A PERMISSIVIDADE SEXUAL Os seres humanos são animais

Propaganda
A
PERMISSIVIDADE
SEXUAL
Os seres humanos são animais sexualizados como
quase todos os demais seres vivos. Porém, nos
tornamos uma espécie hipersexualizada, pelo
condicionamento excessivo de estímulos
erotomaníacos que atingem, a todo momento, a
nossa mente consciente e inconsciente. Esses bilhões
de estímulos diários que vêm erotizando,
patologicamente, o nosso cérebro, se originam dos
meios de comunicação, principalmente da televisão,
que há décadas vem nos condicionando “a violência,
ao sexualismo degenerado e exacerbado, à traição, à
corrupção, à desestruturação familiar e outros tantos
males individuais e sociais. Basta que se assista aos
filmes,novelas, publicidades e muitos outros
programas (e, até alguns ditos “infantis”), para
verificarmos o quanto o “Mal” é glorificado e o
“Bem” é ridicularizado; impondo-nos uma
verdadeira inversão de valores. Muitos pais que
procuram tratamento psicoterápico, preocupados
com os distúrbios psíquicos familiares não sabem
que são vítimas da erotização precoce de seus
filhos, recém-saídos da puberdade. Esses distúrbios
estão se tornaram comuns em nosso tempo. Os
psicólogo-clínicos e psiquiatras são testemunhas
dessa avalanche de problemas psicossexuais. O que
uma determinada Senhora nos relatou sobre o seu
caso, evidencia os transtornos pessoais, familiares e
sociais gerados pela permissividade sexual reinante
nos dias atuais. O que levou aquela jovem mãe ao
consultório foi o grande sofrimento familiar em
torno de sua filha de 14 anos. Esta,desestabilizou a
família com o seu comportamento sexual intenso e
promíscuo ; um autêntico caso de ninfomania. A
garota já não conhecia limites para a sua
precocidade sexual e procurava extravasar a sua
angústia erótica nos amigos, conhecidos, parentes e
até em desconhecidos encontrados ao acaso, de
qualquer nível social,etário e econômico.A família já
havia “tentado tudo”, desde agressões físicas até o
seu confinamento em casa de parentes distantes, sem
obter resultados positivos; até procurar a terapia
mental. Casos como este não são raros e são difíceis
de solução, tendo em vista que tal comportamento
deixa marcas profundas e seqüelas traumáticas na
personalidade, como abortos, depressão, decadência
psicofísica , drogas e doenças sexuais. O sexo está
presente em todas as atividades e momentos da
nossa vida. Utilizam-se todos os meios e formas de
exploração sexual, quase sempre com fins lucrativos
desse mercantilismo desenfreado. Procura-se vender
tudo através do sensualismo e da provocação e
depravação erótica. Poucos são os apelos
publicitários que não empregam o sexo como
atrativo de vendas e, de forma cada vez mais vulgar
e depreciativa, não só dessa atividade tão natural e
espontânea; como, também, da imagem da mulher.
O que surpreende é ver que muitos dos publicitários
e artistas que colaboram na vulgarização do corpo
feminino são justamente mulheres. A mulher é mais
visada como alvo do erotismo vulgar e espetacular
porque sofre milenar condicionamento para se
preocupar, principalmente, com o seu exterior
epidérmico e com o seu contorno periférico. Usa-se,
fala-se, pensa-se, persegue-se e cultiva-se com
ansiedade os cabelos, seios e traseiros; mais do que
com a saúde e a inteligência. Quando há uma
preocupação exagerada sobre uma atividade que é
natural; é porque ali existe problema! Se alguém se
“alimenta” de sexo..., por certo a sua área sexual no
cérebro está carente e afetada. Se o sexo, por si
mesmo, promovesse felicidade ou superioridade, a
atual geração seria campioníssima em felicidade e
em sabedoria. Não se pode negar que a atividade
sexual pode ser fonte geradora de bem-estar e saúde;
mas, somente quando praticada com
responsabilidade, maturidade, amor e afetividade.
