INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONAL EM TERAPIA INTENSIVA Depressão e o paciente de Unidade de Terapia Intensiva Maria de Cássia Pamponet Caldas São Paulo 2012 Maria de Cássia Pamponet Caldas Depressão e o paciente de Unidade de Terapia Intensiva Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva – IBRATI como requisito para a obtenção do título de Mestre em Unidade de Terapia Intensiva. Orientador: Dr. Douglas Ferrari São Paulo 2012 Depressão e o paciente de Unidade de Terapia Intensiva Maria de Cássia Pamponet caldas¹ RESUMO O presente estudo teve como finalidade chamar a atenção dos profissionais de saúde que trabalham em UTI, para a realidade da depressão em pacientes internados na mesma. A depressão é uma doença psiquiátrica bastante comum nos dias de hoje, ela traz vários prejuízos ao paciente como rebaixamento do humor, disfunção comportamental, familiar, e social. O desenvolvimento deste estudo foi através de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa do tipo descritiva. Este estudo tem como objetivo discutir sobre a depressão em pacientes de UTI, para estimular nos profissionais de saúde uma maior atenção em cuidados preventivos em relação a esta patologia. Concluímos com este estudo que o surgimento da depressão em paciente de UTI é real e comum, porém precisa-se estar atento a esta possibilidade desde a admissão do paciente na unidade, até sua alta, pois esta doença pode se instalar em qualquer momento durante a permanência do paciente na mesma. Palavras-chave: Depressão. Pacientes. UTI. ABSTRACT The present study aimed to draw the attention of health professionals working in the ICU , to the reality of depression in patients hospitalized in the same . Depression is a psychiatric illness quite common these days, which brings much harm to the patient as lowering of mood and family and social dysfunctional behavior. The development of this study was through a literature review, in a qualitative descriptive type. This study aims to discuss depression in ICU patients, in order to encourage health professionals to provide greater attention to the preventive care in relation to this pathology. We conclude from this study that the emergence of depression in ICU patients is real and common, thus there must be a awareness of this possibility since the admission of the patient into the unit, until his discharge, because this disease can be installed at any time during the staying of the patient in the ICU . Keywords : Depression . Patient. ICU . ________________ ¹ Enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1991), especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgico, atua na Faculdade de Ilhéus-Ba, mestranda pela SOBRATI – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. INTRODUÇÃO Hoje a depressão é reconhecidamente a doença psiquiátrica mais comum. E levando-se em consideração o estado físico e mental do paciente internado em UTI, já se espera que este paciente apresente algum grau de depressão, como se isto fosse esperado e “normal”. Este pensamento faz com que não se observe em particular o estado de humor do paciente, suas reações, e interação com seu tratamento. A percepção desta situação motivou este estudo, que objetiva incentivar a observação e o diálogo sobre a depressão em pacientes de UTI. Em entrevista a revista VEJA (agosto/2013) o Dr. Elias Knobel, cardiologista paulista, diz que seu maior patrimônio profissional é ter se formado no tempo em que o cuidado central da medicina era o paciente, e não o retorno financeiro trazido por um procedimento. Fala ainda que, “um paciente que chega ao consultório com dor no peito é submetido apenas a uma avaliação mais óbvia a automática. Na maior parte dos casos, não se investiga uma questão tão ou mais perigosa ao coração – o fator emocional. O paciente está deprimido? Ansioso? Sofre de pânico? Tais fatores, por si só, aumentam o risco de infarto em cerca de 30%. Mas não há aparelho capaz de medi-los. É preciso ter tempo para isto. A depressão é um transtorno mental grave, de curso episódico, recorrente ou persistente ao longo do tempo, que traz prejuízos funcionais nas esferas psicológicas, comportamentais, sociais, familiares e ocupacionais. Quando não tratada adequadamente leva a incapacidade e está associada a elevados custos econômicos e sociais (Alvarenga; Andrade, 2008). Depressão segundo o dicionário Aurélio é: “Estado mental caracterizado por tristeza, desespero e desestímulo quanto a qualquer atividade”. A preocupação com esta doença se dá pelo fato de que ao mesmo tempo em que a depressão surge do estado atual e geral do paciente, ela também, depois de instalada, pode complicar ainda mais o quadro clínico deste, pela falta de motivação e colaboração ao tratamento, pois passa a não