CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE A Psicologia como Ciência Ao longo da história da humanidade um dos maiores obstáculos oferecidos foi sem dúvida, responder as questões que desafiavam a compreenção do homem no mundo e a própria necessidade em responder as dúvidas sobre a existência humana. O mundo e as sociedades se desnvolviam em diversas áreas como a politica, a física, a agricultura, a arquitetura, dentre outras, mas a lacuna da compre4ensão humana ainda se fazia presente. As primeiras tentativas vem das idéias e do pensamento dos antigos filósofos gregos, entre eles: Socrates: postulava que a principal característica humana é a razão, é o sobrepunha o homem aos seus instintos. Platão: alojou a “razão” em uma parte do corpo, escolheu a cabeça e chamou este lugar de “alma”. Aristóteles: toda alma possui sua psyché – o princípio ativo da vida, muda de acordo como sent imos ou percebemos as coisas. Com o advento da idade Média uma reviravolta acontecia no mundo, o crsitianismo chega ao poder e toda idéia divergente a esta ideologia poderia ser considerada heresia ou mesmo uma ofença ao poder vigente, devendo seu pensador sofrer os rigores das penalidades infrigidas nestes desafios, com a própria vida se este fosse o caso. Muita informação valiosa é perdida mas, algumas idéias merecem destaque. Santo Agostinho: reafirmando as idéias de Platão, acreditava na cizão corpo e alma, era a prova da existência e manifestação divina, o contato de Deus com o homem. São Tomás de Aquino: vai rediscutir as idéias de Aristóteles e por viver em um tempo onde o poder da igreja começava a enfraquecer e passou a declarar que a imortalidade da alma era o que mantinha o ser humano ligado a Deus e somente desta maneira, a alma seria então imortal, não o corpo, o homem deveria buscar a perfeição. As pressões sociais e as dicidencias pelo poder tornaram enfraquecido o poder da igreja na Idade Média, as grandes navegações, as idéias politicas de Maquiavel, os estudos físicos e astronomicos de Galileu e Copérnico, a teoria evolucionista de Descartes, contribuiram para um novo modelo de pensamento científico no mundo. A economia sentia os reflexos das mudanças e o desenvolvimento das sociedades estava agora baseado em outros princípios, apenas o que era cientificamente comprovado teria reconhecimento social. Ciencias como a medicina, anatomia, fisiologia, entre outras começavam a ganhar destaque social e na universidade de Leipzig, na Alemanha, Wilhelm Wundt começava a traçar seus primeiros estudos sobre psicofisiologia e desenvolve a concepção de palelismo pscofísico na qual atribuia que fenomenos mentais possuem correspondentes físicos (organicos). A Psicologia apropriou-se deste movimento para estabeler os critérios científicos basicos a sua estruturação e definição, o comportamento humano passou a ser o objeto Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE de estudo da Psicologia, seu campo começava a ser delimitado diferenciando-se da Filosofia e Fisiologia, faltava formular métodos de estudos e torias sobre esta área. Primeiras Linhas de Pensamento em Psicologia Funcionalismo – idealizado pelo norte-americano William James coloca a consciência como a compreensão do funcionamento do homem, é ela que vai adaptá-lo ao meio. Estruturalismo – idealizado na Alemanha o estruturalismo ganha maior expressividade com Edward Titchner que acredita que as estruturas mentais (SNC) se acomodam de acordo com as adaptações ao meio. Associassionismo – seu principal expoente foi Edward Thorndike que acreditava que a aprendizagem se baseia num processo de associação de idéias – das mais simples as mais complexas. Principais Abordagens em Psicologia 1. Behaviorismo Também conhecido como Abordagem Comportamental e Análise Experimental do Comportamento, o termo foi desenvolvido originalmente por John B. Watson que acreditava que o comportamento era resultante de estimulos recebidos do meio e poderiam ser observados e mensurados. O princípio básico desta linha de pensamento segue a idéia de Estímulo – Resposta (E – R ou S – R – stimuli - ), ou seja, uma resposta será obtida se for eliciada pelo estímulo correto. Comportamento Respondente – Ivan Pavlov foi o principal idealizador desta definição. São assim chamados por estarem vinculados aos reflexos do corpo e se caraterizam quando um estimulo e temprariamente empareado a outro neutro no aparecimento de uma resposta, sendo esta resposta posteriormente provocada pelo estímulo que empareou e não pelo principal, isto é, o estimulo neutro é auele que provoca o reflexo (a respsota). Condicionamento Operante – os presupostos da