Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Texeira PESQUISA SOBRE HIPERIDROSE REVELA COMO A DOENÇA INTERFERE NAS ATIVIDADES DIÁRIAS Suor excessivo compromete a auto-estima, a vida social e a imagem profissional. São Paulo, fevereiro de 2006 – Pesquisa científica relevou que a prevalência de hiperidrose, suor excessivo sem que haja estímulo aparente como a prática de exercícios, na população norte-americana é de 2,8% ou aproximadamente 7,8 milhões de indivíduos. No Brasil ainda não existe pesquisa semelhante, mas sabe-se que áreas mais comumente afetadas são as regiões das axilas, palma das mãos e planta dos pés. No verão a incidência da doença aumenta e, conseqüentemente, a procura por tratamentos, como o uso da toxina botulínica do tipo A (BOTOX®). O suor excessivo propicia o desenvolvimento de doenças como dermatite, infecções por fungos e bactérias, além de problemas psicológicos e constrangimento social, pois geralmente é relacionado à falta de higiene, causando grande desconforto. A hiperidrose axilar é o tipo mais comum e afeta aproximadamente 50,8% dos pacientes que sofrem desta condição. “Em relação aos pacientes portadores de hiperidrose o conceito de qualidade de vida se torna muito mais importante, já que o distúrbio da secreção da glândula sudorípara produz nos portadores um desconforto e efeito psico-emocional mais grave que as alterações físicas da própria doença”, explica Dra. Ada Almeida, dermatologista e especialista no tratamento da hiperidrose. No verão, os sintomas são ainda mais visíveis e traumáticos. A umidade constante na região das axilas, quando sujeita ao atrito conseqüente do movimento dos braços, por exemplo, resulta em assaduras e fissuras na pele. Nos casos mais graves de hiperidrose, a região axilar pode apresentar outros sintomas desagradáveis, como o odor forte (bromidose) ou mesmo o aparecimento de doenças de pele. De acordo com os dados da pesquisa, 68% dos pacientes disseram que a hiperidrose impacta diretamente na qualidade de vida quando conhecem novas pessoas, 58% disseram que impacta mais no trabalho e 55% em relacionamentos pessoais. Além disso, 50% dos pacientes têm que trocar de roupa duas ou mais vezes por dia, 20% dos pacientes têm que tomar dois ou mais banhos diariamente, 72% dos pacientes sentem-se menos confiantes e 51% dos pacientes tiveram mudar suas atividades em função da hiperidrose. A toxina botulínica tipo A (BOTOX®) é considerada um tratamento rápido, seguro, eficaz e não-invasivo que, diferentemente da opção mais invasiva e cirúrgica (simpatectomia), não está associada ao risco cirúrgico ou ao efeito compensatório, ou seja, a migração da sudorese para outras partes do corpo. A toxina botulínica tipo A é aplicada diretamente na região em que o suor é produzido, provocando sua redução ou, em alguns casos, a interrupção da produção de suor por determinado período de tempo. Os primeiros resultados aparecem após uma semana do tratamento e o efeito dura em média seis meses, sendo indicada uma nova aplicação após esse período. A redução de suor proporcionada pelo tratamento com a toxina botulínica tipo A é acompanhada por um alto grau de satisfação do paciente. Estudo científico demonstrou que 92% dos pacientes tratados com a toxina botulínica tipo A (BOTOX®) declararam estar satisfeitos ou completamente satisfeitos em quatro semanas após a aplicação, sendo que a média de produção de suor seis meses após a aplicação ainda demonstrava redução de 50%. Outra vantagem da toxina botulínica tipo A é a praticidade do tratamento. “O paciente não precisa se afastar das atividades diárias. A técnica é simples - não requer internação e cuidados pós-operatórios – e os resultados aparecem rapidamente. Além disso, o procedimento melhora a qualidade de vida do paciente, que passa a viver normalmente”, afirma Dra. Ada. O que é hiperidrose? Para manter o equilíbrio da temperatura corporal, a transpiração aumenta quando os batimentos cardíacos são acelerados, como durante a prática de exercícios físicos ou em situações de tensão e ansiedade. A hiperidrose é uma condição clínica caracterizada pela produção de suor que excede as necessidades termoregulatórias do organismo sem que haja um estímulo aparente. As áreas mais acometidas são as axilas, os pés e as mãos. Esta condição afeta o indivíduo em sua rotina diária, podendo causar constrangimento e isolamento social. O que causa a hiperidrose? A hiperhidrose geralmente se desenvolve durante a adolescência. A causa da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que ela seja causada pela hiperatividade das glândulas sudoríparas écrinas. Além disso, fatores genéticos provavelmente influenciam o aparecimento da doença, pois de um terço à metade dos pacientes possuem histórico familiar da doença. A transpiração severa pode ser exacerbada pelo stress, razões emocionais ou exercícios físicos, mas geralmente ocorre espontaneamente. O mecanismo exato que desencadeia a doença ainda não está claro, mas aparenta estar relacionado com o mau funcionamento do sistema nervoso simpático, parte do sistema nervoso que regula as funções involuntárias do corpo, as quais não exercemos controle consciente como a respiração, os batimentos cardíacos e a regulação da temperatura do corpo. Como a hiperidrose é tratada? Pesquisa sobre a prevalência da hiperidrose e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes demonstrou que esta é uma condição comumente não diagnosticada e tratada. Somente 38% dos pacientes afetados pela condição procuram um profissional médico para discutir opções de tratamento. Os pacientes com hiperidrose geralmente procuram um dermatologista. Os tratamentos tópicos representam a primeira opção na tentativa de resolver o problema, porém são freqüentemente ineficientes, produzem efeitos de curta duração e não são bem tolerados. Outra opção de tratamento é a estimulação elétrica que envolve colocar as mãos ou pés em um banho de água em que a corrente elétrica passa, induzindo as glândulas sudoríparas a produzirem uma quantidade menor de suor. Os efeitos são temporários, podendo durar algumas horas ou, dependendo do caso, uma semana. Os medicamentos anticolinérgicos que bloqueiam a estimulação da produção de suor também podem ser prescritos e podem ser úteis nos casos em que o suor afeta diversas partes do corpo ao mesmo tempo. A aplicação de BOTOX® (toxina botulínica tipo A) é um método não-invasivo aprovado para o tratamento da hiperidrose palmar e axilar. Os efeitos duram em média seis meses, dependendo de cada paciente. Os procedimentos cirúrgicos para o tratamento da hiperhidrose são indicados apenas casos onde as opções menos invasivas não apresentaram melhora em aliviar os sintomas. A cirurgia consiste em cortar ou remover os nervos simpáticos que estimulam a produção de suor em partes específicas do corpo e apresenta o efeito compensatório como efeito indesejado. Sobre a Allergan e BOTOX® A Allergan, fabricante de BOTOX® (toxina botulínica tipo A) é líder e pioneira na produção e distribuição da toxina botulínica tipo A. No Brasil, BOTOX® (toxina botulínica tipo A) é aprovado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de linhas faciais hipercinéticas (rugas ou linhas de expressão) e hiperidrose palmar e axilar desde 2001. Para assegurar que BOTOX® (toxina botulínica tipo A) seja indicado e aplicado de maneira correta e de acordo com as necessidades dos pacientes, a Allergan promove programas intensivos de treinamento e atualização da classe médica brasileira onde são discutidas questões anatômicas e fisiológicas dos pacientes, além das características do produto e sua aplicação.