dormir bem, não se alimentar corretamente, entre outras reações. A prevenção desta doença em UTI perpassa inclusive pela anamnese quando se investiga a predisposição do paciente a esta doença, através da historia pessoal pregressa e da familiar, e percorre todo o internamento. METODO Este estudo teve o levantamento de informações bibliográficas realizado no período de junho a setembro de 2013. O método escolhido como o mais adequado ao objetivo do estudo foi: revisão bibliográfica qualitativa, com bases em informações de livros, revistas, sites, e busca ativa nas listas de referências dos artigos e revisões selecionadas. Como estratégias para identificação dos estudos, foram utilizados os termos de pesquisa relevantes para esta revisão voltada à depressão, em particular nos pacientes internados em UTI. OBJETIVO Realizar revisão de literatura sobre depressão, discutir sobre a Depressão em pacientes internados em UTI, relacionar fatores de risco ou desencadeantes desta doença, listar cuidados preventivos relacionados à depressão, estimular nos profissionais de saúde uma maior atenção aos sinais desta doença. DISCUSSÃO A humanidade vive num constante e crescente estresse, e facilmente entra em depressão em função das dificuldades, sejam elas de cunho econômico, social, de saúde, entre outros. A saúde é um dos aspectos da vida mais valorizados pelas pessoas. Quando por qualquer motivo precisam ficar internados, o estresse é ainda pior. Então imaginemos este estado emocional quando o paciente chega a precisar ficar internado numa UTI, nem que seja apenas para observação. A depressão segundo Alvarenga e Andrade (2008), é um transtorno mental grave, de curso episódico, recorrente ou persistente ao longo do tempo, que traz prejuízos funcionais nas esferas psicológicas, comportamentais, sociais, familiares e ocupacionais. Quando não tratada adequadamente leva a incapacidade e está associada a elevados custos econômicos e sociais. Kay (2002) afirma que várias doenças podem levar o paciente à depressão, como por exemplo: Traumatismo craneo-encelálico (derrame), Doença de Parkinson, Doença Arterial Coronariana, Câncer, e ainda a Depressão decorrente de Medicações (drogas cardiovasculares, hormônios, agentes antineoplásicos, psicotrópicos e agentes anti-inflamatórios e anti-infecciosos entre outros). A Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde falando sobre as causas da depressão diz o seguinte: Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida. Videbeck (2012) citando Kelsoe, diz que o transtorno depressivo maior costuma envolver duas ou mais semana de humor triste ou falta de interesse em atividades da vida, com pelo menos quatro outros sintomas da depressão, como anedonia e alterações no peso, no sono, na energia, na concentração, nas tomadas de decisão, na autoestima e em objetivos. Os transtornos depressivos compreendidos hoje pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – fourth edition revised (DSM – IV – TR) são: - Transtorno depressivo maior: Estado afetivo intenso - Transtorno depressivo menor: Caracterizado por episódios depressivos mais leves. - Distimia: Estado depressivo crônico de intensidade leve e marcado por sentimentos frequentes de insatisfação e pessimismo. - Depressão breve recorrente: Caracterizado por episódios depressivos recorrentes intensos. - Depressão bipolar: Depressão que ocorre no curso do TB, caracterizada pela ocorrência de episódios tanto de depressivos como maníacos. A revista Veja (novembro/2012) numa matéria de Natalia Cuminale, informa que além da depressão clássica, existe a depressão ansiosa, cujos sintomas vêm acompanhados de inquietação e desconforto. Há ainda a psicótica, cuja vítima é acometida por delírios e alucinações; a pós-parto e a sazonal, mais comum nos países nórdicos, principalmente no inverno ou no outono. A UTI pelo tipo de assistência prestada possui algumas características particulares que se tornam estressoras ao passar do tempo em função dos aparelhos usados, frequência de procedimentos entre outras. Se é um setor estressante para quem trabalha nele algumas horas por dia, muito pior para o paciente que está ali permanentemente, e ainda sofrendo por vários motivos. Podemos citar alguns dos fatores de risco para a depressão que estão particularmente presentes na Unidade de Terapia Intensiva, são eles: Confinamento em “4” paredes; Distância da família; Risco de morte (Mito?); Impossibilidade de comunicação verbal; Presença de vários cateteres no corpo do paciente; Não entendimento da real gravidade do seu quadro de saúde; Falta de esclarecimento sobre seu caso; Impossibilidade de repouso pelos barulhos constantes dos aparelhos e realização de procedimentos (médicos, de enfermagem, laboratoriais...) a todo o momento; Incerteza de tempo de