CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - 2º SEMESTRE A Psicologia como

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A Psicologia como Ciência
Ao longo da história da humanidade um dos maiores obstáculos oferecidos foi sem
dúvida, responder as questões que desafiavam a compreenção do homem no mundo e a
própria necessidade em responder as dúvidas sobre a existência humana. O mundo e as
sociedades se desnvolviam em diversas áreas como a politica, a física, a agricultura, a
arquitetura, dentre outras, mas a lacuna da compre4ensão humana ainda se fazia
presente. As primeiras tentativas vem das idéias e do pensamento dos antigos filósofos
gregos, entre eles:
Socrates: postulava que a principal característica humana é a razão, é o sobrepunha o
homem aos seus instintos.
Platão: alojou a “razão” em uma parte do corpo, escolheu a cabeça e chamou este lugar
de “alma”.
Aristóteles: toda alma possui sua psyché – o princípio ativo da vida, muda de acordo
como sent imos ou percebemos as coisas.
Com o advento da idade Média uma reviravolta acontecia no mundo, o crsitianismo
chega ao poder e toda idéia divergente a esta ideologia poderia ser considerada heresia
ou mesmo uma ofença ao poder vigente, devendo seu pensador sofrer os rigores das
penalidades infrigidas nestes desafios, com a própria vida se este fosse o caso. Muita
informação valiosa é perdida mas, algumas idéias merecem destaque.
Santo Agostinho: reafirmando as idéias de Platão, acreditava na cizão corpo e alma, era
a prova da existência e manifestação divina, o contato de Deus com o homem.
São Tomás de Aquino: vai rediscutir as idéias de Aristóteles e por viver em um tempo
onde o poder da igreja começava a enfraquecer e passou a declarar que a imortalidade
da alma era o que mantinha o ser humano ligado a Deus e somente desta maneira, a
alma seria então imortal, não o corpo, o homem deveria buscar a perfeição.
As pressões sociais e as dicidencias pelo poder tornaram enfraquecido o poder da igreja
na Idade Média, as grandes navegações, as idéias politicas de Maquiavel, os estudos
físicos e astronomicos de Galileu e Copérnico, a teoria evolucionista de Descartes,
contribuiram para um novo modelo de pensamento científico no mundo. A economia
sentia os reflexos das mudanças e o desenvolvimento das sociedades estava agora
baseado em outros princípios, apenas o que era cientificamente comprovado teria
reconhecimento social.
Ciencias como a medicina, anatomia, fisiologia, entre outras começavam a ganhar
destaque social e na universidade de Leipzig, na Alemanha, Wilhelm Wundt começava
a traçar seus primeiros estudos sobre psicofisiologia e desenvolve a concepção de
palelismo pscofísico na qual atribuia que fenomenos mentais possuem correspondentes
físicos (organicos).
A Psicologia apropriou-se deste movimento para estabeler os critérios científicos
basicos a sua estruturação e definição, o comportamento humano passou a ser o objeto
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de estudo da Psicologia, seu campo começava a ser delimitado diferenciando-se da
Filosofia e Fisiologia, faltava formular métodos de estudos e torias sobre esta área.
Primeiras Linhas de Pensamento em Psicologia
Funcionalismo – idealizado pelo norte-americano William James coloca a consciência
como a compreensão do funcionamento do homem, é ela que vai adaptá-lo ao meio.
Estruturalismo – idealizado na Alemanha o estruturalismo ganha maior expressividade
com Edward Titchner que acredita que as estruturas mentais (SNC) se acomodam de
acordo com as adaptações ao meio.
Associassionismo – seu principal expoente foi Edward Thorndike que acreditava que a
aprendizagem se baseia num processo de associação de idéias – das mais simples as
mais complexas.
