M ANUAL DO E ST IDO R MANUAL DOIN VCONDOMíNIO ÍNDICE 1. O que é a Lisbon Skyline Operation? 2. Qual é o problema identificado? 3. Qual é o fundamento desta ideia? 4. Quem pode participar na LSO? 5. Porquê investir nas coberturas de Lisboa? 6. Que vantagens tem a LSO para a Cidade? 7. Como pode iniciar um processo LSO? 7.1 O que é necessário para iniciar um processo LSO? 7.2 Quais os passos a seguir num processo LSO? 7.3 Quais os custos de um processo LSO? 7.4 Quanto tempo demora um processo LSO? 7.5 Quem intervém num processo LSO? 7.6 Qual o papel da equipa LSO nestes processos? 8. Como pode a cobertura ser uma solução? 8.1 Quais os problemas que mais afectam as coberturas? 8.2 Qual a importância do tipo de cobertura? 8.3 Em que tipo de cobertura vai investir? 8.3.1 Se é um sotão 8.3.2 Se é uma casa de porteira 8.3.3 Se é uma cobertura plana 9. Quais as vantagens de investir numa cobertura? 9.1 O que podem as coberturas fazer pelo edifício? 9.2 Como pode uma cobertura tornar um edifício mais eficiente? 9.3 Quais as vantagens de uma cobertura LSO? 9.4 Os últimos pisos dos edifícios de Lisboa permitem reabilitação verde? 9.5 É possível produzir energia elétrica na cobertura? 10. Como posso garantir que a minha cobertura é sustentável? 10.1 Como fazer uma cobertura sustentável? 10.2 Paredes Exteriores 10.3 Vãos envidraçados 10.4 Recirculação de águas de lavagem de mãos para autoclismo 10.5 Telemetria de água e energia 10.6 Varandim 10.7 Parede de Trombe Ventilada 10.8 Coberturas ajardinadas semi-intensivas 10.9 Cobertura superior ajardinada extensiva 10.10 Impermeabilização 10.11 Captação de águas pluviais 10.12 Sistema de Águas Quentes Solares (AQS) 10.13 Sistema Solar Fotovoltaico Introdução LISBON S KYLINE OPE RAT ION LSO apresenta uma solução arquitectónica, económica e legal para reabilitar a cidade, acreditando na competência dos seus habitantes e na força das acções colectivas: casa a casa, cobertura a cobertura. Esta operação urbana foi apresentada no Pavilhão Português da 14ª Exposição Internacional de Arquitectura - La Biennale di Venezia 2014 e está a ser desenvolvida com o apoio do Programa Bip/Zip da Câmara Municipal de Lisboa. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 1. O que é a Lisbon Skyline Operation? LSO é uma estratégia para regenerar a cidade a partir das suas coberturas. LSO apresenta as coberturas enquanto recurso económico para reabilitar edifícios inteiros. LSO quer dar nova forma às coberturas de Lisboa, permitindo o seu uso pleno, apresentando-as como factor chave para a reabilitação da cidade. LSO prevê intervenções com retorno social, económico e ambiental para a cidade e para os seus habitantes. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 2. Qual é o problema identificado? A degradação do edificado no centro de Lisboa é evidente. Os recursos financeiros da maioria dos condomínios são escassos para fazer face à necessidade de obras de conservação. Este facto levou à degradação de uma parte significativa de edifícios, que embora continuem habitados, carecem de obras. LSO é uma ferramenta para desencadear a reabilitação destes edifícios, desenhada para inverter o processo de degradação da cidade consolidada. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 3. Qual é o fundamento desta ideia? LSO aproveita um recurso latente de Lisboa – a paisagem de coberturas desabitadas – aferindo potencialidades escondidas nas áreas comuns dos últimos pisos. A natureza jurídica de uma parte tão importante da cidade permite engendrar soluções de investimento com grande impacto. LSO entende as coberturas como um recurso físico capaz de contribuir para a reabilitação da cidade e concebe uma estratégia que poderá desencadear um processo viral, com a capacidade de ir desenhando um novo skyline habitado e sustentável. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 4. Quem pode participar na LSO? LSO propõe uma estratégia win-win para condomínios e investidores. LSO cruza o interesse dos condomínios – financiar obras de conservação - com a perspectiva dos investidores. LSO é uma ferramenta arquitectónica, económica e legal para a reabilitação endémica da cidade e para a manutenção do seu tecido social. LSO une condomínios e investidores numa parceria inovadora. