UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM EM ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL Por: Simone Pereira de Alvarenga Orientadora Prof. ª. Marta Pires Relvas Rio de Janeiro 2012 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM EM ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Neurociência Pedagógica. Por. Simone Pereira de Alvarenga. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS, a minha orientadora Marta Pires Relvas, pelo incentivo, simpatia, dedicação nas atividades andamento e discussões desta sobre monografia o de conclusão de curso. Especialmente a professora Marta Pires Relvas. Pelo espírito inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos, pelas suas disciplinas durante o curso que fez o meu lado profissional e pessoal evoluir. Aos colegas de classe pela alegria e troca de informações, demonstração de amizade e solidariedade. A minha família que teve paciência e tolerância com o meu nervosismo. DEDICATÓRIA Dedico a concretização desta etapa da minha vida, primeiramente a DEUS, aos meus pais, meus filhos meus tios e aos meus irmãos. Ao meu marido (in memorian) que tanto colaborou para a minha permanência e sucesso no curso. Também a minha sogra que contribuiu para essa vitória alcançada, com tanto esforço e amor. Não poderia deixar de fora os meus verdadeiros amigos, em especial Eloar Cristina que através do incentivo me motivou a prosseguir na minha caminhada acadêmica que apenas está começando. A estas pessoas eu ofereço o meu sonho de ser uma profissional capacitada e dedicada. O meu abraço, o meu beijo, o meu diploma e o meu muito obrigada por me ajudarem a escrever estas linhas da minha vida. “Se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar” (Paulo Freire). RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar a contribuição da Neurociência com alunos com Paralisia Cerebral no processo ensino-aprendizagem. Que cada vez mais os alunos da inclusão necessitam de profissionais capacitados para desenvolver um trabalho de transformar o educando com Paralisia Cerebral junto á uma plasticidade no processo de estímulos e interação, assim desenvolver á parte motora e cognitiva dessas crianças. A pesquisa foi elaborada com algumas Bibliografias, artigos e sites. METODOLOGIA Este estudo ocorrerá através de pesquisas bibliográficas em livros, artigos acadêmicos e sites especializados em Neurociência cognitiva. A pesquisa se desenvolverá por meio de leituras e investigações sobre as dificuldades que afetam a aprendizagem em crianças com Paralisia Cerebral. O conteúdo cientifica do trabalho permeará a relação entre as bases neurais da aprendizagem, junto á plasticidade, a descrição das dificuldades de aprendizagem e o papel das emoções e do Sistema Límbico nesse processo. Nesse sentido, o enfoque será dado aos aspectos neurocientíficos especializados e atualizados sobre o funcionamento do sistema. Nervoso no processo de aquisição do conhecimento, as consequências das lesões no aluno e outros aspectos das vias neurais envolvidas com as emoções. SUMÁRIO Introdução.................................................................................................. 07 Capítulo I Contribuição das Neurociências: o novo paradigma da Educação sobre a extraordinária história do cérebro........................................................... 09 Capítulo II Paralisia Cerebral...................................................................................... 21 Capítulo III Teorias da Aprendizagem.......................................................................... 26 Considerações finais................................................................................. 36 Bibliografia................................................................................................. 37 7 INTRODUÇÃO Grande momento de muitas mudanças no panorama educacional. Experimentam-se no processo formativo educacional certos conceitos como construtivismo, sóciointeracionismo, psicogênese, ressignificação da educação, legitimação do ensino e epistemologia, porém em certas situações as ações pedagógicas fogem desse contexto. Atualmente, a pluralidade de situações com que nos deparamos nas instituições de ensino evidência, que para inclusão ser completa em todos os ângulos pedagógicos e físico da instituição para com o aluno necessita de capacitação de profissionais e estrutura física. O momento de ensino-aprendizagem com os alunos de paralisia cerebral fica a critério do profissional que direciona os conteúdo mecanicamente com pouca profundidade e bastante estímulos para que haja uma aprendizagem significativa. Portanto, conhecer os diferentes espaços cerebrais e a Neurociências como um todo é fundamental para compreender o processo de aprender e até mesmo fazer relações com outros conteúdos e com o cotidiano das pessoas. Percebeu-se ao longo trajetória da pesquisa o quantos os fundamentos da Neurociências são ainda distanciados da Educação . Tal percepção direcionou os estudos, abrindo novos caminhos, e aos poucos passo-a- passo , foi- se construindo um texto capaz de orientar educadores na utilização do conhecimento das Neurociências e apresentar o estudo do cérebro como dos elementos essências para o processo de ensino-aprendizagem com os alunos de paralisia cerebral. Tal preocupação, a construção de um texto esclarecedor adveio da vontade de ajudar o educador a conhecer de forma mais dinâmica o funcionamento do cérebro e o avanço da Neurociências no século XXI, e a partir dai fazer as mudanças necessárias como uma possibilidade de evolução e crescimento. Logo, analisar e compreender a dimensão do cérebro e da Neurociências são elementos fundamentais e norteadores ao processo de ensino- aprendizagem com as habilidades da plasticidade cerebral nos alunos com paralisia cerebral. Por isso, descobrir respostas a essas questões me fez utilizar leituras e praticas,com o intuito de legitimar o tema que tanto busca 8 descobertas e soluções para ajudar e desenvolver um trabalho construtivo e significativo para a educação evoluir. Durante muito tempo ao longo da história, o entendimento do cérebro tem ser tornado um desafio em diferentes momentos da sociedade e ao tipo de tratamento que estamos dando para as nossas práticas em sala de aula. A aprendizagem não é uma simples conquista de conteúdos, entender como este processo acontece tornou-se um desafio para os educadores. Para que ela se concretize é preciso agregar novas informações à nossa memória e , ao mesmo tempo, interliga-la a práticas diferenciadas em sala de aula para que posteriormente, deêm as respostas mais adequadas. É importante frisar que na construção dessa pesquisa em busca de novas informações na área da Neurociências com o contexto das habilidades da plasticidade cerebral para um desenvolvimento cognitivo no processo de ensino-aprendizagem de alunos com paralisia cerebral venha formar significações e conexões entre os conteúdos estudados visando atender aos objetivos propostos, esta monografia apresenta a seguinte estrutura. O primeiro capítulo proporciona aos leitores, em especial aos educadores uma visão de como o cérebro aprende e orienta na utilização do conhecimento da Neurociências, aplicado no processo de ensino- aprendizagem fazendo um abordagem em cinco dimensões a primeira trata de uma fundamentação para mostrar a dimensão da Neurociência, fazendo um percurso da sua história e do estudo do cérebro, a segunda refere-se à uma nova fase do cérebro, ou seja a nova era cerebral numa perspectiva da Neurociência, a terceira dentro da formação de conceitos, associa elementos fundamentais do cérebro e suas conexões no desenvolvimento da aprendizagem. A quarta e quinta refere-se a nova cérebro e o processo do sistema nervoso . Em seguida, no segundo capítulo a história da paralisia cerebral, sua etiologia e as classificações. No terceiro capítulo abrange algumas teórias de aprendizagem com conexões a Neurociências e concepção de alguns teóricos e habilidades da plasticidade cerebral a seguir temos as considerações finais. 