permanência na UTI; Preocupação com a manutenção da família, principalmente, em casos de pacientes que são profissionais autônomos; Desesperança sobre a possibilidade de cura em alguns casos (idade, doenças degenerativas, quadro atual complicado); Uso de alguns tipos de medicamentos; Reação a variações hormonais decorrentes da patologia associada; Sintomas da sua patologia (algia, parestesia, náusea, prurido, entre outros). Segundo Andreasen; Blach (2009) a observação contínua da equipe sobre cada paciente é importantíssimo, pois se ele apresenta cinco sinais durante aproximadamente 2 semanas, já pode ser sinal de que um quadro de depressão pode estar se instalando. Alguns dos sinais de depressão que pode ocorrer em pacientes internados em UTI podem ser: Anorexia (com perda de peso) Isolamento (não querer conversar, ver amigos e familiares) Insônia Irritabilidade Descuido com higiene e aparência Falta de planos para o futuro Recusar-se a assistir televisão, ler ou ouvir música Expressão verbal de desesperança, tristeza, desejo de morrer Choro Interpretação distorcida e negativa da realidade Rejeição ao tratamento (uso de medicação, exames, entre outros) Autolesão Queixa de fadiga, falta de energia e vitalidade Rebaixamento da autoestima Alucinações e delírios em casos graves Perceber que um paciente está iniciando um quadro depressivo talvez não seja tão complicado, mas tratar é mais delicado. O site Psicologia na Net, diz que muitos médicos acreditam que a depressão é uma reação normal do paciente na UTI, devido à gravidade da doença e do estado em que o paciente se encontra. Porém, é importante a Psicologia Hospitalar no acompanhamento psicológico do paciente internado na UTI focar e tratar a depressão de forma enérgica, pois a depressão não tratada diminui a sobrevida em geral e aumenta a morbidade e a mortalidade em períodos de longa internação. O site diz ainda que o uso da entrevista, de testes psicológicos, inventários, desenhos e da observação de comportamentos são ferramentas e estratégias que a Psicologia Hospitalar deve utilizar na avaliação psicológica do paciente com depressão. Sem dúvida é importantíssimo que toda a equipe multiprofissional esteja atenta à possibilidade dos pacientes apresentarem depressão, e todos também devem ser orientados quanto à forma como estes pacientes devem ser tratados, por isto, a equipe precisa tomar conhecimento de alguns cuidados preventivos quanto à depressão citados abaixo: Informar ao paciente/cliente sobre sua condição de saúde/doença; Falar com o paciente de forma clara e objetiva, de acordo com seu nível de instrução e conhecimento sobre o assunto; Responder aos questionamentos do paciente com franqueza; Contato dos profissionais de saúde de forma mais humanizada possível; Realização de avaliação psicológica na admissão e periodicamente; Proporcionar, na medido do possível, o contato ou companhia da família; Viabilizar várias formas de comunicação ao paciente com impossibilitado de comunicar-se verbalmente (sinais, placas, papel e caneta, entre outras); Possibilitar um repouso melhor, na medida do possível, estudando mudanças nos horários de procedimentos, de medicações, diminuição do volume dos alarmes, etc.; Informar sobre previsão de tempo de permanência na UTI, mesmo que seja uma possibilidade remota; Contato com a Assistente Social para analise sobre a manutenção da família do paciente enquanto o mesmo encontra-se internado; Proporcionar momentos de relaxamento e lazer, quando houver condições com os “Doutores da alegria”, cães terapeutas, atividades de terapia ocupacional, entre outros; Contato com outros pacientes que estão ou estiveram na mesma situação e que reagem de forma positiva ou que já saíram do quadro crítico; Consulta com psiquiatra em casos mais graves, para avaliação da necessidade de acompanhamento e/ou administração de medicações psiquiátricas, específicas para depressão; Assistência religiosa se o paciente desejar e/ou aceitar; Mesmo com todo cuidado que se possa ter, a depressão ainda pode ocorrer, neste caso, não só o psicólogo será necessário, mas também um psiquiatra, para avaliar a recomendação do uso de medicamentos para tratar o transtorno depressivo. Em relação ao tratamento da depressão Videbeck (2012) cita que pode ser (1) através da psicofarmacologia: inibidores seletivos da recaptação de serotonina; antidepressivos cíclicos; antidepressivos tetracíclicos; antidepressivos atípicos; e inibidores da monoaminoxidade. (2) outros tratamentos médicos e psicoterapia: Eletroconvulsoterapia (ETC); Psicoterapia; e Tratamento em fase de teste: estimulação magnética transcraniana (EMT) Apesar de a Medicina ter tantos recursos para o tratamento da doença em questão, não podemos deixar de relatar que o fator “espiritual” é também muito