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 5. Porquê investir nas coberturas de Lisboa? Lisboa é a cidade ideal no que se refere a coberturas. Graças à sua topografia acidentada as coberturas têm uma presença única na sua imagem urbana, oferecendo a partir do seu interior panorâmicas privilegiadas. LSO sustenta-se nas premissas do actual PDML que privilegia intervenções de manutenção da cidade existente, defendendo o aproveitamento de sótãos e a alteração da configuração geral das coberturas para utilização útil. Os investimentos LSO estão disponíveis para investidores de vários tipos: de cidadãos comuns em busca de casa própria, a investidores que procuram a melhor localização para o seu investimento. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 6. Que vantagens tem a LSO para a Cidade? LSO é literalmente uma estratégia topdown. As coberturas dos prédios de rendimento apresentam vários problemas: a maioria tem qualidade inferior às restantes fracções, maus isolamentos, fraca iluminação e salubridade. Através da compreensão da morfologia dos telhados e canalizando a tecnologia de construção do século XXI, pretendemos reabilitar edifícios, contribuindo para a regeneração da cidade. LSO pretende recriar as coberturas integrando dimensões como a biodiversidade e a eficiência energética, factores chave para a melhoria do ambiente urbano. Em síntese: trata-se de encontrar uma forma de sustentabilidade para cidade consolidada a partir das suas coberturas. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 7. Como pode iniciar um processo LSO? Lisboa é uma cidade com uma topografia singular donde resultam edifícios com características únicas e específicas, cujo tipo de construção é valioso porque não é mais repetível. Esses edifícios, ao invés de outros ‘produtos imobiliários’ criados em territórios em transformação, representam um investimento estável. A LSO pode ser a solução para pequenos e médios Investidores, habitantes ou não habitantes que queiram ajudar a melhorar e a dinamizar a cidade, tirando partido de recursos existentes e desse modo, contribuir para a sustentabilidade da cidade. 7.1 O que precisa de garantir para iniciar um processo LSO? Para o Investidor a flexibilidade na adaptação ao contexto e criatividade para imaginar a mais-valias a partir das necessidades e oportunidades de cada situação: sotãos, casas de porteira e terraços. Para além do último piso estar desocupado, o Investidor terá que negociar com o Condomínio, no sentido de procurar a abertura para gerar consensos na resolução colectiva dos problemas das áreas comuns e, simultaneamente gerar mais valias. Poder-se-à dizer que o Condomínio cede temporariamente a matéria-prima e o Investidor dará forma e implementará uma ideia para um novo uso que a rentabilizará. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 7.2 Quais os passos a seguir no LSO? O Investidor poderá fazer a inscrição no site [www.lisbonskyline.pt] após a qual será feita a primeira reunião de contacto. A equipa LSO fará um matching condomínio-investidor e iniciará um processo de negociação por forma a chegar a um acordo com vantagem para ambas as partes. Para o Investidor será dado apoio no processo de negociação com o Condomínio, no que diz respeito às obras de conservação/manutenção das áreas comuns e à viabilidade técnicojurídica da implementação de um novo uso na cobertura. Existem três pontos a ter em conta antes de investir: o tipo de edifício se é adequado ao objectivo do investimento, quer pela localização quer pelo tipo de construção; o estado de conservação, que determinará o valor do investimento, bem como o poder de negociação com o Condomínio e a função/uso adequada e de acordo com a ideia do Investidor. 7.3 Quais os custos de um processo LSO? Para o Investidor o custo é variável, de acordo com as condicionantes concretas do edifício. O investimento a efectuar será aferido caso a caso e numa lógica custo-benefício dentro de um prazo estipulado. 7.4 Quanto tempo demora um processo LSO? O tempo será variável de acordo com a complexidade de cada um dos casos. Por isso, o início dos processos e a planificação das etapas iniciais serão decisivos para a sua celeridade e sucesso. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 7.5 Quem intervém num processo LSO? Os Investidores, os Condomínios, a equipa LSO e, ainda nos casos de licenciamento da alteração da cobertura, a Câmara Municipal de Lisboa, que é um dos parceiros LSO. A equipa multidisciplinar LSO permite ajudar a construir estratégias adequadas como forma de garantir uma acção conciliadora e inovadora das necessidades mútuas e, que valoriza o imóvel. 