9 CAPÍTULO I CONTRIBUIÇÃO DAS NEUROCIÊNCIAS: O NOVO PARADIGMA DA EDUCAÇÃO SOBRE EXTRAORDINÁRIA HISTÓRIA DO CÉREBRO Atualmente a Neurociências é uma das áreas que mais avançou em termos de indagação e investigação, nos últimos tempos. Pensar e escrever sobre Neurociências, a primeira impressão que será algo difícil, incompreensível afinal falar a respeito do cérebro parece coisa do outro mundo ou, assunto específico de médicos. Agora iniciando a história da Neurociências, para a origem dessa ciências há evidências que sugerem que até mesmo nossos ancestrais pré-históricos compreendiam que o encéfalo era vital para a vida. Os registros pré-históricos são ricos em exemplos de crânios de hominídeos, datado de um milhão de anos ou mais, apresentando sinais de lesões cranianas letais infligidas por outros hominídeos. Há cerca de 7.000anos, as pessoas já faziam orifícios no crânio de outros( um processo chamado trepanação) com intuito de curar e não de matar. Tais crânios mostram sinais de cura e que eram feitas em sujeitos vivos e muitos indivíduos sobreviviam a essas cirurgias cranianas. Com pouco esclarecimento do que esses cirurgiões primitivos queriam realizar, embora haja quem especule que esse procedimento poderia ter sido utilizado para tratar dores de cabeça ou transtornos mentais, talvez oferecido aos “ maus espíritos ’’ uma porta de saída. Escritos recuperados desses médicos do Egito antigo, de quase 5000 anos atrás indicam que eles já estavam bastante ciente de muitos dos sintomas de lesões cerebrais. Para esses médicos estava bem claro que, o coração, e não o encéfalo era a sede do espírito o supositório de memória. Até então o pensamento de que o coração era a sede de consciência e do pensamento permaneceu até a época de Hipócrates. Na Grécia antiga foi observado que á cabeça é especializada em perceber o ambiente, nela estão os olhos e as orelhas, o nariz e a língua 10 mesmo dissecções grosseiras mostram que os nervos desses órgãos podem seguidos através do crânio. Segundo Hipócrates o pai da medicina ocidental acreditava que o encéfalo não apenas estava envolvido mas sensações, mas ela era também a sede da inteligência, isto é, a mente estava no cérebro. Para Aristóteles se agarra á crença de que o coração era o centro do intelecto. Defendeu a hipótese que a mente tinha sede no coração e o cérebro resfriava o sangue. Tipo um sistema hidráulico, os nervos ocos que circulavam o espírito animal. Segundo Galeno que concordava com a ideia de Hipócrates sobre o encéfalo, como médico dos gladiadores ele deve ter testemunhado, as infelizes consequências de lesões cerebrais e da medula espinhal. De acordo com a informação que Galeno obteve sugeriu que o cérebro deveria ser o receptáculo das sensações, e o cérebro deveria comandar os músculos. Ele teorizava que se retirassem as ramificações de suporte dos ventrículos, ficava o esférico e que o poder da sensação, do nascimento fluía no cérebro e ainda o que é racional na alma tem ali a sua existência. Com essa teoria de localização do espirito no fluido dos ventrículos perdurou por vários séculos. Assim, no século XVI Andreas Versalius que realizou várias dessecações, sobre em crânios de criminosos executados, assim contesta a ideia de Galeno, relatando que os asnos tinham ventrículos e não tinham capacidades intelectuais e que a sede funcional deve ser mais cerebral. Uma das observações for a de que o tecido cerebral era dividido em duas partes ; A substancias cinzenta e a substancia branca. Um importante passo da neuroanatomia foi a observação de que o mesmo tipo de padrão de saliências (os giros) e sulcos (ou fissuras) podia ser identificada na superfície cerebral de cada indivíduos, com esses padrão que permite a decisão do cérebro em lobos, isso foi a base da especulação de que diferentes funções estariam localizadas em diferentes saliências do cérebro. 1. A Visão do Sistema Nervoso no Século XIX 11 Durante o século XVIII a compreensão do sistema nervoso foi assim, a lesão no encéfalo pode causar desorganização das sensações, movimentos e pensamentos, podendo levar á morte. O encéfalo opera como uma maquina e segue as leis da natureza. Em 1751 Benjamin Franklin publicou um panfleto intitulado experimentos e observações em eletricidade, que levou a uma nova compreensão dos fenômenos elétricos. Durante a virada do século o cientista italiano Luigi Galvani (17371798) em seus experimentos descobriu que os músculos podiam gerar eletricidade por si própria e que o próprio encéfalo gerava eletricidade. O novo conceito era de que os nervos eram como ‘’fios’’ que conduzem sinais elétricos. Para Charles Bell fisiologista Francês respondeu que justamente antes dos nervos se conectarem á medula espinhal, as fibras se dividem em dois ramos, ou raízes : A raiz dorsal entra pela parte de trás da medula espinhal e a raiz espinhais carregassem informações em diferentes sentidos cortando cada raiz separadamente e observando as consequências em animais experimentais, que cortando as raízes ventrais havia paralisia muscular. Sendo que, Magendie demonstrou que ás raízes dorsais levaram informações sensoriais para a medula espinhal Bell e Magendie concluíram que em casa nervo existia uma mistura de muitos ‘’fios’’, alguns deles carregando informação para o encéfalo e para a medula espinhal, e outros levando a informação para os músculos. Para a evolução do sistema nervoso ao longo de várias gerações, esse processo distinguem as espécies hoje em dia : nadadeiras nas focas, pelos nos cachorros, mãos nos guaxinim, e assim por diante. Os cientistas não podiam discernir se os processos de diferentes células se fundiam, como os vasos sanguíneos do sistema circulatório, de não se eles fundissem o termo ‘’rede nervosa’’ de células neurais conectadas, poderia representar a unidade elementar da função cerebral nervosa individual hoje chamada de ‘’neurônio’’, foi reconhecido como sendo a unidade funcional básica do sistema nervoso. Era fundamental saber a importância do encéfalo humana, quando J. Hunghlengs concluiu que muitas regiões do encéfalo contribui para dado comportamento, então nessa época na França que surge talvez o caso mais famoso da neurologia relatado por Paul Broca, ele tratou um paciente com acidente vascular cerebral, ele entendia a linguagem, mas não conseguia falar, 12 entretanto, murmurava. A exata parte do cérebro que estava lesionada no paciente de Broca era o lobo frontal esquerdo, que posteriormente denominase área de Broca. Havia aqui uma parte exclusiva da linguagem prejudicado por uma lesão especifica, tema escolhido pelo neurologista Carl Werneck que relatou um caso de um paciente também com acidente vascular cerebral que podia falar quase normalmente, diferente do paciente de Broca, porém o que falava não fazia sentido, era uma lesão na parte mais posterior do hemisférico esquerdo onde se encontram os lobos parietal e temporal. Contudo, há pouco mais de cem anos, as descobertas de Broca e Werneck e fizeram revolucionar. Naquela época os médicos eram limitados em suas habilidades para identificar as lesões dos pacientes em alguns casos isso só era possível após a morte do paciente. Atualmente , o local da lesão pode ser identificado em poucos minutos com o auxilio de imagens que mapeiam e fotografam o encéfalo