ADUBAÇÃO da SERINGUEIRA

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ADUBAÇÃO
da
SERINGUEIRA
ONDINO C. BATAGLIA
[email protected]
CULTIVO DA SERINGUEIRA
TOMAR A DECISÃO DE
PLANTAR
Talvez seja a fase mais difícil
pois uma vez tomada a
convivência com a planta será
muito longa.
Tem que ser técnica,
econômica, social, familiar e
acima de tudo pessoal
como diz o Benesi
14 ANOS
DECISÃO TOMADA
VAMOS AO QUE INTERESSA
UM BOM PLANEJAMENTO
1. O local: clima, topografia, solo
2. A planta: clone, muda
3. As técnicas de cultivo: práticas corretas
4. A gente envolvida: produção, assessoria,
mercado
Qualquer
variedade
ou clone?
Clones
média 9 anos
Kg/ha/ano
% em relação à
testemunha
IAC 500
IAC 501
IAC 502
IAC 503
IAC 504
2.232
2.060
2.678
2.058
1.722
140
130
168
129
108
IAC 505
IAC 506
IAC 507
IAC 508
IAC 509
1.831
1.807
1.791
1.395
1.343
115
114
113
88
84
IAC 510
IAC 511
IAC 512
IAC 513
IAC 514
RRIM 6006
1.421
2.249
1.689
1.545
1.418
1.590
89
141
106
97
89
100
Informação pessoal do Dr. Paulo Gonçalves - 2015
Muda é tudo igual. Será mesmo?
SOLO - CONVENCIONAL
SUBSTRATO
A MUDA - PRECISA TER QUALIDADE
Muda produzida em substrato
Algumas vantagens:
Livre de pragas e doenças
Sistema radicular mais desenvolvido
Maior facilidade de transporte
Melhor pegamento no campo – cuidados***
Maior uniformidade do seringal
Sistema moderno de produção de mudas ja usado
para: citros, eucalipto, café, fruteriras, hortaliças - tomate industrial,
flores e até cana de açúcar!!!
Seringueira não?
Os solos de origem da seringueira
são ácidos e pobres.
Vale a pena melhorar o solo e
adubar?
ÁREA DE CAFÉ?
AREA DE CANA?
AREA DE CITROS?
AREA DE PASTO?
IMPORTANTE É COMEÇAR BEM
CONHEÇA O SEU SOLO
Qualidade física é indispensável
Perfil adequado, sem limitações para o
desenvolvimento radicular.
Evitar áreas encharcadas.
CITROS
PASTAGEM
MANEJO DA ADUBAÇÃO
PLANTIO
Correção do Solo
Adubação na cova
FORMAÇÃO e
PRODUCAO
Calagem
Adubação
Qualidade química é mais fácil de
corrigir
Fazer amostragem de solo
0-20 cm e 20-40 cm
Análises básicas pH MO macros
Análises de micronutrientes
Na camada 20-40 cm
Al e argila
CALAGEM
NC = CTC(V2-V1)/10 PRNT
NC = NECESSIDADE DE CALCÁRIO (Kg/ha)
CTC = CAP. TROCA DE CATIONS
V2 = SAT. DE BASES DESEJADA =
V1 = SAT. DE BASES ATUAL
PRNT= PODER RELATIVO DE NEUTRALIZAÇÃO TOTAL DO CALCÁRIO
GESSAGEM?
Al - m>40% Ca < 4 mmolc/dm3
Gesso (kg/ha)= Argila (g/kg) x 6
(%)
Solo preparado para
plantio de soja
Solo ácido
pastagem
Calcário no sulco?
Abuso do gesso
Bom para citros e café
Café tolera sem problema
não recomendado
para seringueira
Seringueira
morre torrada
Plantio de mudas no
campo
Preparo do local de plantio para melhorar o
pegamento das mudas e não induzir distúrbios
nutricionais.
ADUBAÇÃO DE PLANTIO NO CAMPO
1. Cova ou sulco de plantio
Solos pobres - teores baixos/médios de P e/ou K
0 – 30 – 15 g/cova de N, P2O5 e K2O
Solos férteis - teores altos/muito altos de P e K
0 – 15 – 0 g/cova de N, P2O5 e K2O
Micronutrientes - Zn deve ser usado para solos com baixos teores
Se disponível usar esterco de curral curtido, galinha ou compostos.
ADUBOS E ESTERCOS DEVEM SER
MUITO BEM MISTURADOS COM O SOLO
2. Primeiro ano - complementar
No primeiro ano completar a adubação com cerca de
30-30-30 g/planta de N, P2O5 e K2O
OPORTUNIDADE DE MELHORAR O AMBIENTE
RADICULAR
ÁGUA ?
ÁGUA + NUTRIENTES?
(Ca, Mg, N, B, Zn, Cu + Enraizador)
Nutrimudas é um fertilizante liquido
usado para facilitar o enraizamento e
desenvolvimento inicial das plantas
transplantadas no campo.!!
Dose:
4 litros/2000
litros de água
Três aplicações
nas águas de
irrigação nos dois
meses iniciais
após o
transplante
Deficiências de micronutrientes
Muito comum no primeiro e segundo ano após o
transplante no campo. Como evitar?
