Quadro II: Descritores de Desempenho por tema e ano de

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O presente tema integra um conjunto de 5 atividades experimentais, descritas no Dossier do Professor, e de 6 recursos multimédia (infografias e atividades), disponíveis na Plataforma + Cidadania.
No quadro que se segue, o professor encontrará os descritores de desempenho identificados por ano de escolaridade
e por tipo de atividade.
O professor encontrará também nesta secção a fundamentação teórica, relativa ao tema, que o auxiliará no desenvolvimento do projeto.
Quadro II: Descritores de Desempenho por tema e ano de escolaridade (1.º ciclo do Ensino Básico)
RECURSOS
TIPO DE
ATIVIDADE
DESCRITORES DE DESEMPENHO
Explicar por palavras próprias o que é a biodiversidade
1.º
ANO
2.º
ANO
3.º
ANO
X
X
X
Explicar por palavras próprias o que é e como surgiu a
biodiversidade
Identificar locais onde se pode encontrar diferentes formas
de vida na Terra
A DIVERSIDADE
DA VIDA
Infografia
X
X
X
Reconhecer a importância da biodiversidade
Explicar por palavras próprias o que é a extinção
X
X
X
Identificar os seres vivos que se encontram em vias de
extinção
Identificar as principais ameaças à biodiversidade
X
X
X
Compreender os conceitos: habitat, espécie, adaptação,
cadeia trófica, herbívoro, presa, predador, nível trófico
(produtor, consumidor e decompositor)
X
Explicar por palavras próprias os conceitos: habitat, espécie,
adaptação, cadeia trófica, herbívoro, presa, predador, nível
trófico (produtor, consumidor e decompositor)
X
Identificar as diferentes cadeias tróficas existentes e as
relações de interdependência nos níveis tróficos
COMO OBTEMOS
ENERGIA?
COMPLETA A
PIRÂMIDE
Infografia
Atividade
multimédia
X
X
Conhecer os conceitos: habitat, espécie, adaptação, cadeia
trófica, herbívoro, presa, predador, nível trófico (produtor,
consumidor e decompositor)
CADEIA TRÓFICA
X
X
Identificar exemplos de funções sócio-económicas da
biodiversidade
Atividade
experimental
X
X
X
X
X
Distinguir na cadeia alimentar entre: produtores,
consumidores primários, consumidores secundários e
decompositores
X
X
Reconhecer o papel dos seres vivos na cadeia alimentar
X
X
Conhecer as relações de interdependência existentes entre
diferentes espécies na cadeia alimentar
X
A MINHA
CADERNETA DE
ANIMAIS
Atividade
multimédia
Reconhecer e distinguir os diferentes animais com base nas
suas caraterísticas, morfologia e alimentação
BIO-DECIFRAR
Atividade
multimédia
Identificar os diferentes animais com base nas suas
caraterísticas, morfologia e alimentação
PERSONIFICAÇÃO
JOGO DA
MEMÓRIA
FLORESTA
PORTUGUESA
CONSTRUÇÃO DE
MAQUETA
2 | Biodiversidade
Atividade
experimental
Atividade
experimental
Atividade
multimédia
+ Atividade
experimental
Atividade
experimental
X
X
X
X
X
Conhecer espécies que fazem parte da biodiversidade da
fauna e flora portuguesa
X
X
Identificar espécies que fazem parte da biodiversidade da
fauna e flora portuguesa
X
X
Identificar algumas características dos seres vivos
X
X
Conhecer os conceitos: espécie, habitat, espécie autóctone,
espécie invasora, espécie exótica
X
X
X
Conhecer espécies que fazem parte da biodiversidade da
fauna e flora portuguesa
X
X
Identificar espécies que fazem parte da biodiversidade da
fauna e flora portuguesa
X
X
Identificar algumas características dos seres vivos
X
X
Conhecer os conceitos: espécie, habitat, espécie autóctone,
espécie invasora, espécie exótica
X
X
Explicar por palavras próprias os conceitos: espécie, habitat,
espécie autóctone, espécie invasora, espécie exótica
X
X
Conhecer as espécies autóctones e exóticas da flora
portuguesa
X
X
X