vivo. No entanto, a grande revolução sobre o sistema nervoso estava ocorrendo mais ao sul da Europa, Itália e na Espanha entre o italiano Camilo Golgi que desenvolveu uma coloração que penetrava os neurônios com prata o que permitia a visualização completa de um único neurônio e o espanhol Santiago Ramón y Cajal , que ao contrário da visão de Golgi os neurônios eram únicos. Ele foi o primeiro a identificar não somente a natureza única do neurônio, mas também a transmissão de informação elétrica em uma única direção dos dendritos para extremidades do axônio. Ramón y Cajal foi o pai da Neurociências moderna por honra de várias descobertas partiram da utilização do corante descoberto por Golgi, que continuava a ver o neurônio como uma só unidade e Ramón y Cajal via o neurônio como uma unidade independente. No Brasil, o imperador Pedro amante das artes e das ciências se correspondeu com o eminente fisiologista alemão Du Bois Reymond acerca da fundação de um instituto de ¨Phycologia¨ na cidade do Rio de Janeiro, mas que jamais teve efetividade prática. A história da Neurociências no Brasil se confunde com a própria história da fisiologia brasileira. O estudo experimental e sistemático da fisiologia começou sem dúvida com irmão Álvaro e Miguel Ozório de Almeida, no Rio de Janeiro, os quais também iniciaram principalmente Miguel as pesquisas em neurofisiologia. Álvaro criou uma escola nesse campo, que culminou com seu discípulo Paulo Enéas Galvão, 13 que foi para o instituto Biológico de São Paulo e tornou-se o segundo professor de fisiologia da recém criada escola paulista de medicina , substituindo outros discípulo carioca, Thales Martins que com Ribeiro do Valle ajudou fundar a neuroedocrinologia brasileiro. No final da década de 1950 dois iminentes fisiologistas. Saíram das fileiras da faculdade da Nacional de Medicina e se juntaram a Carlos Chagas Filho e Carlos Eduardo Guinle da Rocha Miranda no departamento de neurofisiologia, as primeiras experiências em sistema nervoso central com registro da atividade elétrica no córtex cerebral de mamíferos anestesiados foram de Alberto-Fessard e os estudantes de medicina Eduardo Oswaldo Cruz e Carlos Eduardo Miranda. O Brasil foi agraciado com vários pesquisadores que lutaram para postular o conhecimento cientifico em solo brasileiro, permitindo a sociedade atual o contato com a Neurofisiologia, Neurobiologia, Fisiologia, Biofísica entre outros. 1.2 As Neurociências do século XXI Estudo do desenvolvimento histórico da Neurociência do sec. XX e XXI, o ultimo século veio revolucionar o modo como hoje é possível entender as funções (e disfunção) do sistema nervoso. Os progressos observado nas áreas da Neuroimagem e da Neurofisiologia vieram dar um novo folego aos projetos ancestrais de correlacionar localização e função, resultando em grandes avanço na identificação e diagnostico da grande parte dos distúrbios. Como legado da Década do cérebro, é hoje seguro antecipar que a genética e a biologia molecular serão o motor dos mais importantes progressos futuros da Neurociências reformular a nossa forma de encarar e pensar a mente humana. Se o século XX foi o berço da Neurociências moderna, o século XXI será o aprendizado da Neurociências. Sendo assim escritas e suas descoberta fica sendo experimental como é chamado de abordagem reducionista, e por isso que existe níveis de análise sobre a Neurociências como níveis,molecular, celular de sistema, comportamental e cognitivo. Neurociências moleculares o encéfalo tem sido considerado, a mais complexa porção de matéria no universo. A matéria encefálica consiste 14 em uma fantástica variedade se moléculas, muitos das quais exclusivas do sistema nervoso. Essas diferentes moléculas tem diferentes papeis, os quais são cruciais para a função cerebral: mensageiros que permitem aos neurônios comunicarem-se uns com os outros, sentinelas que controlam quais matérias podem entrar ou deixar os neurônios, guiam que direcionam o crescimento neuronal arquevistas de experiências passadas. Este estudo do encéfalo mais elementar é chamado de neurociências molecular. 1.3. O cérebro O século XX foi notável para o estudo do cérebro que é verdadeira caixa preta, o cérebro pode ser despido e visto através do raio X, uma técnica conhecida como Position Emission Tomogrophy possibilita marcar o oxigênio e glicose permitindo o cientista acompanhar seus passos ¨cérebro¨ com essa técnica é possível discriminar áreas cerebrais em pessoas com atividades diferentes. O cérebro humano constitui-se por dois hemisférios cerebrais esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo controla o lado direito e o hemisfério direito controla o lado esquerdo. Cada hemisfério divide-se em lobo frontal, lobo parietal, lobo occipital e lobo temporal. Eram vistos como dois irmãos, um ativo, dinâmico e falante e outro tolo e mudo. De acordo com alguns pesquisas chegaram a conclusão que exercícios que estimulassem a ação cerebral como exercícios neuróbicos é uma combinação de neurônios e atividades física ou aeróbicos, sendo assim conservar a juventude do cérebro não é difícil . As células nervosas quando excitadas produzem neurotrofinas , moléculas que estimulam seu crescimento e reação. Essa fantástica aparelhagem orgânica pesa aproximadamente 1,2 kg e tem capacidade de registrar 100 milhões de sensações por segundo. No estado de vigília, produz, pelo menos, 3 bilhões de impulsos nervosos por segundos (resposta ao estimulo) façanha que não é possível de ser realizada por qualquer computador de ultima geração. Cada um dos 100 milhões de neurônios do córtex é capaz de se relacionar com, no mínimo, 30 outros neurônios originando-se, assim, uma rede de fibras nervosas, que, se 15 colocadas em fila, alcançariam o comprimento de aproximadamente 160.000 km. Essa rede, em razão direta de uso, está sujeita a constantes alterações pela formação de novos colaterais, o que determina aumento de intercomunicação. Isso é chamado de plasticidade cerebral, isto é, a capacidade de constante modificação funcional, podendo até mesmo serem criadas funções em áreas que não são especificas para a mesma (como exemplo, pode ser criada uma área de fala no hemisfério direito, sendo que a mesma é especifica da área de Broca, no hemisfério esquerdo; essa ‘’especifecidade’’, portanto é relativa. Ramón Y Cajal, já demostraram, há cem anos, que é possível aumentar a capacidade cerebral através de estímulos, e que também e possível atrofiar ou até mesmo fazer desaparecer certa área cortical através da inativação ou desuso. Os cientistas acreditam que o homem utilize com maior intensidade apenas pouco mais de um terço da capacidade cerebral, por falta de estimulação, treinamento e aprendizagem. Determinadas áreas de cérebro, permanecem pouco ativas, desconhecidas e inexploradas. Assim sendo permite compreender por que o funcionamento do cérebro ainda não for esclarecido em sua totalidade e por que ainda há tanto a ser descoberto. A uma conclusão, entretanto, já podemos chegar. A capacidade do cérebro é praticamente inesgotável, e, mesmo se o homem vivesse 500 anos (em condições saudáveis), ainda assim poderia esgotar essa capacidade. Sendo que em relação a capacidade cerebral quer dizer que é a lei do uso e do desuso estimulação e falta de estimulação. Por enquanto podemos apenas afirmar que a vontade de captar novos estímulos, ligada á aprendizagem, é o caminho para uma evolução cerebral. Considerando o estudo evolutivo, observa-se que o cérebro humano pode ser dividido em três partes distintas, funcional e evolutivamente: O cérebro reptiliano (primitivo-R), cérebro límbico (das emoções-L) e neocórtex (cérebro evolutivo-N). 