Principais Abordagens em Psicologia
1. Behaviorismo
Também conhecido como Abordagem Comportamental e Análise Experimental do
Comportamento, o termo foi desenvolvido originalmente por John B. Watson que
acreditava que o comportamento era resultante de estimulos recebidos do meio e
poderiam ser observados e mensurados. O princípio básico desta linha de pensamento
segue a idéia de Estímulo – Resposta (E – R ou S – R – stimuli - ), ou seja, uma resposta
será obtida se for eliciada pelo estímulo correto.
Comportamento Respondente – Ivan Pavlov foi o principal idealizador desta
definição. São assim chamados por estarem vinculados aos reflexos do corpo e se
caraterizam quando um estimulo e temprariamente empareado a outro neutro no
aparecimento de uma resposta, sendo esta resposta posteriormente provocada pelo
estímulo que empareou e não pelo principal, isto é, o estimulo neutro é auele que
provoca o reflexo (a respsota).
Condicionamento Operante – os presupostos da abordagem comportamental foram
desenvolvidos principalmente por B. F. Skinner que acreditava que todo o
comportamento sofre alguma interferencia do meio no sentido de aprender uma resosta.
A fim de melhor incutir uma resposta, é importante a idéia da privação de uma
necessidade, assim o que propricia o comportamento é a ação do organismo sobre ele e
o efeito que dela resulta – a satisfação de uma necessidade. O aprendizado se dá entre a
ação e seu efeito, é o que chama-se de condicionamento.
Alguns importantes conceitos definidos por Skinner
Reforço – é toda a ação que provoca o aumento de uma resposta e pode ser positiva ou
negativa. Reforço positivo é toda ação que possibilita o aumento da resposta através de
uma premeação ou recompença. O reforço negativo aumenta a resposta através da
retirada ou suspenção de uma ameaça ou desconforto. Existem ainda elementos
utilizados como reforçadores que estimulam a função reforçadora, estes elementos são
classificados em dois níveis primários são comuns a espécie (fundamentais) como fome,
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sede, sexo, afeto, etc. e os secundários estabelecidos por um evento momentâneo com
dinheiro, posição social, etc.
Esquiva – é a completa evitação no enfrentamento ante um estímulo que pode ser
incomodo (aversivo). O indivíduo se sente incapaz ou sem habilidades em lidar com
determinada situação, razão pela qual se esquiva por completo dela.
Fuga – é quando a apresentação de um estimulo ou de uma situação é percebida de
forma tão aversiva que tende a provocar a evitação do enfrentamento de uma dada
situação, o individuo tende a fugir para não enfrentar a situação que lhe encomoda.
(fuga).
Extinção – é o procedimento no qual a resposta deixe de ser abruptamente reforçada,
gerando assim a eliminação da resposta. Aqui vale o destaque que um comportamento
só será extinto se o elemento que o estimula deixar de ser apresentado, assim a resposta
desaparece.
Punição – é a suspenção temporária da resposta, sem contudo, alterar a motivação.
Embora haja a suspenção, não existem garantias de que o comportamento foi eliminado.
Discriminação – quando uma resposta se mantém na presnça de um estímulo, mas
sofre certo grau de extinção na presença de outro.
Genealização – quando se responde de forma semelhante a um conjunto de estímulos
percebidos como semelhantes.
2. Psicanálise
Aqui, a história do criador se mescla com a da criatura, a vida de Sigmund Freud se
funde com as idéias e princípíos da Psicanálise. Em 1881 Freud formou-se em medicina
na Universidade de Viena e por razões de dificuldade financeiras adquiriu uma bolsa de
estudos em Paris com o Psiquiatra Jean Chacot, onde conheceu o método chamado de
hipinose e percebeu que grande parte dos distúrbios humanos tem origem emocional.
De volta a Viena foi trabalhar com o Josef Breuer e passou a trabalhar com um outro
método de tratamento que permitia a liberação de afetos e emoções ligadas a eventos
traumáticos, era o chamado método catartico. Freud percebeu que idéias e pensamentos
reprimidos poderiam se tornar fonte de mal estar. Contudo, Freud percebeu que estes
métodos não aprofundavam as principais queixas trasidas pelos pacientes, mesmo
aquelas que pareciam não estar clara para o próprio paciente, pasou então a desenvolver
o que chamou de associação livre um método espontaneo de relato, onde a emoção, as
falhas e lacunas deixadas no relato poderiam ser norteadoras no processo investigativo
da personalidade humana.