Não há evidência científica que o sexo é
indispensável à sobrevivência individual. Muitos
Homens viveram e vivem de forma asceta e casta,
como Ghandi, Cristo, Tomás de Aquino, Tereza de
Calcutá, Irmã Dulce, Anchieta e outros gigantes do
espírito e da Ciência, Artes e Letras que estão além,
mentalmente, dos nossos contemporâneos tão
sensualistas. Vale ressaltar que o ascetismo e a
castidade não são sinônimos de assexualidade; mas,
sim, de domínio consciente sobre os impulsos
libidinosos. O excesso sexual quase sempre é mais
prejudicial que a sua escassez. A carência sexual
pode ser sublimada através do trabalho e da criação.
Os impulsos sexuais podem ser canalizados, com
muito acerto, para as atividades criativas com
recompensa para o indivíduo e para toda a
coletividade. Existem inúmeras formas de prazer,
além do sexismo, sexualismo e erotismo. Talvez até
os hipossexualizados sejam mais saudáveis que os
hiperssexualizados (é claro que toda regra tem
exceções), visto que, se descermos na escala
zoológica, verificamos que os animais inferiores
como as galinhas, ratos, baratas, moscas,coelhos e
outros menos radicais; são muito ativos
sexualmente. Se a natureza tivesse priorizado o sexo
com a importância que a maioria das pessoas lhe dá,
os coelhos e as moscas seriam os reis da bicharada e
os mentores dos humanos. Que o sexo é fundamental
para as Espécies, não resta dúvida; mas, para o
indivíduo, este fundamento é questionável. Não se
duvida que o prazer erótico é muito agradável e
salutar, como já dissemos antes, desde que o
envolvimento aconteça entre pessoas saudáveis,
maduras, conscientes e responsáveis. Qualquer
variação neste contexto, ditado pelas regras da
Natureza; não passa de desvio sexual, rotulado de
sensualidade moderna, quase sempre punível por
enfermidades, vícios, dependências, criminalidade,
etc.. É preciso lembrar que as manifestações sexuais
infantis são comportamentos esperados durante o
desenvolvimento da personalidade. Entretanto,
deixam de ser normais se essas manifestações
excessivas e compulsivas causam desvios sexuais e
erotização precoce. É justa a preocupação de muitos
pais quando suas crianças (principalmente meninas)
estão descobrindo o sexo e, mais tarde, quando
começam a se envolver com o sexo oposto
(namoradinhos, coleguinhas,etc.). Têm razão para se
preocuparem, pois com a hipererotização atual,
nunca se sabe se o outro não é um sexo-maníaco que
irá abalar a personalidade presente e futura de seus
filhos. Na clínica, tratamos de vários adultos com
problemas mentais e psicossomáticos derivados de
suas “brincadeiras” sexuais na infância, puberdade e
adolescência. De onde provém essa exagerada
“fome” de sexo que assola as sociedades modernas?
Aí está uma das raízes desse grave problema que
pode levar ao suicídio, crimes, promiscuidade,
violência,prostituição, abortos, decadência cultural e
pobreza social. Diariamente, a cada minuto, um
número imenso de estímulos eróticos atinge os
nossos sentidos. A criança, desde a sua primeira
infância está submetida a um intenso bombardeio de
sensações dessa natureza, provocando-lhe a
erotização, antes mesmo do seu amadurecimento
genital e das estruturas cerebrais responsáveis pela
atividade sexual. O erotismo antecipado é causa de
graves transtornos psicossomáticos e de degradação
social. Quando cedo é despertado, condiciona as
pessoas imaturas a pensarem muito no sexo,
desviando-as das atividades mais importantes para
elas e para a comunidade. Um indivíduo super
erotizado deixa de ser Homem para se tornar,
apenas, um macho ou uma fêmea animal, tal como
os seus ancestrais zoológicos. Desleixa-se do seu
preparo intelectual (única diferença entre os
humanos e os animais irracionais) e social, fixandose, avidamente, nos prazeres efêmeros e
momentâneos do “aqui-e-agora”. A grande maioria
dos mais novos em idade encontra-se nesta situação
calamitosa, atestada pela intensa decadência cultural,
sobejamente demonstrada nas pesquisas de opinião,
nos resultados de exames vestibulares, concursos