7.6 Qual o papel da equipa LSO nestes processos? A equipa LSO vai mediar o processo por forma a articular em cada caso, os diversos interesses por um lado, as necessidades do Condomínio, por outro, os interesses do Investidor e assim, garantir a concretização da operação. Para o Investidor, em primeiro lugar poderá contar com o apoio da equipa LSO para encontrar o Condomínio adequado. A equipa LSO estará presente nas diversas fases do processo, para fazer a ponte com o Condomínio e prestar os esclarecimentos necessários. Segundo os Censos de 2011, na grande Lisboa, 280 000 edifícios precisava de obras na cobertura. A gráfico mostra a necessidade de obras na cobertura, por data de construção do edifício. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 2006-2011 2001-2005 1996-2000 1991-1995 1981-1990 1971-1980 1961-1970 1946-1960 1919-1945 DE 1919 Necessidades de reparação nas coberturas por ano de construção do edifício (Grande Lisboa) 8. Como pode a cobertura ser uma solução? A cobertura é a matéria-prima a partir da qual o Investidor implementará uma ideia para um novo uso, ou melhor, usofruto de médio-longo prazo, ao mesmo tempo que resolve o impasse financeiro do Condomínio. A LSO representa uma oportunidade de investimento seguro, com um cariz inovador através de novas propostas de uso para as coberturas da cidade, que responde aos interesses do Investidor, sem custos adicionais para além do investimento inicial. 8.1 Quais os problemas que mais afectam as coberturas? As coberturas são naturalmente zonas sujeitas a desgaste, tipicamente apresentam vários problemas: a maioria tem qualidade inferior às restantes fracções, maus isolamentos, fraca iluminação e salubridade e são, em muitos casos, sotãos e casas de porteira desabitados. Encontarm-se na sua maioria sem manutenção regular pois representam um custo de reparação elevado que os condóminos vão protelando. As anomalias que se verificam com mais frequência compreendem diferentes níveis de gravidade e podem ocorrer na estrutura, nas infra-estruturas ou nos revestimentos que, devidamente sanadas não põem em causa a integridade do imóvel. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 8.2 qual a importância do tipo de cobertura? O tipo de cobertura está em geral relacionado com e época construtiva do edifício. As intervenções a efectuar são condicionadas pela tipologia de cada uma das coberturas sendo, por isso, importante conhecer as possibilidades caso a caso. 8.3 Qual o tipo de cobertura? 8.3.1 Se é um sotão Um sotão é o tipo de cobertura mais comum nos edifícios construídos até ao primeiro quartel do século XX. Normalmente consiste num espaço sem uso habitacional – a ‘caixa de ar do telhado’, como resposta técnica à altura, para garantir a ventilação da estrutura. Os sotãos estão geralmente sub-aproveitados, são arrumos sem isolamento térmico ou iluminação natural. Para fazer com que se tornem habitáveis e confortáveis, de acordo com os padrões de hoje, temos à disposição uma panóplia de materiais e tecnologias que se podem adaptar esta tipologia ao século XXI. 8.3.2 Se é uma casa de porteira As casas de porteira começaram por aparecer nos prédios de rendimento no final do século XIX. Correspondem geralmente aos últimos pisos - os mais desvalorizados, até ao aparecimento dos elevadores, e porque os interiores eram mais desconfortáveis e, em muitos caso insalúbres. As casas de porteira podem ter várias formas dependendo da época de construção do edifício, requalificá-las significa olhar para cada uma das suas singularidades e potenciar em novos usos. 8.3.3 Se é uma cobertura plana A cobertura plana aparece no início do séc XX com o Modernismo, associada às possiblidades construtivas do betão armado. É normalmente uma grande área de terraço com construções de apoio onde podemos imaginar diversos usos. Este tipo de cobertura permite uma maior diversidade de intervenções e, através dos princípios da reabilitação sustentável que considera a biodiversidade, podemos pensar em operações LSO híbridas, singulares e criativas, que potenciem o imóvel. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 9. O que podem as coberturas fazer pelo edifício? Através da compreensão da morfologia dos telhados e canalizando a tecnologia de construção do século XXI, pretendemos actualizar e requalificar edifícios como estratégia eficaz para a regeneração da cidade. Pretende-se dar forma a um modelo de cobertura sustentável – uma cobertura lisboeta para o século XXI - considerando dimensões como a biodiversidade e a produção energética. A eficiência energética nos edifícios é uma das melhores formas de aumentar a independência energética de Portugal e reduzir os custos associados a energia dos consumidores. O problema da baixa eficiência tem de ser resolvido de forma holística. A prioridade é a qualidade da construção já que influencia positivamente a qualidade de vida dos utilizadores dos edifícios e melhora significativamente a eficiência energética, reduzindo a necessidade de climatização ativa e iluminação. Ter uma qualidade geral dos edifícios superior garante eficiência a longo prazo. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 9.1 Como pode uma cobertura tornar um edifício mais eficiente? A LSO pretende explorar possibilidades tecnológicas como as coberturas verdes, que são a vanguarda na área de coberturas, cada vez mais apreciadas pelas diversas vantagens que apresentam, sejam elas económicas, ligadas a questões de salubridade dos edifícios, paisagisticas e no que diz respeito à qualidade ambiental em que se podem traduzir. A nova vida no topo dos edifícios poderá ser traduzida numa melhoria da qualidade de vida dos seus utilizadores, nomeadamente com a aplicação de soluções de retenção da água das chuvas com possível reutilização, na diminuição do efeito “ilha de calor”, na absorção da poluição sonora, na criação de espaços verdes e ainda em novas áreas para o cultivo de alimentos que podem resultar num complemento produtivo. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 9.2 O que é a reabilitação urbana verde/sustentável? É um processo que processo tem em consideração fatores ambientais, económicos e sociais relevantes para a melhoria na qualidade de vida nos centros urbanos. A reabilitação sustentável pode ter em conta vários factores. Ambientais: Utilização de materiais mais sustentáveis e produzidos tendo em conta boas práticas ambientais; Diminuição da produção de resíduos, através da utilização de materiais reciclados, Promoção de separação e reciclagem de resíduos produzidos nas obras de reabilitação; Planeamento de habitação que seja mais eficiente no uso de recursos, particularmente água e energia Melhoria da qualidade de vida: Transformando a contrução mais confortável em termos térmicos e acústicos; Promovendo o emprego local e fomentando o setor da construção, evitando nova construção com impactes ambientais em áreas naturais Retorno económico: Através da redução do consumo energético (ex. sistemas AVAC), redução do consumo de água potável (ex. reutilização de águas pluviais); A partir do aumento do valor do património construído e da vida útil dos edifícios. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 9.3 Qual é a ideia de cobertura LSO? A LSO apoia-se numa ideia de reabilitação urbana sustentável. Sendo que: As habitações construídas ou reabilitadas de forma sustentável são mais independentes das redes de água e energia, consumindo menos recursos e, consequentemente, gastando menos; Estas fracções são adaptadas ao clima da zona onde se encontram, tornando-se mais confortáveis em termos térmicos; As habitações sustentáveis, sempre que tecnicamente possível, incluem áreas verdes ao ar livre, contribuindo para o bem-estar dos habitantes e para o aumento da qualidade do ar e da paisagem nos respectivos bairros; Ao minimizar a utilização de energia e de água estas habitações não só contribuem para um ambiente melhor (não contribuindo para emissões de gases com efeito de estufa por exemplo) como são mais resistentes aos impactes das alterações climáticas (estações mais imprevisíveis, maior incerteza na disponibilidade de água e energia, etc). 9.4 Os últimos pisos dos edifícios de Lisboa permitem reabilitação verde? A maioria das soluções utilizadas na reabilitação sustentável são compatíveis com qualquer edifício. Ao mesmo tempo, sendo Lisboa uma cidade com invernos amenos e verões não excessivamente severos, conseguem-se utilizar várias soluções sustentáveis (conforto térmico baseado em bom isolamento, aproveitamento de energia solar, etc). De entre as medidas de reabilitação sustentável, apenas a aplicação de coberturas ajardinadas terá de ser estudada com atenção particular no caso de Lisboa. O aumento no peso das coberturas terá de ser aferido caso a caso e compatibilizado com a estrutura dos edifícios. