendo estas ser repassadas às três esferas de governo e ao controle social. 5. Reconhecimento da assistência farmacêutica como parte integrante das ações de saúde e inclusão deste tema nas conferências de saúde nos âmbitos nacionais, estaduais e municipais. 6. Garantir a continuação da discussão através da convocação da 2ª Conferência Nacional de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. 7. Cumprimento de cada esfera com o que foi pactuado em relação a medicamentos, conforme normativa vigente. 8. Revisão da Política Nacional de controle de preços de medicamentos. 9. Substituição do critério “faixa etária” pela definição do tratamento através de parâmetros definidos em protocolos terapêuticos garantindo a entrega de 100 % das necessidades de cada município com relação aos medicamentos. 10. Fortalecimento da Assistência Farmacêutica Básica garantindo o acesso as necessidades de cada município com relação aos medicamentos, ao invés da manutenção de programas específicos. 11. Revisão da Portaria Estadual de medicamentos excepcionais, incluindo outras patologias para aquisição de medicamentos, criando uma junta fármaco-terapeutica para avaliar casos especiais, e garantindo o acesso imediato ao medicamento. 12. Implantação de uma verdadeira política de medicamentos genéricos que garanta o acesso aos medicamentos essenciais, com qualidade, segurança, racionalidade, e que estejam disponíveis nas unidades de saúde e farmácias privadas. 13. Garantir medicamentos de uso contínuo em tempo hábil para pacientes crônicos cadastrados nos programas específicos constituídos, sendo estes de responsabilidade da União e do Estado. 14. Garantir o tratamento medicamentoso necessário aos usuários com transtornos mentais, revisando e ampliando o elenco dos medicamentos e assegurando a distribuição continua através das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Regional, para os Municípios de pequeno porte que não atendem as normas técnicas. 15. Ampliação da lista de medicamentos da farmácia básica do Estado. 16. Política tributária de taxação de ICMS ZERO para medicamentos de uso humano. Propostas Relacionadas a Acesso e Política de Fitoterapia Política Nacional: 1. Retomar a discussão sobre a proposta de Política Nacional de Plantas Bioativas/Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos iniciada em 2001 pelo Ministério da Saúde, através de encaminhamentos que envolvam a participação ampla dos vários setores no país. 2. Implantação de uma política nacional de medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais que vise reconhecer os fitoterápicos garantindo a sua qualidade, com orientações permanentes aos usuários. 3. Implementação do programa de Fitoterapia e Plantas Bioativas/Medicinais para o Estado de Santa Catarina, previsto na lei nº 0249/01, com responsabilidade governamental através das Secretarias de Saúde, Agricultura e Política Rural, Educação, Meio Ambiente, FUNCITEC e o acompanhamento da Sociedade Civil Organizada e que a mesma contenha estratégias para estimular a criação de hortos comunitários. 4. Implementar projetos e disponibilizar tratamentos alternativos reconhecidos pela OMS como: fitoterapia, acupuntura e homeopatia, com capacitação Profissional, incluindo este serviço na tabela SIA/SUS 5. Viabilizar e incentivar a criação de hortos medicinais, nos municípios, sob a responsabilidade de profissionais prevista em lei. Propostas Relacionadas a Acesso e Recursos Financeiros / Aquisição de Medicamentos Aumento dos recursos financeiros: 1. Utilização e repasse dos recursos do CPMF aos municípios e região para financiamento exclusivamente da saúde, criando um mecanismo de repasse direto ao fundo municipal de saúde, com controle social. 2. Reformular o financiamento para a Assistência Farmacêutica Básica, ampliando o piso de repasse financeiro dos Governos: Ampliar o piso para R$ 12,00 habitante/ano, mantendo-se as proporções da Portaria 176, corrigido conforme os aumentos autorizados pelo Governo Federal para medicamentos. 3. Incentivo à formação de consórcios intermunicipais/regionais para aquisição de medicamentos e capacitação e qualificação do serviço 4. Estimular e facilitar a operacionalizaçao do uso de novos meios de aquisição de medicamentos (leilões virtuais, registro de preços, etc), mantendo padrões de qualidade. 5. Possibilidade de inserção no SIFAB da lista de medicamentos da RENAME. 6. Desoneração tributária dos medicamentos constantes da RENAME. 