Conhecer as características, nome, uso e localização das
espécies autóctones e exóticas da flora portuguesa
X
X
X
Reconhecer as relações existentes entre as espécies e todos
os elementos que constituem o habitat
X
X
X
Identificar algumas características dos seres vivos e sua
significância para o posicionamento no ecossistema
X
X
X
Reconhecer os conceitos: habitat, espécie, ecossistema
X
X
X
Identificar relações de interdependência dos seres vivos
X
X
X
Identificar elementos abióticos e bióticos (espécies/
biodiversidade) que caracterizam a zona envolvente da
escola
X
X
X
Reconhecer as características das espécies e sua posição no
habitat
X
X
X
Reconhecer as relações existentes entre as espécies e todos
os elementos que constituem o habitat
X
X
X
Identificar algumas características dos seres vivos
X
X
X
Reconhecer os conceitos: habitat, espécie, adaptação
X
X
X
Diversidade biológica ou
biodiversidade
NOTAS
Diversidade biológica significa a
variabilidade entre os organismos
vivos de todas as origens, incluindo, inter alia, os ecossistemas
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos dos quais fazem parte;
compreende a diversidade dentro
de cada espécie, entre as espécies
e dos ecossistemas.
Convenção sobre a Diversidade Biológica, ratificada por Portugal através do
Decreto n.º 21/93 de 21 de junho
Figura 1 - Diversidade biológica no planeta Terra.
Em 1992, no Rio de Janeiro, foi aprovada a Convenção sobre a Diversidade
Biológica, no âmbito da Cimeira da Terra. Tratou-se do primeiro acordo a assumir como indicadores de diversidade biológica, genomas e genes, espécies
e comunidades, habitats e ecossistemas.
Porquê proteger a biodiversidade?
Todos os seres vivos são interdependentes de outros, quer ao nível da cadeia
alimentar, quer na execução de tarefas essenciais à sua sobrevivência. Se uma
espécie desaparecer, a sua função no ecossistema a que pertence, deixa de
ser realizada, ocorrendo um desequilíbrio. É por isso essencial que a sua preservação seja da responsabilidade e tarefa de todos, de modo a garantir que a
vida na Terra possa ser preservada.
A biodiversidade garante serviços ambientais que permitem a vida no planeta
Terra, podendo alguns serem definidos como de maior importância para os
seres humanos.
Alguns termos a aprender
Ecossistema - Sistema interativo das relações estabelecidas entre os organismos vivos e os meios físico, biológico e social em que estão inseridos.
Habitat - Espaço onde os seres vivos vivem e interagem entre si e com as
condições abióticas existentes.
Fauna - Designa o conjunto das espécies animais de um determinado local.
Flora - Designa o conjunto das espécies vegetais de um determinado local.
Espécies autóctones - Espécies indígenas ou nativas de uma determinada
área geográfica.
Espécies endémicas - Espécies que são indígenas ou nativas de uma área
geográfica restrita.
Espécies exóticas e invasoras - As espécies exóticas são todas aquelas que
não são nativas do local onde se encontram. As espécies invasoras são espécies exóticas que demonstram um comportamento invasor, que conquistam
espaço, podendo até extinguir a fauna ou flora autóctone por via de vantagens competitivas.
As aspirinas convencionais à
venda nas farmácias, são constituídas por ácido acetilsalicílico.
O seu princípio ativo é a salicina
que é extraída e isolada da casca
de Salix sp – conhecido vulgarmente por salgueiro. No passado, o chá de casca de salgueiro
era utilizado para atenuar dores
de cabeça.
Serviços ambientais - as condições e os processos através dos
quais ecossistemas naturais e as
espécies que fazem parte deles
sustentam e realizam a vida
humana.