16 O cérebro reptiliano é assim chamado por ter sido evolutivamente dos répteis (embora já existisse em escalas animais inferiores).Podemos considerar como cérebro reptiliano mais especificamente a região hipotalâmica, sendo está a responsável pelo comportamento sexual, alimentar, de sono vigília, agressivo e social (sendo este último referente ao ângulo de hierarquia social, em grupo ou em bando). O cérebro reptiliano contribui decisivamente para a sobrevivência da espécie ou do individuo. O cérebro límbico desenvolveu-se evolutivamente em tronco do cérebro a partir dos mamíferos primitivos. Constitui o centro das emoções (embora ainda primitivas), possuindo, entretanto, uma intensa ligação com o cérebro R. Na espécie humana, o cérebro L é o substrato das emoções primitivas, realizando uma constante troca de feedback com o neocórtex para o aprimoramento dessas emoções. O cérebro neocórtex também conhecido como cérebro humano, pois compreende a parte evolutivamente mais recente. Apesar desse nome, não é somente na espécie humana que aparece, pois animais inferiores, como cão e os macacos, por exemplo, já o tem bem desenvolvido. Mesmo assim, é no homo sapiens (Sp. humana) que ele atinge o máximo de seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Formou-se gradativamente pela evolução em torno de cérebro L, possibilitando o cumprimento de tarefas mais associadas ao intelecto e a gnose (poder criativo), conferindo ao homem as capacidades de fala, escrita, motricidade elaborada, realização de cálculos matemáticos, composição artística, enfim, tudo aquilo que nos diferencia e identifica como seres humanos. Através do neocórtex, portanto, a natureza tirou o homem da condição simples de animal tornando-o racional e ampliando suas emoções e seu intelecto. (Como exemplo, o sentimento familiar, antes restrito aos componentes da própria espécie, torna-se extensivos aos demais seres vivos e também ao meio em que vive). 17 Essa estrutura orgânica poderosa pode, entretanto, a partir do seu próprio poder, tanto criar como destruir, se poder, tanto criar como destruir se não for bem utilizada e preservada. Considera-se como cérebro as estruturas situadas acima do hipotálamo, ou seja, os hemisférios cerebrais e as outras estruturas que fazem do telencéfalo. Como já foi citado anteriormente os hemisférios cerebrais direito e esquerdo compreendem a maior parte do cérebro, sendo unidos por um poderoso feixe de fibras, o corpo caloso, que os inter-relaciona, tornando a mensagem captada por um hemisfério disponível no hemisfério oposto. Além dessa estrutura comissural (de ligação) os hemisférios cerebrais são unidos pela comissura anterior e pela comissura hipotalâmica. Em níveis inferiores a essas estruturas citadas grandes vias ascendentes e descendentes (aferentes e eferentes) ligam o córtex e o tálamo com os pedúnculos cerebrais, a ponte, o bulbo e a medula espinhal. A região a seguir, abaixo do córtex, é a subcortical construída de axônios, ou seja, fibras mielinizadas (de colaboração branca, portanto) que realizam um feedback constante com o córtex onde o impulso levado pelas fibras será decodificado e registrado, sendo elaborada uma resposta ao mesmo. A superfície do cérebro não é lisa, ela apresenta saliências e reentrâncias chamadas cercumoluções que aumentaram gradativamente com a evolução, sendo que o homem a espécie que apresenta maios quantidade deste ‘’enrugamento’’ da superfície cerebral. Sua função é aumentar a área do córtex, ou seja, aumentar a área de registro e decodificação de estímulos e a capacidade de elaboração de respostas ao mesmos. Através das circunvoluções, o córtex penetra no interior do cérebro, formando o córtex límbico, que fica situado em torno das estruturas límbicas (daí o nome). Essas estruturas corticais também estão relacionadas com as emoções. Os sulcos cerebrais são os sulcos que dividem o cérebro em hemisfério e lobos, sendo as principais as que seguem. Cissura inter-hemisférica ou longitudinal situa-se na parte superior do cérebro, sendo a mais profunda e dividindo-a em hemisférios (direito e esquerdo). Ela é tão perceptível e separa os hemisférios de tal forma que 18 alguns autores (como Popper e Ecles. 1991) fazem diferença entre eles. Chamando de ‘’cérebro maior’’ o hemisfério esquerdo e de ‘’cérebro maior’’ o hemisfério direito. Essa diferenciação é considerada pelas características próprias de cada um. O hemisfério esquerdo por ser dominante e o hemisfério direito relacionado com o simbolismo e o abstrato. Os lobos cerebrais apresentam especializações funcionais, sendo que essas funções sofrem maior aprimoramento e especificidade em regiões que circundam as áreas de funções mais amplas. Como exemplo, o lobo occipital (córtex occipital) tem como função à visão de uma forma ampla. Em torno dessa área, ainda no lobo occipital, ficam as áreas de associação visual. Assim, com a área ampla, ‘’vejo’’, e como as áreas circundantes à mesma, ‘’interpreto o que vejo’’. Apesar da especificidade dos lobos, as mesma é relativa, pois suas funções se inter-relacionam funcionalmente. Assim com o lobo frontal, ‘’penso’’, mais, ao mesmo tempo, ‘’enxergo’’ meu pensamento (lobo occipital), penso ‘’sentir o cheiro’’ do que penso (lobo temporal) ou até mesmo ‘’ter a sensação tátil’’ do que estou pensando (lobo parietal). A)Lobo frontal situa-se na frente da cissura central e acima da cissura lateral de uma forma ampla, estar relacionada com a motricidade. No homem, o lobo frontal sofreu uma proeminência na parte anterior formando a região pré-frontal. Essa região é considerada superior pois tem como função a elaboração do pensamento, capacidade de atenção e a idealização e adequação comportamental a cada situação social ou física. É considerada a sede da Psique. A região pré-frontal possui grandes números de fibras que a ligam ao cérebro límbico ( emoções primitivas), e essas fibras tem como função coibir ou censurar a manifestação do límbico. Quando há lesão na área préfrontal, o individuo se comporta de uma forma primitiva, irracional e inadequada porque o límbico fica livre e sem censura. 19 Abaixo do lobo frontal, fica localizado o bulbo olfatório. Que é o órgão sensorial do olfato, também ligado às emoções. Acima do bulbo olfatório, fica localizado o córtex olfatório que realiza o registro e a decodificação dos estímulos olfatórios. B)Lobo parietal situa-se atrás da cissura central e à da cissura parietoccipital. É importante na percepção do tato, da dor e da posição dos membros. Também integra as experiências sensoriais provenientes do corpo, permitindo, perceber o tamanho, a forma e a textura dos objetos (identificação sem visualização). Estar relacionado com o sensório-motor. A parte superior do lobo parietal é fundamental para uma autoimagem completa, ou seja, uma percepção global do próprio corpo em relação a si mesmo ou aos estímulos que o atingem. Uma lesão nessa área pode ocasionar alterações neurológicas estranhas, como a negação de partes do próprio corpo: Uma paciente, por exemplo, passa a vestir somente uma perna da calça e a outra não, porque ‘’aquela perna não existe’’. A porção parietal inferior (próxima ao lobo temporal), esta com a integração de informações sensoriais relacionados à fala e à percepção, por estar próxima às áreas de Broca e de Werneck. C) O Lobo occipital situa-se abaixo da cissura parietoccipital e acima do cérebro. É responsável pela visão, sendo este centro localizado na região inferior situada em torno de si, e que nos permite identificar a forma, a cor e o tamanho dos objetos. Na porção mais profunda do lobo occipital, acima do tronco encefálico e do cerebelo, está uma parte do lobo occipital que faz parte