INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

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HISTÓRIA - 3o ANO
MÓDULO 46
INDEPENDÊNCIA DA
AMÉRICA ESPANHOLA
Como pode cair no enem
A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na
Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações
locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru,
ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante
de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram
fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua
verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais.
Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e
administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático.
(GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, no 62, jan.- abr. 2008 [adaptado].)
Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção
correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto.
a) Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais
como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado
brasileiro.
b) A maior distinção entre os processos histórico- -conformativos dos continentes citados é a que
se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais.
c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.
d) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época
da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus.
e) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se
manteve o espírito das formas de organização anteriores à conquista.
Fixação
1) (UNIRIO) No processo de formação do Estado Nacional na América Latina os chefes locais
desempenharam um importante papel. Esses líderes eram denominados:
a) Chapetones.
d) Cimarrones.
b) Cabildos.
e) Caudilhos.
-c) Corregidores.
-
-
Fixação
2) (PUC) Na independência de países da América Latina, da Bélgica, da Grécia e da Bulgária,
e nas unificações italiana e alemã, esteve presente o:
a) marxismo, que se constituiu em elemento aglutinador dos partidários das revoluções.
b) nacionalismo, que figurou como força revolucionária no século XIX.
c) iluminismo, que representou a base ideológica dos movimentos reacionários de restauração.
d) liberalismo, que serviu de sustentação para o retorno à velha ordem econômica do século
XVIII.
e) bonapartismo, que representou o apoio dos setores militares às lideranças locais.
Fixação
3) (PUC) Os anos iniciais do século XIX marcaram uma conjuntura na qual foram efetivados os
processos de independência política e a formação dos Estados Nacionais dos países latinoamericanos. Sobre esses processos, é correto afirmar que, EXCETO:
a) o ideário burguês liberal legitimou o discurso das lideranças emancipacionistas.
b) a abolição da escravidão e do tributo indígena ampliou a participação efetiva dos trabalhadores.
c) a liberdade foi a palavra de ordem, entendida de formas variadas pelos agentes sociais.
d) a pressão do imperialismo inglês forçou a derrubada de privilégios e restrições ao comércio.
e) os setores crioulos assumiram a direção política e acabaram com os monopólios régios.
Fixação
F
4) (PUC) Os países latino-americanos viveram processos econômicos e políticos muito próximos5
e às vezes simultâneos. Confirmam essa afirmativa, EXCETO:
d
a) O fim dos monopólios coloniais no século XIX não foi capaz de promover a arrancadag
econômica desses países.
b) Os países politicamente independentes enfrentaram a dominação econômica inglesa non
século XIX.
a
c) A independência política desses países foi fundamentada ideologicamente no liberalismol
europeu.
h
d) O grau de desigualdade social foi reduzido com a independência sob a influência do espíritob
liberal.
s
e) A independência política foi liderada por setores dominantes da sociedade agrário-colonial.n
c
f
d
s
t
e
d
i
Fixação
5) (UFF) Ao final das guerras de independência na América Espanhola, o clima de instabilidade política alastrou-se por toda parte multiplicando-se as lutas de facções e a sucessão de
agovernos frágeis em quase todos os territórios hispano-americanos.
Assinale a opção que explica melhor a instabilidade política vigente na América Espanhola
na primeira metade do século XIX.
a) Nesse período não foi possível a formação de blocos de poder hegemônicos que viabilizassem estruturas estatais sólidas nos países resultantes do esfacelamento do império
hispano-americano. Isto favoreceu o poder pulverizado e efêmero de vários caudilhos.
b) As economias hispano-americanas estavam totalmente destruídas, rompendo-se por conseguinte, o comércio com a Europa, outrora vigoroso, e a possibilidade de alianças políticas
no interior das classes dominantes.
c) A manutenção das heranças políticas coloniais, sobretudo a estrutura dos Vice-Reinados,
favoreceu o caudilhismo e retardou a formação dos Estados Nacionais.
d) A opção pelo regime republicano, ao invés do monárquico, é a chave para se compreender não
só a instabilidade política das jovens nações hispano-americanas, mas também a fragmentação
territorial e a descentralização dos regimes nelas instauradas.
e) A instabilidade política hispano-americana deveu-se, basicamente, à multiplicação
de regimes militares, a exemplo do pan-americanismo bolivariano, herança do pósindependência que marcaria a tradição política do continente.
Fixação
F
6) (PUC) A Doutrina Monroe teve como motivo _______ e como consequência _______.