públicos e nas páginas criminais dos Jornais e nos
noticiários televisivos. Não é preciso lembrar que
esses estímulos erotizantes são, em sua maioria,
gerados e propagados pelos meios de comunicação
(como já nos referimos acima), principalmente pela
Televisão. Este grande invento, transformou-se no
maior e mais forte condicionante dos maus costumes
e inúmeros comportamentos negativos. Invadindo,
em qualquer horário, quase todos os lares de todas as
cidades e recantos do mundo (até nas tribos
indígenas), a TV promove a expansão do erotismo
sem limites, vulgarizando o ritual amoroso natural,
reduzindo-o a mero objeto e objetivo de prazer
inconseqüente e irresponsável. Para se avaliar os
seus efeitos nocivos e perversos, basta que se
compare os costumes (principalmente familiares) de
uma pequena cidade, antes e depois da invasão e
intromissão da Televisão. Até em uma mesma
cidade poderemos avaliar a diferença quando se
analisa os costumes das famílias viciadas em TV e
das que não são. Geralmente os veículos de
publicidade se utilizam de imagens femininas, de
forma subserviente e vulgar para ganhar audiência e
lucrar com os seus patrocinadores (também ávidos
por lucros, pouco ou nada se importando com as
suas vítimas) . Nada escapa ao oportunismo desses
comerciantes; qualquer novela, por exemplo, mesmo
em horário matinal, apresenta erotismo, intrigas,
agressividade, além de estimular a vadiagem, o
adultério e a “esperteza” (entenda-se: desonestidade
). Praticamente não existe mais publicidade
comercial que não se utilize do apelo erótico e
agressivo, até mesmo expondo imagens e símbolos
sagrados de religiosidade (não utilizam os símbolos
militares, porque é menos perigoso desafiar Deus,
que é muito mais paciente e benevolente que as
Forças Armadas !) Não escapam da onda erotizante
os programas ditos “infantis”, em que algumas vezes
crianças são estimuladas a se apresentarem com
vestimentas sensuais, dançando e se rebolando
lascivamente, imitando muitos adultos decadentes e
desestruturados. Não é raro que alguns
apresentadores e produtores desses programas
exibam pessoas que são símbolos sexuais notórios e
conhecidos em publicações eróticas (prostituição) !
Imaginem tais pessoas modelando e educando a
personalidade dos nossos filhos! Inconscientemente
influenciam as crianças, tornando-se exemplo de
comportamentos eróticos, sexistas e sensualistas. É
natural que as crianças queiram imitá-los, julgando
esses trejeitos lascivos atraentes,bonitos e dignos de
serem imitados. Não nos espantemos com a
irresponsabilidade social futura de nossos filhos;
eles estarão, brevemente, muito ocupados com o
embelezamento de seus corpos para usufruírem por
mais tempo e com mais parceiros, dos encantos
físicos da sensualidade exacerbada. Raros serão
aqueles que se preocuparão com o cultivo dos
autênticos valores humanos e sociais. Com citamos
no começo, o Homem, como os demais animais, tem
a sua sexualidade natural e funcional. Porém, os
outros animais usam o sexo apenas como meio de
procriação e perpetuação da espécie; sendo esta, a
razão única da diferenciação sexual entre machos e
fêmeas; desde os animais inferiores até os Primatas
não humanos. A finalidade do sexo é a de procriação
e manutenção das Espécies. Naturalmente esta é , de
fato, a finalidade do sexo. Portanto, o sensualismo e
o erotismo são criações humanas com a finalidade
de expandir o prazer no ato procriador. Os humanos
Foram mais além, desvirtuaram o sexo de suas
naturais finalidades biológicas, tornando-o em
maior fonte de prazer, através do
erotismo,sensualismo e sexismo compulsivos. A
procriação, razão única do sexo, passou a ser até
indesejável. Calcula-se em milhões o número de
abortos provocados, só no Brasil, anualmente! Deste
número ,quase a metade refere-se a abortos em
adolescentes. Segundo dados jornalísticos, pratica-se
em nosso País, cerca de 6 ou mais abortos por
minuto, com a finalidade de se desvencilhar do fruto
do sexo irresponsável e inconseqüente. E a nível
mundial? E as muitas outras formas de contracepção
existentes!
