fbn camila

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1. [1.500] (IP:281473887517796 | 11:42:57 | 23:04:07 | 21:10 | 7.652)
Discuta porque a literatura de FBN é tão centrada na FBN por leguminosas
Dentre as simbioses de fixadores de N2 com plantas, as de rizóbios com leguminosas se
destacam por sua importância econômica, que está relacionada não só com a ampla
distribuição geográfica e utilização de hospedeiros como, também, à maior eficiência do
processo decorrente de uma parceria vegetal e micro-organismo mais evoluída.
As leguminosas são a terceira maior família de plantas com flores, só sendo superada pela
Orchidaceae e Asteraceae. Geralmente, é a família com maior diversidade de espécies nos
ecossistemas, encontrando-se entre as cinco com maior número de indivíduos e, ainda,
apresenta uma gama de espécies com ampla utilização econômica, dentre as quais estão à
produção de madeira, forragem, adubo verde, celulose, alimentação humana, cercas vivas,
produtos medicinais, aromáticos e fitoquímicos (Moreira & Siqueira, 2006). Nas leguminosas
também pode existir a formação de estruturas hipertróficas, denominadas nódulos, nos quais
ocorre, ou não, a fixação biológica de nitrogênio, isto facilita o isolamento das bactérias
favorecendo os estudos de relevância para o processo, quando comparados aos de outras
famílias de plantas, em especial as gramíneas.
Além disso, as leguminosas ganham ênfase na fixação biológica de nitrogênio, pois um dos
exemplos mais citados é a cultura da soja, em que a inoculação das sementes com a bactéria
específica substitui totalmente a adubação nitrogenada, trazendo para o Brasil uma economia
na ordem de bilhões de reais. Outras leguminosas, como o feijão, amendoim, ervilha, lentilha,
adubos verdes, forrageiras e arbóreas, também podem se associar com rizóbios e realizar a
fixação. Outra vantagem, além da econômica, é a eficiência do processo, ou seja, algumas
plantas da família das leguminosas podem ter sua demanda de N totalmente suprida pela
fixação biológica. Enquanto que em culturas de espécies não-leguminosas, ainda existe a
necessidade de suprir o N com outras alternativas, como o uso de fertilizantes químicos.
superficial
2. [1.000] (IP:281473690408178 | 11:44:01 | 23:35:29 | 51:28 | 35.427)
Discuta a importância da nodulação na FBN.
A simbiose de leguminosas com rizóbios pode apresentar a formação de estruturas
hipertróficas nas raízes e, excepcionalmente, no caule, denominadas nódulos. É o mecanismo
mais evoluído, referente à fixação biológica de nitrogênio. Dentro dos nódulos, substâncias
com função e composição semelhantes à hemoglobina (nas leguminosas, leg-hemogoblina)
transportam oxigênio para os bacteroides (células bacterianas que efetivamente fixam o
nitrogênio), este transporte se dá a uma taxa constante e em uma quantidade ideal ao
processo (ambiente microaerófilo), já que a enzima nitrogenase pode ser desativada na
presença de elevadas concentrações de oxigênio. Desta maneira, o ambiente nodular
torna-se ideal a máxima eficiência do processo. Além disso, a proteção dos bacteroides pela
presença das células vegetais, na forma de nódulos, garante uma menor competição com
outros micro-organismos, facilitando o acesso do microssibionte a fotoassimilados,
aumentando, também, a efetividade do processo. Bem como, o nódulo facilita o acesso da
planta ao fornecimento do N fixado.
ok
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3. [2.000] (IP:281473887517796 | 11:44:18 | 23:04:23 | 20:05 | 7.144)
Devemos esperar maior FBN em termos absolutos em solos férteis ou pouco férteis?
Em solos férteis. Pois, para que ocorra a nodulação e a fixação de N2 são necessárias
condições adequadas que permitam o desenvolvimento da planta e a sobrevivência da
bactéria no solo, até que ocorra a simbiose, e esta demanda energia. A falta de nutrientes
pode comprometer o processo de infecção e consequentemente a fixação. Após a simbiose, a
planta deve fornecer fotoassimilados aos bacteroides e quanto mais nutrida ela estiver, mais
fotossíntese ocorrerá e maior quantidade de fotoassimilados podem ser disponibilizados,
aumentando a eficiência do processo.