da função de reconhecimento e de fisionomias. A lesão nessa área pode causar uma reação patológica que leva a confundir faces com objetos inanimados ou outras manifestações bizarras, todos relacionados alterações fisionomias. D)Lobo temporal situa-se à frente do lobo occipital e a abaixo do lobo parietal. Está relacionado com a audição, a memoria e as emoções. O córtex auditivo amplo fica situado na sua porção superior, e, em torno, 20 localizam-se ás áreas interpretativas auditivas (identificam de som, timbre, intensidade e etc.) Também na porção temporal superior fica situada a área de expressão sensorial ou de interpretação (Werneck), importante para o reconhecimento da palavra, possuindo interconexões com a área frontal da linguagem (Broca), responsável pela articulação da palavra: A área da expressão motora (Broca). Articulação da palavra; área sensorial da palavra (Werneck) reconhecimento e interpretação da palavra. As emoções são também mediadas pelo lobo temporal juntamente com o frontal, considerando-se sempre suas interligações com o sistema límbico (emoções intentivas e irracionais) donde emergem as emoções básicas sob o ponto de vista animal. Sendo assim a área de Broca é responsável pela capacidade de expressão ou a fala, essa característica é a que mais diferencia a nossa espécie das outras espécies animais. Quando há lesão nessa área, ocorre a afasia motora, que é a incapacidade de expressão, embora haja compreensão. É a área de Werneck que é pela interpretação geral ou global dos estímulos. Por isso é considerada como a área do gnose, do reconhecimento profundo ou da memória terciária. 21 CAPÍTULO II PARALISIA CEREBRAL 2. Conceito No meado do século XIX um ortopedista inglês de nome William Little fez os primeiros relatos de uma enfermidade que afetava crianças nos primeiros anos de vida, caracterizada por rigidez muscular, em especial nos membros inferiores e em menor grau nos membros superiores, Estas crianças tinham dificuldades em pegar objetos, engatinhar e andar e não melhoravam com seu crescimento, nem tão pouco pioravam. Tal condição foi chamada de ¨Síndrome de Little¨ por muitos anos e hoje é conhecida como ¨Diplegia Espática¨. Esta enfermidade apresenta várias manifestações de dificuldades no controle de movimento devido a um insulto ao cérebro em desenvolvimento agrupado atualmente sob termo de Paralisia Cerebral (PC). Muitas dessas crianças nascendo prematuras ou por partos complicados e Little sugeriu que esta condição resultaria de asfixia perinatal. Ele propôs que a pouco oxigenação danificaria tecidos cerebrais responsáveis pelos movimentos. A expressão Paralisia Cerebral surgiu durante a fase neurológica de Freud, em 1987 ao estudar a síndrome de Little, nesse caso o termo paralisia cerebral a tem de diferencia-lo do termo Paralisia Infantil, a poliomielite que consiste em paralisias flácidas , Freud descordava Little ao observar que crianças com paralisia cerebral geralmente apresentam outros problemas como por exemplo: retardo mental, distúrbios visuais, convulsões, entre outros. Então, ele sugeriu que a desordem poderia algumas vezes afetar o cérebro antes do nascimento durante o desenvolvimento cerebral fatal. Apesar da observação de Freud, a crença de que complicações do nascimento causaram a paralisia cerebral foram difundidas entre médicos, familiares e até mesmo cientistas médicos. Por volta dos anos 80 do XX cientistas analisaram extensivamente dados de um estudo governamental de mais de 35 mil nascimentos e se surpreendem ao descobrir que tais complicações aconteciam em apenas parte dos casos, provavelmente em 22 menos de 10%. Estes achados do estudo Perinatal do Instituto de Distúrbios Neurológicos (National Instituto of Neurological Disordes and stroke NNDS) alteravam profundamente as teorias acerca da Paralisia Cerebral e estimularam os pesquisadores a descobrirem outras causas. Paralisia Cerebral á uma expressão abrangente para diversos distúrbios que afetam a capacidade infantil para se moer e manter a postura e o equilíbrio. Uma vez que a Paralisia Cerebral influencia o modo como as crianças se desenvolvem, ela é conhecida como uma deficiência (distúrbio) do desenvolvimento. Atualmente o Estados Unidos, existem mais pessoas com Paralisia Cerebral do que com outro distúrbio do desenvolvimento, incluindo a Síndrome de Down, a epilepsia e o autismo. Nos Estados Unidos anualmente, cerca de 5 mil crianças até 5 anos e 1.200-1.500 Pré-escolares são diagnosticados com Paralisia Cerebral. Ao todo, aproximadamente 500 mil pessoas naquele país tem algum grau de Paralisia Cerebral. Ainda que as crianças com Paralisia Cerebral muito leve ocasionalmente se recuperem na época da idade escolar, a Paralisia Cerebral geralmente é uma deficiência que dura para toda a vida.Toda criança com Paralisia Cerebral tem uma lesão na área do Cérebro que controla. O Tônus muscular. Consequentemente pode ter um tônus muscular aumentado reduzido ou uma combinação dos dois( Tônus variável ou flutuante). 2.1 Classificação A Paralisia Cerebral pode ser classificada de acordo com o tipo e a distribuição da anormalidade motora. As formas de classificação mudaram pouca desde a obra de Freud em 1897. Entretanto, deve ser notado que geralmente a apresentação clinica não é pura. Movimentos involuntários anormais podem ser vistos nas síndromes espásticas e sinais pirâmides podem ser vistos nas síndromes discinéticas e atóxicas. Classificação baseada no envolvimento motor. Espasticidade: O quadro mais frequente, correspodendo em até 70% dos casos. A criança espática existe um comprometimento do Sistema 23 Piramidial com a Hipertonia dos músculos. É caracterizada pela lesão do motoneurônio superior do córtex ou nas vias que terminam na medula espinhal. A espasticidade ciumenta com a tentativa da criança em executar movimentos, o que faz com que estes sejam bruscos, lentos e anárquicos. Os movimentos são excessivos divido ao reflexo de estiramento estar exagerado. Atetose: Comprometimento do sistema extra-piramidal ; O sistema muscular é instável e flutuante; numa ação, apresenta movimentos involuntários de pequena amplitude. O controle da cabeça é fraco e as respostas e estímulos são instável e imprevisíveis. Apresentam um quadro de flacidez e respiração anormal. Corresponde de 20% a30% dos casos. Rigidez: Este distúrbio de movimento também é consequente a lesões nos núcleos da base, relacionados a uma hipertonia generalizada secundária a uma contração contínua da musculatura flexora e extensora . Ataxia: Comprometimento do cérebro e vias cerebelares. Manifesta– se por uma falta de equilíbrio e falta de coordenação motora e em atividades musculares voluntária. Há sinais de tremor intencional e disartria. A ataxia pura na paralisia cerebral é rara e início não é fácil de ser reconhecida. Há pouco controle de cabeça e do tronco, a fala é frequentemente é retardada e indistinta, caracteristicamente com a boca aberta e salivação considerável corresponde a 10% dos casos. Levando-se em costa os membros atingidos pelo comprometimento neuromuscular, podem ter: a) Paraplegia: Comprometimento dos membros inferiores. b) Triplegia: Comprometimento de três membros. c) Quadriplegia: Comprometimento de quatro membros. d) Hemiplegia: afetado dois membros do mesmo lado. e) Monoplegia: Um membro comprometido. f) Hemiplegia dupla: Afetados dois membros do mesmo lado e mais um membro superior. 24 O grau de incapacidade ligada ao transtorno neuromuscular pode ser leve, moderado e severo. 