• Contato • Transmissão interpessoal • Mais de 150 espécies

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21/05/2012
• Contato
Principal mecanismo de transmissão
Direto com o indivíduo
Sangue ou produtos de excreção
• Transmissão interpessoal
• Mais de 150 espécies
• Menores micro-organismos
Menores: 125 – 250 nm
Pelomórficos
Resistentes à penicilina
Crescimento: ágar – colônia mergulhada
Afinidade por membrana celular de mamíferos
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• Evolução
Adaptação → redução do genoma (10 X)
M. genitalium – 580 Kb
• Metabolismo reduzido
Multiplicação lenta (TG: 3-16 h)
Replicação > divisão – formação de filamentos
Não sintetizam purinas, não possuem ciclo de Krebs, não
sintetizam ácido fólico e possuem enzimas diferentes das
bactérias “convencionais”
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• Cultura
Caldo peptona com infusão de coração – ágar a
2% + 30% soro ascítico humano
Incubação a 37º C/48 a 96 h
• Dificuldade na cultura
Diagnóstico molecular
Existem também “kits” de diagnóstico, mas
voltados para as espécies de maior importância
humana e veterinária
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• Evasão ou modulação da resposta imune
Troca antigênica com célula hospedeira
Invasão de células ou indução de apoptose
• Estresse
sem
cronicidade
de
morte
celular
algumas
leva
infecções
à
ou
desenvolvimento de complicações
• Oportunistas por excelência
Desafio ao conhecimento
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• Estrutura antigênica
14 espécies ‘humanas’
Ags FC – glicolipídeos/ELISA - ptns
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• Patogênese
Micoplasmas patogênicas podem exibir formas
filamentosas
Estruturas polares – aderência
• Ricas em prolina
Fixação à superfície de células ciliadas e nãociliadas
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Especificidade de hospedeiros
Transmissíveis e potencialmente patogênicos a
apenas determinados hospedeiros
Parasitas intracelulares obrigatórios em animais
Podem secretar enzimas (hemolisinas)
Parte da microbiota humana
M. orale e M. salivarum / M. hominis / M. pneumoniae / M. genitalium
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M. pneumoniae
• Doença respiratória viral contagiosa
Incubação : 1 a 3 semanas (contato
íntimo prolongado)
Pneumonia leve
Infecção assintomática – pneumonit e
grave
com
comprometim ento
neu rológico e hematológico (anem ia
hemolítica) ocasional
Possibilidade de lesão cutânea
Início
moderado
–
grave
com
aumento da infiltração
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• Pneumonia atípica (> 40 anos)
• Pessoas que trabalham em ambientes fechados
com muita gente (escolas, abrigos) – risco
• Não há predisposição
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• Diagnóstico
Clínico
Laboratorial – secundário
Sorologia – amostras de soro em fase aguda e
convalescente (soroconversão)
PCR (amostras de garganta – laboratório
referência)
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• Tratamento
Macrolídeos, quinolonas e tetraciclinas
• Hidratação, antipiréticos, repouso
Antibióticos aceleram a cura
• Recuperação
mesmo
na
ausência
de
antibióticos
• Adultos não-tratados – 1 mês persistência
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• Epidemiologia
Endêmico no mundo inteiro
Crianças e adultos jovens – 50 a 90% (taxa
infecção)
Incidência de pneumonite – 3 a 30%
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M. hominis
• Cultivo a partir de vias urinárias superiores –
10% pielonefrite, salpingite (infecção nas
tubas uterinas) e abscessos tubo-ovarianos
• Isolamento a partir de sangue ~10% de
mulheres com febre pós-aborto ou puerperal
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M. genitalium
• Isolamento a partir de culturas de 2 pacientes
com uretrite não-gnocócica
• Cultura extremamente difícil
• PCR, sondas moleculares e sorologia
• Homens – uretrite não-gnocócica aguda e
crônica
• Mulheres
–
cervicite,
salpingite
e
infertilidade
• Espécie EXCLUSIVA da mucosa
gástrica humana
Outras espécies infectam outros animais
• Úlceras pépticas, certos tipos de gastrite e de
cancro do estômago
• Maior parte dos indivíduos assintomáticos
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• 1875 - Alemanha
Descoberta de bactérias espirais na
mucosa do estômago humano
Ausência de crescimento in vitro → abandono
• 1892 - Itália
Bactérias em estômago de cães
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• 1899 - Cracóvia
Investigação em lavados gástricos
Descoberta de bactérias - Vibrio rugula
Primeiro pesquisador a sugerir o provável papel
dessa bactéria na patogênese de enfermidades
gástricas
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• 1979/1981 – Robin Warren & Barry Marshall
Isolamento de bactéria presente na mucosa
gástrica de humanos
Sucesso no cultivo in vitro
• 1989
Classificação da bactéria no grupo taxonômico
Helicobacter
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• Dificuldade
de
reconhecimento
pela
comunidade científica
Postulados de Koch
• Tratamento
com
sais
de
bismuto