Dentre os macronutrientes fundamentais, o fósforo merece destaque, pois sua deficiência
afeta, de modo generalizado, a simbiose. Além de ser necessário para a eficiência da
nodulação, ele é extremamente importante na produção de energia (ATP), necessária para a
atuação da enzima nitrogenase na redução do N2. Com relação aos micronutrientes, pode-se
destacar o molibdênio, por ser um constituinte da nitrogenase e o boro, que também é um
elemento essencial para o desenvolvimento dos nódulos e para a fixação biológica. A
correção do pH também é importante, por favorecer, de modo geral, a maior disponibilidade
dos nutrientes.
É importante ressaltar que o excesso de N no solo reduz a nodulação, pois esta ocorre em
resposta às demandas nutricionais da planta. Na presença de elevada quantidade de N, seja
mineral ou da matéria orgânica, tais demandas são reduzidas, diminuindo o estímulo à
nodulação, pela preferência da planta a absorção do N prontamente disponível, devido à
possibilidade de menor gasto energético.
ótimo
4. [1.000] (IP:281473887517796 | 11:44:55 | 23:04:28 | 19:33 | 4.29)
Discuta a inoculação de leguminosas, no Brasil e no mundo.
No Brasil, diversas estirpes de rizóbios já foram selecionadas para a inoculação de
leguminosas. A produção de inoculantes é feita por diferentes empresas existentes no
mercado brasileiro. A maior parte do inoculante produzido é uma mistura de turfa com pH
neutralizado e cultura líquida de estirpes de rizóbio recomendadas (3:1 V/V). De acordo com
padrões estabelecidos pelo MAPA (responsável pela liberação de inoculantes para o
comércio), a turfa deve ser esterilizada para evitar propagação de outros organismos
indesejáveis ou que possam afetar a sobrevivência dos rizóbios. Os outros tipos de
inoculantes são o líquido e o pó molhável. O controle de qualidade dos inoculantes utilizados
no País é feito por órgãos competentes ligados ao MAPA. Apesar de várias estirpes de
rizóbios serem indicadas para a inoculação, deve-se considerar que novas estirpes eficientes
e adaptadas para condições locais podem ainda ser selecionadas.
Para o Brasil, o melhor exemplo de fixação biológica em leguminosas, é a soja, em que a
inoculação das sementes com a bactéria específica substitui totalmente a adubação
nitrogenada, trazendo para o Brasil uma economia na ordem de bilhões de reais. No entanto,
quando observamos a soja no seu continente de origem, o asiático, em especial, na região da
China, nota-se que a inoculação não é eficiente como no Brasil, já que existem outros rizóbios
indígenas que nodulam as raízes da soja e com isso competem com o inoculante comercial,
diminuindo a eficiência do processo de inoculação e, consequentemente, o de fixação; isto
ocorre com o feijão nas áreas brasileiras.
Nos EUA, diferentemente do Brasil, as empresas produzem seu próprio inoculante, se
responsabilizando pela eficiência dele. Assim, a abertura à inserção de novas estirpes no
mercado é maior. Estima-se que cerca de 2000 toneladas de inoculantes são produzidos em
todo o mundo, anualmente, uma quantidade suficiente para inocular 20 milhões de hectares
de leguminosas. Os maiores produtores individuais estão nos EUA, com uma produção anual
de 1000 toneladas (Rebah et al., 2007).
Diversos outros países realizam a prática da inoculação, entre eles, estão Austrália, Holanda,
Ruanda, Tailândia e Canadá. Cada uma com suas especificações e padrões de qualidade. A
tendência moderna no cultivo de leguminosas é o uso cada vez mais intenso de inoculantes,
devido à possibilidade de alta eficiência e a relação custo/benefício muito favorável para o
produtor. Nas linhas de pesquisa procuram-se estirpes cada vez melhores, para propiciar altas
taxas de fixação, acompanhando o melhoramento genético das plantas, que visam
produtividades cada vez maiores.
na realidade hoje se vendem mais inoculantes liquidos do que turfoso. Esqueceu a Argentina
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como grande mercado de inoculantes. Boa parte de nossos inoculantes são inclusive
produzidos lá.
5. [1.000] (IP:281473887517796 | 11:45:30 | 23:04:41 | 19:11 | 7.028)
Discuta a afirmativa: “Toda condição ambiental ou de manejo que aumente o crescimento vegetal e
portanto a disponibilidade de fotossintatos é favorável à FBN”.