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL 9.5 Posso produzir energia elétrica na cobertura? Tecnicamente é possível produzir energia elétrica na cobertura dos prédios Lisboetas. Os dois métodos mais convencionais são os painéis fotovoltaicos e as micro-eólicas. Os painéis utilizam a radiação solar para produzir energia elétrica e as micro-eólicas utilizam a deslocação do ar. O aproveitamento desta energia requer um contrato de micro-produção para autoconsumo. Atualmente custam cerca de 1400 euros por kW instalado, o que produz anualmente cerca de 1500 kWh. Ao utilizar estes sistemas como “Unidades de Produção para Autoconsumo”, segundo a legislação em vigor, esta energia vale 0.16 euros/kWh+IVA. No entanto, se a energia não for utilizada, e for vendida ‘a rede a apenas 0.038 euros/kWh, muito menos vantajoso para o produtor. Assim sendo, os painéis devem ser dimensionados para maximizar a utilização da energia produzida. Do ponto de vista económico os tempos de retorno típicos deste género de investimentos serão analisados caso a caso mas do ponto de vista ambiental são soluções interessantes. A instalação dos equipamentos requer o apoio de técnicos especializadas. PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS 10. Como posso garantir que a minha cobertura é sustentável? A melhor maneira de garantir que um processo de reabilitação da cobertura é sustentável é planificar. Antes de iniciar as obras é essencial planear de maneira a aproveitar as características do imóvel da melhor maneira. A localização condiciona as opções em termos de produção de energia renovável. Devem-se estabelecer objectivos: pretende-se que a habitação se torne neutra em termos de emissões de gases de efeito de estufa ou que gere mais energia do que aquela que consome. Ao longo do presente manual serão apresentadas soluções específicas para cada parte da reabilitação que permitem ao proprietário guiar-se ao longo do processo de reabilitação sustentável. 10.1 Como fazer uma cobertura sustentável? Apresentamos soluções de reabilitação sustentável para uma cobertura piloto em estudo a partir da fase de inquéritos na freguesia de Arroios. A nossa primeira intervenção resolve o problema de um condomínio, enquanto devolve a vida a uma enorme cobertura vazia. O nosso investidor avançou, determinado a ter um 7º andar, com vista panorâmica. Fachadas, elevadores e infra-estruturas gerais precisam de obras com urgência, os custos estimados são de aproximadamente € 100,000. A cobertura do edifício é um sotão vazio e a sua repação tem vindo a ser adiada há décadas. A intervenção proposta para a cobertura em causa será transformadora e introduz uma cobertura sustentável e ajardinada. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL A habitação é um T2 com área coberta recuada, 2 pátios e um varandim virado a sul. N 6 4 7 5 11 8 10 a 1 3 2 9 9 a' 11 Seventh floor plan proposal 1. Hall 2. Living Room 3. Library 4. Dining Room 5. Kitchen 6. Patio 7. Toilet 8. Corridor 9. Suite 10. Garden 11. Balcony 12. Belvedere N N a Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL 12 2 9 9 a' 11 Seventh floor plan proposal 1. Hall 2. Living Room 3. Library 4. Dining Room 5. Kitchen 6. Patio 7. Toilet 8. Corridor 9. Suite 10. Garden 11. Balcony 12. Belvedere N N a a 12 a' a' 0 1 Rooftop plan existent Rooftop plan proposal Section aa' existent Section aa' proposal 5m Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL 10.2 Paredes Exteriores A solução para as paredes exteriores passa pela construção de uma parede dupla com caixade-ar, de tijolos térmicos, isolada com cortiça, argamassa orgânica e tinta exterior de silicato (sem compostos orgânicos voláteis). A tabela abaixo apresenta os custos aproximados destas soluções para o piloto em causa, excluindo custos de construção e outros custos gerais, que se verificariam caso a construção não fosse sustentável. Solução Características Descrição Valor UN Área m2 Unitário Custo Total Isolamento térmico exterior Cortiça com caixa-de-ar 80 mm 27 € m2 113 3 028 € Revestimento paredes Argamassa + malha 10 mm 6 € m2 113 700 € Tintas naturais Tinta de Silicato e ecológicas 10L + 4L (para exterior) 117 € un 113 234 € Tijolo Térmico 1 unidade 30x19x19 (parede dupla) 0,38 € un 113 1900 € Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL Segundo as tabelas do LNEC, a parede acima descrita apresentaria um coeficiente de transferência térmica (U) aproximado de 0.50 W/m2.