abordagem comportamental foram desenvolvidos principalmente por B. F. Skinner que acreditava que todo o comportamento sofre alguma interferencia do meio no sentido de aprender uma resosta. A fim de melhor incutir uma resposta, é importante a idéia da privação de uma necessidade, assim o que propricia o comportamento é a ação do organismo sobre ele e o efeito que dela resulta – a satisfação de uma necessidade. O aprendizado se dá entre a ação e seu efeito, é o que chama-se de condicionamento. Alguns importantes conceitos definidos por Skinner Reforço – é toda a ação que provoca o aumento de uma resposta e pode ser positiva ou negativa. Reforço positivo é toda ação que possibilita o aumento da resposta através de uma premeação ou recompença. O reforço negativo aumenta a resposta através da retirada ou suspenção de uma ameaça ou desconforto. Existem ainda elementos utilizados como reforçadores que estimulam a função reforçadora, estes elementos são classificados em dois níveis primários são comuns a espécie (fundamentais) como fome, Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE sede, sexo, afeto, etc. e os secundários estabelecidos por um evento momentâneo com dinheiro, posição social, etc. Esquiva – é a completa evitação no enfrentamento ante um estímulo que pode ser incomodo (aversivo). O indivíduo se sente incapaz ou sem habilidades em lidar com determinada situação, razão pela qual se esquiva por completo dela. Fuga – é quando a apresentação de um estimulo ou de uma situação é percebida de forma tão aversiva que tende a provocar a evitação do enfrentamento de uma dada situação, o individuo tende a fugir para não enfrentar a situação que lhe encomoda. (fuga). Extinção – é o procedimento no qual a resposta deixe de ser abruptamente reforçada, gerando assim a eliminação da resposta. Aqui vale o destaque que um comportamento só será extinto se o elemento que o estimula deixar de ser apresentado, assim a resposta desaparece. Punição – é a suspenção temporária da resposta, sem contudo, alterar a motivação. Embora haja a suspenção, não existem garantias de que o comportamento foi eliminado. Discriminação – quando uma resposta se mantém na presnça de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença de outro. Genealização – quando se responde de forma semelhante a um conjunto de estímulos percebidos como semelhantes. 2. Psicanálise Aqui, a história do criador se mescla com a da criatura, a vida de Sigmund Freud se funde com as idéias e princípíos da Psicanálise. Em 1881 Freud formou-se em medicina na Universidade de Viena e por razões de dificuldade financeiras adquiriu uma bolsa de estudos em Paris com o Psiquiatra Jean Chacot, onde conheceu o método chamado de hipinose e percebeu que grande parte dos distúrbios humanos tem origem emocional. De volta a Viena foi trabalhar com o Josef Breuer e passou a trabalhar com um outro método de tratamento que permitia a liberação de afetos e emoções ligadas a eventos traumáticos, era o chamado método catartico. Freud percebeu que idéias e pensamentos reprimidos poderiam se tornar fonte de mal estar. Contudo, Freud percebeu que estes métodos não aprofundavam as principais queixas trasidas pelos pacientes, mesmo aquelas que pareciam não estar clara para o próprio paciente, pasou então a desenvolver o que chamou de associação livre um método espontaneo de relato, onde a emoção, as falhas e lacunas deixadas no relato poderiam ser norteadoras no processo investigativo da personalidade humana. A Descoberta do Inconsciente – Primeira Teoria do Aparelho Psiquico Freud percebeu em seus estudos que boa parte dos traumas apresentados pelos pacientes possuiam ligações com eventos traumáticos da vida passada, boa parte deles apresentavam alguma ligação com problemas relacionado a manifestação da sexualidade ou mesmo de desejos não manifestos ou reprimidos. No entanto, estes eventos não apreciam claros e nem evidenciados às pessoas, mas aos poucos eram Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE revelados através de sinais que norteavam o entendimento deste processo e que poderiam explicar as razões que levavam as pessoas a agirem de uma ou de outra maneira, mesmo não se dando conta imediatamente do que faziam – era a descoberta do inconsciente. Ele passou então a desenvolver sua primeira teoria que dividia a mente human em tres esferas: Consciente – é a área responsável pela percepção, atenção e racioncínio e recebe informações tanto do mundo exterior com interior. A menor área da mente humana. Pré-consciente – é o sistema de armazenamento de informaçõess de referencia, não conscientes no momento mas passíveis de