A Descoberta do Inconsciente – Primeira Teoria do Aparelho Psiquico
Freud percebeu em seus estudos que boa parte dos traumas apresentados pelos pacientes
possuiam ligações com eventos traumáticos da vida passada, boa parte deles
apresentavam alguma ligação com problemas relacionado a manifestação da
sexualidade ou mesmo de desejos não manifestos ou reprimidos. No entanto, estes
eventos não apreciam claros e nem evidenciados às pessoas, mas aos poucos eram
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revelados através de sinais que norteavam o entendimento deste processo e que
poderiam explicar as razões que levavam as pessoas a agirem de uma ou de outra
maneira, mesmo não se dando conta imediatamente do que faziam – era a descoberta do
inconsciente. Ele passou então a desenvolver sua primeira teoria que dividia a mente
human em tres esferas:
Consciente – é a área responsável pela percepção, atenção e racioncínio e recebe
informações tanto do mundo exterior com interior. A menor área da mente humana.
Pré-consciente – é o sistema de armazenamento de informaçõess de referencia, não
conscientes no momento mas passíveis de acesso.
Inconsciente – a maior área da mente humana. Exprime o conteúdo presentes no campo
da consciencia, é constituida de ações reprimidas, censuradas internamente ou
instintivas, não tem noção temporal nem claresa consciente de suas intenções.
A Descoberta da Sexualidade – Teoria da Persnalidade
Através das observações de pacientes e de experiências pessoais vividas Freud observou
que grande parte dos problemas apresentados tinham relação com problemas
relacionados a sexualidade.
 A libido é a energia é a energia dos instintos sexuais e só deles.
 O desenvolvimento é longo e complexo até seu amadurecimento, além da função
de reprodução, serve também ao prazer e é igual tanto a homens quanto as
mulheres.
 A função sexual existe desde o princípio da vida e não apenas a partir da
adolescencia.
Fase Oral – é a fase inicial do desenvolvimento sexual, a fonte de prazer se centraliza
na boca. É o primeiro estágio das descobertas corporais e das sensações que a criança
passa, razão pela qual todos os objetos são levados a boca.
Fase Anal – o controle dos esficteres marcam o desenvolvimento neste período. A
criança já mais crescida passa a explorar mais o mundo e a tentar impor suas vontades
manipulando seus cuidadores. O ânus é o centro do prazer nesta fase.
Fase Fálica (Pênis) – a maior e mais complexa de todas as fases aqui o que marca é a
descoberta da identidade sexual, meninos e meninas passam a perceber diferenças
anatomicas e aguçam a curiosidade e o toque com os genitais. É um período de intensa
disputa e rivalidade.
Período de Latência – se caracteriza por uma dimunuição nas atividades sexuais, é um
intervalo no desenvolvimento da sexualidade, onde os interesses estão mais voltados ao
aprendizado das questões do mundo em geral e de novas descobertas, se estende até o
início da puberdade.
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Fase Genital – é quando o objeto de erotização não mais se encontra no próprio corpo,
mas passa a ser direcionado a figura externa (outro).
Freud destacava que o desenvolvimento humano poderia sofrer problemas de diversas
ordens como traumas, abandonos ou similares, as situações mal resolvidas nas três
primeiras fasses, poderiam gerar comportamentos futuros que indicam sintomas destes
problemas, é a chamada fixação que passa a ser manisfestada somente na fase genital.
Exeplos de fixação na fase oral: roer unhas, falar demais, fumar, etc. Na fase anal
temos: avareza, ciume excessivo, descontrole financeiro, etc. E na fase fálica os
exemplos de fixação são: voyerismo, fetichismo, exibicionismo, etc.