ºC. Quanto mais baixo o U, melhor o isolamento térmico, perdendo-se muito pouco calor para o exterior no inverno e mantendo-se a temperatura mais baixa no verão. Este tipo de parede permite reduzir os custos com climatização a zero. Para além disso, este tipo de envolvente permite que a habitação tenha uma classificação energética superior, aumentando o seu valor de mercado. 10.3 Vãos envidraçados Vãos envidraçados com vidro duplo e corte térmico reduzem as perdas de calor no inverno e os ganhos no verão. Na tabela abaixo apresentam-se os custos para ter portas e janelas com caixilharias de PVC com corte térmico e vidros duplos com caixa de ar. Solução Características Descrição Valor Unitário Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Janelas 1100x1300 245 € Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Janelas 1200x1300 249 € Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Janelas 1600x1200 255 € Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Portas 1400x2000 308 € Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Portas 1400x2100 314 € Vãos envidraçados PVC 2 folhas oscilo batentes Portas 1200x2000 301 € Preços aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. Não inclui caixa de estores. aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. Não inclui caixa de estores. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL Os vidros orçamentados encontram-se na classe 4 de permeabilidade ao ar, estanquidade à água e resistência ao vento, não só para evitar transferências do ar exterior para o ar interior, mas também para garantir uma boa performance dos vãos envidraçados face aos fatores ambientais a que estão sujeitos. 10.4 Recirculação de águas de lavagem de mãos para autoclismo Utilizar a água de lavagem de mãos para descarregar o autoclismo permite poupar cerca de 23 000 L por ano para uma casa com duas pessoas. Existem sistemas no mercado que integram sanita e lavatório para reutilizarem a água da lavagem de mãos, custam cerca de €3000. 10.5 Telemetria de água e energia A única maneira de otimizar o consumo de água e energia é conhecer as curvas de consumo específicas dos habitantes de uma determinada habitação ao longo do dia. Conhecendo o consumo, é possível dimensionar melhor os sistemas de águas quentes solares e fotovoltaicos, poupando mais recursos e dinheiro. Instalar um sistema padrão de monitorização detalhada de consumo de energia custa cerca de €100. 10.6 Varandim O varandim exposto a sul, sudoeste e sudeste vai ter uma maior exposição solar e portanto, caso fosse utilizado com coberturas ajardinadas, exigiria maiores necessidades de rega. A escolha para este varandim passa então por construir um deck de plástico reciclado extrudido. Este material, alem de ser totalmente reciclado, tem um tempo de vida superior à madeira e não necessita de manutenção. Solução Características Deck plástico reciclado Totalmente reciclado e resistente a condicoes exteriores Valor Unitário UN Área m2 Custo Total 35 € m2 6 1435 € 10.7 Parede de Trombe Ventilada Permite criar um sistema de efeito de estufa durante o Inverno e fazer a recirculação de ar durante o Verão. É composta por um envidraçado, e pintada de cor escura para aumentar a captação de radiação solar, será colocada numa das paredes viradas a sul. Este sistema permite aumentar a temperatura na caixa-de-ar, que é acumulado durante o dia e posteriormente é transmitido ao interior edifício durante a noite. O envidraçado é vidro laminado, para garantir que não haja estilhaços em caso de quebra. Solução Características Descrição Parede de trombe Vidro laminado 5+5mm incolor de segurança Valor Unitário UN Área m2 Custo Total 29 € m2 6 172 € Preços aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. Não inclui ferragens. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL 10.8 Coberturas ajardinadas semi-intensivas O pátio virado a noroeste, e o jardim, virado a norte e nordeste serão coberturas ajardinadas intensivas, uma vez que a sua manutenção será mais fácil por não estar virada a sul, diminuindo as necessidades de água, e por serem acessíveis. As coberturas ajardinadas intensivas tendem a ser visualmente mais atrativas por se assemelharem a jardins. Estas coberturas para além de criarem um espaço de lazer ao proprietário irão permitir: 1) Arrefecer o ar envolvente, devido à água que é evaporada pela vegetação e à absorção da radiação solar, não refletindo parte dessa radiação para o interior da habitação; 2) Reter as partículas sólidas e filtrar os gases nocivos presentes na atmosfera, como os gases de efeito de estufa e metais pesados resultantes da queima de combustíveis fósseis, bastante superiores nas cidades devido à grande quantidade de automóveis e máquinas utilizadas nos centros urbanos; 3) Aumentar a biodiversidade. Esta solução semi-intensiva poderá variar entre os 35 – 45 €/m2, dependendo da solução que se pretenda colocar, sendo que a viabilidade da sua instalação está dependente da carga que a estrutura do edifício pode suportar e da contratação de empresas especializadas para a sua colocação. Solução Características Descrição Valor Unitário UN Área m2 Custo Total Coberturas ajardinadas Planas Prado Trevo 45 € m2 44 1 983 € Coberturas ajardinadas Planas Prado Florido 45 € m2 44 1 983 € Coberturas ajardinadas Planas Relvado Sementeira 35 € m2 44 1 543 € Coberturas ajardinadas Planas Relvado Tapete 41 € m2 44 1 825 € Preços aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. 10.9 Cobertura superior ajardinada extensiva Mais exposta a raios solares, sujeita a maiores variações de temperatura que irão acelerar o processo de degradação. A solução proposta é uma cobertura ajardinada extensiva, de manutenção mais simples e com vegetação mais resistente aos fatores externos, tem menores necessidades de rega e maior resistência ao vento. Para além de aumentar a durabilidade da membrana impermeável contribui para: 1) Aumento da eficiência energética, diminuindo as flutuações de temperatura entre o interior e o exterior, evitando os ganhos de calor no verão e as suas perdas no inverno, reduz utilização de ar-condicionado e de aquecimentos; 2) Redução da poluição sonora, as diversas camadas atuam também como isolamentos acústicos; 3) Manutenção de águas da chuva, diminuindo a quantidade de água que é escoada para os sistemas de drenagem e melhorando a qualidade da mesma, ao reter parte dos poluentes atmosféricos na vegetação; 4) Diminuição da temperatura no espaço envolvente, ajudando a mitigar o efeito de ilha de calor urbana, que se traduz num aumento de temperatura dos centros urbanos em comparação com os suburbanos devido à substituição da vegetação natural por materiais com grande capacidade de absorver calor; 5) Melhora a qualidade do ar, através da retenção de partículas sólidas e de gases nocivos presentes na atmosfera; 6) Aumento da biodiversidade, atraindo aves e insetos; 6) Redução da produção de resíduos, prolongando o tempo de vida útil dos materiais da cobertura. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL Esta solução extensiva poderá variar entre os 90 – 115 €/m2, dependendo da solução que se pretenda colocar, sendo que a viabilidade da sua instalação está dependente da carga que a estrutura do edifício pode suportar. 10.10 Impermeabilização É fundamental para garantir a estanquidade da cobertura, para evitar infiltrações que rapidamente degradam o interior da habitação, devendo-se ter especial atenção aquando da colocação de uma cobertura ajardinada, dado que esta fica em contacto permanente com a água. Propomos a colocação de silicone líquido, dadas as suas características: resistente aos raios UV, 100% estanque, 400% de elasticidade e fácil aplicação. Solução Características Descrição Valor Unitário UN Área m2 Custo Total Coberturas ajardinadas Planas Sedum Tapede 90 € m2 68 6 120 € Coberturas ajardinadas Planas Sedum Alvéolos 115 € m2 68 7 820 € Preços aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. 