acesso. Inconsciente – a maior área da mente humana. Exprime o conteúdo presentes no campo da consciencia, é constituida de ações reprimidas, censuradas internamente ou instintivas, não tem noção temporal nem claresa consciente de suas intenções. A Descoberta da Sexualidade – Teoria da Persnalidade Através das observações de pacientes e de experiências pessoais vividas Freud observou que grande parte dos problemas apresentados tinham relação com problemas relacionados a sexualidade. A libido é a energia é a energia dos instintos sexuais e só deles. O desenvolvimento é longo e complexo até seu amadurecimento, além da função de reprodução, serve também ao prazer e é igual tanto a homens quanto as mulheres. A função sexual existe desde o princípio da vida e não apenas a partir da adolescencia. Fase Oral – é a fase inicial do desenvolvimento sexual, a fonte de prazer se centraliza na boca. É o primeiro estágio das descobertas corporais e das sensações que a criança passa, razão pela qual todos os objetos são levados a boca. Fase Anal – o controle dos esficteres marcam o desenvolvimento neste período. A criança já mais crescida passa a explorar mais o mundo e a tentar impor suas vontades manipulando seus cuidadores. O ânus é o centro do prazer nesta fase. Fase Fálica (Pênis) – a maior e mais complexa de todas as fases aqui o que marca é a descoberta da identidade sexual, meninos e meninas passam a perceber diferenças anatomicas e aguçam a curiosidade e o toque com os genitais. É um período de intensa disputa e rivalidade. Período de Latência – se caracteriza por uma dimunuição nas atividades sexuais, é um intervalo no desenvolvimento da sexualidade, onde os interesses estão mais voltados ao aprendizado das questões do mundo em geral e de novas descobertas, se estende até o início da puberdade. Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE Fase Genital – é quando o objeto de erotização não mais se encontra no próprio corpo, mas passa a ser direcionado a figura externa (outro). Freud destacava que o desenvolvimento humano poderia sofrer problemas de diversas ordens como traumas, abandonos ou similares, as situações mal resolvidas nas três primeiras fasses, poderiam gerar comportamentos futuros que indicam sintomas destes problemas, é a chamada fixação que passa a ser manisfestada somente na fase genital. Exeplos de fixação na fase oral: roer unhas, falar demais, fumar, etc. Na fase anal temos: avareza, ciume excessivo, descontrole financeiro, etc. E na fase fálica os exemplos de fixação são: voyerismo, fetichismo, exibicionismo, etc. O Complexo de Édipo e a Segunda Teoria do Aparelho Psiquico (fase Fálica) Formado na fase fálica o Complexo de Édipo se caracteriza pelo amor (objetal) da criança pelo genitor do sexo oposto e em oposição ou rivalidade pelo genitor do mesmo sexo (a regra). Se caracteriza pela escolha de modelos de comportamentos, passando a internalizar regras e normas sociais representadas e imposta pela autoridade dominante na família (ou referência). É um orientador da noção de limites antes a vida e um instrumento de avaliação de potencialidades, Freud acreditava que é através do Édipo de cada um que estabelecemos escolhas afetivas em direção a construção de relacionamentos. Ao ter internalizada a noção de limite e direcionamento das possibilidades e barreiras impostas a pessoa começa a formar modelos de interação com o meio no sentido de melhor se ajustar as normas e condutas sociais aos desejos e vontades de cada um. Freud acredita que é ai que surge o que el denominou de Segunda teoria do Aparelho Psiquico e classificou em três distintas áreas: Id – é considerado o reservatóirio da energia psiquica, a fonte mais primitiva da vontade e do prazer, o lado instintivo. Ego – é considerado um mediador entre os desejos do Id e as Exigencias do Superego. Tem a função de equilibrar a relação entre nossas vontades e o senso moral no fazer das coisas. É um regulador que busca a satisfação de nossas necessidades. Domina as funções de memória, percepção, sensação e pensamento. Superego – internaliza as proibições o senso moral eideal dos modelos e padrões e normas sociais, culturais e as condutas adotadas pela sociedade. É o sensor de nossas ações e passa a estabelecer o controle e o senso crítico. Freud define que toda a pessoa pode conhecer de forma clara a realidade externa, mas a realidade psiquica torna-se mais difícil e que qualquer alteração na percepção de uma destas realidades pode ser considerada um sintoma de que o desenvolvimento psiquico do sujeito pode estar comprometido ou até mesmo adoecido. Ele define ainda a existencia de uma força vital ao