Fisiologia Pós-colheita de Flores Msc. Cristiane Calaboni Doutoranda PPG Fisiologia e Bioquímica de Plantas Floricultura Atividade em plena expansão; Flores de corte e vaso, folhagens e paisagismo. 200 espécies (+ 2000 variedades) Aumento da demanda por produtos de qualidade: ◦ Tecnologia de produção ◦ Sistemas eficientes de distribuição ◦ Tecnologia pós-colheita Regiões produtoras: Sudeste, Sul e Nordeste Introdução Flores mais comercializadas: ◦ Rosas, crisântemos, lisianthus, gérberas, helicônias e alpínias. Ceagesp, Ceasa/Campinas e Veiling Holambra Introdução Normas de Qualidade (IBRAFLOR) Parâmetros: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Aspectos fitossanitários Folhagem Ponto de colheita Apresentação Tamanho das hastes Qualidade da água Tratamento pós-colheita Introdução A fisiologia pós-colheita de flores estuda os processos metabólicos e suas alterações nas diferentes partes da planta, desde o momento em que são colhidas até a senescência (Rodrigues, 2005). Introdução As perdas pós-colheita são decorrentes: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Inadequada condução e manuseio; Transporte inadequado; Deterioração por microorganismos; Uso inadequado de embalagens; Deficiências na infra-estrutura de comercialização. Introdução A longevidade está relacionada: ◦ Fatores genéticos, fisiológicos e morfológicos de cada espécie. Variabilidade genética, Sintomas de senescência e durabilidade de vida de vaso. Fisiologia Pós-colheita Senescência ◦ Conjunto de eventos fisiológicos que levam células, tecidos e órgãos vegetais a morte. Alterações nas estruturas celulares e bioquímicas (CORDEIRO et al. 2010) Fisiologia Pós-colheita Sintomas da senescência: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Amarelecimento de folhas Desbotamento de pétalas Abscisão de flores e botões Enrolamento das folhas Murchamento Escurecimento Curvatura da inflorescência Foto: cortesia Profa. Claudia Mattiuz Fisiologia Pós-colheita Deterioração ◦ Esgotamento das reservas = respiração ◦ Murchamento = transpiração ◦ Oclusão vascular Microorganismos Embolia Fisiologia Pós-colheita Etileno ◦ Acelera os sintomas da senescência ◦ Produção: Baixa = botões e flores jovens Alta = maturação floral e senescência ◦ Difere entre cultivares. Orquídeas e cravos = muito sensíveis Tropicais = pouco sensíveis Soluções Conservantes Manter qualidade e prolongar a vida de vaso Podem ser aplicadas durante toda a cadeia de produção Prática comum em países da Europa e nos EUA. Soluções Conservantes Podem ter três componentes: ◦ Substrato energético ◦ Substância conservante ◦ Substância anti-etileno Tipos de soluções: ◦ ◦ ◦ ◦ Condicionamento Pulsing (Fortalecimento) Manutenção Indução Floral Soluções Conservantes Soluções de Condicionamento ◦ Restauração da turgescência ◦ Utilizada logo após a colheita, no transporte e armazenamento. ◦ Água limpa acrescida de um bactericida Soluções Conservantes Soluções Pulsing ◦ ◦ ◦ ◦ Hidratação e nutrição dos tecidos Carboidrato Bactericida, Inibidor de etileno, biorregulador Duração: Minutos à 24 horas Soluções Conservantes Solução Manutenção ◦ Solução de vaso ◦ Composto por várias substâncias Sacarose Substância anti-etileno Regulador de crescimento Soluções Conservantes Soluções de Indução Floral ◦ Botões Imaturos ◦ Sacarose e substâncias que impeçam o bloqueio vascular ◦ Semelhante ao pulsing Compostos Químicos Carboidratos ◦ Principal fonte de carbono dos processos bioquímicos e fisiológicos ◦ Aumenta a longevidade floral ◦ Concentrações excessivas podem causar danos Germicidas ◦ Compostos de amônia ◦ Ácidos orgânicos ◦ Substâncias à base de cloro Compostos Químicos Inibidores de Etileno ◦ 1-MCP Volátil e não tóxico ◦ Íons prata (nitrato de prata, tiossulfato de prata). Não é permitido em alguns países. (DE PIETRO et al. 2010) Manuseio pós-colheita Etapas após a colheita: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Reidratação rápida; Transporte para a packing house Seleção Classificação Embalagem (individual, caixas, bouquets, etc) Armazenamento e transporte. Manuseio Pós-colheita Manuseio cuidadoso Flores danificadas – descarte Flores tropicais: ◦ Helicônias, alpínias, antúrios. ◦ Cuidados especiais Imersão em tanques, retirada das flores do interior das brácteas, cera de carnaúba Manuseio Pós-colheita Utilização de embalagens apropriadas ◦ Minimiza danos ◦ Redução da perda de água durante o armazenamento Manuseio Pós-colheita Armazenamento refrigerado deve ser na temperatura adequada para cada espécie Evitar o acúmulo de etileno Evitar armazenamento misto Manter a UR entre 80-90% (PROMYOU et al. 2012) Critérios de Avaliação da Qualidade Análises Visuais (Escala de notas) Coloração (Intensidade e brilho) Atividade respiratória Conteúdo relativo de água Conteúdo de açúcares Determinação de pigmentos Perda de massa fresca Longevidade OBRIGADA Laboratório de Fisiologia Pós-colheita [email protected]