7
n
a) o apoio à Tríplice Entende – a anexação do Alaska ao território norte-americano.
b) a oposição aos interesses mercantis da Inglaterra e França no Continente Americano – o
aparecimento do Estado intervencionista.
d
c) a oposição ao conservadorismo do Congresso de Viena - a Restauração do Império Mexicano.n
d) o apoio à política de concessões – compensações territoriais aos aliados da Primeira Guerraf
a
Mundial – uma nova configuração geográfica da Europa.
e) a oposição a qualquer tentativa de intervenção da Santa Aliança no Continente AmericanoI
b
– a irreversibilidade do processo de independência latino-americana.
p
c
G
Fixação
7) (UFRJ) (...) Desejo mais do que outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo,
não tanto pela sua extensão e riquezas como pela sua liberdade e glória.
(Simón Bolívar. Carta de Jamaica, 1815.)
Simón Bolívar (1783-1830), um dos mais importantes líderes da luta pela independência
das colônias espanholas na América, formulou uma série de propostas para o futuro do continente que, por diversas razões, não se concretizaram. No entanto, suas ideias servem como
fundamento para o pan-americanismo ao longo dos séculos XIX e XX.
a) Identifique, a partir do texto, uma característica da proposta política de Bolívar para a América
Independente.
b) Explique por que as ideias de Bolívar não foram concretizadas na América hispânica independente.
c) Apresente uma iniciativa política que demonstre a presença do pan-americanismo no pós-Segunda
Guerra Mundial.
Fixação
F
8) (UERJ) Na América espanhola, as lutas pela independência começam numa conjuntura pre-9
cisa: a caduquice da Coroa espanhola por obra e graça do poder napoleônico. A Espanha estád
ocupada. Um rei francês (...) ocupa o trono real e os últimos vestígios de soberania refugiam-see
numas espectrais Juntas ou num Conselho de Regência.
(POMER, Leon. As independências na América Latina. SP: Brasiliense, 1981.)
a
Para Portugal e sua colônia americana outro será o desenrolar dos acontecimentos e b
outras serão suas consequências. A ocupação do Reino não significou o fim da Monarquia,
c
apesar da solene declaração de Napoleão neste sentido.
(BERNADES, Denis. Um Império entre repúblicas. São Paulo, Global, 1983.) d
De acordo com os textos apresentados, a diferença entre os processos de independência
política das colônias espanholas e portuguesa na América, respectivamente, está indicada na
seguinte alternativa:
a) a invasão das tropas napoleônicas provocou o declínio da economia colonial espanhola - a
não invasão de Portugal garantiu a manutenção de um rígido pacto colonial sobre o Brasil.
b) a invasão francesa na Espanha possibilitou a rápida difusão das ideias liberais em suas
colônias - a não expansão dos ideais liberais no Brasil ocorreu devido à manutenção de um
Estado absolutista em Portugal.
c) a invasão napoleônica contribuiu para a reorganização das colônias espanholas em cabildos livres - a transferência da corte portuguesa para o Brasil possibilitou a autonomia sem o
rompimento definitivo com Portugal.
d) as colônias espanholas tiveram apoio de Napoleão e dos liberais franceses em sua luta contra
a exploração metropolitana – as elites coloniais brasileiras não se rebelaram contra Portugal
devido ao apoio inglês a esta metrópole.
Fixação
-9) (UERJ) Poder regional forte, de cunho modernizante ou não, sustentando à custa do apoio
áde grupamentos militares e em consequência da fraqueza institucional dos Estados que se
estabeleceram na América Espanhola logo após os processos de independência no século XIX.
A definição acima nos remete ao conceito de:
a) regionalismo;
b) coronelismo;
c) federalismo;
d) caudilhismo.
m
-
l
Fixação
10) Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e de exportação, consolidouse em quase toda a América Latina um novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por
Espanha e Portugal. No mesmo momento em que se afirmou, o novo pacto colonial começou
a se modificar em sentido favorável à metrópole. A crescente complexidade das atividades
ligadas aos transportes e as trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias
metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as instalações frigoríficas, os
silos e as usinas, em proporções diversas conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas
estrangeiras em zonas periféricas.
(Adaptado: DONGHI, T. H. História da América Latina. 2a ed. RJ: Paz e Terra, 2005).
De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e Portugal a quase toda a
América Latina foi substituído em função
a) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes cidades.
b) da restauração, por volta de 1880, do pacto colonial entre a América Latina e as antigas
metrópoles.
c) do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a economia periférica, a América
Latina.
d) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do desenvolvimento integrado
e homogêneo da América Latina.
e) do comércio e da implantação de redes de transporte, que são instrumentos de fortalecimento
do capital nacional frente ao estrangeiro.
Proposto
1) (PUC) Relaciona-se com o processo de Independência da América Espanhola:
ra) a marginalização econômica dos criollos devido às discriminações metropolitanas.
b) o apoio da Santa Aliança às lutas emancipadoras dos colonos americanos.
c) a aliança da Inglaterra com a Espanha e Portugal para refrear os movimentos de libertação
das colônias íbero-americanas.
d) a difusão das teorias anarquistas e socialistas a luta contra a exploração colonialista.
e) a influência das ideias liberais presentes na Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
Proposto
2) (UFF) A primeira fase da industrialização latino--americana, na segunda metade do século
XIX, foi marcada por experiências distintas, segundo as peculiaridades de cada país.