7. Implantação imediata / Efetivação do cartão SUS. 8. Maior comprometimento e pontualidade do Estado em relação ao repasse financeiro. 9. Que o município tenha a possibilidade de optar pelo recebimento de recursos financeiros e/ou de medicamentos, repassados pelo governo federal e estadual, respeitando as especificidades de cada município. 10. Possibilitar ao município optar pelo recebimento do kit PSF em recursos financeiros. 11. O kit de medicamentos do PSF deverá ser constituído de acordo com o perfil epidemiológico da região 12. Gestor Federal: Promover a revisão, atualização e ajuste diferenciado do grupo de medicamentos incluídos na composição dos custos dos procedimentos relativos à assistência hospitalar e ambulatorial, faturados segundo a tabela. 13. Implantar uma coordenação de assistência farmacêutica no município de acordo com a política nacional de medicamentos Propostas Relacionadas a Acesso e às Relações de Medicamentos 1. Revisão e atualização da RENAME - Relação Nacional de Medicamentos - visando aumentar a disponibilidade de medicamentos, considerando as características epidemiológicas, baseado em estudos e projetos e incluindo fitoterápicos. 2. A SMS com o auxilio de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica, composta por uma equipe interdisciplinar de saúde, deve definir uma lista padronizada de medicamentos essenciais e estabelecer protocolos de condutas de prescrição e dispensação de medicamentos, as quais deverão ser divulgadas pelos Conselhos Municipais de Saúde. 3. Elaboração do Plano Estadual de Medicamentos de acordo com a realidade e as especificidades regionais, com base em critérios epidemiológicos, com a participação de representantes das associações de municípios. 4. Que se estabeleça e divulgue os critérios para elaboração das listas de medicamentos excepcionais Propostas relacionadas a Acesso e Produção de Medicamentos 1. Fortalecer o LAFESC para produção de medicamentos, articulado à Política Estadual de Medicamentos e Assistência Farmacêutica que atenda a demanda do Estado. 2. Criação de consórcios universitários, visando o fortalecimento técnico-científico, com o intuito de desenvolver novos fármacos, com a participação de várias áreas de conhecimento e a integração com a indústria. 3. Estabelecimento de novas formas de apresentação das embalagens dos medicamentos, com vistas a redução de desperdícios e dos custos. 4. Ampliação de recursos financeiros para assistência farmacêutica e reativação de laboratórios oficiais estatais, visando auto-suficiência na produção de medicamentos, optando por recursos financeiros do governo estadual e federal. 5. Diferenciar a apresentação dos medicamentos (embalagens, formas farmacêuticas, etc.) de mesmas substâncias ativas e dos mesmos laboratórios, de forma a facilitar a identificação dos medicamentos por parte dos usuários. Propostas relacionadas a acesso e à Organização da Assistência Farmacêutica 1. Implantação da NOAS da Assistência Farmacêutica 2. Descentralizar a medicação para pacientes oncológicos do CEPON, mediante a criação de centros de referência conforme legislação vigente. 3. Organização da Assistência Farmacêutica na área de Saúde Mental, através de regulação específica garantindo o acesso e a regularidade da distribuição dos medicamentos. 4. Obrigatoriedade da adoção das Denominações Comuns Brasileiras em todas as etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS Tema: QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RH FARMACÊUTICA E Propostas Relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica e Disponibilidade de RH 1. Presença de equipes interdisciplinariamente. multiprofissionais nos municípios, capacitadas para trabalhar 2. Repasse de incentivo financeiro federal e estadual visando vincular o farmacêutico nas Secretarias de Desenvolvimento Regionais e municipais de saúde, tanto na dispensação nas unidades de saúde e no nível central administrativo e planejamento com o objetivo de capacitar, educar e orientar agentes de saúde e/ou usuários do serviço de saúde para o uso racional de medicamentos e na prevenção de doenças. 