De maneira geral, condições ambientais e/ou manejo que aumentem o crescimento vegetal
são favoráveis à fixação biológica de nitrogênio. A falta de nutrientes e/ou condições ideais,
como o pH, temperatura, umidade, entre outros, podem comprometer o processo de infecção
e consequentemente a fixação. Após a simbiose, a planta deve fornecer fotoassimilados aos
bacteroides e quanto mais nutrida ela estiver, mais fotossíntese ocorrerá e maior quantidade
de fotoassimilados podem ser disponibilizados, aumentando a eficiência do processo. Pois, a
FBN possui um elevado gasto energético, na atuação da enzima nitrogenase, assim,
condições que favoreçam o desenvolvimento fisiológico e o suprimento nutricional possibilitam
maior suprimento de energia necessária à conversão do N2 a NH3.
Como nutrientes essenciais à planta e a fixação biológica podem ser citados o P,
extremamente importante na produção de energia (ATP), necessária para a atuação da
enzima nitrogenase; o Mo, comoponente estrutural da nitrogenase; e, o boro, elemento
indispensável para o desenvolvimento dos nódulos. Além disso, pH baixo, quantidades
excessivas de Al e Mn, déficit hídrico, salinidade, temperatura elevadas, entre outros, afetam
negativamente as plantas, a sobrevivência dos rizóbios, a nodulação e, consequentemente,
afetam a simbiose diminuindo a FBN.
No entanto, vale ressaltar que a disponibilidade de N no solo, apesar de ser benéfico à planta,
pode reduzir a nodulação. Na presença de elevada quantidade de N, seja mineral ou da
matéria orgânica, à demanda nutricional da planta é reduzida, diminuindo o estímulo à
nodulação, pela preferência da planta a absorção do N prontamente disponível, devido à
possibilidade de menor gasto energético.
só se livrou pelo último parágrafo
6. [0.500] (IP:281473887517796 | 11:46:06 | 23:02:26 | 16:20 | 19.263)
Discuta as mais prováveis consequências da grande conservação da nitrogenase em termos
evolutivos
A nitrogenase é a enzima responsável pela redução do N2 a NH3, e por mediar processos
redutivos (além do N2, temos como exemplo o acetileno e o H2), de modo geral, ela é
extremamente sensível ao oxigênio. Deste modo, para neutralizar a incompatibilidade entre o
processo de fixação de N2, que é estritamente anaeróbio (em função de sua evolução), e seu
metabolismo, os diazotróficos aeróbios desenvolveram vários mecanismos para proteger o
sítio da nitrogenase da interferência do oxigênio, seja por consumo excedente, barreiras à
difusão ou mecanismos de compartimentalização. Portanto, devido à proteção necessária
para que o processo seja totalmente anaeróbico e as barreiras estruturais criadas, a reação
da fixação biológica do nitrogênio fica com menor eficiência energética, diminuindo um
possível potencial que poderia ocorrer em ambiente aeróbio, se o oxigênio não desativasse a
nitrogenase.
fugiu da pergunta exceto na terceira linha, e mesmo assim foi superficial. O ponto chave é que
por ser muito conservada e ter evoluído em ambiente anaeróbio, a enzima em si não adaptou
para os ambientes aeróbios atuais, exigindo as adaptações do resto do metabolismo e
consequente perda de eficiência.
7. [1.000] (IP:281473887517796 | 11:46:40 | 23:03:58 | 17:18 | 89.52)
Discuta o relacionamento evolutivo entre simbiontes e fitopatógenos
Existe uma afinidade filogenética entre espécies de rizóbios e fitopatógenos, como por
exemplo, as bactérias do gênero Rhizobium e a Agrobacterium tumefasciens, que são
simbiontes e fitopatógeno, respectivamente. Pode-se notar uma grande semelhança entre os
sistemas de trocas de sinais de ambos, caracterizando a homologia evolutiva. Deste modo,
presume-se que os rizóbios evoluíram a partir da A. tumefasciens ou de outro fitopatógeno
análogo. Além disto, a capacidade de infecção dos rizóbios também demonstra uma
semelhança com os patógenos vegetais. No entanto, a relação simbionte-planta é mais
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evoluída, pois, por exemplo, os rizóbios são capazes de infectar e conviver com o hospedeiro
de forma benéfica, enquanto ele disponibiliza o N fixado, a planta o fornece fotoassimilados.
Já a relação do fitopatógeno com a planta é parasítica, ou seja, o crescimento e
desenvolvimento da planta são prejudicados, e esta procura eliminar o micro-organismo o
mais rápido possível, não existindo convivência benéfica entre ambos.
resposta superficial e não toca adequadamente na parte de troca de singais.
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