O Complexo de Édipo e a Segunda Teoria do Aparelho Psiquico (fase Fálica)
Formado na fase fálica o Complexo de Édipo se caracteriza pelo amor (objetal) da
criança pelo genitor do sexo oposto e em oposição ou rivalidade pelo genitor do mesmo
sexo (a regra). Se caracteriza pela escolha de modelos de comportamentos, passando a
internalizar regras e normas sociais representadas e imposta pela autoridade dominante
na família (ou referência). É um orientador da noção de limites antes a vida e um
instrumento de avaliação de potencialidades, Freud acreditava que é através do Édipo de
cada um que estabelecemos escolhas afetivas em direção a construção de
relacionamentos.
Ao ter internalizada a noção de limite e direcionamento das possibilidades e barreiras
impostas a pessoa começa a formar modelos de interação com o meio no sentido de
melhor se ajustar as normas e condutas sociais aos desejos e vontades de cada um.
Freud acredita que é ai que surge o que el denominou de Segunda teoria do Aparelho
Psiquico e classificou em três distintas áreas:
Id – é considerado o reservatóirio da energia psiquica, a fonte mais primitiva da vontade
e do prazer, o lado instintivo.
Ego – é considerado um mediador entre os desejos do Id e as Exigencias do Superego.
Tem a função de equilibrar a relação entre nossas vontades e o senso moral no fazer das
coisas. É um regulador que busca a satisfação de nossas necessidades. Domina as
funções de memória, percepção, sensação e pensamento.
Superego – internaliza as proibições o senso moral eideal dos modelos e padrões e
normas sociais, culturais e as condutas adotadas pela sociedade. É o sensor de nossas
ações e passa a estabelecer o controle e o senso crítico.
Freud define que toda a pessoa pode conhecer de forma clara a realidade externa, mas a
realidade psiquica torna-se mais difícil e que qualquer alteração na percepção de uma
destas realidades pode ser considerada um sintoma de que o desenvolvimento psiquico
do sujeito pode estar comprometido ou até mesmo adoecido. Ele define ainda a
existencia de uma força vital ao desenvolvimento humano – a Pulsão – energia que nos
move diante da vida e que pode ser de dois tipos: Eros (autoconservação, preservação,
vida, o que impulsiona as conquistas) e Tanatos (autodestrutiva, agressiva, direcionada
a morte, o que direciona a eventos nefastos ou sinistros).
Mecanismos de Defesa
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Freud acreditava que o ego desenvolve um grande esforço no sentido de manter nosso
equilíbrio (sanidade mental) e acaba por utilizar sistemas incoscientes que podem
deformar a realidade a fim de protejer o indivíduo ante a eventos indesejaveis ou de
dificil enfrentamento, protegendo assim, o psiquismo, são os mecanismos de defesa
asssim classificados:
Recalque – quando o indivíduo suprime uma parte da informação. A situação não é
percebida, não é compreendida ou mesmo ignorada, é uma forma de não enfrentar o
conflito que esta enfrentando.
Formação Reativa – o indivíduo adota uma atitude em direção oposta ao seu desejo,
visando esconder verdades que podem ser bastante dolorosas.
Regressão – o indivíduo retorna a etapas anteriores ao seu desenvolvimento, mais
primitivos.
Projeção – o indivíduo localiza no mundo exterior algo que é seu,distorce a percepção
acreditando que objetos e pessoas transmitem caracteristicas próprias apenas por aquilo
que é expressado (projetado).
Introjeção – o indivíduo localiza no seu mundo interior aquilo que lhe foi incutido pelo
meio externo, acreditando possuir características próprias, mesmo não as possuindo, age
como se apresentasse tais elementos.
Racionalização – é a tentativa de justificar ações e comortamentos com argumentos
morais e ideológicos as atitudes destrutivas que podemm eclodir em conflitos ou
similares.
3. Abordagem Humanista Existencial
Existir é emergir, revelar, sobressair. A abordagem Humanista Existencial visa a
investigação do indivíduo na busca de lhe fazer sobressair ou revelar, livremente, o que
nele há de individual, particular, único e concreto. É a busca de sua auto-expressão mais
autêntica e do compromisso sincero com as próprias escolhas existenciais.