3. Incentivos financeiros do Governo Federal e Estadual para inclusão de farmacêuticos nas equipes de PSF. 4. Cumprimento da legislação (fiscalização) que exige a presença do profissional farmacêutico durante todo o período de funcionamento das farmácias públicas e privadas 5. Implementação de plano de contratação de farmacêuticos pela SES para atuarem em cada Sede de Regional e para todas as Unidades de Referência. Os profissionais farmacêuticos lotados nas unidades sedes de regional terão como uma de suas atribuições, a supervisão dos dispensários de medicamentos das demais Unidades Básicas de Saúde adstritas em sua área de abrangência, assessorando e orientando os municípios no planejamento, coordenando regionalmente programa Estadual e Regional de Assistência Farmacêutica, ministrando palestras, promovendo a educação e supervisão aos farmacêuticos dos Municípios. 6. Priorizar a reorganização e recomposição das equipes de Vigilância Sanitária das Regionais de Saúde, em especial na manutenção de farmacêuticos para orientação e supervisão dos serviços municipais e estabelecimentos farmacêuticos. Propostas Relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica, Recursos Financeiros e Infra-estrutura 1. Garantia do Estado, nos três níveis, para a infra-estrutura para a Assistência Farmacêutica. 2. Que, no cálculo do financiamento da Assistência Farmacêutica, sejam considerados também os custos de implantação, informatização e adequação física. 3. Apoio governamental da União Estados e Municípios para a implantação da atenção farmacêutica no SUS 4. Aumento de investimentos financeiros na assistência farmacêutica. 5. Garantir boas condições de área física para desenvolver as atividades de Assistência Farmacêutica de modo a facilitar o acesso pela população e permitindo um controle efetivo do processo da dispensação 6. Ampliar a REBLAS (Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos de Saúde) através de incentivo a criação e desenvolvimento de laboratórios nas Universidades Públicas e Privadas, proporcionando a análise dos medicamentos genéricos de forma independente de pressões políticas e comerciais, e dando maior agilidade ao processo. 7. Implementar a informatização das Unidades Básicas de Saúde, permitindo a integração de dados e informações necessárias para agilizar a Assistência Farmacêutica e conseqüentemente o uso racional de medicamentos. 8. Criação de banco de dados para consolidar os dados relativos aos recursos financeiros e técnicos (sobre o uso, medição de impacto, etc.) relacionados aos medicamentos no nível estadual e federal 9. Proporcionar acesso via internet do andamento dos processos de pedido de medicamentos de alto custo. 10. Buscar incentivos financeiros das três esferas governamentais para Estruturação, adequação e informatização de toda rede de saúde do município, baseada nas boas práticas de armazenamento, para que se garanta a conservação dos medicamentos e a manutenção da qualidade 11. Garantia da gestão ecologicamente correta dos medicamentos descartados. 12. Criação de protocolos de prescrição e dispensação de medicamentos no SUS 13. Criação de centros de tratamento e desintoxicação química para dependentes de fármacos incluindo o procedimento na tabela SIA/SUS 14. Que o Ministério da Saúde estimule a criação de projetos que façam interação e inserção das farmácias privadas com o SUS, a exemplo do projeto “Farmácia Cidadã” do Município de Blumenau, através das captações de notificações de reações adversas a medicamentos pelos serviços de farmacovigilância dos municípios. 15. Estruturação e adequação da Central de Abastecimento do Estado e da União, baseada nas Boas Práticas de Armazenamento, para que se garanta a conservação dos medicamentos e a manutenção da qualidade. Propostas relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica e Serviços 1. Ofertar a Atenção Farmacêutica nos serviços de saúde. 2. Criar e implantar codificação na tabela SIA/SUS de pagamento informação ambulatorial das atividades do farmacêutico nas seguintes áreas: Atenção farmacêutica; Dispensação de medicamentos; Palestras de orientação; Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes crônicos; Farmacovigilância; pagamento por notificações realizadas; Participação no Programa Saúde da Família, etc.. 3. Sensibilizar os gestores do sistema de saúde, os farmacêuticos e a equipe de saúde, no sentido da efetiva implementação da assistência farmacêutica, com a inserção das respectivas ações de Assistência e Atenção Farmacêutica, tanto no setor público como no privado de Atenção a Saúde. 4. Articular junto ao CONASS (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde) a discussão da Atenção Farmacêutica como parte integrante dos planos estaduais e municipais de Assistência Farmacêutica, inclusive utilizando-se os espaços dos seus respectivos fóruns 5. Garantir o controle farmacêutico, tanto do setor público como privado, sobre as substâncias e medicamentos geradores de dependência como forma de coibir o desvio de uso destes produtos conforme dispostos na legislação vigente. 