MASP O MASP e a OSESP apresentam uma programação que articula música clássica e arte por meio do acervo do museu – OSESP MASP. Serão nove apresentações musicais no Grande Auditório do MASP com foco no repertório de câmara e coral da OSESP. Em cada apresentação, serão exploradas as possíveis relações entre os autores e períodos das peças musicais executadas e uma seleção de obras da coleção do museu. As apresentações serão introduzidas por Eugênia Gorini Esmeraldo, coordenadora de Intercâmbio do MASP, e Leandro Oliveira, compositor e musicólogo. OSESP MASP é composta por recitais do Coro da OSESP e por quatro formações de câmara da orquestra: Solistas da OSESP, Quinteto de Sopros, Orquestra de Câmara da OSESP e Quarteto da OSESP. A programação abrange desde os períodos barroco e romântico até a produção contemporânea e peças inéditas, num repertório variado que inclui Bach, Mozart, Schumann, Mendelssohn, Ravel, Schoenberg e Stravinsky. OSESP MASP cruza a produção artística e musical na história, estabelecendo uma conexão entre suas audiências. A coleção abre inúmeras possibilidades de aproximação entre a arte e a música: as peças barrocas de Bach dialogam com as pinturas de Velázquez e de Frans Hals; o romantismo de Schumann e Mendelssohn com as obras de Delacroix; o classicismo de Mozart com Ingres; o impressionismo de Ravel com o de Manet, Renoir e Monet. APRESENTAÇÃO MUSICAL NA GALERIA DO MUSEU DE ARTE DE SAO PAULO NA RUA 7 DE ABRIL, DEC. 1950 Embora o diálogo entre as formas de expressão artísticas sejam sempre interessantes, talvez poucos criem tanto estímulos quanto o que pode ocorrer entre a música e as artes plásticas. A interpretação da música é, por força de sua natureza, um permanente campo aberto de possibilidades enquanto o suporte visual não apenas enriquece o sentido da interpretação como permite, mesmo ao ouvinte experiente, estabelecer conexões mais “concretas” sobre ambas as artes. É uma experiência que fortalece os recursos para a construção da sensibilidade. LEANDRO OLIVEIRA é compositor e anfitrião do projeto “Falando de Música” da OSESP. Frutos da produção de artistas, a pintura e a música certamente têm uma conexão com suas respectivas épocas. As coincidências existem, os momentos históricos influenciam e, ao longo do tempo, pintores, literatos e compositores firmaram amizades. Escolher uma obra que possa se relacionar com uma composição musical não é tarefa simples, mas podemos dizer que abordar o aspecto sensível do cotidiano é o objetivo tanto do compositor quanto do pintor. EUGÊNIA GORINI ESMERALDO de Intercâmbio no MASP. é historiadora da arte e coordenadora 14 ABR ORQUESTRA DE CÂMARA DA OSESP PROGRAMA MOZART SINFONIA No 38 EM RÉ MAIOR KV 504 ‘PRAGA’ [25'] MIGNONE MODINHA IMPERIAL [15'] HAYDN SINFONIA No 90 EM DÓ MAIOR [24'] PEDRO AMÉRICO (Areia, Brasil, 1843 – Florença, Itália, 1905) Paz e Concórdia, 1895 Óleo sobre tela, 42 × 60 cm EUGÉNE DELACROIX (Charenton, França, 1798 – Paris, França, 1863) O verão – Diana surpreendida por Acteão, 1856-63 Óleo sobre tela, 194 × 165 cm 10 MAR 31 MAR O ESPÍRITO ROMÂNTICO CORO DA OSESP SOLISTAS DA OSESP A liberdade, a individualidade, o gosto pelo risco: o romantismo sintetiza essas características em alguns processos artísticos. Os dois concertos que abrem a série são, cada um a seu modo, a expressão do espírito romântico; neste caso, as forças criativas da subjetividade individual tomam o centro do palco. CELSO ANTUNES MARCELO SOARES REGENTE PROGRAMA SCHUMANN ROMANCES E BALADAS [14'] SCHUMANN ROMANCES PARA VOZES FEMININAS [5'] SCHUMANN VIOLINO JIN JOO DOH VIOLONCELO DANA RADU PIANO PROGRAMA MENDELSSOHN DUAS CANÇÕES SEM PALAVRAS [7'] CANÇÕES PARA VOZES MASCULINAS [4'] COPLAND AURÉLIO EDLER-COPES MENDELSSOHN VOX SCHUMANN (ENCOMENDA OSESP) [10'] SCHUMANN QUATRO CANÇÕES PARA CORO DUPLO, OP.141 [15'] VITEBSK [12'] TRIO COM PIANO N o 1 EM RÉ MENOR, OP.49 [32'] A IDEIA DO CLÁSSICO O clássico não compreende apenas o elogio da forma, mas trata também da deferência ao passado, ao gosto cultivado e, sobretudo, ao equilíbrio dos humores. Nesse sentido, artistas de diversos momentos da história podem ser vistos como clássicos: são aqueles que preferem a ordem ao caos; a expressão do eterno às sensações momentâneas; a luminosidade de Apolo à força avassaladora de Dionísio. 