LEVANTAMENTO DO PERFIL DE AUTO - MEDICAÇÂO NA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO MARISA VEIGA GOUVEIA, EDNA BERTINI, TANIA PEÑARANDA GOVATO, EDUARDO GOVATO, DOUGLAS SCOTTON, FERNANDA MANTOVANI, MICHELLEV SILVA, RENATO SOUZA, THAIS SAMPAIO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS E BIOQUIMICAS “OSWALDO CRUZ” Email do autor correspondente: [email protected] Objetivo: levantamento entre a população adulta de diferentes regiões da cidade de São Paulo, sobre a prevalência do processo de auto-medicação. Método: questionários para 320 habitantes da região leste, oeste, norte e sul do município de São Paulo abordando a conduta seguida frente ao surgimento de um problema de saúde, sobre a incidência de compra de medicamentos de venda livre e sob prescrição médica e os fatores associados à auto medicação. Os questionários foram aplicados em 2003 Resultado: em todas as regiões, a compra de medicamentos de venda livre é comum a cerca de 65 % das pessoas entrevistadas, sendo que os analgésicos/antitérmicos e antiácidos representam as classes farmacológicas mais citadas Conclusão: A auto-medicação é uma prática seguida por grande parte da população, seja por medicamentos de venda livre ou por aqueles que são submetidos à prescrição médica. Há uma elevada porcentagem de pessoas que fazem uso de medicamentos somente mediante orientação médica, porém o uso daqueles já existentes em suas residências e sob indicações de leigos são formas de auto-medicação ainda muito expressivas. Estas evidencias refletem vários aspectos sócio-econômicos e culturais da população em geral. Dentre estes fatores podemos citar a falta de informações por parte dos órgãos competentes, a venda livre de determinados medicamentos, a fácil aquisição por parte da população, o marketing que cerca a divulgação dos medicamentos e o poder aquisitivo da maioria da população. Todos estes eventos contribuem significativamente para o incentivo à auto medicação, o que é preocupante, diante do fato de ser um dos fatores que mais causam quadros de intoxicação humana