Daily, G, 1997. Introduction: What Are
Ecosystem Services? in Daily, G. (edt),
Nature’s Services. Societal Dependence on Natural Ecosystems, Island
Press, Washington DC.
Autodepuração da água capacidade que uma linha de
água possui de voltar a assumir
as suas condições ecológicas
iniciais, com estabilização dos
seus constituintes, tal como a
reposição dos níveis de oxigénio,
após a presença de concentrações elevadas de poluentes
potencialmente tóxicos.
Espécie Invasora - qualquer
espécie não indígena que
desequilibre a estrutura ou o
funcionamento de um sistema
ecológico.
Instituto da Conservação da Natureza
e das Florestas (ICNF)
Biodiversidade | 3
Serviços ambientais
A biodiversidade é essencial à humanidade: depurando a água; absorvendo
poluentes atmosféricos; polinizando as culturas agrícolas; permitindo a viabilidade das colheitas e a regulação do clima; atenuando os efeitos adversos das
alterações climáticas; contribuindo para o aumento da resiliência da sociedade a fatores externos, como as pragas; garantindo os ciclos de nutrientes
essenciais à vida na Terra.
Polinização
A polinização das culturas agrícolas, a dispersão de espécies de plantas e a
sua reprodução são muitas vezes dependentes de espécies de animais. As
abelhas são um exemplo da importância dos animais para a manutenção dos
ecossistemas e, neste caso, para as culturas agrícolas.
Os animais, na sua atividade, transportam as sementes para novos locais,
permitindo a proliferação de várias espécies de plantas.
Cadeia alimentar
Figura 2 - Biodiversidade e serviços
ambientais.
A cadeia alimentar representa a transferência de energia metabólica entre os
seres vivos produtores de matéria (plantas) e os seres vivos consumidores de
matéria (animais). A manutenção desta cadeia mantém as comunidades de
animais em equilíbrio, não permitindo um crescimento exacerbado de uns em
relação aos outros. Caso se verifique a extinção de alguma espécie, haverá um
comprometimento da relação de interdependência estabelecida inicialmente, provocando um desequilíbrio no ecossistema com consequências graves
igualmente para o ser humano.
Variabilidade genética
As diferenças entre os indivíduos da mesma espécie, ao nível genético, permitem uma maior capacidade de se adaptarem a diferentes variações que
ocorrem no ambiente, sobretudo ao nível climático e a fatores de perturbação
do ecossistema, tais como fontes de poluição ou catástrofes. A variabilidade
genética é igualmente essencial para os seres humanos, uma vez que podem
adaptar culturas agrícolas a vários climas, escolhendo a genética mais favorável ao local de cultivo.
Figura 4 - Cadeia alimentar.
4 | Biodiversidade
Figura 3 - Polinização.
Funções socioeconómicas
A biodiversidade proporciona riqueza e emprego nas sociedades através da
possibilidade de criação de novos produtos, tais como medicamentos, cosméticos, óleos e fibras.
As principais culturas agrícolas e diversas espécies de animais foram domesticadas. Tendo em conta um cenário de alterações climáticas, a domesticação
de novas espécies vegetais mais adaptadas pode ser essencial para o futuro
da humanidade.
O turismo de natureza representa um setor de atividade em grande crescimento em Portugal, sendo tanto maior o seu potencial, quanto a riqueza natural e a biodiversidade existentes. Tendo em conta fatores como a desertificação do interior, resultante da falta de emprego, o turismo de natureza pode
ser uma resposta e fornecer rendimentos diretamente ligados à qualidade
ambiental dos locais.
Identidade cultural
A cultura de cada sociedade e as suas tradições mais profundas estão associadas ao ambiente e à biodiversidade uma vez que, no passado, os recursos
naturais eram essenciais à sobrevivência. Os mitos e tradições da cultura
popular recorrem frequentemente a espécies locais (como, por exemplo, no
caso do lobo) para a personificação de figuras morais na sociedade, estabelecendo um vínculo entre a cultura e a biodiversidade locais.