6. Prioridade e incentivo para a reestruturação da vigilância sanitária nacional, estadual e municipal, para que estas instâncias passem realmente a cumprir o que a legislação determina em relação à assistência farmacêutica. 7. Que o CRF faça parte do Conselho Estadual de Entorpecentes e que mantenha uma ligação com os departamentos de polícias Estadual e Federal sobre o uso de drogas entorpecentes no Estado. 8. Divulgação junto aos usuários e profissionais prescritores, informações sobre a legislação em vigor, que obriga os profissionais a usarem os nomes dos medicamentos de acordo com a sua Denominação Comum Brasileira (DCB), com incentivo ao uso de genéricos, segundo a padronização do município e não prescrevendo por pressão de propagandistas. 9. Promover de maneira efetiva (de forma ostensiva e adequada) a informação sobre medicamentos aos profissionais de saúde e à população como estratégia para a melhoria dos padrões de prescrição, dispensação, administração e uso adequado dos medicamentos; com a criação de um formulário terapêutico local, e estabelecimento de diretrizes de tratamentos padronizados (DTP) com suporte técnico farmacoterapêutico. 10. Estabelecer a comissão de licitação dentro da Secretaria Municipal de Saúde para compra exclusiva de medicação e material de enfermagem. 11. Criar uma comissão especial de licitação no âmbito da diretoria de assistência farmacêutica para compra exclusiva de medicação. 12. Implantação e implementação de uma política de farmacovigilância, que estabeleça os deveres de cada esfera do governo, dentro do Sistema Único de Saúde integrada aos Centros de Informação sobre Medicamentos locais, Instituições de Ensino e Vigilância Epidemiológica. 13. A Secretaria Municipal de Saúde também deve executar ações de farmacovigilância, incentivando a realização de notificações através de educação e capacitação dos profissionais de saúde. 14. Implantar programa de Farmacovigilância a nível Estadual, integrada aos Centros de Informação sobre Medicamentos locais, Instituições de Ensino e Vigilância Epidemiológica 15. Estado deve buscar convênio com os Centros de Informação sobre medicamentos – CIM existentes no Estado como forma de ampliar a oferta de informação passiva e ativa atualizada sobre medicamentos aos profissionais de saúde, principalmente médicos e farmacêuticos 16. Assegurar que nos serviços prestados pelos Estabelecimentos Farmacêuticos, em relação a dispensação dos medicamentos e seu uso racional, a farmacovigilância, as análises clínicas e toxicológicas à atenção primária e promoção da saúde, sejam contemplados os seguintes aspectos: Transformar o conceito dos estabelecimentos farmacêuticos privados em estabelecimentos de serviços de saúde integradas ao SUS de forma complementar conforme legislação vigente. 17. Determinar critérios racionais para o licenciamento dos estabelecimentos farmacêuticos, observando-se aqueles de natureza demográfica e geográfica, como recomenda a Organização Mundial de Saúde, de forma a proporcionar uma equidade no acesso à assistência farmacêutica e a preservação da integralidade e qualidade desta assistência. 18. Regulamentação pela ANVISA do fracionamento de medicamentos nas farmácias, obedecendo às boas práticas, de forma a garantir a Qualidade e eficácia original dos produtos, permitindo que o processo resulte em redução nos custos dos tratamentos, na promoção do uso correto dos medicamentos como estratégia para garantir a adesão ao tratamento. As indústrias deverão adequar as embalagens para propiciar o fracionamento 19. Proibir a venda de medicamentos via Internet que não permitam a identificação e análise da receita médica original, sem prejuízo a dispensação e ao uso seguro e correto dos medicamentos. 20. Exigir o cumprimento das Boas Práticas de fabricação, manipulação, distribuição e dispensação de medicamentos em todos os setores farmacêuticos do país públicos e privados, respeitando a legislação vigente. Propostas relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica e Qualidade dos Medicamentos 1. Melhoria na qualidade do transporte e acondicionamento medicamentos enviados pelo ministério da saúde (transporte/acondicionamento) para os municípios. 