A DINÂMICA DO TRABALHO EDUCATIVO – AMBIENTE DE APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR. No currículo escolar, a reflexão sobre os ambientes de aprendizagem é fundamental. O desafio é de superar práticas repetidas de desenvolvimento do trabalho pedagógico onde, nas salas de aula as carteiras encontramse enfileiradas numa mesma disposição, durante quase todo ano letivo, isso significa, na maioria das vezes, limitar os tipos de atividades e formas de aprendizagem tendo com sujeito principal o professor. A escola como um todo e o reconhecido espaço da sala de aula são ambientes de construção de conhecimentos e valores. É um espaço vivo que precisa ser aproveitado, ao máximo, em suas potencialidades: trabalhos de grupo, duplas, círculos; com murais interativos que retratem o processo coletivo de construção do saber escolar; com recursos didáticos que enriqueçam as aulas, dentre outros. Nesse contexto, a utilização e aproveitamento dos mais diversos ambientes de aprendizagem presentes na escola é premissa para fomentar um trabalho pedagógico de qualidade: o suo de laboratórios, de bibliotecas, de outras áreas de convivência na escola e fora dela envolvendo a comunidade, o seu entorno, espaços públicos, festividades, centros de pesquisa, concertos, exposições de arte, museus, galerias, teatros, bibliotecas, reservas ambientais, estações ecológicas, quadras de esportes, enfim, utilizar todos os espaços possíveis como espaços educativos, pois, além de aproveitarmos recursos já existentes, de alguma forma estimulamos a democratização dos acessos à produção científica, cultural e ao mundo do trabalho. A qualidade das aprendizagens construídas na escola pressupõe intencionalidade educativa que envolve além de ambientes ricos e dinâmicos para a aprendizagem, estratégias de ensino que possam contribuir intensamente com a formação de sujeitos emancipados, autônomos, críticos e criativos, capazes de saber pensar e aprender a aprender ao longo de suas vidas. Grande destaque tem sido a pesquisa enquanto processo investigativo que nos projetos pedagógicos asseguram a necessária união entre teoria e prática, entre conhecimentos empíricos e conhecimentos e científicos, articulando o pensamento e ação. A pesquisa, como princípio educativo é fundamentada no diálogo e no questionamento possibilitando a reconstrução do conhecimento. A investigação como base da educação escolar é uma forma de envolver alunos e professores em um processo permanente de questionamento e reflexão sobre a realidade. A pesquisa motiva o aluno a protagonizar, expressar-se com autonomia, a questionar argumentando e defendendo sua hipótese, a interpretar e analisar dados, a construir e conhecer novos conceitos. Para Demo (2002) “A pesquisa deve ser compreendida como atividade cotidiana onde o educando é desafiado e estimulado a buscar ajuda na literatura e, com profissionais da área, a acessar recursos tecnológicos, a montar um mosaico das informações, a discuti-las e critica-las e com isso, a construir seu próprio conhecimento”. No cotidiano escolar o conhecimento trabalhado pelos professores e alunos regularmente desenvolvidos nas escolas estaduais, é estruturado muitas vezes sob a organização de projetos pedagógicos, caracterizados como atividade simbólica, intencional e natural do ser humano. Para os autores o homem busca a solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento, que tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais. Nos projetos pedagógicos os temas de estudo, as questões de investigação, rompem com a linearidade dos conteúdos escolares. 1