56º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010 Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 96 Utilização de linhagens de Lactococcus lactis invasivas como veículos para a entrega de plasmídeos vacinais, codificando o antígeno ESAT-6 de Mycobacterium tuberculosis, em linhagens celulares epiteliais humanas Pereira, VB1; Saraiva, TDL1; Mancha-Agrest, P1; Zurita-Turk, M1; Azevedo, V1; Miyoshi, A1 Laboratório de Genética Celular e Molecular, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas gerais [email protected] 1 Palavras-chave: Vacina de DNA, pValac, ESAT-6, Lactococcus lactis, Mycobacterium tuberculosis. Introdução: O uso de bactérias como veículo para a entrega de plasmídeos vacinais pela rota oral constitui uma estratégia de vacinação promissora contra diversas doenças infecciosas. Para isto, bactérias patogênicas atenuadas como Shigella, Listeria e Salmonella vêm sendo utilizadas, ainda que o risco de reversão da patogenicidade limite seu uso em humanos. Lactococcus lactis é uma Bactéria Láctica modelo considerada GRAS (Generally Recognized As Safe) que vem sendo extensivamente utilizada para a produção e entrega de antígenos e citocinas ao nível de mucosas. Nesse contexto, L. lactis representa uma alternativa atrativa para a entrega de plasmídeos vacinais em relação à patógenos atenuados. Assim, linhagens invasivas de L. lactis foram desenvolvidas (FnBPA+) e um plasmídeo de expressão eucariótica foi construído (pValac; Vaccination using Lactic acid bacteria). Desta forma, a utilização de linhagens invasivas de L. lactis para a entrega do pValac expressando o antígeno ESAT-6 (6-kDa Early Secreted Antigenic Target) de Mycobacterium tuberculosis, poderia representar uma nova estratégia para o controle da tuberculose, uma doença infecto-contagiosa que atinge 1/3 da população mundial na forma latente. Objetivos: Utilização de linhagens de L. lactis invasivas (FnBPA+) como veículos para a entrega de um plasmídeo vacinal (pValac), codificando o antígeno ESAT-6 de M. tuberculosis, em células de mamíferos. Métodos: A seqüência codificadora de ESAT-6 será amplificada por PCR (polymerase chain reaction) a partir do DNA genômico de M. tuberculosis linhagem H37Rv para clonagem no vetor Zero Blunt® TOPO® (Invitrogen) e posteriormente no vetor pValac. A construção final, pValac:ESAT-6, será primeiramente obtida em E. coli TG1 e posteriormente transferida para L. lactis FnBPA+ por eletroporação. Para a avaliação da produção de ESAT-6, células da linhagem Caco-2 serão transfectadas com o plasmídeos pValac:ESAT-6 e a capacidade invasora da linhagem L. lactis FnBPA+(pValac:ESAT-6) também serão verificadas nesta linhagem celular. Resultados parciais: A ORF ESAT-6 foi amplificada por PCR, com aproximadamente 300pb. ESAT-6 foi clonado primeiramente no vetor Zero Blunt® TOPO® em E. coli TOP10, e a clonagem confirmada por PCR, digestão enzimática e sequênciamento (ABI3130). O inserto ESAT-6 foi então clonado no vetor pValac e transformado em E. coli TG1. A construção pValac:ESAT-6 foi confirmada por PCR, digestão e sequênciamento. Conclusões: Este projeto constitui um primeiro passo rumo à validação da eficácia e efetividade de novas vacinas gênicas baseadas em bactérias lácticas geneticamente modificadas, por via de administração em mucosas; o que também poderá fornecer informações valiosas para a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas contra outros patógenos. Apoio financeiro: CNPq