Segundo Rollo May, surgiu espontânea e simultaneamente, no início do século XX, em
diversos países da Europa como tentativa de superar uma certa insatisfação com relação
à Psicanálise, tanto com os seus resultados clínicos quanto com a sua formulação teórica
e, também, para procurar preencher algumas lacunas sobre a compreensão humana
deixadas por ela, com relação ao método e a técnica.
Centra-se no encontro entre o Psicólogo e o cliente, utilizando como método a
Fenomenologia e, como técnica, o diálogo socrático. Busca na auto-expressão autêntica
o compromisso do indivíduo consigo mesmo, o sentimento de responsabilidade pela
própria existência e a liberdade para o indivíduo fazer as suas próprias escolhas,
descobrindo quem ele de fato é e construindo quem ele quer ser.
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Os principais temas Existencialistas são angústia, solidão, crises existenciais, liberdade,
escolha, risco, compromisso, encontro, responsabilidade, autenticidade e projetos de
vida.
Os principais expoentes desta abordagem são: Ludwig Binswanger, Jean Paul Sartre,
Heidegger, Frederick Perls, Carl Rogers, dentre outros.
O filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) afirma em ''Ser e Tempo'' que estar só
é a condição original de todo ser humano. Que cada um de nós é só no mundo. É como
se o nascimento fosse uma espécie de lançamento da pessoa à sua própria sorte.
Podemos nos conformar com isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela
maneira como lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono
que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa
existência. A partir daí podemos construir dois estilos de vida diferentes: o autêntico e o
inautêntico.
Sendo autêntico você assume a responsabilidade por todas as suas escolhas existenciais,
aceita correr os riscos que forem necessários para atingir os seus objetivos, e passa a
encontrar amparo e segurança em si mesmo. Com isso, apropria-se da existência, tornase indivíduo, torna-se autônomo, torna-se dono da sua própria vida, dono da própria
existência, torna-se senhor de si mesmo.
Angústia
A angústia provocada pela solidão é o sentimento que muitas pessoas experimentam
quando se conscientizam de estarem sós no mundo. É o mal-estar que o ser humano
experimenta quando descobre a possibilidade da morte em sua vida, tanto a morte física
quanto a morte de cada uma das possibilidades da existência, a morte de cada desejo, de
cada vontade, de cada projeto.
Cada vez que você se frustra, que você não se supera, que você não consegue realizar
seus próprios objetivos, você sente angústia. É como se você estivesse morrendo um
pouco.
Muitas pessoas sentem dificuldade de estarem a sós consigo mesmas. Não conseguem
viver intensamente a sua própria vida. Muitas vezes elas acreditam que o brilho e o
encantamento da vida se encontram no outro e não nelas mesmas. Sua vida tem um
encantamento, um brilho, algo de especial porque é sua, apenas sua. Independentemente
do que você esteja fazendo, sua vida pode ser intensa, prazerosa, simplesmente pelo fato
de ser sua e por você ser único. Cada um de nós pode ser uma pessoa especial para si
mesmo.
A Condição do Ser
A solidão é a condição do ser humano no mundo. Todo ser humano está só. Esta é a
grande questão da existência, mas não significa uma coisa negativa, nem que precise de
uma solução definitiva. A solução é aceitar que se está só no mundo. Simplesmente
isso. E sabendo-se só no mundo, viver a própria vida, respeitar a própria vontade,
expressar os próprios sentimentos, buscar a realização dos próprios desejos. Quando se
faz isso, a vida se enche de significado, de um brilho especial.
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O objetivo não é fingir que a solidão não existe, não é buscar a companhia dos outros,
porque mesmo junto com os outros você está e sempre será solitário. O outro é muito
importante para compartilhar, trocar. O outro é muito importante para a convivência,
mas não para preencher a vida, não para dar sentido e significado à uma outra
existência. A presença do outro nos ajuda, compartilhando, mostrando a parte dele,
dando aquilo que não temos e recebendo aquilo que temos para dar, efetivando a troca.