E o grande interesse e gastos com a pesquisa
abortiva e preventiva do nascimento? Somente
vistos sob esses ângulos, já temos motivos de sobra
para pensarmos melhor sobre o condicionamento
dessa sexualidade exacerbada. Mas, não é “só isso”
o que nos preocupa; há muitos outros fatores sérios e
até alarmantes. O emprego de drogas, corrupção,
vadiagem, doenças mentais e físicas, bebidas, crimes
e propagação de doenças sexualmente
transmissíveis; muitas vezes associadas ao erotismo
e à sexualidade irresponsável. E as novas doenças
que surgem originadas da promiscuidade e desvios
sexuais? Agora vamos analisar as origens internas
da erotização precoce e da hiperssexualidade. O que
acontece dentro da cabeça de uma pessoa que
recebeu e recebe exagerado número de provocações
eróticas? Sabemos que qualquer comportamento,
ação, idéia, pensamentos e movimentos ; dependem
do comando cerebral. As unidades cerebrais, os
Neurônios , são os responsáveis por todos os atos
humanos, quer sejam conscientes, quer
inconscientes. As pesquisas psicobiológicas vêm
localizando no interior cerebral grupos de células
que comandam os nossos múltiplos
comportamentos. Elabora-se, cada vez melhor, o
mapa cerebral que define regiões encefálicas que são
responsáveis por atividades como a olfação, audição,
visão, tato, gustação, movimentos voluntários e
autônomos, emoções, pensamentos, memória etc.
Interessam-nos neste trabalho, algumas estruturas
intracranianas que compreendem diversos núcleos
neuronais (conjuntos de células), relacionados com
as emoções e com o sexo. Essas estruturas são: o
Hipotálamo e o Sistema Límbico. Este último é
representado por algumas estruturas de neurônios e a
hipófise, que em ligação íntima com o hipotálamo,
formam, por assim dizer, o substrato anatômico e
material das emoções. O Hipotálamo engloba alguns
núcleos neuronais e está situado no diencéfalo,
pouco acima do tronco cerebral. Os núcleos
hipotalâmicos se relacionam com inúmeras funções
neurovegetativas, vitais para o organismo. É
importante conhecermos as relações do hipotálamo
com os estados emocionais de agressividade,
violência, choro, riso, apatia, etc. e com a atividade
sexual. Ressaltamos que nenhum desses conjuntos
de células (núcleos) e estruturas nervosas trabalham
isoladamente. Pelo contrário, todo o cérebro está
interligado através de micro-estruturas, funcionando
o Sistema Nervoso de forma integrada para o
necessário equilíbrio biopsicossocial. O cérebro
processa milhões de estímulos por minuto, em
estado de vigília. Esses estímulos são as sensações
internas referentes ao funcionamento de todos os
órgãos e estruturas internas; assim como, os
estímulos externos que incidem sobre os receptores
dos cinco sentidos, provenientes do mundo externo.
A maior parte desses estímulos é inconsciente para o
indivíduo. Os estímulos ambientais físicos, químicos
e mecânicos, incidem sobre as terminações nervosas
localizadas nos receptores sensoriais, localizados
nos órgãos dos sentidos que transformam esses
sinais do mundo exterior, em impulsos nervosos.
Esses impulsos se encaminham, em forma de
código, aos centros nervosos específicos do
encéfalo. Todos os sinais assim recebidos são
decodificados, onde serão respondidos através de
respostas adequadas ao bom equilíbrio orgânico,
chamado homeostase. Comandam, ainda, os
movimentos externos e serão, ou não, armazenados
como memória para idéias e pensamentos propícios
a futuras ações adequadas à vida. Quando colocamos
algo na boca; quando cheiramos,ouvimos, vemos e
sentimos na pele, percebemos a origem do estímulo
porque esses receptores sensoriais informam ao
cérebro o que se passa, a fim de decidirmos a ação a
ser tomada. Incontáveis estímulos vindos do mundo,
são canalizados para o cérebro, gerando o
comportamento consciente e inconsciente;
enriquecendo o estoque de informações da memória,
para a sobrevivência adequada no futuro. Quando
recebemos os estímulos relacionados com o sexo,
fome, sede, agressividade e diversos outros estados
emocionais. Eles são direcionados para o sistema
límbico e, particularmente, para o hipotálamo, que
são centros neuronais especializados, situados no
encéfalo. Aí, os núcleos hipotalâmicos são
estimulados, conforme a sensação e intensidade,
recebidas pelos órgãos dos sentidos ( epiderme,
olhos, ouvidos, nariz e boca. Ao ouvirmos,
cheirarmos, vermos, provarmos e sentirmos na pele
algo relacionado com sexo, o núcleo sexual do
hipotálamo se ativa, estimulando , a seguir, as
demais estruturas cerebrais, para o comportamento
(ação ou idéia) sexual. O mesmo se passa ao
lidarmos com pessoas agressivas ou ao assistirmos
cenas de violência, através dos múltiplos exemplos
que presenciamos,ouvimos e sentimos no dia-a-dia,
habituamos e condicionamos os núcleos
hipotalâmicos da agressividade que irão gerar um
estado constante de agressividade (vemos pessoas
que sempre estão numa posição agressividade, como
se estivesse prevenida para um provável ataque !)