e
metronidazol
• Marshall e Warren: uso de antibióticos
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• National Institutes of Health(EUA) – 1994
H. pylori: agente etiológico de certos tipos
de úlceras gástricas recorrentes
Tratamento com antibióticos
• H. pylori - agente de úlceras duodenais
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• National Institutes of Health(EUA) – 1994
H. pylori: agente etiológico de certos tipos
de úlceras gástricas recorrentes
Tratamento com antibióticos
• H. pylori - agente de úlceras duodenais
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• Bactéria espiralada Gram-negativa
Superfície lisa e extremidades arredondadas,
móvel
5 – 6 flagelos unipolares
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• Não forma esporos
• Micro-aerófilos
• 27 espécies distintas
Mucosa gástrica de maneira
focal, segmentar ou difusa
Interior ou abaixo da camada de muco
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Grande capacidade de aderência
Desempenho na patogênese
• Mundialmente distribuída
• Crescimento entre 3 e 6 dias (37º C)
Skirrow com Van, Polimixina B e Trimpetropima
• Colônias translúcidas (1-2 mm)
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Mecanismos de virulência
Ilha
de
patogenicidade
Cag: >
40
genes
(30 codificam píli – injectossoma)
ADESINAS
Hidrogenase,
oxidase,
superóxido
dismutase
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GGT1 (gamma-glutamiltransferase 1): morte das
células
epitaliais
da
mucosa
gástrica
via
depleção de glutationa
Lipase:
degradação
do
muco.
Pode estar
envolvida tb. na degradação de diacilgliceróis e
outros lipídeos recuperados por H. pylori após
ação das hidrolases do hospedeiro (inflamação)
Transmissão de Doenças por Contato Direto
Acetona
carboxilase: utilização
da acetona
existente em altos níveis no ambiente estomacal
como aceptor final de elétron na respiração
microaeróbia
Peptidoglicano desacetilase: neutraliza/reduz
resposta imune
Sistema de detoxicação enzimática (óxido nítrico
redutase): fornece proteção contra os efeitos do
óxido nítrico de PMN
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Patogênese
Transmissão: oral-oral (fecal-oral/oral-anal?)
Infecção mediada pelos fatores do hospedeiro +
fatores de virulência bacterianos
Resistência ao ácido clorídrico
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Transmissão de Doenças por Contato Direto
Lipases
Estrutura
helicoidal
Enzimas
neutralizantes
Resistência ao
ácido clorídrico
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Entrada no lúmen
gástrico – urease
tampona meio
citosólico, periplásmico
e entorno (seta
vermelha: ambiente
acídico forte; seta
amarela: ambiente
acídico médio)
HP-NAP
atravessa a
camada epitelial e
recruta neutrófilos
e monócitos, que
extravasam e
provocam dano
tecidual através
da liberação de
intermediários
reativos de
oxigênio(ROI’s)
Propulsão flagelar através do muco
Ligação às células epiteliais (adesinas)
Injeção de CagA, HP-NAP
e VacA
VacA induz a
formação de
vacúolos e
alterações nas
junções
intracelulares
Transmissão de Doenças por Contato Direto
Ligação da ptn
ativadora de
neutrófilo (HPNAP) ao receptor
específico, o qual
é ligado à ptn
sensível à toxina
pertussis
Indução do aumento de Ca 2+ intracelular
Ativação de NADPH oxidase de fagócitos →
produção de ânions superóxidos e oxigênio
reativo intermediário (ROI)
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Injeção de CagA e outras proteínas
Proteínas Cag alteram o citoes queleto e sinalizam ao núcleo para
liberação d e linfocinas pró-inflamatórias – amp lificação da reação
inflamatória com rec rutamento de linfócitos e consequente liberação d e
ROI’s
Ação tóxica combinada de VacA e ROI’s levam ao dano tecidual,
que é aum entado p ela perda da camada protetora de muco e
permeabilidade ácida
Transmissão de Doenças por Contato Direto
Proteína se liga à porção apical da células ep itelial
e se ins ere na m embrana plasmática, formand o
uma canal ânion-seletivo de baixa condutância
Este canal libera bica rbonato e outros ânions
orgâ nicos
do
c itoplasma
para
favorecer
o
crescimento bacteriano
Os canais da toxina são lentamente endoc itados e
eventualm ent e
alca nçam
o
endossoma,
aumentand o a permea bilidade aos â nions, c om
aumento da atividade da bomba de prótons
Na pres ença de bas es fracas (amônia) ocorre
influxo de água, cons equ entemente alt era as
junções
intracelulares
e
aumenta
a
perm eabilidade a íons ferro, níqu el e outros
essenciais ao crescimento de H. pylori
Transmissão de Doenças por Contato Direto
Variação de fase de LPS – gera um pool de variantes em uma mesma cepa
de Helicobacter pylori
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Transmissão de Doenças por Contato Direto
Defesa natural não atinge a bactéria na região do
muco
SI: recrutamento de NK, monócitos e outros
• Não atingem a bactéria – segue recrutamento
– aumenta resposta inflamatória – não
aintgem a bactéria – segue recrutamento - …
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• Manifestações clínicas
Transmissão: oral-oral (fecal-oral/oral-anal?)