Autorregulação do planeta Terra
O planeta Terra é finito e a sua capacidade de autorregeneração é limitada.
O consumo, em larga escala, dos recursos existentes na Terra, contribui para
o desequilíbrio ambiental, o que significa que o ser humano, ao utilizar os
recursos naturais, pode comprometer a sua regeneração e provocar impactos
ambientais significativos. A título de exemplo, a utilização massiva das árvores
para diversos fins, impede a regeneração do ciclo natural da Floresta.
NOTAS
As alterações climáticas têm vindo
a ser identificadas como uma das
maiores ameaças ambientais, sociais e económicas que o planeta
e a humanidade enfrentam na
atualidade. A Convenção-Quadro
das Nações Unidas relativa às
Alterações Climáticas (CQNUAC)
e as negociações em curso sobre
o regime climático pós-2012, têm
como objetivo a estabilização
das concentrações de gases com
efeito de estufa (GEE) na atmosfera. Para atingir esse objetivo, a
temperatura global anual média
da superfície terrestre não deverá
ultrapassar 2°C em relação aos
níveis pré-industriais.
(Agência Portuguesa do Ambiente-APA)
A ação antrópica reflete as
alterações efetuadas pelo ser
humano no planeta Terra.
Um vasto universo de espécies (…)
está a ser ameaçado de forma
preocupante e negligente pela
perda de habitats, pela caça ilegal
e as alterações climáticas.
WWF Portugal (http://www.wwf.
pt/o_nosso_planeta/especies/top_10_
das_especies_do_planeta___as_dez_especies_mais_ameacadas_do_mundo/)
A ação antrópica tem contribuído significativamente para a alteração da biodiversidade, por vezes com impactos irreversíveis, como é o caso da extinção de
espécies. Atualmente a taxa de destruição da biodiversidade é superior à sua
capacidade de regeneração no planeta.
Figura 5 - Limites do planeta.
Fonte: Traduzido de http://www.stockholmresilience.org/21/research/research-programmes/
planetary-boundaries.html
Biodiversidade | 5
No esquema da figura 5 são identificados os limites do planeta, os quais
permitem compreender como assegurar o equilíbrio e manter a integridade
da biosfera, bem como gerir o impacto da ação humana na Terra. Em consequência, a preservação da vida na Terra é um imperativo ético e moral de
todas as sociedades.
Atualmente as preocupações são transversais a toda a sociedade, traduzindo-se na procura de comportamentos sociais, culturais, ambientais e económicos ao nível de todos os setores de atividade.
Figura 5 - Ecossistema.
Figura 9 - O castanheiro é uma espécie autóctone da floresta
portuguesa.
Figura 6 - Diferentes habitats no planeta Terra.
Figura 10 - O lagarto-de-água é um endemismo Ibérico.
Figura 7 - Exemplos de espécies animais (fauna).
Figura 8 - Exemplos de espécies de plantas (flora).
6 | Biodiversidade
Figura 11 - A acácia (Acacia dealbata) é uma espécie exótica
invasora, listada no anexo I do Decreto-Lei n.° 565/99, de 21
dezembro.
Biodiversidade portuguesa
As espécies, habitats e ecossistemas, que constituem a biodiversidade por­
tuguesa, são muito numerosos, salientando-se algumas espécies emblemá­
ticas da região norte do país. A ação antrópica assume-se como o principal
motivo potenciador do desaparecimento de muitas espécies, num curto
espaço de tempo, contribuindo para a redução drástica da biodiversidade
existente. Esta situação poderá resultar da consequência da prática intensiva
agrícola, da construção massiva de barragens, da crescente urbanização sem
qualquer registo no âmbito do ordenamento do território, da contaminação
das linhas de água e consequentemente do solo, entre outros fatores significativos. As principais causas para a extinção das espécies refletem-se nas profundas alterações ou destruição dos habitats. A sua destruição tem aumentado a um ritmo muito elevado, consequente de vários indicadores, tais como: a
erosão e desertificação dos solos; o sobre pastoreio; a contaminação da água,
do solo e da atmosfera por substâncias químicas; o consumo exacerbado de
alguns animais; a introdução de espécies exóticas e invasoras em competição
com espécies autóctones.