2.3. Condições Associadas a Paralisia Cerebral Além dos prejuízos nos nascimentos, as crianças com Paralisia Cerebral frequentemente tem outras condições que podem impedir o seu desenvolvimento e aprendizagem. Isso se deve ao fato de que a mesma lesão cerebral que causa os problemas de tônus muscular pode causar ou contribuir para problemas em outras áreas. Por exemplo, um dano cerebral pode causar deficiência mental, convulsões, problemas de aprendizagem e problemas de visão e audição exatamente como os problemas de movimentos fazem, muitos dessas condições tornam mais difíceis a aprendizagem intelectual, a fala e a linguagem, além de outras habilidades. 2.4 Tratamento: uma avaliação interdisciplinar Uma vez que a extensão dos problemas da criança com paralisia cerebral não será esclarecida durante algum tempo, os seus sintomas precisam ser monitorizados por uma equipe interdisciplinar – um grupo de profissionais com especialidades em diferentes áreas. Esses profissionais pode reunir informações sobre suas habilidades e fazer comparações ao largo dos meses e anos. O Pediatra do desenvolvimento, esse pediatra reservará cuidadosamente a anaminese e os registros médicos da criança realizando exames físico completo e uma avaliação do desenvolvimento, para determinar se alguns fatores clínico estão afetando a saúde e o desenvolvimento da criança. Neurologista. O médico especializado em doenças do Sistema Nervoso fará mais exames neurológicos, para detectar a extensão do dono cerebral. 25 Cirurgião Ortopedista, durante os exames avalia as condições e o alinhamento dessas estruturas ósseas da criança especialmente do quadril, do dorso e das pernas. Terapeutas, Avaliação das Capacidades Motoras, problemas de movimento como tônus muscular alto ou baixo ou fraqueza muscular e facilita o desenvolvimento das habilidades motoras- rolar, sentar, engatinhar, levantarque exigem o uso de músculos mais fortes. Fisiatra Avaliação e no tratamento de deficiência física em reabilitação e fisiologia. Otorrinolaringologista – Avaliação da frequência, as intensidades e os tipos de sais da criança pode dever ou não. Nutricionista verificará as suas habilidades alimentares e proporcionará auxilio terapêutico para os transtornos motores orais que afetam a mastigação ou a deglutição. O paciente com paralisia cerebral necessita também de investigações perante alguns distúrbios que ficam associados à paralisia cerebral, durante o tratamento para uma resposta coerente ao sucesso do desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. O retardo mental é mais comumente observado nas crianças com tetraplegia espástica. As crises de epilepsia generalizados e parciais, a generalizadas evoluem o cérebro como um todo. As parciais permanecem restritas a certa área do cérebro e os sintomas dependem da área envolvida. Uma criança com paralisia cerebral pode apresentar qualquer tipo de crise. Na paralisia cerebral, o estrabismo é frequente, catarata (opacidade do cristalino), coriorretinite (inflamação da coroide e da retina) e glaucoma (aumento da pressão ocular) são desordens oculares comumente encontradas nas infecções congênitas. A criança com paralisia cerebral também necessita de diagnostico em relações a opção para ser avaliado e observadas nos primeiros meses. 26 CAPÍTULO III TEORIAS DA APRENDIZAGEM 3.1. Jean Piaget: Princípio da Teoria Cognitiva Jean Piaget, nasceu em Neuchâtel, uma pequena cidade localizada na Suíça Francesa, a 9 de agosto de 1896 e falecido em 1980. Desde muito cedo tinha interesses pela natureza e pelas ciências; com 10 anos escreveu seu primeiro trabalho cientifico, um artigo que foi publicado em uma revista de história natural com esse trabalho ele relata observações feitas com uma andorinha albina.Logo depois começou a trabalhar como voluntário no Museu de Ciências Naturais de Neuchâtel, no setor da coleção de Zoologia do Museu. Piaget licenciou-se em Ciências Naturais na Universidade de Neuchâtel em 1915 seguindo o sua meta doutorando-se três anos mais tarde com uma tese sobre os moluscos da região de Valois na Suíça. Para Piaget a grande dificuldade de criar um modelo teórico que fosse capaz de explicar a estrutura de conhecimento poderia ser no campo da filosofia, sendo que o procedimento metodológico era especulativo e na biologia esbarrava na parte da experimentação. Foi quando Piaget recorre então à Psicologia tomando a como base para sua proposta teórica através dessa ciência psicologica conseguiu conhecer as devidas conexões entre filosofia e a biologia, já que o procedimento era experimentais. O teórico radifica que o conhecimento é construído da interação do sujeito com o meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo a aquisição de conhecimento depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito ,como de sua relação com o objeto. Ele afirma que, as etapas do desenvolvimento cognitivo estão classificadas das seguintes formas: I. Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos) a criança desenvolve um conjunto de “esquemas de ação” sobre o objeto, que lhe permite construir um 27 conhecimento físico da realidade. A criança consegue fazer imitações e construir representações mentais cada vez mais complexas. II. Estágio Pré- Operatório (2 aos 6 anos) a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a fase dos porquês e do faz- de –conta. III. Estágio Operatório- Concreto (7aos 11 anos) a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas consolida a conservações de quantidade e constrói o conceito pensamento apesar de lógico, ainda está do número. Seu preso aos conceitos concretos não fazendo ainda abstrações. IV. Estágio Operatório Formal (11 aos 16 anos) desta fase o sujeito é capaz de raciocinar com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos. Segundo Piaget (1994), à aprendizagem só ocorre mediante a consolidação das estruturas do pensamento da mesma forma a passagem de um estágio para o outro estaria dependente da consolidação e superação do anterior. Neste caso, para que ocorra uma construção de um novo conhecimento é, preciso que os conceito já assimilados sejam desorganizados e passe por um novo processo reorganização, ou seja a transformação de um conhecimento prévio em um novo. “Identificar estes períodos é de grande relevância para o trabalho pedagógico, pois é baseado neles que o professor saberá quais atividades mais adequadas para cada atividades maias adequadas para cada idade.É este um dos grandes problemas enfrentados pelos alunos e que aparentemente ainda não foram solucionados. Professores aplicam problemas matemáticos correspondentes ao nível de inteligência operatória formal( a partir dos 12 anos) para que estas crianças, que ainda atuam no operatório concreto tentem solucionar, levantar hipóteses, fazer suposições ainda não correspondem a está faixa etária, isto só irá acontecer mais tarde”. (ARAUJO,2003 apud SAMPAIO, 2009). 28 Sampaio (2009) afirma que o crescimento cognitivo da criança se dá por assimilação e acomodação. Na assimilação o sujeito incorpora a realidade a seus esquemas de ação impondo-se ao meio, o conhecimento que se tem da realidade não é modificado. Já na acomodação o sujeito não consegue assimilar a situação da realidade. Não há acomodação sem assimilação, pois acomodação reestruturação da assimilação. 