VARIABILIDADE GENÉTICA ENTRE DIFERENTES GRUPOS HETERÓTICOS EM FEIJÃO Luiza Oening Chaves1; Rita Carolina de Melo1; Rodolfo Schmit1; Paulo Henrique Cerutti1; Jonatas de Castro Leão Campos1; Mattheus Beck1; Nicole Trevisani2; Murielli Sabrina Gemeli3; Thayse Cristine Vieira Pereira3; Luis Paulo Saraiva Velho3; Altamir Frederico Guidolin4; Jefferson Luís Meirelles Coimbra4 1 Graduandos em Agronomia – CAV-UDESC/Lages-SC/Brasil. Bolsista CNPq/PIBIC – email: [email protected]; 2 Doutoranda em Produção vegetal – CAV-UDESC/Lages-SC/Brasil. 3 Mestrandos em Produção vegetal – CAV-UDESC/Lages-SC/Brasil. 4Professores – Departamento de Produção vegetal – CAV-UDESC/Lages-SC/Brasil. A existência de variabilidade é condição primordial para seleção de plantas superiores. Cruzamentos e mutações são mecanismos naturais de ampliação e criação de variabilidade genética. O objetivo desse trabalho foi comparar as alterações da variabilidade genética de populações de feijão mutantes e híbridos em diferentes grupos heteróticos. Foram avaliadas 6 gerações segregantes de populações mutantes (M 2, M3, M4, M5, M6 e M7) oriundas da irradiação nos genótipos Pérola e Uirapuru, 3 gerações segregantes de progênies Uira_B50 e B50_Uira, oriundas de cruzamento dialelo (F4, F5,F6), e como testemunhas foram utilizados os genótipos Pérola e Uirapuru. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com duas repetições. Os caracteres agronômicos avaliados foram: Altura de planta (ALT) em centímetros, inserção de primeiro legume (IPL) em centímetros, diâmetro de caule (DMC) em milímetros, número de legumes por planta (NLP), número de grãos por planta (NGP), massa de cem grãos (MCG) em gramas e rendimento de grãos (RDM) em kg.ha -1. As hipóteses foram testadas pela análise de variância multivariada (MANOVA) pelo teste Lambda de Wilks. Para verificar a diferença entre gerações, utilizou-se contrastes multivariados. Para verificar as características que contribuíram para essas diferenças foram utilizados os coeficientes canônicos padronizados. Verificou-se que a diferença entre testemunhas e gerações segregantes foi significativa, evidenciando assim a eficiência da hibridação e mutação na criação e ampliação de variabilidade genética. Em gerações avançadas de populações mutantes há ainda segregação e diferenciação, indicando que a maior eficiência de seleção nessas populações se dará em gerações mais avançadas. No contraste entre todas as gerações mutantes vs. todas as gerações híbridas as características que contribuíram para diferenciação entre mutantes e híbridos foram adaptativas (como ALT e IPL) o que é promissor para seleção e uso em programas de melhoramento uma vez que essas características têm pouca variabilidade e há interesse em obter plantas superiores para caracteres de adaptação sem perda de rendimento. O contraste entre as gerações mais avançadas de híbridos (F5 vs. F6) mostrou-se não significativo (diferente dos mutantes), o que pode indicar que o avanço de gerações em híbrido fixa as características, portanto a seleção nesse tipo de população deve ser realizada precocemente. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L.; mutação induzida; hibridação; análise de variância multivariada. Apoio Financeiro: CNPq, FAPESC e CAPES.