Trabalho

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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
DERMATOFITOSE EM GATO DOMESTICO Felis catus (Linnaeus,
1758): SUCESSO TERAPEUTICO COM O USO DE BIFONAZOL –
RELATO DE CASO
Henrique Diniz da Silva Araújo1, Taciana Cássia Silva2, Aluisio Pereira da Silva Filho3, Marina Libonati de Azevedo3, ,
Gabriela Ratis Galeas3, Carlos André Ferreira Lima3 , Amanda Pessoa Castro2
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Introdução
Infecção comum dos tecidos queratinizados e semi-queratinizados nos felinos domésticos, a dermatofitose tem como
principais sinais clínicos: alopecia, eritema, crostas e descamações (CAFARCHIA et al., 2006;). Os fungos imperfeitos
causadores dessa infecção, são classificados em três gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton
(RINALDI, 2000). As espécies isoladas mais frequentemente nas infecções dermatofíticas são: Microsporum canis,
Microsporum gypseum ou Trichophyton mentagrophyte (MORIELLO, 2004).
A transmissão ocorre pelo contato direto do esporo com o hospedeiro susceptível. Animais de qualquer idade, sexo
ou raça podem ser infectados, porém, a doença tende a ser mais comum em jovens, doentes, debilitados ou animais
idosos (MORIELLO, 2004). A relevância dessa dermatopatia se dá não só pela frequência com que é diagnosticada,
mas principalmente por tratar-se de uma das antropozoonoses mais comuns do mundo (PINHEIRO et al., 1997).
O diagnóstico pode ser realizado através dos sinais clínicos, corroborados através de cultura fúngica (BRILHANTE
et al. 2003),
O bifonazol é um derivado imidazólico de primeira geração com amplo espectro de atividade antimicótica e
antiinflamatória. A ação fungicida se dá por dano direto da membrana celular (ALVAREZ, 2006). Pode ser utilizado
topicamente em tratamentos de micoses causadas por fungos dimórficos, dermatófitos, filamentosos (CARRILLO,
1995). O objetivo deste estudo foi avaliar a terapia com bifonazol considerando sua eficácia, o tempo do
tratamento necessário para a involução das lesões, assim como detectar eventuais efeitos colaterais decorrentes do
emprego da droga em uma gata doméstica acometida por dermatofitose, atendida no Hospital Veterinário (HOVET) da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Material e métodos
Foi atendida no HOVET do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE, uma gata, sem raça definida, com
quatro meses de idade, apresentando como queixa clínica a presença de crostas, descamações e alopecia por toda a
cabeça, membros anteriores e cauda. A paciente foi avaliada através de anamnese e exame clínico. Foram retirados
fragmentos de pelos e escamas da pele com auxílio de pinça, e semeados em Agar Sabouraud com cloranfenicol no
Laboratório de Patologia do HOVET/UFRPE. O bifonazol 1% creme foi prescrito para ser aplicado nas lesões e nas
suas margens, uma vez ao dia durante 18 dias. A paciente foi avaliada através de visitas domiciliares a cada quatro dias
e ao final do tratamento retornou ao ambulatório para avaliação da eficácia e segurança do tratamento.
Resultados e Discussão
O uso do bifonazol 1% creme proporcionou a paciente a gradual diminuição da intensidade dos sintomas. Após seis
dias de terapia observou-se melhora no aspecto das lesões e após 11 dias de tratamento observou-se o controle de todos
os sinais clínicos, apresentados pela gata acometida por dermatofitose (CARRILLO, 1995). O tratamento foi continuado
por mais sete dias e não houve reincidência dos sinais clínicos. Durante o tratamento não foi observado o aparecimento
de nenhum efeito colateral.
Os sinais clínicos encontrados no animal foram similares aos encontrados na literatura consultada (CAFARCHIA et
al., 2006;).. Na cultura fúngica foi identificado o micro-organismo Microsporum canis (RINALDI, 2000),
caracterizando assim a dermatofitose na felina estudada (BRILHANTE et al. 2003).
Ainda durante a anamnese foi constatada uma lesão compatível as de dermatofitose na mão do tutor do paciente
(PINHEIRO et al., 1997). Os resultados do estudo demonstram a eficácia clínica e a segurança do uso de bifonazol
tópico na terapia de dermatofitose em gatos domésticos.
Primeiro Autor é discente do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, s/nº Dois Irmãos – Recife – PE - CEP: 52.171-900 [email protected]
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Segundo Autor é Médica Veterinária, discente de pós-graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, s/nº Dois Irmãos – Recife – PE - CEP: 52.171-900
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Terceiro Autor é discente do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, s/nº Dois Irmãos – Recife – PE - CEP: 52.171-900
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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
Agradecimentos
Agradecemos a Deus em primeiro lugar, a Professora Lilian Andrade pela orientação e carinho, aos proprietários dos
animais participantes da pesquisa, e ao Professor Hugo Nascimento pelo apoio financeiro.
Referências
Álvarez, A. Apuntes antifúngicos. Catedrático Universidad de Chile clase Farmacoquímica y Análisis de Medicamentos.
Facultad de Ciencias Químicas y Farmaceuticas 2006.
Cafarchia, C.; Romito, D.; Capelli, G.; Guillot, J.; Otranto, D. Isolation of Microsporum canis from the coat of pet dogs
and cats belonging to owners diagnosed with M. canis tea corporis. Veterinary Dermatology, Oxford, v. 17, n. 5, p. 327331, 2006.Carrillo, A. Antifúngicos tópicos en micosis superficiales de animales domesticos
Departamento de Microbiología-Mitología. A.C.I.A. Barcelona, 1995.
Brilhante, R. S. N.; Cavalcante, C. S .P.; Soares-Junior, F. A.; Cordeiro, R. A.; Sidrim, J. J. C.; Rocha, M. F. G. High
rate of Microsporum canis feline and canine dermatophytes in Northeast Brasil: Epidemiological and diagnostic
features. Mycopathologia, Netherlands, v. 152, n. 4, p. 303-308,2003.
Moriello, K. A. Treatment of dermatophytosis in dogs and cats: review of published studies. Veterinary Dermatology,
Oxford, v.15, n. 2, p. 99-107, 2004.
Pinheiro, A.D.Q. et al. Dermatofitose no meio urbano e a coexistência do homem com cães e gatos. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.30, n.4, p.287-294, 1997.
Rinaldi, M. G. Dermatophytosis: epidemiological and microbiological update. Journal American Academy of
Dermatology, Texas, v. 43, n. 5, p. 120-124, 2000.
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
Figura 1. A,B. Animal apresentando lesões típicas de dermatofitóse (alopecia, eritema, crostas e descamações);
C. Mão do tutor com lesão compatível com dermatofitóse; D. Animal após 18 dias do início do tratamento.
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