Mas o outro não é o elemento fundamental para saciar a angústia ou para minimizar a
condição de solidão.
3.1. Abordagem Centrada na Pessoa
Se diferencia das outras por não haver técnica. Para a abordagem a melhor maneira de
se ajudar alguém é acreditar na pessoa e em sua possibilidade de pensar, sentir, buscar e
direcionar sua própria necessidade de mudança. É a partir daí, dessa crença na pessoa,
da sua capacidade em se auto dirigir, que a A.C.P. busca tentar facilitar à pessoa
condições ideais, para que esta tenha maior oportunidade de entrar em contato consigo
mesma, no intuito de que a pessoa possa buscar em si própria a sua direção.
Ser aquilo que se é, é o que a Abordagem Centrada na Pessoa procura ajudar o outro a
ser, pois aceitando-se a pessoa cria em si condições para repensar e caminhar em
direção ao seu crescimento. É mais que uma linha de pensamento, é uma filosofia de
vida.
A Abordagem Centrada na Pessoa crê, que o ser humano possui uma capacidade inata
que lhe impulsiona para a freqüente tentativa de progredir, ou seja, que dentro de si, a
pessoa possui os mecanismos necessários para lidar consigo e com o outro.
A tendência atualizante nada mais é do que a crença de que se o outro tiver condições
favoráveis, ele se direcionará de modo a suprir as suas necessidades e terá seus
sentimentos muito mais claros em si. A partir daí, poderá aceitar e respeitá-los como
legítimos e em conseqüência respeitar também o outro em sua individualidade.
Princípios:
Empatia – é imprescindível que a pessoa sinta-se bem e verdadeiramente disponível
nessa relação. Deve-se ser capaz de se colocar no lugar do outro sempre, tendo desta
forma, provavelmente maior disponibilidade interna em entender o outro, seus motivos,
seus medos e sentimentos e conseqüentemente mais condições de não julgar ou
direcionar a relação de ajuda.
Congruência – significa autenticidade quanto aos seus sentimentos em relação a
pessoa,é a capacidade de ser autentico e de dizer o deve ser dito, com cuidado, carinho,
respeito, livre de ameaças e apoaido na aceitação.
Aceitação Incondicional Positiva – é a capacidade em aceitar o outro sempre de
maneira positiva, sempre entendendo que o outro a sua maneira está no fundo
procurando se sentir bem e se encontrar.
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Aceitar o outro, mesmo que não entendendo ou não concordando. Aceitar não significa
concordar, mas aceitar seus sentimentos, seus limites e suas potencialidades, assumindo
para o outro a própria limitação, falando e ouvindo, caso não consiga de fato aceitar o
outro.
Em um ambiente onde a pessoa sinta-se verdadeiramente aceita e acolhida, livre de
ameaças, ela tende a ser ela mesma e a entrar em contato consigo própria para buscar
aquilo que julga importante para o seu crescimento pessoal.
3.2. Abordagem da Gestalt
Influenciada pelos conceitos da Psicologia da Gestalt (forma, movimento,
configuração), incentiva a formação flexível de gestalt sucessivas, adaptadas à relação
sempre flutuante do organismo como o meio, num ajustamento criador permanente.
Poderia ser definida como a arte da formação de boas formas.Pode-se considerar que a
Gestalt-terapia germinou no espírito de Frederick Perls em 1940, na África do Sul.
Quando imigrou nesta mesma época para a América com uma grande aceitação.
Crescer neste sentido é buscar desenvolver seus próprios recursos, dons e talentos
especiais. Desta forma, o conceito pode ser entendido e substituído pelo de crescimento
(transcender). Ampliar a consciência é assumir e aceitar a responsabilidade por suas
próprias escolhas; acreditando em nosso próprio potencial, no outro e no mundo.