Conhecer o solo - Análise com métodos adequados
Adubo na cova deve ser em dose adequada e bem
misturado ao solo
Evitar excesso de calagem e calagem na cova
Aplicar micronutrientes via solo - Novos produtos com uso
de quelatos para metais – Uso via fertirrigação ou em
mistura com herbicidas. (Ex. Fertisolo)
Adubação foliar corretiva – efeito rápido
POSSIVEIS PROBLEMAS RESULTANTES DE ADUBAÇÃO DE PLANTIO.
Def. Zn induzida por uso
de adubos fostatados na
cova sem homogeneizar o
solo
Def. Cobre em solo
pobre/cerrado.
FERTILIZANDE PARA
FERTIRRIGAÇÃO
QUELATOS DE EDTA
Cu, Mn e Zn
Boro solúvel
6,2 % de B
6,2% de Zn
1,55% de Cu
1,55% de Mn
Adubação de formação e produção
Proporcionar pleno desenvolvimento das plantas.
Incrementar o perímetro do caule, a espessura da
casca, o equilíbrio da copa , bom sistema radicular.
Fluxos e distribuição de CO2, H2O e minerais
CO2
Luz
Luz
H2O
CO2
(CH2O)n +
CO2 + H2O
Sacarose
Clorofila
(Folhas)
BORRACHA
H2 O
Minerais
Minerais
O2
LUZ
N
Ca
Mg
S
K
P
B
Cl
Cu
Fe
Mn
Mo
Macronutrientes primários
Macronutrientes secundários
Micronutrientes
Ni
Zn
Função dos nutrientes
Crescimento da planta muito dependente dos nutrientes
N, P e K
N deficiente induz formação de células pequenas e
parede celular espessa.
N em excesso o tamanho da célula aumenta, as paredes
celulares diminuem, induzindo copas pesadas, frágeis,
muito vulneráveis a quebra pelo vento.
K envolvido na fotossíntese e translocação de
assimilados para zona de formação do látex. Promove o
crescimento e deprime os níveis de Ca e Mg no látex,
aumentado a estabilidade.
K aumenta o período de fluxo de látex devido ao
aumento da relação P/Mg
Alguns nutrientes como N, P, K e Mg são
fundamentais para aumentar a espessura da casca,
numero e tamanho de vasos laticíferos e o índice de vasos
laticíferos (HAMZAH et al., 1975)
Casca
Células
Vaso
Cambio
Raio
medular
N, P, K e
Mg
Aumento
da
espessura
da casca
Número e
tamanho
dos vasos
laticíferos
Hamzah et al., 1975
NUTRIENTES NAS PLANTAS
•
QUANTIDADES NECESSÁRIAS
•
PROPORÇÕES PARA O EQUILÍBRIO
•
FASES VEGETATIVA E PRODUTIVA
•
TAMANHO E DURAÇÃO DA ÁREA FOLIAR
•
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
•
RECOMENDAÇÕES
FERRAMENTAS OU TÉCNICAS PARA
MONITORAMENTO NUTRICIONAL E
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
Fases de formação e produção
Análise de solo
Diagnose nutricional
diagnose visual e
análise foliar
Resultados experimentais
Remoção de nutrientes pela planta
INTERPRETAÇÃO DE
RESULTADOS DE
ANÁLISE de SOLO
Deve considerar qual foi o
médoto de análise e o
respectivo critério de
interpretação
Analise solo
K troc.
Sistema IAC
Teor
mmolc/dm3
M. baixo
P resina
mg/dm3
0-0,7
0-5
Baixo
0,8-1,5
6-12
Médio
1,6-3,0
13-30
Alto
3,1-6,0
31-60
>6,0
>60
M. Alto
Interpretação de teores de micronutrientes em solos - Bol. 100 IAC
Teor
B
Cu
Fe
Água
quente
Mn
Zn
DTPA
mg/dm3
Baixo
0-0,20
0-0,2
0-4
0-1,2
0-0,5
Médio
0,21-0,60
0,3-0,8
5-12
1,3- 5,0
0,6-1,2
Alto
>0,60
>0,8
>12
>5
>1,2
DIAGNOSE FOLIAR
Amostragem
Interpretação
Plantas jovens até quatro anos de idade
Época de amostragem –
verão - janeiro/março.
Procedimento Coletar folhas sem pecíolo na base
do ultimo lançamento maduro em
ramos expostos ao sol num total de 15
a 20 plantas representativas do talhão.
Último
lançamento
maduro
Ramo
exposto ao
sol
PLANTA COM
MENOS DE 4 ANOS
Árvores adultas com mais de quatro
anos de idade
Época de amostragem
Verão – janeiro/março.
Procedimento
Coletar folhas em ramos sombreados
no interior copa aproveitando a segunda
folha da base do ultimo lançamento, sem
os pecíolos. Amostrar 15 a 20 plantas
para cada amostra composta do talhão.