3.2. Vygostky: Teoria Social Cultural Diferentemente de Piaget, que supõe a equilibração como um princípio básico para explicar o desenvolvimento cognitivo. Lev Vygotsky (1896-1934) parte da premissa que esse desenvolvimento, o qual concebe o homem inserido num contexto sócio- cultural, que interfere diretamente na produção de sua consciência e seus comportamentos sociais através da valorização que o meio sócio- cultural oferece no processo de desenvolvimento humano. Os processos mentais superiores do sujeito têm origem em processos sociais é um dos pilares da teoria de Vygotsky. Segundo Palangana (2002), pelo olhar de Vygotsky que o sujeito internaliza comportamentos, e desenvolve-os segundo as relações vivenciadas no cotidiano. Neste caso o comportamento humano é construído a partir das relações externas com o meio sócio-cultural contrapondo-se neste caso a concepção defendida por alguns teóricos que, o homem ao nascer traz o comportamento defendido. O desenvolvimento cognitivo é a conversão de relações sócias em funções mentais. Não é por meio do desenvolvimento cognitivo que o indivíduo se torna capaz de socializar, é na socialização que se dá o desenvolvimento dos processos mentais superiores. Vygotsky (1998 apud Moreira, 1999) concebe o homem como um ser histórico e produto de um conjunto de relações sociais. Os signos são os instrumentos que, agindo internante no homem , provocam lhe transformações internas que o fazem passar de ser biológico a ser sócio- histórico. O teórico a cima mencionado afirma que, a aprendizagem da criança inicia-se muito antes de sua entrada na escola, isto porque desde o primeiro dia de vida ela já exposta aos elementos da cultura e a presença de 29 outro, que se torna mediador pra ela. Ele construiu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, no qual diz respeito a zona de desenvolvimento proximal, Bock (2002), afirma que: “E a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto ou colaboração com companheiros”. Sendo assim, poderíamos dizer que para ele,as relações entre a aprendizagem e o desenvolvimento são indissociáveis. Segundo Vygotsky (2006) Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, isto é ser determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente, porém o nível de desenvolvimento proximal desmarcado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. É justamente nesta zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem vai ocorrer, o educador durante essa passagem serve como mediador entre a criança e o mundo. Assim Rabello (apud Vygotsky 1998), relata que a aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem social que tem por função denominar e comunicar, foi a primeira linguagem que surgiu. Depois teríamos a Linguagem Egocêntrica e a linguagem interior, interligada ao pensamento. A Linguagem Egocêntrica é quando o sujeito faz a progressão da fala social, para a fala interna um processamento de perguntas e resposta dentro de nós mesmos. Esse “falar sozinho” é importante, porque ajuda a organizar melhor as idéias planejar melhor as ações, seria o modo mais adequado a resolver os problemas delas. 30 3.3. Henri Wallon: Desenvolvimento e Afetividade Henri Wallon nasceu na França em 1879, viveu toda sua vida marcada por intensa produção intelectual e ativa participação nos acontecimentos que marcaram sua época. Sua biografia nos apresenta o perfil de um homem que buscou integrar a atividade cientifica á ação social, numa atitude de coerência e engajamento. Quando chegou a Psicologia ele passou por filosofia e medicina que formulou a sua teoria. Durante sua carreira foi cada vez explícita a sua aproximação da educação, buscava através da psicologia uma curiosidade pessoal pelos motivos e razões que levam as pessoas a agir. Muito mais envolvido e interessado pela psicologia, Wallon publica sua tese de doutorado a criança turbulenta: com esse trabalho aumentou sua produtividade sempre voltado para o domínio da Psicologia da criança. O ultimo deles, origens do pensamento na criança, é de 1945, seu interesse teórico por problemas da educação e sua participação no debate educacional de sua época. Segundo Galvão (1995), o desenvolvimento atinge os vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade, motricidade, inteligência) , sendo desta forma o desenvolvimento humano é geneticamente social um processo concreto em que ocorre, uma relação do homem nas suas relações com meio. Para maior entendimento da teoria Walloriana passemos a uma descrição das característica centrais de cada um dos cinco estágios proposto pela psicogenética: . I. Estágio impulsivo emocional que atinge o primeiro ano de vida, nesta fase é dado pela emoção, instrumento privilegiado da interação da criança com o meio resposta do seu estado de impércia, a afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam sua relação com o mundo físico ; a exubêrancia de suas manifestações afetivas é diretamente proporcional a sua inaptidão para agir diretamente sobre a realidade exterior. II. Estágio sensório- motor é projetivo, que vai até o terceiro ano, o interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo físico. A aquisição da marcha e da preensão possibilitam-lhe 31 maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração de espaço. Outro momento fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo “projetivo” nomeado a este estágio é característica do funcionamento mental neste período: o pensamento precisa do auxílio do gesto para se exteriorizar, ato mental” projeta-se “em atos motores. Ao contrário do estágio anterior, neste as relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica). III. Estágio do personalismo, que cobre a faixa dos três aos seis anos, a fase central é a da personalidade a construção da consciência de si, que se dá por meio das interações sócias reorienta o interesse da criança para as pessoas defenindo o ritmo o retorno da predominância das relações afetivas. Por volta dos seis anos,inicia-se o estágio categorial ,que graças a união segura da função simbólica e a diferenciação da personalidade realizadas no estágio anterior traz importantes avanços no plano da inteligência. Estágio da adolescência, a crise purbetária rompe a tranqüilidade afetiva que caracterizou o estágio categorial e impõe a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade. 3.4. Plasticidade e Aprendizagem Plasticidade Cerebral é a denominação das capacidades adaptativas do SNC- sua habilidade para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento. É a que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta á experiência, e como adaptação a condições mutantes e a estimulos repetidos. Segundo Relvas (2008) Á Plasticidade Cerebral é o ponto culminante da nossa existência e seu desenvolvimento se dá ao longo da vida. Deste desenvolvimento defende todo o processo de aprendizagem e também de reabilitação das funções motoras e sensórias. Este fato é melhor compreendido através do conhecimento do neurônio da natureza das suas conexões sinápticas e da organização das áreas cerebrais. A cada nova 32 experiência do individuo, portanto, reder de neurônios são rearranjadas, outras respostas ao ambiente tornam-se possíveis. Até bem pouco tempo, existia ideia que a falta de capacidade dos neurônios se dividirem supunha a impossibilidade de se fazer algo quanto as conexões de neurônios, impedindo assim o individuo aprender. As reconexões neuronais é uma reorganização responsável pelas modificações que são observadas no sistema nervoso do individuo. Sendo que por esses meios diz-se que o individuo pode aprender e reaprender atividades desenvolvidas por ele previamente de forma espontânea e harmoniosa. Ao encontrar várias teorias sobre como se dá a recuperação das funções perdidas em uma lesão cerebral: ela poderia ser medida por partes adjacentes de tecido nervoso que não foram lesadas e o efeito da lesão dependeria mais da quantidade de tecido poupado do que da localização da lesão; Pela alteração qualitativa da função de uma via nervosa integra controlando uma função que antes não era sua através de estratégias motoras diferentes para realizar uma atividade que esteja perdida, sendo o movimento recuperação diferente do original embora o resultado final seja o mesmo. Estudos com neuro-imagens de individuo com AVC indicaram modelos de ativação pós-lesão que sugerem reorganização funcional. Foram feitos a partir de lesões focais corticais experimentais, que induziram mudanças no córtex adjacente e no hemisfério contralateral. Investigações morfológicas mostraram que este tipo de plasticidade é mediado por proliferação de sinapses e brotamento axonal (apenas pouco milímetros). As alterações celulares que acompanham estas teorias são: Brotamento: é definido como um novo crescimento a partir de axônios. Envolve a participação de vários fatores celulares e químicos. 