NOTA
Preservação - as áreas naturais
não devem sofrer interferência
da ação humana e a proteção da
natureza assumida independentemente do interesse utilitário e
do valor económico. (John Muir)
Conservação - a participação
humana deverá ser harmoniosa
e sempre com o objetivo de
proteção. (Aldo Leopold)
As razões que sustentam a preservação e a conservação da biodiversidade
são transversais e estão intimamente relacionadas com questões éticas,
econó­micas, biológicas ao nível da manutenção de recursos e equilíbrio
funcional dos ecossistemas, bem como com a saúde humana. É factual que
quanto maior for a diversidade biológica, maior será a oportu­nidade para a
descoberta científica e tecnológica no âmbito da medicina, da alimentação e
do desenvolvimento económico.
Biodiversidade | 7
Exemplos de paisagens da
biodiversidade portuguesa
Rio
Corrente natural de água contínua que pode desaguar noutro rio, num lago
ou no mar.
NOTA
Afluente - Rio que desagua
noutro rio.
Mosaico agrícola
Caracteriza-se tradicionalmente por uma grande variedade de plantas que
sustentam a biodiversidade específica, bem como de animais domésticos e
selvagens. São habitats com grande disponibilidade de alimento.
Montanha
São áreas de acesso mais difícil, servindo de habitat a fauna selvagem de
maior porte, incluindo grandes herbívoros e carnívoros. Embora se verifique
maior escassez de alimento, o contínuo natural existente ao longo das cadeias
montanhosas proporciona melhores condições de abrigo e deslocação de
espécies.
8 | Biodiversidade
Exemplos de fauna e flora da biodiversidade portuguesa
Fauna
Aves
Águia-real
Guarda-rios
Melro-preto
Nome científico - Aquila chrysaetos.
Morfologia - Corpo coberto por
penas.
Onde se encontra - Habita geralmente zonas rochosas.
Alimentação - Mamíferos, aves e
répteis de médio porte.
Curiosidade - Com envergadura de
2 metros é um símbolo de bravura
na cultura europeia.
Nome científico - Alcedo atthis.
Morfologia - Corpo coberto por
penas, cor azul brilhante.
Onde se encontra - Habita nos
cursos de água.
Alimentação - Invertebrados e pequenos peixes.
Curiosidade - É uma espécie que se
destaca pela plumagem viva, percorrendo as linhas de água.
Nome científico - Turdus merula.
Morfologia - Corpo coberto por
penas.
Onde se encontra - Habita em
zonas rurais e urbanas, convivendo
facilmente com os seres humanos.
Alimentação - Insetos, vermes e
bagas.
Curiosidade - É um companheiro
habitual das hortas e jardins particulares, controlando as espécies de
insetos que invadem as culturas.
Peixes
Invertebrados
Truta-fário - Truta-comum
Imperador-azul
Saltão-verde-maior
Nome científico - Salmo trutta.
Nome científico - Anax imperator.
Morfologia - Exosqueleto de cor
azul.
Onde se encontra - Rios, charcos e
tanques.
Alimentação - Insetos.
Curiosidade - É a maior libélula da
fauna portuguesa.
Nome científico - Tettigonia viridissima.
Morfologia - Exosqueleto.
Onde se encontra - Comum em
toda a europa ocidental.
Alimentação - Insetos.
Curiosidade - Espécie predadora,
muito útil nos campos agrícolas e
nos jardins, onde se alimenta de
insetos prejudiciais às plantas.