desenvolvimento humano – a Pulsão – energia que nos move diante da vida e que pode ser de dois tipos: Eros (autoconservação, preservação, vida, o que impulsiona as conquistas) e Tanatos (autodestrutiva, agressiva, direcionada a morte, o que direciona a eventos nefastos ou sinistros). Mecanismos de Defesa Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE Freud acreditava que o ego desenvolve um grande esforço no sentido de manter nosso equilíbrio (sanidade mental) e acaba por utilizar sistemas incoscientes que podem deformar a realidade a fim de protejer o indivíduo ante a eventos indesejaveis ou de dificil enfrentamento, protegendo assim, o psiquismo, são os mecanismos de defesa asssim classificados: Recalque – quando o indivíduo suprime uma parte da informação. A situação não é percebida, não é compreendida ou mesmo ignorada, é uma forma de não enfrentar o conflito que esta enfrentando. Formação Reativa – o indivíduo adota uma atitude em direção oposta ao seu desejo, visando esconder verdades que podem ser bastante dolorosas. Regressão – o indivíduo retorna a etapas anteriores ao seu desenvolvimento, mais primitivos. Projeção – o indivíduo localiza no mundo exterior algo que é seu,distorce a percepção acreditando que objetos e pessoas transmitem caracteristicas próprias apenas por aquilo que é expressado (projetado). Introjeção – o indivíduo localiza no seu mundo interior aquilo que lhe foi incutido pelo meio externo, acreditando possuir características próprias, mesmo não as possuindo, age como se apresentasse tais elementos. Racionalização – é a tentativa de justificar ações e comortamentos com argumentos morais e ideológicos as atitudes destrutivas que podemm eclodir em conflitos ou similares. 3. Abordagem Humanista Existencial Existir é emergir, revelar, sobressair. A abordagem Humanista Existencial visa a investigação do indivíduo na busca de lhe fazer sobressair ou revelar, livremente, o que nele há de individual, particular, único e concreto. É a busca de sua auto-expressão mais autêntica e do compromisso sincero com as próprias escolhas existenciais. Segundo Rollo May, surgiu espontânea e simultaneamente, no início do século XX, em diversos países da Europa como tentativa de superar uma certa insatisfação com relação à Psicanálise, tanto com os seus resultados clínicos quanto com a sua formulação teórica e, também, para procurar preencher algumas lacunas sobre a compreensão humana deixadas por ela, com relação ao método e a técnica. Centra-se no encontro entre o Psicólogo e o cliente, utilizando como método a Fenomenologia e, como técnica, o diálogo socrático. Busca na auto-expressão autêntica o compromisso do indivíduo consigo mesmo, o sentimento de responsabilidade pela própria existência e a liberdade para o indivíduo fazer as suas próprias escolhas, descobrindo quem ele de fato é e construindo quem ele quer ser. Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE Os principais temas Existencialistas são angústia, solidão, crises existenciais, liberdade, escolha, risco, compromisso, encontro, responsabilidade, autenticidade e projetos de vida. Os principais expoentes desta abordagem são: Ludwig Binswanger, Jean Paul Sartre, Heidegger, Frederick Perls, Carl Rogers, dentre outros. O filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) afirma em ''Ser e Tempo'' que estar só é a condição original de todo ser humano. Que cada um de nós é só no mundo. É como se o nascimento fosse uma espécie de lançamento da pessoa à sua própria sorte. Podemos nos conformar com isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela maneira como lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa existência. A partir daí podemos construir dois estilos de vida diferentes: o autêntico e o inautêntico. Sendo autêntico você assume a responsabilidade por todas as suas escolhas existenciais, aceita correr os riscos que forem necessários para atingir os seus objetivos, e passa a encontrar amparo e segurança em si mesmo. Com isso, apropria-se da existência, tornase indivíduo, torna-se autônomo, torna-se dono da sua própria vida, dono da própria existência, torna-se senhor de si mesmo. Angústia A angústia provocada pela solidão é o sentimento que muitas pessoas experimentam quando se conscientizam de estarem sós no mundo. É o mal-estar que o ser humano experimenta quando descobre a possibilidade da morte em sua vida, tanto a morte física quanto a morte de cada uma das possibilidades da existência, a morte de cada desejo, de cada vontade, de cada projeto. Cada vez que você se frustra, que você não se supera, que você não consegue realizar seus próprios objetivos, você