Doenças associadas a Helycobacter pylori
Estirpe
Selvagem
vacA-
cag -
Gastrite média
100
100
100
Gastrite severa
100
93
0
Úlcera gástrica
96
68
0
61
54
0
4
18
0
4
4
0
Metaplasia
intestinal
Carcinóide
Adenocarcinoma
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Pacientes assintomáticos
Afta
• Úlcera que pode surgir em qualquer ponto da
cavidade
oral:
língua,
lábios,
gengiva,
garganta, úvula...
• São lesões ovais, esbranquiçadas (às vezes
amareladas), rasas e limpas; únicas ou
múltiplas, pequenas ou grandes
• 20% da população sofre com aftas recorrentes
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Dispepsia não-ulcerativa
• Indigestão
• Queimação no estômago, dor de estômago,
indigestão, indisposição gástrica, plenitude,
enfartamento, estômago distendido, etc.
• Estima-se que anualmente pelo menos 1/4 da
população apresente sintomas relacionados
ao estômago, mas menos de 10% destes
procura ajuda médica
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Gastrite
• Inflamação do estômago
• Aguda (desenvolvimento rápido)
• Crônica (instalação lenta e persistente)
• Sintoma: queimação na "boca do estômago“
(qualquer um dos sintomas englobados no termo dispepsia)
• Evolução: úlceras
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Úlcera gástrica (úlcera péptica)
• Mais complicadas que
úlceras duodenais
• Antibioticoterapia efetiva
Úlcera duodenal
• Antibioticoterapia efetiva
• Cura melhor pacientes < 50 anos
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Câncer estomacal
• 70 – 90% associados a H. pylori
• Presença de H. pylori é fator de risco (6 X)
• Gastrite
crônica
leva
à
metaplasia
–
malignitude
• MALT (Mucosa Associated Lymphoid Tissue)
- 90% associados a H.pylori
(50% cure após cura de
H.pylori)
Transmissão de Doenças por Contato Direto
• Presença da bactéria não é o único fator
• Portanto, não está indicado tratamento contra
o Helicobacter pylori para todo mundo que
tenha a bactéria. Apenas os pacientes com
história familiar de câncer gástrico
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O câncer gástrico e o linfoma MALT (linfoma da mucosa associada ao t ecido linfóid e)
foi associado com H. pylori, e a bactéria foi categorizada como um carcinógeno grupo I
pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC em inglês). Embora esta
associação seja razoavelm ente fort e, não esta completamente c laro s e há uma
relação causal envolvida.
Dois mecanismos relacionados pelo qual a H. pylori poderiam promover câncer estão
sob investigação. Um mecanismo envolve o aumento da produção de radicais
livres aumentando a taxa de mutação nas células do hospedeiro. O outro mecanism o
proposto foi c hamado "via p erigenética“ e envolve o aumento da t ransformação
do fenótip o das células do hosped eiro por meio de alterações nas prot eínas celulares
como prot eínas de adesão. Foi p roposto qu e a H. pylori induz inflamação e altos níveis
locais de TNF-alfa e/ou IL-6. De acordo com o meca nism o perigenétic o proposto,
molécu las de sinalização associadas à inflamação como TNF-alfa podem altera r adesão
as células epiteliais gástricas e levar à disp ersão e migração de c élulas ep iteliais
transformadas sem a necessidad e de mutações adiciona is nos genes supressores de
tumor como genes que codificam proteínas para adesão celular.
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• Tratamento
Terapia tríplice
• Metronidazol, sal de bismuto e amoxicilina
ou tetraciclina – 14 dias
• 4 a 6 semanas com agente supressor de ácido
• Inibidores de bomba de prótons
pantoprazol, lanzoprazol)
(omeprazol,
+ amox. e claritromicina
ou amox. + metronidazol
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• Epidemiologia
Prevalência correlacionada ao ‘status’ sócioeconômico
EUA: >50 years = >50%)
Minorias (African Americans 40-50%)
Imigrantes
de países em
desenvolvimento
(Latino > 60%, Leste Europeu > 50%)
Menos comum em caucasianos ( < 40 years =
20%)
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Países em desenvolvimento
Maioria dos adultos infectada
~10% crianças entre 2 e 8 anos adquirem H. pylori
... FIM
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