Morfologia - Escamas grandes com
uma pinta preta na sua base.
Onde se encontra - Rios de montanha bem oxigenados.
Alimentação - Larvas aquáticas e
insetos terrestres.
Curiosidade - Pode resistir a períodos de pouca oxigenação da água no
verão.
Biodiversidade | 9
Répteis e Anfíbios
Lagarto-de-água
Salamandra-lusitânica
Cobra-rateira
Nome científico - Lacerta schreiberi.
Morfologia - Corpo coberto por
escamas secas de cor predominante
azul, verde e amarelo.
Onde se encontra - Habita em zonas húmidas próximas de rios.
Alimentação - Insetos.
Curiosidade - É um endemismo
na Península Ibérica, pode libertar
a cauda para fugir aos predadores,
voltando a mesma a crescer novamente.
Nome científico - Chioglossa lusitanica.
Morfologia - Corpo com pele nua.
Onde se encontra - Habita em
zonas húmidas próximas de ribeiros
ou em charcos.
Alimentação - Insetos e moluscos.
Curiosidade - É um endemismo na
Península Ibérica. Ao longo do dorso
tem duas bandas de cor dourada ou
vermelho-cobre que se evidenciam
sobre a cauda numa única banda de
cor. O ventre tem uma cor cinzenta escura com pequenos pontos
brancos.
Nome científico - Malpolon monspessulanus.
Morfologia - Corpo coberto por
escamas.
Onde se encontra - Habita em zonas rochosas secas e arbustivas.
Alimentação - Pequenos animais,
mamíferos, répteis e outras cobras.
Curiosidade - Deve o seu nome
ao facto da sua dieta incluir grande
percentagem de roedores. É a cobra
de maior dimensão da Europa.
Mamíferos
Rã-verde
Esquilo-vermelho
Morcego-hortelão
Nome científico - Rana perezi.
Morfologia - Pele nua.
Onde se encontra - Todo o tipo de
habitats aquáticos.
Alimentação - Alimenta-se sobretudo de insetos e moluscos terrestres.
Curiosidade - É o anfíbio mais abundante em Portugal.
Nome científico - Sciurus vulgaris.
Morfologia - Pelo avermelhado
variando consoante a região.
Onde se encontra - Florestas.
Alimentação - Frutos, bagas, cogumelos.
Curiosidade - Guarda comida no seu
esconderijo para comer quando não
encontra alimento.
Nome científico - Eptesicus serotinus.
Morfologia - Pelo denso castanho.
Onde se encontra - Zonas urbanas
e rurais.
Alimentação - Insetos.
Curiosidade - Hiberna no inverno
na sua posição de descanso habitual, pendurando-se de cabeça para
baixo.
10 | Biodiversidade
Lontra
Nome científico - Lutra lutra.
Morfologia - Pelo castanho constituído por duas camadas.
Onde se encontra - Rios.
Alimentação - Essencialmente peixe,
embora possa consumir outros
animais.
Curiosidade - Consegue estar 8 horas seguidas a nadar e passa grande
parte do tempo a cuidar do seu pelo.
Garrano
Nome científico - Equus caballus.
Morfologia - Corpo coberto com
pelo castanho.
Onde se encontra - Regiões montanhosas e acidentadas.
Alimentação - Plantas herbáceas,
arbustivas e arbóreas da montanha.
Curiosidade - É uma das mais
antigas raças de póneis da Europa,
sendo oriunda do norte de Portugal.
Lobo
Nome científico - Canis lupus.
Morfologia - Corpo coberto com
pelo cinzento, castanho ou preto.
Onde se encontra - Regiões montanhosas e acidentadas.
Alimentação - Mamíferos de pequeno, médio e grande porte.
Curiosidade - É um símbolo da
natureza selvagem, estando presente
na cultura popular em vários países.
Embora existisse por toda a Europa,
Portugal é dos poucos países onde
atualmente se encontra em liberdade.
