CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL Conforme os dados do Censo demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a população nordestina totaliza 53.081.950 habitantes, o que corresponde a 28% da população total do Brasil. A densidade demográfica é de 34,1 habitantes por Km2. O crescimento demográfico é de 1,3% ao ano sendo a população urbana a maioria (73%). A região mantém os valores de total de nascidos vivos praticamente estabilizados, apresentando apenas pequenas oscilações (Tabela 1). Até meados da década de 1950 a esperança de vida ao nascer aumentou cerca de 10 anos para todo o país (41,5 anos para 51,6 anos). No entanto para a região Nordeste isso ocorreu de forma menos acentuada, com um incremento de apenas 4 anos (Gráfico 1). Gráfico 1 – Esperança de vida ao nascer, segundo as grandes Regiões – 1930/2005 O Nordeste apresentou os maiores aumentos da esperança de vida ao nascer durante o período de 1975 a 2000. A redução ocorreu devido a ampliação de serviços referentes a saneamento básico e saúde. Em relação a esperança de vida por sexo esta passou a ser importante a partir dos anos de 1980 em razão do aumento das causas violentas que passam a afetar o sexo masculino. Na região Nordeste os homens vivem 7,3 anos a menos que as mulheres. Entre 2000 e 2005 ainda se observa um tendência de aumento dessa diferença para as regiões nordeste e centro oeste enquanto nas demais regiões do Brasil ocorrem o oposto (Tabela 2). A população esta caminhando para um processo de envelhecimento. Isso pode ser constatado pelos níveis de fecundidade, que eram altos até 1980 e, caem rapidamente. O grupo de crianças menores que 5 anos em 1991 era de 12,8%. Em 2000 caiu para 10,6% chegando a 8,0% em 2010. Já a população de idosos passou da proporção de 5,1% em 1991 a 5,8% em 2000, e 7,2% em 2010 (Gráfico 2). Gráfico 2 – Composição da população residente total, por sexo e grupos de idade – Região Nordeste – 1991/2010 A taxas de fecundidade eram lideradas em 1970 pelas regiões Norte e Nordeste com taxas de fecundidade superiores a 7 filhos por mulher. Em todas as regiões é observado um processo de declínio dessa taxa, sobretudo a partir de 1980. Em 2000 a fecundidade das mulheres nordestinas era de 2,7 filhos (Tabela 3). Tabela 3 – Taxas de fecundidade total, segundo Grandes Regiões – 1940/2006. Dados populacionais como o Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) também são essenciais para a compreensão da dinâmica territorial. O índice pode variar de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local. De acordo com os dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como o aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso. Os melhores IDH são encontrados no Brasil na região sul e sudeste e o pior na região nordeste. Tabela 4 – Evolução dos IDH regionais A evolução das componentes que integram o IDH pode ser avaliada no gráfico abaixo, onde se observa que a dimensão educação foi a que mais cresceu chegando a 41% no Nordeste, 30% no Norte e nas demais regiões situou-se em 20%. Tabela 5 – Evolução das dimensões dos IDH na região nordeste