Princípios:
Personalidade – a personalidade é o sistema de atitudes adotadas nas relações
interpessoais. Quando o ser humano chega ao mundo precisa necessariamente do calor
de braços humanos, de contato cheio de ternura. Precisa sentir-se seguro de que será
protegido, de que foi desejado, de que alguém acalmará sua sede e fome. Uma criança
depende das experiências dos pais e de seu meio ambiente.
O homem vive a unidade solidária de seu destino individual com o destino da
comunidade a que pertence, não pode ter êxito ou fracasso por sua conta. O problema
do ser define-se então como possibilidade. A ação do homem no seu ser-no-mundo é
desdobrada pela possibilidade originária de ser-com-os-outros, não é jamais individual.
Os fatores sociais são essenciais e isto favorece ou afeta a auto-imagem.
Mundo Fenomenal – fenômeno é a totalidade do que há na luz do dia ou que pode ser
trazido a luz. Fenômeno é igual a aparência, organizado pelas necessidade do
indivíduo. O passado reflete as experiências anteriores transformadas pelas experiências
posteriores, que simbolizam as lembranças hoje. O futuro são expectativas, objetivos,
metas que dirigem as escolhas de hoje e que poderão ou não se concretizarem. O
presente é a única possibilidade, a única realidade. É a forma de atenção sobre a forma
possível.
Awareness – o conceito de awareness não é estático, é um processo de orientação que
se renova a cada instante. É entrar em contato com o mundo é o reconhecimento do
ambiente em vigilante contato com os eventos mais importantes do campo indivíduoambiente. É estar em contato com a própria existência. A aceitação da realidade que a
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pessoa pode contatar. É expandir a consciência do que se passa dentro e fora de si no
momento presente, em nível mental, corporal e emocional.
Representa o autoconhecimento. A pessoa consciente sabe que tem alternativas e
escolhe a melhor para o momento.
O universo físico não existe independentemente do pensamento dos participantes
“O homem é as coisas são”. O universo físico não existe sem os nossos pensamentos
sobre ele. Sem nossas observações e sem nossos pensamentos um objetivo se
dispersaria no esquecimento.O mundo será, sempre, um pouco incerto.O que
denominamos realidade é construído pela mente. O Mundo não é o mesmo sem você.
Contato – o limite no qual o indivíduo e o meio se tocam, denomina-se "limite de
contato", e neste limite ocorre o intercâmbio vivo entre indivíduo e meio.Contato é o
processo básico do relacionamento, é a consciência de si como um ser com. Toda
experiência do indivíduo podem sofrer alterações conforme o campo em um dado
momento. Experiência é contato. O contato humano é um processo mútuo de duas
pessoas separadas, movendo-se em ritmo de união e separação
Figura-Fundo – na subjetividade da percepção a escolha pode ser consciente ou
inconsciente do que para aquela pessoa aparece como figura ou fundo.O processo de
formação de figura-fundo é dinâmico, o organismo seleciona e desenvolve formas
próprias de auto-conservação. Qualquer fenômeno observado nunca é uma realidade
objetiva em si.
A figura depende do fundo sobre o qual aparece; o fundo serve como uma estrutura ou
moldura em que a figura está enquadrada ou suspensa, e por conseguinte, determina a
figura.Qualquer escolha é aquilo que pode redespertar, ou colocar em movimento o que
já vive em nós, por isso nos desperta atenção. Por esse motivo a tendência de se
identificar com algumas pessoas.
Referencias
BOCK, A. M. B., FURTADO, O. e TEIXEIRA, M. L. T. PSICOLOGIAS: Uma
Introdução ao Estudo de Psicologia, Ed Saraiva – 13ª edição. São Paulo, 1999.
TOBEN, Bob e WOLF, Fred Alan. Espaço-Tempo e Além. São Paulo: Cultrix, 1999.
http://www.encontroacp.psc.br/conheca_a_acp.htm - Marcos Alberto da Silva Pinto e
Jornal
Existencial
on
line
em
Ago.
2008
–
Jadir
Lessa
http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/solideliber.html
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