Biodiversidade | 11
Flora
A floresta portuguesa é constituída por espécies autóctones e exóticas, sendo até difícil definir com exatidão algumas
espécies dentro destes parâmetros. Existem em Portugal espécies exóticas, há milhares de anos, estando profundamente enraizadas na nossa cultura. Um destes exemplos é a Oliveira, que desde cedo foi importada e plantada pelo
grande valor comercial dos seus frutos. As árvores mais comuns no nosso território estão associadas principalmente
ao seu uso para a silvicultura, agricultura ou caráter ornamental.
Tília
Azevinho
Medronheiro
Nome Científico - Tília platyphyllos/
Tília cordata.
Onde se encontra - Principalmente
no norte e centro de Portugal, em
encostas e planícies.
Uso - Madeira leve, usada para fazer
instrumentos. Flor usada para chá.
Planta ornamental.
Altura - Até 30 metros.
Nome Científico - Ilex aquifolium.
Onde se encontra - Principalmente
no norte e centro de Portugal, na
montanha.
Uso - Ornamental.
Altura - Até 6 metros.
Nome Científico - Arbutus unedo.
Onde se encontra - Principalmente
nas Beiras e nas serras Algarvias , na
montanha.
Uso - Fruto comestível e usado para
fabrico de aguardente .
Altura - Até 5 metros.
Cerejeira
Plátano-europeu
Choupo
Nome Científico - Prunus avium.
Onde se encontra - Principalmente
no norte de Portugal, em encostas e
planícies.
Uso - Fruto comestível e madeira de
grande qualidade para marcenaria.
Altura - Até 10 metros.
Nome Científico - Platanus occidentalis.
Onde se encontra - Parques e jardins de todo o país.
Uso - Madeira boa para marcenaria.
Planta ornamental.
Altura - Até 40 metros.
Nome Científico - Populus nigra.
12 | Biodiversidade
Onde se encontra - Linhas de água.
Uso - Madeira boa para marcenaria e
utensílios, dada a sua leveza.
Altura - Até 35 metros.
Freixo
Sobreiro
Carvalho-comum
Nome Científico - Fraxinus angustifolia.
Onde se encontra - Linhas de água
e solos húmidos de todo o país.
Uso - Madeira boa para marcenaria e utensílios, dada a sua dureza.
Alimentação de gado.
Altura - Até 35 metros.
Nome Científico - Quercus suber.
Onde se encontra - Todo o país.
Uso - Produção de cortiça. Uso da
bolota para alimentação de gado.
Altura - Até 20 metros.
Nome Científico - Quercus robur.
Onde se encontra - Litoral norte e
centro do país.
Uso - Produção de madeira para
marcenaria e tanoaria.
Altura - Até 45 metros.
Eucalipto
Castanheiro
Pinheiro-manso
Nome Científico - Eucalyptus globulus.
Onde se encontra - Todo o país.
Uso - Produção de madeira para
pasta de papel.
Altura - Até 55 metros.
Nome Científico - Castanea sativa.
Onde se encontra - Norte e centro
do país.
Uso - Fruto comestível e madeira de
grande qualidade para marcenaria
Altura - Até 30 metros.
Nome Científico - Pinus pinea.
Onde se encontra - Centro e sul do
país.
Uso - Produção de madeira para
construção naval. Fruto - pinhão.
Altura - Até 30 metros.
Biodiversidade | 13
Pinheiro-bravo
Amieiro
Nome Científico - Pinus pinaster.
Onde se encontra - Norte e centro
do país.
Uso - Produção de madeira para
carpintaria, embalagens e postes.
Produção de resina.
Altura - Até 40 metros.
Nome Científico - Alnus glutinosa.
Onde se encontra - Linhas de água
permanentes.
Uso - Madeira leve usada para fazer
instrumentos.
Altura - Até 30 metros.
14 | Biodiversidade
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