Segunda folha do último
lançamento maduro
INTERPRETAÇÃO
DE RESULTADOS
DE ANÁLISE
FOLIAR
Teores adequados de nutrientes nas folhas de seringueira no
Brasil. Valores da tabela de (Raij et al., 1997) e novos valores
sugeridos atualmente (Bataglia s/d).
Macronutrientes
Valores
atuais
Tabela 1997
g/kg
N
P
K
Ca
Mg
S
29-35
1,6-2,5
10-17
7-9
1,7-2,5
1,8-2,6
29-35
2-3
10-14
10-20
3-5
1,8-3,0
Teores adequados de nutrientes nas folhas de seringueira no
Brasil. Valores da tabela (Raij et al., 1997) e valores atuais
(Bataglia, s/d)
Micronutrientes
Tabela 1977
Valores
atuais
mg/kg
B
Cu
Fe
Mn
Zn
20-70
10-15
50-120
40-150
20-40
20-70
8-12
50-300
50-400
20-50
Calagem e uso de gesso
seringais em formação e produção
Nao deixe de fazer análise de solo
Além de ser barato, uma calagem mal
feita pode custar caro. Se pretende fazer
uso de gesso retire uma amostra a 20-40
cm . Incluir análise de Al e teor de argila
80
R² = 0,5684
Crescimento anual mm
Incremento do
perímetro em
um ano
Seringais em
inicio de sangria
com 7 a 8 anos
de idade - SP
70
60
50
Cresc (mm)
Polinômio (Cresc (mm))
40
30
20
3
3,5
4
4,5
pH em CaCl2
5
5,5
80
Crescimento anual, mm
R² = 0,6386
70
60
50
Cresc (mm)
Polinômio (Cresc (mm))
40
30
20
0
10
20
30
40
Saturação por bases V%
50
60
DOMINGUES, 1994
Roque et al., 2004 PAB
Quantidade de nutrientes para formação da planta
N
1400
1200
kg/ha
1000
K2O
800
600
400
P2O5
200
0
0
5
10
15
IDADE, ANOS
20
Adaptado de SHORROCKS, 1965
25
Quantidade de nutrientes para formação da planta
IDADE
Anos
7
15
20
N
P2O5
640
140
1170
250
1300
320
POR ANO NOS PERIODOS
K2O
350
720
850
0-7
91
20
50
7-15
66
14
46
15-20
26
14
26
A Remoção de nutrientes pela colheita é muito pequena
Planta
Produção
Nutriente
N
t/ha
P
K
Kg/ha
Cana-de-açúcar
88
45
25
121
Banana
45
78
22
224
Soja
3,4
210
22
60
Café
1,0
38
8
50
Seringueira
1,7
5
2
5
MANEJO DE NUTRIENTES 4C
Fonte correta
Dose correta
Adequar a fonte de
Adequar as doses às
fertilizante às
necessidades da cultura
necessidades da cultura
Época correta
Local correto
Tornar os nutrientes
disponíveis quando a
planta precisa
Aplicar e manter os
nutrientes em local
acessível às culturas
Adubação de formação e produção:
• Aplicar os adubos de acordo com as recomendações
conforme a idade da planta e análise de solo. Doses
devem ser calculadas por tabelas de adubação.
• Análise de solo anual ou pelo menos
a cada dois anos.
• Os fertilizantes devem ser parcelados em duas ou
três vezes durante a estação das chuvas.
• Com fertirrigação, usar 60% dos nutrientes de
outubro a março e 40% de abril a setembro.
• Monitorar os nutrientes nas folhas
para ajuste local das doses.
Reis et al., 1982
Adubação em época de crise
Obrigatório Sempre – monitoramento.
Manter o solo em níveis pelo menos médios em fertilidade
Verificar se não há deficiências ou desequilíbrios nutricionais
Gaste mais em análise de solo e de folhas e possivelmente
menos em adubos.
Use fontes de nutrientes mais acessíveis (fontes não
convencionais como estercos, compostos, etc. Avalie os custos.
Avalie o desempenho do seringal – crescimento, produção...
Fale com quem pode orientar e ajudar.
Regra prática para uso de adubos orgânicos
Conhecer a composição
Calcular quanto de nutrientes estarão disponíveis
CUIDADOS NO USO DE ADUBOS ORGÂNICOS
Conhecer a composição química
Dados importantes
% de umidade
C, N – C/N P, K, Micronutrientes
Metais pesados
Sódio
Contaminantes biológicos
Importância da compostagem
BANCO DE INFORMAÇÕES A SEREM MONITORADAS
Caracterização do talhão ou quadra
Análise de solo
Análise foliar
Crescimento da planta
Perímetro do caule
Espessura da casca
Cobertura vegetal (IAF)
Sistema radicular
Produtividade
Consultoria, Treinamento
P&D Agrícola
NUTRIÇÃO MINERAL
FISIOLOGIA VEGETAL
Produtos para
hidroponia e
fertirrigação
CONPLANT - Consultoria, Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento
Agrícola Ltda
Rua Francisco Andreo Aledo, 22 Campinas SP Tel. (19) 3249-2067
Obrigado
Obrigado
E Paz, saúde
e sucesso
Sucesso!!!
a todos!!!
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