1-A resposta do corpo celular e a formação de novos brotos; 2-Alongamentos de novos brotos. 3-Cessação do alongamento axonal e sinaptogênese. 33 Existem duas formas de brotamento neural do SNC: Regeneração que diz respeito a um novo crescimento em neurônios ilesos adjacentes ao tecido neural destruído. Essas alterações sinápticas difusas podem ser o mecanismo fisiológico subjacente a uma reaprendizagem ou processo compensatório. O tratamento é caracterizado por uma fase inicial rápida, seguida de outra muito mais lenta que dura meses. Brotamento a partir de axônios preservados aparecem e se propagam sobre os campos próximos, entre 4 a 5 dias após a lesão. Ativação de Sinapses latentes: quando um estimulo importantes ás células nervosas é destruído sinapses residuais ou dormentes previamente ineficazes podem se tornar eficientes. Supersensitividade de desnervação quando ocorre desnervação a célula pós sináptica torna-se quimicamente supersensível. Dos possíveis mecanismos são responsáveis pelo fenômeno: Desvio na supersensitividade (pré sináptica) causando acumulo de acetilcolina na fenda sináptica; Alterações na atividade elétrica das membranas. Estas Formas de regeneração no Sistema Nervoso (SNC) são crucialmente dependentes do ambiente tissular no qual os novos axônios estão crescendo. Eles podem não conseguir estabelecer conexões sinápticas apropriadas, devido aos fatores tróficos, condições desfavoráveis de substratos extracelulares, barreiras mecânicas, como de cicatrizes glias densas ou outros mecanismos inibitórios. Ainda em fase de testes é o transplante de células. O uso do transplante, combinado com um treinamento adequada, demonstra que pode haver recuperação através deste associado com programa de reabilitação com melhora nas habilidades motora como o Sistema Nervoso de uma criança em desenvolvimento é uma criança em desenvolvimento é mais plástico que o Sistema Nervoso do adulto. A atuação da plasticidade eficaz na estimulação da plasticidade é de fundamental importância para a máxima a função motora sensitiva do aprendente visando facilitar o processo de aprender o aprender no cotidiano escolar. A Plasticidade cerebral no adulto durante muitas décadas acreditou-se que o cérebro de um adulto maduro não possuía capacidade de 34 regenerar suas células nervosas, ou seja, formar novas sinapses, e que as conexões entre os neurônios congelavam-se em posições imutáveis. Alguns exercícios como estimulador para esse adulto, tal como jogo de tabuleiro, ler e refletir em texto estimula o cérebro. As atividades físicas, caminhar alongamento aumentam a produção de endorfina responsável pela sensação de bem-estar, e retarda problemas cognitivos associados ao envelhecimento. Dessa forma com atividades físicas o sangue passa circular e levar mais oxigênio as áreas menos, irrigadas do cérebro aumentando a quantidade de conexões neurais, melhorando a memória é a capacidade de raciocínio. A Plasticidade Cerebral na criança logo depois do nascimento diversos processor são desencadeados no desenvolvimento das atividades cerebrais. Um recém nascido possui cerca de um quarto da massa cerebral de um adulto, mas já tem quase todos os neurônios que precisará por toda a sua vida, sendo assim os neurônios se expandirão e se organizaram em grandes redes de processamentos. Logo os primeiros anos de vida todo contrato com a criança e fundamentos, seja o ouvir da mãe, as diferentes entanações, luzes, cores e outros contatos faz-se a realização de conexões sináptica e cria-se condições favoráveis para o surgimento de determinados competências e habilidades tais como: musicalidade, raciocínio lógico matemático, inteligência espacial. São capacidades que se estabelecem na primeira infância. Estudos comprovam a hipótese sobre o desenvolvimento neural e a aprendizagem na qual funções particulares de processamento de informações são controladas por grupos especiais de neurônios mas quando uma dessas funções fica inutilizada, os neurônios associados a ela passam a controlar outra função. A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o individuo já maduro, que se expressa diante de uma situação problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência. O processo de aprendizagem sobre interferência de vários fatores intelectual, psicomotor, físico, social, mas é do fator emocional que depende grande parte da educação infantil. Para que a aprendizagem provoque uma afetiva mudança 35 de comportamento e amplie, cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba relação entre o que está aprendendo e a sua vida. O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento, tanto que é aprendido precisa ser significativo para ele, e plasticidade aprendizagem com os alunos com Paralisia Cerebral depende de estímulos para esse haja uma aprendizagem significativa. 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que a Neurociência está sendo processo inovador na área pedagógica perante ás situações com que nos deparamos nas instituições de ensino. Portanto conhecer os diferentes espaços cerebrais para compreender o processo cognitivo, dos nossos alunos com distúrbios e dificuldades de aprendizagem é necessário refletir sobre a inclusão de crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais no ensino regular á importância e responsabilidade de toda equipe desenvolver uma pedagogia centrada e com profissionais capacitados nesta revolução que é a Neurociências, para usar uma pedagogia capaz de educar com êxito os educandos da inclusão na escola, pois o trabalho será muito lento o processo de ensino-aprendizagem, os alunos com Paralisia Cerebral é necessário a interação, afetividade e plasticidade á todo momento muito estimulo para que haja uma aprendizagem significativa. Os distúrbios associados ao aluno com paralisia cerebral que são dependentes da lesão, podendo ocorrer também uma variação do quadro motor de acordo com o critério da neuroplasticidade e do desenvolvimento neuromaturacional. A conscientização dos profissionais e familiares perante ao portador de necessidades especiais precisa ser respeitada e abordada, sem preconceito respeitando seus direitos e deveres. 37 BIBLIOGRAFIA BEAR, M.F, Connors,BW,Paradiso M.A Neurociências desvendando o Sistema Nervoso.2ed- São Paulo: Artmed.2002. BOBATH, K. A deficiência motora impacientes com paralisia cerebral, editora Manole, São Paulo, 1989. BOCK, Ana Mercês Bahia Psicologia: uma introdução ao estudo de Psicologia/Ana Mercês Bahia Bock,Odair Furtado, Maria de Loudes Trassi Teixeira-13ed.Refor e ampl-São Paulo: Saraiva,2002. FISCHINGER,Barbara Sybille. Considerações sobre a Paralisia Cerebral e seu tratamento. Ed. Sulina, 1970.Porto Alegre. GALVÃO,Isabel-Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil/ Isabel Galvão.- Petrópolis,RJ; Vozes,1995. MOREIRA, Marco Antonio, Teorias de Aprendizagem. São Paulo:Ed, Eru, 1999. OLIVEIRA, Maria Aparecida Domingos de Neurofisiologia do comportamento. 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