10.11 Captação de águas pluviais Uma das vantagens das coberturas é o facto de captarem naturalmente água chuva. Numa casa sustentável esta água deve ser utilizada ao máximo. Com as coberturas verdes a água da chuva serve naturalmente para manter a cobertura em bom estado durante quase todo o ano. Solução Características Descrição Impermeabilização Silicone Líquido 8x3x25kg Valor Unitário UN Área m2 Custo Total 208 € un 153 2498 € Preços aproximados, poderão variar de fornecedor para fornecedor. Não inclui custos de instalação. Em Lisboa chove aproximadamente 700 mm por ano, o que representa um potencial de captação na área da claraboia do prédio piloto (14 metros quadrados) captando 9800L por ano. Ao instalarmos um tanque de 3000 L para captar o máximo de água da claraboia possível podemos aproximar-nos de uma cobertura verde que não utiliza água potável (da rede publica) e que tem custos de manutenção muito baixos. O tanque e o sistema de rega gota a gota custariam cerca de €1500. Apesar de não ser possível estimar exatamente o tempo de retorno, permitem aumentar o benefício social de captação de água, evitando grandes volumes drenados durante períodos de chuva intensa que contribuiriam para cheias para alem de manterem as condições ecológicas ideais da cobertura. Solução Características Descrição Valor Unitário UN Volume (L) Tanque de captação Adaptado a exteriores 88x234x180 cm 918 € un 3000 L Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL 10.12 Sistema de Águas Quentes Solares (AQS) Uma parte significativa da energia utilizada em casa corresponde a aquecimento de água. O sistema AQS reduz esse consumo quase a zero e pode ainda ser utilizado para fornecer água quente para um sistema de aquecimento central. O sistema será instalado no canto sul da cobertura, inclinado a 45º, maximizando os ganhos solares. Solução Descrição Valor Unitário Energia Substituida (Gas Natural) Kit Solar Térmico com Termossifão 3.5 m2 3000 € 2861 kWh/ano A poupança em energia depende bastante da energia que estaríamos a substituir. Tipicamente em Lisboa utiliza-se gás natural canalizado para aquecimento de água para duches e eletricidade para o aquecimento da restante água. Reduzindo a zero o gás utilizado e ainda parte da eletricidade consegue-se uma poupança de 2861 kWh/ano o que, apesar de não ter um tempo de retorno vantajoso (aproximadamente 15 anos), evita a emissão de 700 kg de dióxido de carbono equivalente por ano. A utilização do sistema AQS também contribui para uma etiquetagem energética mais favorável, aumentando o valor da habitação. Solução Descrição Valor Unitário Energia Substituida (Eletricidade) Painel solar fotovoltaico 3.2 m2 700 € 750 kWh/ano 10.13 Sistema Solar Fotovoltaico Estes sistemas têm vindo a tornar-se mais competitivos: custam cerca de €1400 por kW instalado, o que produz anualmente cerca de 1500 kWh. Ao utilizar estes sistemas como “Unidades de Produção para Autoconsumo”, segundo a legislação em vigor, esta energia vale 0.16€/ kWh+IVA. No entanto, se a energia não for utilizada, e for vendida ‘a rede a apenas 0.038€ /kWh, muito menos vantajoso para o produtor. Assim sendo, os painéis devem ser dimensionados para maximizar a utilização da energia produzida. Como os painéis produzem mais ao meio dia e a essa hora os consumos na habitação são relativamente baixos, os painéis não permitem eliminar totalmente a dependência à rede. Um painel de 500 W de potência instalada custa cerca de €700 e produz cerca de 750 kWh/ ano. Se toda a energia for consumida, o painel fica pago em cerca de seis anos. Utilizando o sistema sugerido, evita-se a emissão de 560 kg de dióxido de carbono equivalente por ano. Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL ROOF BY ROOF. SE É UM INVESTIDOR nome: teleone:e-mail: #01 Onde gostaria de investir? Áreas preferenciais. Ajuda Alcântara Alvalade Areeiro Arroios Avenidas Novas Beato Belém Benfica Campo de Ourique Campolide Carnide Estrela Lumiar Marvila Misericórdia Olivais Parque das Nações Penha da França Santa Maria Maior Santa Clara Santo António São Domingos de Benfica São Vicente Arredores/ Grande Lisboa #02 Qual a área útil que procura? < 70m2 70m2 - 100m2 100m2 - 180m2 180m2 - 250m2 > 250m2 #03 Qual o valor máximo do investimento? < €10.000 €10.000 — €25.000 €25.000 — €50.000 €50.000 — €75.000 €75.000 — €100.000 €100.000 — €250.000 €250.000 — €500.000 > €500.000 #04 Qual o tipo de investimento? Habitação Hostal Escritório Outro #05 Comentários/Sugestões: SUBMETER PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS www.lisbonskyline.pt PROMOTOR CONSULTOR JURÍDICO Piscarreta & Associados S O C I EDA D E D E A DVO G A D O S, RL PARCERIAS APOIOS