2. Que a ANVISA intensifique o combate aos medicamentos falsificados e que se adote o controle de qualidade fiscal de medicamentos. 3. Que se padronize a cor, forma e embalagem dos medicamentos de laboratórios oficiais para uso no SUS, objetivando o correto seguimento farmacoterapêutico e o fracionamento seguro dos medicamentos. 4. Produção de medicamentos com qualidade e preços justos. 5. Revisão geral, por parte do Ministério da Saúde, dos registros de todos os medicamentos, com conseqüente eliminação daqueles sem efeito terapêutico, associações irracionais e cujo risco/benefício de utilização não seja justificado. Propostas relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica e Legislação 1. Rever a legislação que regulamenta a bula de medicamentos, tornando-a obrigatória para todos os grupos de medicamentos, inclusive fitoterápicos, fabricados por laboratórios públicos ou privados, de forma a torná-la mais humanizada e voltada ao usuário, com letra maior, explicações mais simples, orientações quanto ao uso e interações medicamentosas e com alimentos. 2. Aumentar a fiscalização sobre a de medicamentos e alimentos funcionais, criando uma lei que proíba a propaganda destes aos consumidores. 3. Que a Vigilância Sanitária e o Conselho de Farmácia fiscalizem com rigor a dispensação de medicamentos em farmácias públicas e privadas. 4. Fiscalizar o cumprimento da lei que prevê letra legível e preenchimento correto do receituário médico 5. Revisão da Portaria 344/98 do Ministério da Saúde objetivando maior controle sobre os medicamentos desta portaria. 6. Atuar junto aos órgãos governamentais e ao congresso nacional no sentido de envolvê-los no processo de transformação da Farmácia em estabelecimento de prestação de serviços de saúde de interesse público 7. Exigir o cumprimento da lei que proíbe a venda de medicamentos em estabelecimentos não farmacêuticos 8. Proibição de práticas comerciais pelos laboratórios, relativas aos medicamentos, feitas aos prescritores, a exemplo dos cupons promocionais e tickets de desconto e venda de medicamentos nos consultórios. 9. Fiscalização rigorosa pela ANVISA, CRF e CRM sobre profissionais médicos que oferecem consultas casadas com o fornecimento do medicamento na forma original ou manipulada. Propostas relacionadas a Qualidade na Assistência Farmacêutica e Campanhas 1. Promover campanha educativa em nível nacional, estadual e/ou municipal para profissionais e usuários sobre o uso racional de medicamentos, inclusive fitoterápicos, informando sobre reações adversas, auto-medicação, contra-indicações, interações medicamentosas, farmacovigilância, humanização da Assistência Farmacêutica e autocuidado. 2. Gestor Federal: Promover a elaboração, a divulgação e a utilização do Formulário Terapêutico Nacional. 3. A partir do conhecimento já existente, criar e divulgar lista de plantas tóxicas no país, divulgando os efeitos colaterais e formas inadequadas de uso. 4. Implementar e fortalecer a discussão sobre dependência química de medicamentos e a venda ilegal dos medicamentos de controle especial. 5. Promover a Educação em Saúde através de meios de comunicação de massa, especialmente em rádios locais. 6. As SMS, visando a educação sanitária, devem promover palestras junto à população sobre o uso correto, seguro e racional dos medicamentos. Tema: FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RH Propostas Capacitação / Formação de RH 1. Elaborar uma política de formação e capacitação de recursos humanos para a promoção da Assistência e Atenção Farmacêutica, com o necessário envolvimento do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Conselho Nacional de Educação. 2. Estabelecer programas e responsabilidades (União, Estado e Municípios) para os processos de capacitação e qualificação de profissionais ligados a Assistência Farmacêutica. 3. Criar programas de capacitação, treinamento e atualização dos recursos humanos da saúde, para o uso racional de medicamentos, através de parcerias com instituições de ensino públicas e privadas e dos Pólos de Capacitação Estaduais. 4. Incentivar a busca de parcerias entre o Estado e as Universidades para a capacitação visando a qualificação da Assistência Farmacêutica. 5. Reformulação da estratégia do Pólo de Capacitação, tendo em vista que esta, não contemplou as necessidades municipais. 6. Promover campanhas de conscientização de gestores, dispensadores para o uso racional de medicamentos. usuários, prescritores e 7. Estimular a reformulação dos currículos na área de saúde, priorizando a promoção e educação em saúde e a prevenção de doenças. 