sente angústia. É como se você estivesse morrendo um pouco. Muitas pessoas sentem dificuldade de estarem a sós consigo mesmas. Não conseguem viver intensamente a sua própria vida. Muitas vezes elas acreditam que o brilho e o encantamento da vida se encontram no outro e não nelas mesmas. Sua vida tem um encantamento, um brilho, algo de especial porque é sua, apenas sua. Independentemente do que você esteja fazendo, sua vida pode ser intensa, prazerosa, simplesmente pelo fato de ser sua e por você ser único. Cada um de nós pode ser uma pessoa especial para si mesmo. A Condição do Ser A solidão é a condição do ser humano no mundo. Todo ser humano está só. Esta é a grande questão da existência, mas não significa uma coisa negativa, nem que precise de uma solução definitiva. A solução é aceitar que se está só no mundo. Simplesmente isso. E sabendo-se só no mundo, viver a própria vida, respeitar a própria vontade, expressar os próprios sentimentos, buscar a realização dos próprios desejos. Quando se faz isso, a vida se enche de significado, de um brilho especial. Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE O objetivo não é fingir que a solidão não existe, não é buscar a companhia dos outros, porque mesmo junto com os outros você está e sempre será solitário. O outro é muito importante para compartilhar, trocar. O outro é muito importante para a convivência, mas não para preencher a vida, não para dar sentido e significado à uma outra existência. A presença do outro nos ajuda, compartilhando, mostrando a parte dele, dando aquilo que não temos e recebendo aquilo que temos para dar, efetivando a troca. Mas o outro não é o elemento fundamental para saciar a angústia ou para minimizar a condição de solidão. 3.1. Abordagem Centrada na Pessoa Se diferencia das outras por não haver técnica. Para a abordagem a melhor maneira de se ajudar alguém é acreditar na pessoa e em sua possibilidade de pensar, sentir, buscar e direcionar sua própria necessidade de mudança. É a partir daí, dessa crença na pessoa, da sua capacidade em se auto dirigir, que a A.C.P. busca tentar facilitar à pessoa condições ideais, para que esta tenha maior oportunidade de entrar em contato consigo mesma, no intuito de que a pessoa possa buscar em si própria a sua direção. Ser aquilo que se é, é o que a Abordagem Centrada na Pessoa procura ajudar o outro a ser, pois aceitando-se a pessoa cria em si condições para repensar e caminhar em direção ao seu crescimento. É mais que uma linha de pensamento, é uma filosofia de vida. A Abordagem Centrada na Pessoa crê, que o ser humano possui uma capacidade inata que lhe impulsiona para a freqüente tentativa de progredir, ou seja, que dentro de si, a pessoa possui os mecanismos necessários para lidar consigo e com o outro. A tendência atualizante nada mais é do que a crença de que se o outro tiver condições favoráveis, ele se direcionará de modo a suprir as suas necessidades e terá seus sentimentos muito mais claros em si. A partir daí, poderá aceitar e respeitá-los como legítimos e em conseqüência respeitar também o outro em sua individualidade. Princípios: Empatia – é imprescindível que a pessoa sinta-se bem e verdadeiramente disponível nessa relação. Deve-se ser capaz de se colocar no lugar do outro sempre, tendo desta forma, provavelmente maior disponibilidade interna em entender o outro, seus motivos, seus medos e sentimentos e conseqüentemente mais condições de não julgar ou direcionar a relação de ajuda. Congruência – significa autenticidade quanto aos seus sentimentos em relação a pessoa,é a capacidade de ser autentico e de dizer o deve ser dito, com cuidado, carinho, respeito, livre de ameaças e apoaido na aceitação. Aceitação Incondicional Positiva – é a capacidade em aceitar o outro sempre de maneira positiva, sempre entendendo que o outro a sua maneira está no fundo procurando se sentir bem e se encontrar. Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE Aceitar o outro, mesmo que não entendendo ou não concordando. Aceitar não significa concordar, mas aceitar seus sentimentos, seus limites e suas potencialidades, assumindo para o outro a própria limitação, falando e ouvindo, caso não consiga de fato aceitar o outro. Em um ambiente onde a pessoa sinta-se verdadeiramente aceita e acolhida, livre de ameaças, ela tende a ser ela mesma e a entrar em contato consigo própria para buscar aquilo que julga importante para o seu crescimento pessoal. 