Em relação a este tema é correto afirmar:
a) O período denominado Porfiriato, no Chile, assegurou para este país a estabilidade política
e a expansão das atividades exportadoras necessárias à consolidação de sua indústria.
b) No caso da Argentina e do México, ambos tipicamente agrário-exportadores, o desenvolvimento
industrial teve por base a incorporação do artesanato local preexistente.
c) A Argentina e a Bolívia são exemplos de países nos quais uma economia exportadora de
produtos agrícolas engendrou, rapidamente, importante mercado interno para o surto industrial.
d) Na primeira fase, fortemente calcada sobre a produção artesanal já existente, a industrialização mexicana foi garantida por uma política protecionista e de unificação do mercado nacional.
e) A industrialização boliviana constituiu-se no exemplo de uma economia mineira de exportação cuja infraestrutura teve grande significado para a absorção de um vasto contingente de
trabalhadores.
Proposto
3) (PUC) Observe atentamente o mapa a seguir de fins de 1880:
e
O mapa dado retrata:
-a) os territórios conquistados pelo Chile durante a Guerra do Pacífico, também conhecida como a
Guerra do Salitre.
-b) as áreas cedidas à Inglaterra, potência imperialista na América Latina durante o século XIX,
para exploração de cobre, nitrato, salitre e guano.
c) os territórios do Peru, Bolívia e Chile disputados pelos franceses e ingleses, interessados
nas reservas carboníferas e minerais da região.
d) os pontos estratégicos reivindicados pelos Estados Unidos, na área do Pacífico, junto aos
governos do Chile, Peru e Bolívia.
e) os últimos territórios sob o domínio espanhol libertados pelos bolivianos, peruanos e chilenos
em fins do século XIX.
Proposto
4) (UFRRJ) Dos ricos é e foi fácil, desde a independência, o governo. Os pobres foram soldados,
milicianos nacionais, votaram como o patrão mandou, lavraram a terra (...). Os pobres gozaram
da gloriosa independência assim como os cavalos que em Chacabuco e Maipu avançaram
contra as tropas do rei.
(Santiago Arcos. In: GALEANO, Eduardo. As caras e as máscaras. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.)
O texto anterior apresenta uma visão crítica da América Espanhola, a partir de sua independência política e refere-se ao fato:
a) de a independência da América Espanhola ter sido realizada sob a liderança da Inglaterra
(“ricos”), tornando os colonos (“pobres”) simples massa de manobra.
b) de os pobres da América Espanhola não serem capazes de compreender o alcance do processo
de independência.
c) de o processo de independência ter sido liderado pelos criollos, elite colonial sem maiores
compromissos com a situação dos índios, negros e mestiços.
d) de os pobres da América Espanhola lutarem após a independência por uma revolução social
que acabasse com sua exploração, tendo sido, porém, derrotados.
e) de a independência ter-se dado somente no campo político, já que a Espanha manteve a
dominação econômica sobre as suas antigas colônias.
Proposto
5) (UFRJ)
m
Grande e bom amigo
Depois de quinze anos de sacrifícios consagrados à liberdade da América para obter um
sistema de garantias que, tanto na paz como na guerra, seja o escudo de nosso novo destino,
já é tempo de que os interesses e as relações que unem entre si as repúblicas americanas,
- antes colônias espanholas, tenham uma base fundamental que eternize, se for possível, a
duração destes governos.
Organizar aquele sistema e consolidar o poder deste grande corpo político cabe ao exercício
de uma autoridade sublime, que dirija a política de nossos governos, cuja ação mantenha a
uniformidade de seus princípios e cuja simples evocação acalme nossas tempestades. Tão
respeitável autoridade não pode existir a não ser numa assembleia de representantes nomeados
por cada uma de nossas repúblicas e reunidos sob os auspícios da vitória obtida por nossas
armas contra o poder espanhol.
(Carta de Simon Bolívar aos governos das Repúblicas da Colômbia, México, Rio da Prata, Chile e Guatemala. Lima, 7/12/1824. IN:
Bolívar. Org.: M. L. Bellotto e A. M. M. Corrêa. Ed. Ática.)
Entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX ocorreram em várias partes
da América colonial processos de independência. Contextos históricos diversos, assim como personagens e agentes diferentes. Cenários com realidades econômicas variadas. Estavam em jogo
políticas coloniais diferenciadas de franceses, ingleses, espanhóis e portugueses. No seu conjunto
– guardando as especificidades – o processo de independência nas Américas ocorreu com lutas e
muitos conflitos. Contudo, os desdobramentos dos vários processos de independência não seriam
iguais. Estruturas de governo, organização política e divisões territoriais marcariam estas diferenças.
a) Caracterize o processo de independência do Haiti.
b) Apresente duas características dos processos de independência na América Espanhola e duas
características deste processo na América Portuguesa.