8. Promover a discussão da ética no SUS, em especial o relacionamento entre os profissionais de saúde, bem como entre os profissionais e usuários. 9. Promover a capacitação dos profissionais de saúde visando a humanização do atendimento aos usuários. 10. Priorizar o diálogo no ato da consulta, no momento da emissão da receita, na entrega do medicamento, a qual deverá ser acompanhada de orientação sobre o uso correto, sua finalidade, o tempo do tratamento, e todas as informações que se fizerem necessárias com vistas à promoção da Saúde. 11. Estimular a capacitação dos prescritores para o cumprimento da lei relacionada à prescrição (legibilidade, identificação, denominação genérica, posologia, carimbo, assinatura dos prescritores, etc... ). 12. Promover ações multidisciplinares na perspectiva da humanização do atendimento, considerando os fatores sociais, psíquicos, orgânicos e culturais do usuário, visando uma maior adesão ao tratamento. 13. Que as reuniões para educação em saúde sejam feitas por profissionais capacitados na área, levando em consideração as expectativas do usuário. 14. Capacitar profissionais para o atendimento de pacientes que fazem uso dos medicamentos da portaria 344/98. 15. Criação de uma escola de Saúde Pública no Estado de Santa Catarina vinculada ao Sistema Estadual de Saúde e que institua entre suas linhas de pesquisa a área de Assistência Farmacêutica. 16. Criação de um programa de incentivo a Pós-Graduação na área farmacêutica. 17. Maior inserção de estagiários do curso de Farmácia (graduação) na rede básica de atenção à saúde (no SUS), sob supervisão da escola e de profissionais farmacêuticos, com apoio e incentivo do poder Público. 18. Que o Conselho Estadual de Educação intensifique a fiscalização das escolas de farmácia do Estado, na forma da lei. Tema: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Propostas relacionadas a Pesquisa / Desenvolvimento Tecnológico e Políticas 1. Definir uma política nacional para controle da extração, pesquisa e industrialização de produtos ou matéria-prima retirados do território brasileiro, garantindo investimentos em pesquisas voltadas à produção de medicamentos com patentes brasileiras, proibindo o registro por empresas estrangeiras de princípios ativos típicos brasileiros. 2. Construir política nacional de pesquisa que resgate o conhecimento e uso popular das plantas medicinais, visando a produção dos fitoterápicos, envolvendo as universidades. 3. Manter a Amazônia e todo território nacional sob controle nacional, investindo na preservação e pesquisa da sua biodiversidade, respeitando a flora e fauna. 4. Que se defina uma política de ciência e tecnologia nos estados que contemple o financiamento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos articulada entre FUNCITEC, Diretoria de Assistência Farmacêutica, laboratórios públicos estaduais e nacionais, Universidades e indústria farmacêutica nacional. 5. Que, na política Estadual de Assistência Farmacêutica, esteja contemplada a sua articulação com o Programa Estadual de Plantas Medicinais, definindo ações estratégicas de educação e promoção do uso racional de plantas medicinais, a qualificação dos agentes e profissionais de saúde, a institucionalização da fitoterapia no SUS e uma política para o desenvolvimento e produção de fitoterápicos. 6. Que se incentive a ampliação e consolidação do programa SIFAB. 7. Propor a revisão da Lei de Patentes, visando proteger os interesses nacionais; 8. Que o Ministério da Saúde e da Justiça tome medidas contrárias à Biopirataria do patrimônio nacional. 9. Que o Governo Federal fortaleça e viabilize as instituições de pesquisa nacionais para a pesquisa de novas substâncias medicamentosas; 10. Implementação de uma Política de Ciência e Tecnologia, integrando Centros de Pesquisa, Laboratórios Oficiais e Privados e Universidades, visando à pesquisa e o desenvolvimento de insumos farmacêuticos, a fim de diminuir gradativamente a dependência externa do país e criar referência em termos de custos; a fim de promover a independência nacional no setor. 11. Investir em nível nacional para desenvolvimento de tecnologia em controle de qualidade. 12. Fortalecimento da produção de medicamentos genéricos e da capacidade do sistema produtivo para assegurar continuadamente sua qualidade. 