Não é de se espantar que a violência cresce a cada
dia e em todos os níveis e partes do mundo. Talvez
não seja coincidência que o sexo prostituído esteja
muito ligado à violência, principalmente entre
pessoas mentalmente atrasadas e imaturas. Como os
núcleos do hipotálamo relacionados com o sexo e os
da agressividade são vizinhos ( unidos uns aos
outros), é nossa tese ( desde fevereiro de 1987) que a
estimulação exagerada de um núcleo, interfere no
funcionamento do outro, principalmente porque os
impulsos nervosos são elétricos e, provavelmente,
gera campos ionizados nas redondezas dos outros
núcleos neuronais da vizinhança . Talvez ondas
eletrizadas dos núcleos sexuais ativados interfiram
para a estimulação da área da agressividade, da fome
, da sede e outros grupos de neurônios vizinhos. É
fácil ver-se isso nos machos acasalados. Eles se
tornam ferozes, principalmente para a defesa da
fêmea. Não se assemelha com o comportamento
agressivo de certos homens enciumados ? Nas
novelas, no cinema, nas revistas, no teatro, etc., há,
comumente, uma mistura “indigesta” de sexo, gula
e violência. É uma excelente fórmula de atrair
leitores e expectadores , cujos hipotálamos já estão
condicionados (viciados) no sexo e na violência. O
pior é que cada vez se exige mais perversão sexual
e, no caso da violência, esta se apresenta com
requintes crescentes de mais violência e atrocidade;
o assassínio não se restringe mais à morte do outro;
mas, ao requinte atroz que se faz no corpo e do
corpo da vítima. A crueldade crescente atende ao
suprimento da ansiedade exigida por hipotálamos
doentios, criando um círculo vicioso cruel e
perigoso para todos nós. Basta se ler os títulos de
revistas, filmes,peças teatrais,novelas,livros e se ver
os tipos de literatura expostos nas bancas de jornais
de qualquer cidade ou país, para se aquilatar o nível
erotomaníaco a que se chegou. A Imprensa, o
cinema, a TV e os Editores sabem disso e alimentam
esse processo perigosíssimo, mas, muito lucrativo
para eles. Quase sempre nas novelas ,filmes e
demais meios de comunicação, há o endeusamento
dos indivíduos mais agressivos e acrobatas sexuais.
Raro os programas de TV que não fazem a apologia
da anormalidade, da agressividade, do sexismo e da
violência; criando inúmeros seguidores imaturos.
Muitas pesquisas com cérebros realizados por
neurocientistas de renome comprovam a veracidade
desses fatos. A estimulação elétrica por microeletrodo de determinados centros do hipotálamo,
provocam violentas crises de agressividade; em
outros pontos estimulados a resposta é uma intensa
demonstração de erotismo. Como acreditamos que o
excesso de estimulação erótica e agressiva, vindo do
meio ambiente, altera as condições de
funcionamento dessas importantes áreas cerebrais,
será mera coincidência o aparecimento crescente das
patologias sexuais? E a escalada de atrocidades e
violência será, também, ocasional? É claro que não
nos esquecemos da injustiça social na raiz de muitos
desses transtornos que os deixamos com os
sociólogos, educadores, políticos e governantes
menos afetados por seus inconscientes doentios.
Ressaltamos, ainda, que os neuróticos sexuais, os
agressores e os violentos nem sempre são os mais
pobres e socialmente rejeitados. Além do mais,
procuramos analisar, no presente trabalho, os
acontecimentos “dentro” do cérebro excitado pelos
incontáveis estímulos do mundo externo.
---------------------------------------Carleial. Bernardino Mendonça
Psicólogo-Clínico pela PUC - Minas
Estudante de Direito da faculdade de Direito Estácio
de Sá, em Belo Horizonte-MG.
Download