Proposto
6) (UNIRIO) Ao compararmos os processos de formação dos Estados Nacionais no Brasil e na
América Hispânica, no século XIX, podemos afirmar que:
a) a unidade brasileira foi garantida pela existência de uma monarquia de base popular, enquanto que o caudilhismo, na América Hispânica, impediu qualquer tipo de participação das
camadas mais baixas da população.
b) a unidade brasileira relacionou-se, exclusivamente, ao forte carisma dos representantes da Casa
de Bragança, enquanto, na América Hispânica, não surgiu nenhuma liderança que pudesse aglutinar
os diversos interesses em disputa.
c) as diferenças regionais, no Brasil, não ofereceram nenhum obstáculo à obra centralizadora
em torno da Coroa, ao passo que na América Hispânica as diferenças regionais contribuíram
para a sua fragmentação.
d) os interesses ingleses, na América Hispânica, eram mais presentes e foram os únicos determinantes da sua fragmentação, ao passo que no Brasil aqueles interesses não existiram de
maneira tão marcante, de forma a impedir a obra da centralização.
e) não existiu, na América Hispânica, uma facção oligárquica hegemônica que conseguisse levar
adiante a obra da unidade, enquanto no Brasil os interesses escravistas aglutinaram as elites em
torno de um projeto centralista.
Proposto
7) (UERJ) Quinhentos anos após a Descoberta da América, constatamos que ainda há muito
a se descobrir sobre o Novo Mundo, por exemplo, como resolver seus problemas. Livres das
-Metrópoles, os Estados Nações tentaram seguir os passos do Primeiro Mundo; quase dois
séculos depois, descobre-se que a América Ibérica já está bem próxima do Quarto Mundo.
(CAPELATO, Maria Helena Rolim. A Redescoberta da América: 1920-1940. ln: “A Conquista da América” - Cadernos CEDES, São
Paulo: Papirus, 1993.)
A participação do Estado na organização das sociedades latino-americanas foi e continua
sendo um de seus principais desafios. Entre as dificuldades encontradas pelas antigas colônias
espanholas em sua organização como Estados independentes, está:
a) a luta pelo poder entre defensores do federalismo e do unitarismo.
b) o rompimento entre a elite colonial e a burguesia comercial inglesa.
-c) a disputa política entre o grupo criollo e os descendentes dos chapetones.
d) o enfrentamento entre os exportadores e o setor industrial voltado para o mercado interno.
Proposto
8) (UFRJ) A posição dos moradores do hemisfério americano foi, durante séculos, meramente
passiva: sua existência política era nula. Estávamos num grau ainda mais baixo que a servidão
e, por isso, com maiores dificuldades para elevarmo-nos ao gozo da liberdade. [...] Os Estados
são escravos pela natureza da sua Constituição ou pelo abuso dela. Logo, um povo é escravo
quando o governo, por sua essência ou por seus vícios, espezinha e usurpa os direitos do
cidadão ou súdito. Aplicando estes princípios, veremos que a América estava privada da sua
liberdade e também da tirania ativa e dominante.
(In: Simon Bolívar: Política. [Orgs.] Manoel Lelo Belloto e Anna Maria Martinez Corrêa. São Paulo, Ática, 1983, pp. 80)
Assim escreveria Simon Bolívar, em 1815, na chamada Carta de Jamaica, também conhecida como Carta Profética, na qual faria uma avaliação sobre as tendências políticas dos
movimentos de independência na América Espanhola. Entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, os processos de independência das áreas coloniais americanas
(principalmente América Inglesa e América Espanhola) conheceriam complexidades históricas
e desdobramentos políticos diversos.
a) Identifique o regime político predominante implantado pelos movimentos de independência
das colônias da América Espanhola.
b) Identifique dois fatores relacionados à crise do Antigo Sistema Colonial e aos movimentos
de independência das colônias americanas.
Proposto
9) (UERJ) O Deus da natureza fez a América para ser independente e livre: o Deus da Natureza
conservou no Brasil o príncipe regente para ser aquele que firmasse a independência deste vasto
continente. Que tardamos? A época é esta. Portugal nos insulta (...) a América nos convida (...)
a Europa nos contempla (...) o príncipe nos defende (...) Cidadãos! Soltai o grito festivo (...) Viva
o Imperador Constitucional do Brasil, o senhor D. Pedro Primeiro.
(Correio Extraordinário do Rio de Janeiro, 21/09/1822.)
a) Comparando os processos de emancipação política da América portuguesa e da América
espanhola, aponte uma diferença verificada entre eles.
-b) Apresente duas razões para a independência do Brasil.
-
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