importante, tanto para a prevenção quanto para tratamento. De acordo com SCHETTINO (2012) A fé, a religiosidade e a espiritualidade são fatores importantes para ajudar a enfrentar determinadas situações, principalmente aquelas que envolvem esperança, dignidade, perda e aceitação da morte. Essas questões devem ser abordadas com pacientes e familiares, para que estes recebam um apoio a fim de ajudá-los a ter mais recursos no enfretamento da doença e do tratamento, o que pode facilitar a aceitação da situação e diminuir o sofrimento psíquico. A fé, no entanto, não deve substituir os cuidados médicos, quando são necessários. “Muitos pacientes demoram a procurar ajuda médica, porque acreditam que a depressão tem origem espiritual ou significa falta de fé”, afirma o psiquiatra Pérsio Gomes de Deus (Revista EPOCA, junho/2013). Na mesma fonte cita anteriormente, Marcela Buscato informa que o psiquiatra americano Harold Koenig, diretor do Centro de Espiritualidade, Teologia e Saúde da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e uma das referências mundiais na área afirma: “Os estudos não têm a pretensão de desvendar os mistérios da fé ou comprovar a interferência divina”. “Eles apenas explicam os efeitos psicológicos e sociais gerados pelo fato de acreditar”. Até agora, os novos resultados sugerem que a espiritualidade influencia em três mecanismos fundamentais para a manutenção do bem-estar mental (Revista EPOCA, junho/2013): O primeiro efeito benéfico da fé é controlar as emoções negativas. ... Crer numa entidade superior que zela por nós também ajuda a enfrentar as dificuldades da vida com mais tranquilidade. O segundo mecanismo positivo da religiosidade é o conforto social. Não estar sozinha. O terceiro fator positivo da fé sobre a saúde mental sugere que Deus – ou a força superior com que cada um se conecta – pode funcionar como um terapeuta. A antropóloga americana Tanya Luhrmann, pesquisadora da Universidade de Stanford, chegou a essa conclusão depois de acompanhar durante anos os seguidores de uma comunidade protestante nos EUA. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através do presente estudo fica claro que o risco de Depressão em pacientes internados em UTI é real, é comum, mas não vede ser considerada “normal” a ponto de não se observar esta possibilidade, e não tomar as devidas providências para preveni-la, e se for o caso trata-la. As consequências que esta doença trás justifica a preocupação, pois ela compromete a evolução do tratamento do paciente, podendo prolongar o tempo de internamento. A atenção e preocupação neste sentido precisam ser de toda a equipe multiprofissional, que precisa ser sensível para perceber os motivos do quadro de depressão e as formas individualizadas de ajudar cada paciente. Com um programa de atenção voltada para a prevenção desta doença é possível minimizar os fatores de risco, diminuindo assim a possibilidade de ocorrência da mesma, ou diminuindo o grau da depressão nos pacientes que a apresentarem. Precisa-se ter em mente também que alguns pacientes poderão precisar de uma avaliação de um psicólogo ou até de um psiquiatra para que consiga sair do quadro de depressão. E não se pode esquecer-se de lançar mão do apoio espiritual no tratamento. REFERÊNCIAS ALVARENGA, P. G.; ANDRADE, A. G. Fundamentos da Psiquiatria. 1 ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2008. ANDREASEN, N. C.; BLACK, D. W. Introdução à Psiquiatria. 4 ed. Porto Alegre: artmed, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Depressão. Revista de Psicologia. Universidade Federal de Minas Gerais. São Paulo.mar. 2005. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/76depressao.html. Acesso em 21 out. 2013. BUSCATO, M. Fé contra a depressão. Revista Época, Ed. Globo. São Paulo, nº 785, 92-104, jun. 2013. CUMINALE, N. Novas esperanças contra a depressão. Revista Veja, Ed. Abril. São Paulo, v. 45, nº 48, p. 152- 159, Nov. 2012. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, 2007. KAY, T. Psiquiatria: Ciência Comportamental e Fundamentos Clínicos. 1 ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2002. LOPES, A. D. Lições de uma vida na UTI. Revista Veja, Ed. Abril. São Paulo, v. 46, nº 35, 96-98, ago. 2013. MARCONE, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. V. 7. Ed. Atlas, São Paulo, 2010. Psicologia na Net. Psicologia Hospitalar: Avaliando a depressão na UTI. Revista de Psicologia. Disponível em: http://www.psicologiananet.com.br/psicologia-hospitalaravaliando-a-depressao-na-uti/952/ Acesso em: 21 out. 2013. VIDEBECK, S. L. Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria. 5 ed. Porto Alegre: artmed, 2012. SCHETTINO, G. et al. Paciente crítico, diagnóstico e tratamento. Hospital SírioLibanês. 2ª Ed. revisada e ampliada; SP; ; Manole 2012.