12 MAI 30 JUN SOLISTAS DA OSESP O HORROR E A GUERRA QUINTETO DE SOPROS CAMILA YASUDA Muito além do espaço humanístico do sonho, da fé, do lirismo e da beleza, a arte pode ainda reservar a expressão do absurdo, da tragédia e do terror dos deuses da guerra, com suas profecias de loucura, morte e destruição. ARCÁDIO MINCZUK VIOLINO WILSON SAMPAIO VIOLONCELO OVANIR BUOSI CLARINETE HORÁCIO GOUVEIA OBOÉ GIULIANO ROSAS CLARINETE ALEXANDRE SILVIERIO FAGOTE NIKOLAY GENOV PIANO TROMPA CLAUDIA NASCIMENTO PROGRAMA FLAUTA MESSIAEN PROGRAMA QUARTETO PARA O FINAL DOS TEMPOS [46'] NIELSEN QUINTETO DE SOPROS OP. 43 [26'] BLAUTH EMILIANO DI CAVALCANTI (Rio de Janeiro, Brasil, 1897-1976) Cinco moças de Guaratinguetá, 1930 Óleo sobre tela, 92 × 70 cm OS CAMINHOS DA MODERNIDADE LASAR SEGALL (Vilna, Lituânia, 1891 – São Paulo, Brasil, 1957) Interior de indigentes, 1920 Óleo sobre tela, 85 × 40 cm A sensibilidade moderna é ocupada pela nova realidade industrial, suas máquinas e neuroses, suas curiosidades e rotinas. A arte, aqui, consola e provoca esta sensibilidade, trazendo pra si a força da manifestação popular e a complexidade das tradições. QUINTETO DE SOPROS [11'] CARRILHO SUÍTE NAZARETH (ENCOMENDA) [C.15'] 22 SET ANDREA MANTEGNA (Isola di Carturo, Itália, 1431 – Mântua, Itália, 1506) São Jerônimo penitente no deserto, 1448-51 Têmpera sobre madeira, 48 × 36 cm QUARTETO OSESP PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DA SOPRANO MANUELA FREUA PROGRAMA RAVEL QUARTETO EM FÁ MAIOR [32'] SCHOENBERG QUARTETO DE CORDAS No 2 EM FÁ SUSTENIDO MENOR OP. 10 [32'] DEGAS (Paris, França, 1834-1917) Quatro bailarinas em cena, c. 1885-90 Óleo sobre tela, 72 x 92 cm 18 AGO CORO DA OSESP A BUSCA DA ALMA RAGNAR BOHLIN Em todas as épocas, em qualquer região, a espiritualidade na arte gerou formas e expressões pungentes. É quando está diante da possibilidade da existência de Deus que o artista almeja seu interesse mais elevado: participar integralmente da lógica do cosmos. REGENTE PROGRAMA BACH DER GEIST HILFT UNSER SCHWACHHEIT AUF, BWV 226 [9'] RHEINBERGER MISSA A OITO VOZES EM MI BEMOL MAIOR, OP.109 — CANTUS MISSAE [25'] PÄRT SIEBEN MAGNIFICATANTIPHONEN [15'] IMPRESSIONISMO E EXPRESSIONISMO: A APOTEOSE DOS SENTIDOS Escolher entre o mundo das sensações sutis ou o da expressão exagerada? É diante dessa aparente dicotomia de posturas íntimas, ou seja, entre o solipsismo e a histeria face à da realidade que os artistas da virada do séculos XIX para o XX se encontraram. NICOLAS POUSSIN (Les Andelys, Franla, 1594 – Roma, Itália, 1665) Hymenaeus travestido assistindo uma dança em honra a Príapo, 1634-38 Óleo sobre tela, 167 × 376 cm 24 NOV SOLISTAS DA OSESP OUTRA IDEIA DO CLÁSSICO SVETLANA TERESHKOVA Se o romantismo é a arte da tormenta e dos humores, o clássico é sua antítese. Mais distante da dicotomia entre fé e racionalidade, paixão e inteligência ou intuição e conhecimento, a matéria do clássico é a reunião de tais opostos, o esforço dialético para o equilíbrio do gosto e das aparências. O clássico é a escolha da civilização. VIOLINO AMANDA MARTINS VIOLINO MARIA ANGÉLICA CAMERON VIOLA MARIALBI TRISOLIO VIOLONCELO PROGRAMA BACH (MOZART) DUAS FUGAS DE O CRAVO BEM TEMPERADO [6'] MOZART ADÁGIO E FUGA EM DÓ MENOR, KV 546 [9'] 27 OUT ORQUESTRA DE CÂMARA DA OSESP CARLOS PRAZERES REGENTE PROGRAMA MENDELSSOHN SINFONIA No 12 PARA CORDAS EM SOL MENOR [20'] STRAVINSKY MENDELSSOHN AS CORES DA JUVENTUDE QUARTETO N o 5 EM MI BEMOL MAIOR, OP.44 No 3 [32'] “Leva-se muito tempo para ser jovem.” A frase de Picasso remete à arte que se expressa em diversas facetas, não excludentes. Há arte que é jovem por privilegiar o vigor e a fisicalidade, o descompromisso do lúdico; outra, ao contrário, pelo esforço inconclusivo para o domínio das ideias e dos próprios recursos de expressão. DANÇAS CONCERTANTES [19'] JEAN–AUGUSTE-DOMINIQUE INGRES (Montauban, França, 1780 – Paris, França, 1867) Angélica acorrentada, 1859 Óleo sobre tela, 97 × 75 cm ACIMA MARIE LAURENCIN (Paris, França, 1885-1956) Guitarrista e duas figuras femininas, 1934 Óleo sobre tela, 51 × 61 cm IMAGEM DA CAPA CAMILLE COROT (Paris, França, 1796 -1875) Cigana com bandolim, 1874 Óleo sobre tela, 80 × 59 cm 10.03 – 24.11.2015 TERÇAS 19H30 ÀS 21H LOCAL Grande Auditório do MASP Av Paulista, 1578, 1o subsolo PATROCÍNIO APOIO CULTURAL REALIZAÇÃO PROJETO GRÁFICO RAUL LOUREIRO/ MASP masp.art.br