13. Toda pactuação de bens ou serviços entre o setor público e o setor privado deve ser devidamente documentada, constando as responsabilidades, os investimentos, e os resultados esperados, objetivando resguardar os interesses da sociedade. Propostas relacionadas à Pesquisa 1. Que se resgate e aprofundem as pesquisas de plantas medicinais já realizadas para suportar o desenvolvimento tecnológico e clínico de medicamentos fitoterápicos. 2. Incentivo Federal para a pesquisa da biodiversidade brasileira para a produção de medicamentos 3. Que se incentive a criação de incubadoras de Pesquisa e Desenvolvimento na área farmacêutica 4. Política nacional que incentive a pactuação entre governo e indústrias farmacêuticas à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos no Brasil. 5. Estímulo, por parte do Governo Federal, à pesquisa e produção farmoquímica para reduzir a dependência quase total do Brasil em relação ao mundo, de sais básicos para a produção dos medicamentos consumidos no Brasil. Propostas relacionadas a Pesquisa / Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Medicamentos 1. Investir em convênios com Universidades para a produção de medicamentos. 2. Diversificar, Modernizar e ampliar a capacidade instalada dos Laboratórios Oficiais, readequando a estrutura física e recursos humanos, regionalizando nacionalmente a produção como forma de baratear custos e melhorar o acesso dos usuários. 3. Proposição da quebra de patentes ou redução do tempo das patentes para produção de medicamentos no país 4. Formular e implementar projetos de produção de insumos (sais, etc.), imunobiológicos e medicamentos em cada esfera de governo através de convênios entre as secretarias estaduais e municipais de saúde e toda a rede pública de laboratórios e universidades. Tema: CONTROLE SOCIAL 1. Que se implemente um programa de educação e conscientização de juizes e promotores sobre as responsabilidades das três esferas na questão da Assistência Farmacêutica e que se cumpra o que foi proposto e decidido na Audiência Pública do ano de 2.000. 2. Que o município se responsabilize pela divulgação dos trabalhos do conselho municipal de saúde junto á comunidade para a efetivação do controle social 3. Estimular a formação e criação das Associações de portadores de patologias para educação em saúde, para o efetivo Controle Social, garantindo o acesso a Assistência Farmacêutica. 4. Priorizar a implantação e/ou reativação dos conselhos locais com ampla divulgação, objetivando o aumento da participação popular. a) Os Conselhos Municipais de Saúde devem fiscalizar a execução do Plano Municipal de Assistência Farmacêutica. 5. Os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Saúde deve acompanhar os investimentos realizados junto aos laboratórios oficiais para garantir a demanda pública. 6. Os gestores municipais devem incluir nos relatórios trimestrais a serem apresentados aos Conselheiros Municipais de Saúde, itens sobre Assistência e Atenção Farmacêutica como: Quantidade e qualidade de medicamentos distribuídos, em unidades e valores baseado em pesquisa de demanda; inclusive para capacitação, estruturação e modernização de serviços; Recursos destinados à Assistência Farmacêutica; Ações realizadas na promoção do uso racional de medicamentos e palestras sobre este tema. Quantidade de pacientes beneficiados com a realização de grupos de trabalhos informativos e educativos Relação dos Medicamentos Essenciais e disponíveis no município. Índices de morbidade e mortalidade, causas de internamento hospitalar, servindo como parâmetros de avaliação do impacto da Assistência Farmacêutica; Avaliação das ações de Assistência Farmacêutica com a utilização de indicadores específicos (indicadores epidemiológicos, indicadores de acesso aos medicamentos, de adesão aos tratamentos medicamentosos, etc.). 7. Estabelecer que os respectivos Conselhos de Saúde procedam à avaliação e revisão anuais da(s) forma(s) de pactuação adotada(s) nos níveis correspondentes. Permitindo a variabilidade da forma, de acordo com as necessidades e expectativas locais. 8. Desenvolver estratégias para a participação da população juntamente com os gestores, no processo de implementação de políticas de medicamentos, utilizando os meios de comunicação para divulgar estas políticas. 9. Garantir a realização de cursos regionais, periódicos, de capacitação para os representantes de entidades civis organizadas, conselheiros locais, municipais e estaduais de saúde sobre assistência farmacêutica e uso racional de medicamentos.