3.2. Abordagem da Gestalt Influenciada pelos conceitos da Psicologia da Gestalt (forma, movimento, configuração), incentiva a formação flexível de gestalt sucessivas, adaptadas à relação sempre flutuante do organismo como o meio, num ajustamento criador permanente. Poderia ser definida como a arte da formação de boas formas.Pode-se considerar que a Gestalt-terapia germinou no espírito de Frederick Perls em 1940, na África do Sul. Quando imigrou nesta mesma época para a América com uma grande aceitação. Crescer neste sentido é buscar desenvolver seus próprios recursos, dons e talentos especiais. Desta forma, o conceito pode ser entendido e substituído pelo de crescimento (transcender). Ampliar a consciência é assumir e aceitar a responsabilidade por suas próprias escolhas; acreditando em nosso próprio potencial, no outro e no mundo. Princípios: Personalidade – a personalidade é o sistema de atitudes adotadas nas relações interpessoais. Quando o ser humano chega ao mundo precisa necessariamente do calor de braços humanos, de contato cheio de ternura. Precisa sentir-se seguro de que será protegido, de que foi desejado, de que alguém acalmará sua sede e fome. Uma criança depende das experiências dos pais e de seu meio ambiente. O homem vive a unidade solidária de seu destino individual com o destino da comunidade a que pertence, não pode ter êxito ou fracasso por sua conta. O problema do ser define-se então como possibilidade. A ação do homem no seu ser-no-mundo é desdobrada pela possibilidade originária de ser-com-os-outros, não é jamais individual. Os fatores sociais são essenciais e isto favorece ou afeta a auto-imagem. Mundo Fenomenal – fenômeno é a totalidade do que há na luz do dia ou que pode ser trazido a luz. Fenômeno é igual a aparência, organizado pelas necessidade do indivíduo. O passado reflete as experiências anteriores transformadas pelas experiências posteriores, que simbolizam as lembranças hoje. O futuro são expectativas, objetivos, metas que dirigem as escolhas de hoje e que poderão ou não se concretizarem. O presente é a única possibilidade, a única realidade. É a forma de atenção sobre a forma possível. Awareness – o conceito de awareness não é estático, é um processo de orientação que se renova a cada instante. É entrar em contato com o mundo é o reconhecimento do ambiente em vigilante contato com os eventos mais importantes do campo indivíduoambiente. É estar em contato com a própria existência. A aceitação da realidade que a Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE pessoa pode contatar. É expandir a consciência do que se passa dentro e fora de si no momento presente, em nível mental, corporal e emocional. Representa o autoconhecimento. A pessoa consciente sabe que tem alternativas e escolhe a melhor para o momento. O universo físico não existe independentemente do pensamento dos participantes “O homem é as coisas são”. O universo físico não existe sem os nossos pensamentos sobre ele. Sem nossas observações e sem nossos pensamentos um objetivo se dispersaria no esquecimento.O mundo será, sempre, um pouco incerto.O que denominamos realidade é construído pela mente. O Mundo não é o mesmo sem você. Contato – o limite no qual o indivíduo e o meio se tocam, denomina-se "limite de contato", e neste limite ocorre o intercâmbio vivo entre indivíduo e meio.Contato é o processo básico do relacionamento, é a consciência de si como um ser com. Toda experiência do indivíduo podem sofrer alterações conforme o campo em um dado momento. Experiência é contato. O contato humano é um processo mútuo de duas pessoas separadas, movendo-se em ritmo de união e separação Figura-Fundo – na subjetividade da percepção a escolha pode ser consciente ou inconsciente do que para aquela pessoa aparece como figura ou fundo.O processo de formação de figura-fundo é dinâmico, o organismo seleciona e desenvolve formas próprias de auto-conservação. Qualquer fenômeno observado nunca é uma realidade objetiva em si. A figura depende do fundo sobre o qual aparece; o fundo serve como uma estrutura ou moldura em que a figura está enquadrada ou suspensa, e por conseguinte, determina a figura.Qualquer escolha é aquilo que pode redespertar, ou colocar em movimento o que já vive em nós, por isso nos desperta atenção. Por esse motivo a tendência de se identificar com algumas pessoas. Referencias BOCK, A. M. B., FURTADO, O. e TEIXEIRA, M. L. T. PSICOLOGIAS: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia, Ed Saraiva – 13ª edição. São Paulo, 1999. TOBEN, Bob e WOLF, Fred Alan. Espaço-Tempo e Além. São Paulo: Cultrix, 1999. http://www.encontroacp.psc.br/conheca_a_acp.htm - Marcos Alberto da Silva Pinto e Jornal Existencial on line em Ago. 2008 – Jadir Lessa http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/solideliber.html Psicologia das Organizações Prof. Nazir Rachid Filho